A cidade de Lages, na Serra catarinense, pode ter uma base de operações aéreas da Polícia Militar. O comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, e o presidente da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Gean Loureiro, sobrevoaram nesta terça-feira (25) uma área de preservação ambiental onde há pontos suspeitos de invasão ou que precisam de alguma ação imediata da Polícia Ambiental. A visita foi feita com uma aeronave de Florianópolis e o principal objetivo foi mostrar a necessidade da região ter o próprio helicóptero.
De acordo com o governo, há 19 unidades de conservação na região de Lages. Para o tenente-coronel Leibnitz Hipolito, ter uma aeronave em Lages diminuiria o tempo de resposta em casos como queimadas. “A malha viária da região é muito grande e há muitas estradas de terra, de difícil acesso, especialmente áreas de preservação. E é justamente nesses locais onde há mais necessidade de atuação da Polícia Ambiental.”, explicou Hipolito.
Para o comandante da Polícia Militar, a instalação da base de operações aéreas da PM é uma prioridade. “O helicóptero ajudaria em operações não só na área ambiental. Como aeronaves como essa são multitarefas, elas podem ser equipadas para atuar por exemplo em resgates e operações policiais”, disse.
Segundo Marcineiro, ainda falta conseguir os recursos. Só a compra do helicóptero custaria aos cofres públicos cerca de US$ 5 milhões, por isso a tentativa de parceria com a Fatma. A Fundação teria verbas compensatórias relativas à construção de barragens a receber e esse dinheiro poderia ser destinado a esse fim. O presidente da Fatma, Gean Loureiro, mostrou-se favorável em relação à instalação da base, que considera um diferencial na fiscalização e combate aos crimes ambientais.
Apesar de ainda não haver um prazo para a construção da base, segundo a PM o processo está avançado. Para atuar na Serra já estão sendo treinados 16 homens: dois pilotos, oito tripulantes e seis policiais.
Fonte: G1/Band.