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Adonis Lopes de Oliveira

Carta aberta ao Comandante Adonis, piloto da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

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Prezado Comandante Adonis,

Tentei te ligar nestes últimos dias. Queria te dizer da minha preocupação com os companheiros da Cavalaria Aérea Civil que haviam se acidentado no Caju.

Soube da queda e, em primeiro lugar, sempre a solidariedade.

Às vezes alguns companheiros meus, de Corporação, se angustiam quando uso expressões como esta “cavalaria aérea” com vocês da Polícia Civil. Coisa do nosso etnocentrismo. Temo-lo aqui como vocês tem por aí, e costumam até deixar muito evidente, aliás, quando defendem aquelas “atribuições exclusivas”.

Todavia, nós que lutamos também no campo de honra, lá onde a porca torce o rabo como costuma dizer o mais valente Coronel PM que conheci até hoje – Fernando Principe Martins – sabemos que há muito de identidade entre os homens de armas: os que vão na Infantaria e os que se arriscam nos dragões pós-modernos de asa rotativa, como é o seu caso e dos nossos do GAM.

Militares e Civis quando soldados, no chão ou no ar, se respeitam e se admiram. Meu respeito por você sempre foi explicitado. Está nos meus textos, está no meu livro.

Não desmerecerei nenhum dos nossos pilotos do GAM ao declarar que você é o melhor que conheço. Não sou piloto e tenho o direito de arriscar isso.

Já voei com vários e confesso que prefiro céu de brigadeiro; sem vento, sem chuva, sem pássaros, sem tiros. Mas, há quinze anos (um pouco mais), capitão do BOPE, as exigências eram grandes e vez por outra estávamos lá com você, Ney, Franco, evitando vomitar na aeronave pra não ficar feio a cada mergulho que vocês davam sobre a favela até conseguirmos desembarcar. Certa vez o Franco tocou levemente com o rotor de cauda num galho no Morro Dona Marta. Ele não conseguira pousar, e eu e o Neil (o salva-vidas) desembarcamos no “pairado” para pegar dois malandros (um era o Ralado) com uma metralhadora, uma doze e algumas armas curtas que se esconderam num banheiro quando viram o helicóptero. Conseguimos. Botamos os caras na sua aeronave com ajuda do Lotério (lembra dele?), mas quase viramos almas desencarnadas naquele “quase acidente”.

Tentei te ligar para saber dos irmãos da Civil que se acidentaram (não importa neste momento as questões agregadas), e agora vou tentar te ligar para dizer que não desanimes, não te tornes cético-pessimista. EU TENHO MAIS MOTIVO PARA ISSO, mas ainda não me tornei.

Eu novamente peço perdão aos nossos excelentes pilotos do GAM e da própria Polícia Civil, mas você é o mais maluco e aterrorizante piloto de guerra que o “inimigo” deseja não enfrentar. E na aviação, nesse tipo, nesse perfil estão os nominados “azes”.

Eu ainda não assisti a matéria do Fantástico, mas te confesso que não estou muito interessado nela não. Basta o que me contaram para te mandar esse abraço que gostaria que fosse visto pelo maior número de Soldados possível. Este é um abraço de um Soldado Militar de terra para um Soldado Civil do ar.

De resto, uma coisa a cada momento.

Nós poucos fizemos muitas guerras para que muitos tivessem um mínimo de paz.

Abraço Adonis.

Força e honra!


Autor: Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte (Publicação autorizada pelo autor)

Secretário de Políticas de Segurança de Duque de Caxias. Ex-Comandante Geral da PMERJ. Ex-Comandante do BOPE (RJ). Comandou a famosa operação do Papa. Autor do primeiro livro sobre o BOPE.


Acesse aqui a mensagem original na página oficial do Cel Mário Sérgio no Facebook para ler a postagem original e os respectivos comentários.


Piloto de helicóptero que participou de caçada a Matemático é afastado

A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (6) que decidiu afastar das funções o piloto Adonis Lopes de Oliveira, que pilotava o helicóptero usado para capturar o traficante conhecido como Matemático, em maio de 2012. O caso foi arquivado em novembro, mas ganhou novos rumos depois da exibição, no último domingo (5), pelo Fantástico, da caçada da polícia ao traficante, como mostrou o RJTV. (Clique e leia a matéria)

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As imagens foram entregues ao Ministério Público Estadual e Federal. Elas foram levadas pelo deputado Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

“Eles vão abrir investigação e vão oficiar a Civil e a Federal pra saber o nível de responsabilidade de cada uma delas para a partir dai poder proceder nas suas responsabilidades”, disse Freixo.

O Procurador Geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, determinou a reabertura imediata do inquérito. O caso tinha sido arquivado havia seis meses.

“As imagens são efetivamente muito fortes. Me pareceu uma operação muito desastrada feita de maneira inconseqüente”, afirmou Marfan.

Caçada ao traficante

A caçada a Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, considerado um dos maiores traficantes do Rio, foi em maio de 2012. A Polícia Federal repassou informações às equipes da polícia militar e à equipe da polícia civil, que estava a bordo do helicóptero.

A câmera da aeronave tem um sensor que detecta o calor de corpos e objetos e as imagens captadas por ela são vistas apenas pelo operador do equipamento.

A perseguição a Matemático se estendeu por cerca de nove quarteirões da favela da Coreia, na Zona Oeste do Rio e durou menos de dois minutos.

Casas atingidas

Enquanto os disparos eram feitos pessoas passavam nas ruas, casas foram atingidas e um prédio levou pelo menos cinco tiros. Segundo os policiais, os bandidos atiraram contra o helicóptero. O corpo do traficante foi abandonado cinco horas depois, durante uma troca de tiros com a PM, a três quilômetros do fim da perseguição.

O RJTV procurou a Secretaria de Segurança para saber se a operação foi oficial, se a Secretaria sabia dos riscos que uma ação como essa oferecia e se, logo depois, tomou conhecimento da forma como ela foi realizada. Mas a Secretaria de Segurança voltou a divulgar a mesma nota enviada antes da exibição das imagens pelo Fantástico.

“Há um setor especializado nessas ações que tem que dar uma resposta à sociedade. Quem teve a responsabilidade de agir, tem que ter a responsabilidade de arcar com as consequências”.

Ao Fantástico, a Chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, informou que só tomou conhecimento de como a operação foi executada na última sexta-feira (3) pela Corregedoria.

A Polícia Federal informou que investigava a quadrilha de Matemático e que forneceu a possível localização dele à Polícia Civil, que realizou a operação. Já a Polícia Militar confirma que participou do cerco ao traficante e afirmou que, durante a ação, o blindado teve os pneus furados e as equipes seguiram para o local a pé.

Fonte: G1.

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