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Rio de Janeiro – Na segunda-feira (27), o Grupamento Especial de Salvamentos e Ações de Resgates (GESAR), do Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, iniciou o 3° Estágio de Socorrista Tático ministrado pela Seção de Instrução Especializada.

Com carga horária de 40 horas distribuídas em oito dias, o estágio visa profissionalizar e padronizar as ações de atendimento pré-hospitalar tático na Polícia Militar do Rio. Em um dos dias de treinamento, os alunos aprendem terminologia aeronáutica, procedimentos normais e emergência em voo, evacuação de emergência, segurança no interior e em torno de aeronaves e embarque e desembarque de pacientes.

O treinamento aeromédico aconteceu no Grupamento Aeromóvel (GAM) da PM, momento em que os alunos aprenderam na teoria e na prática noções de resgate. A instrução foi realizada por policiais do Núcleo de Instrução Especializada (NIEsp) e por profissionais da equipe aeromédica do GAM.

Participam do Estágio, 30 militares pertencentes a diversas unidades da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), da Polícia Militar da Bahia (PMBA), da Força Aérea Brasileira e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária de Minas Gerais.

Esse treinamento intensivo segue diretrizes estabelecidas na Portaria Normativa Nº 16/MD/18, que trata de Atendimento Pré-Hospitalar Tático.

Estudo sobre Vitimização Policial na PMERJ

O modelo de treinamento foi concebido a partir de um estudo desenvolvido pela Corporação sobre vitimização policial. Os especialistas constataram que em 23 anos, de 1994 a 2016, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro registrou uma taxa de mortalidade e de lesões inconcebíveis para uma sociedade civilizada.

Nesse período, 3.234 policiais morreram, 14.452 ficaram feridos gravemente, totalizando 17.686 baixas, considerando um efetivo de cerca de 90 mil homens e mulheres que passaram pela Corporação nesse espaço de tempo de 23 anos.

Esses números superam, em mortes e feridos, as perdas sofridas pelas forças armadas dos Estados Unidos nas duas Grandes Guerras Mundiais do século XX. A taxa de feridos no Rio de Janeiro foi 806,57% superior à da Guerra do Golfo Pérsico (Kuwait); 3,9% maior à quantidade de mortos das tropas que serviram na guerra da Coreia e 3,85% durante a Guerra do Vietnã.

O documentário “Heróis do Rio de Janeiro” foi produzido para alertar a sociedade sobre a dura realidade enfrentada por policiais militares e foi exibido na sessão de abertura do I Simpósio Nacional sobre Vitimização Policial que aconteceu no dia 13 de maio, data comemorativa dos 210 anos de fundação da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

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