Canadá – A Helijet International doou um helicóptero Sikorsky S-76A totalmente operacional com equipamentos médicos para ser usado em missões de misericórdia na Ucrânia. Para viabilizar a doação, a Helijet assinou um acordo com um consórcio de organizações não governamentais canadenses e ucranianas. Juntas, a Helijet, Maple Hope Foundation, a Ukrainian World Congress e a Initiative E+ trabalharam ao longo de oito meses para organizar o envio da aeronave para a Ucrânia.
Essa ambulância aérea da Helijet estava em operação sob contrato com o Ministério da Saúde para transporte de pacientes na Colúmbia Britânica. A aeronave foi recentemente removida desse serviço, mas ainda tem anos de capacidade operacional. A doação é feita sob a condição de que o helicóptero seja usado exclusivamente para missões de evacuação aeromédica não comercial e humanitária de pessoas que precisam de cuidados médicos urgentes para hospitais na Ucrânia.
Helijet e organizações não governamentais canadenses e ucranianas doam helicóptero de resgate para missões humanitárias na Ucrânia
Em novembro, a Helijet e a Maple Hope Foundation, sediada em Vancouver, receberam dois pilotos e dois engenheiros da Ucrânia para receber treinamento de voo, manutenção e implantação para o helicóptero na base de operações da Helijet em Richmond, B.C.
Para auxiliar no envio do helicóptero, a Maple Hope Foundation também lançou uma campanha nacional de financiamento coletivo online que permitiu que ucranianos de todo o Canadá se juntassem à missão de entregar este helicóptero. A campanha arrecadou US$ 101.530 em três semanas, com mais de 730 doadores.
Desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro de 2022, a Helijet também tem fornecido assistência de socorro em outras frentes, incluindo a facilitação do preparo de remessas de suprimentos médicos coordenadas e protegidas pela Maple Hope Foundation com destino à Ucrânia em seu hangar em Richmond.
O presidente da Helijet, Danny Sitnam, e sua família abriram sua casa em abril de 2022 e apoiaram uma família de três pessoas, fugindo da Ucrânia, até que pudessem encontrar um lar próprio em Vancouver. “Desde então, nos tornamos grandes amigos desta família”, disse Sitnam. “Apoiá-los foi apenas o começo de um compromisso que assumimos na Helijet para ajudar a Maple Hope Foundation enquanto a luta implacável com a Rússia continua pelo povo da Ucrânia.”
Helijet e organizações não governamentais canadenses e ucranianas doam helicóptero de resgate para missões humanitárias na Ucrânia
“Este projeto representa o ápice de uma parceria profundamente significativa entre a Helijet e nossa organização, que começou durante um momento de crise. Quando a Rússia lançou sua invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, e ucranianos deslocados começaram a chegar ao Canadá em números sem precedentes, Danny Sitnam e sua família estavam entre os primeiros a estender uma mão amiga. Desde aquele momento, Danny e toda a equipe da Helijet têm sido inabaláveis em seu apoio aos esforços de socorro da Maple Hope para a Ucrânia. A doação do helicóptero Sikorsky S-76 medevac pela Helijet não é apenas extraordinariamente generosa, mas também historicamente significativa, demonstrando a determinação dos canadenses unidos em apoio à Ucrânia durante o terceiro ano da invasão em larga escala — não por meio de palavras, mas por meio de ações ousadas e transformadoras que salvarão vidas diretamente”, disse Svitlana Kominko, CEO da Maple Hope Foundation.
“A incrível doação do helicóptero Sikorsky S-76A medevac pela Helijet é um poderoso testemunho do vínculo inquebrável e do apoio inabalável dos aliados da Ucrânia no Canadá. Esta ambulância aérea que salva vidas mudará o jogo, fornecendo ajuda médica crítica para aqueles que sofrem nas regiões devastadas pela guerra da Ucrânia. Em nome do Ukrainian World Congress, estendo minha mais profunda gratidão a Danny Sitnam e a toda a equipe da Helijet por seu compromisso heroico em ajudar o povo da Ucrânia durante estes tempos desafiadores. Também devemos imensos agradecimentos à Maple Hope Foundation por sua dedicação incansável para tornar esta colaboração possível. Juntos, não estamos apenas salvando vidas; estamos acendendo a esperança e causando um impacto monumental”, disse Paul Grod, Presidente da Ukrainian World Congress.
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Helijet e organizações não governamentais canadenses e ucranianas doam helicóptero de resgate para missões humanitárias na Ucrânia
Helijet e organizações não governamentais canadenses e ucranianas doam helicóptero de resgate para missões humanitárias na Ucrânia
Helijet doa helicóptero de resgate para missões humanitárias na Ucrânia. Foto: Divulgação
Sergipe – Em mais uma missão do serviço aeromédico, o Grupamento Tático Aéreo (GTA), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), atuou no dia 02 de fevereiro no resgate de um homem que havia passado mal durante uma trilha em uma área de serra no município de São Domingos. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Regional de Itabaiana.
A equipe do GTA foi acionada por volta das 16h00, após receber um chamado do SAMU para atender a um homem de aproximadamente 50 anos que havia se sentido mal durante uma trilha na serra. A informação inicial indicava exaustão, mas a vítima também relatava dores no peito.
Diante do acionamento, a equipe do GTA decolou em direção à região, até o topo da serra. A ocorrência foi considerada de alta complexidade para o pouso da aeronave, devido à característica do vento, o que demandou várias tentativas para estabilizar a aeronave e realizar o pouso. Já em solo, a tripulação desembarcou e conversou com a vítima. O homem foi então transportado para a aeronave, e a equipe comunicou que estava a caminho de Itabaiana. Um dos tripulantes precisou desembarcar e aguardar na serra, em São Domingos.
De São Domingos, a aeronave pousou na rodovia de acesso a Itabaiana, onde a equipe solicitou o apoio da unidade de suporte avançado do SAMU, que encaminhou a vítima – que ainda relatava dores no peito e no estômago – ao hospital. Em seguida, o GTA retornou para embarcar o tripulante, que foi recolhido ainda em voo, sem necessidade de pouso.
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GTA e SAMU salvam homem que passou mal durante trilha em São Domingos
GTA e SAMU salvam homem que passou mal durante trilha em São Domingos
GTA e SAMU salvam homem que passou mal durante trilha em São Domingos. Foto: Divulgação
Paraíba – Entre os dias 29 e 31 de janeiro, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) promoveu uma capacitação voltada para a equipe de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB), na cidade de João Pessoa.
O objetivo foi discutir as resoluções que regulamentam a atuação dos profissionais de Enfermagem nas áreas de urgência e emergência pré-hospitalar, além de avaliar a aplicação prática dessas normativas no cotidiano dos profissionais.
Os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar o debate sobre os desafios enfrentados na assistência direta, além de sugerir possíveis atualizações em alguns atos normativos.
A programação incluiu uma visita técnica ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de João Pessoa, onde a equipe conheceu em detalhes as Unidades de Suporte Básico (USB) e as Unidades de Suporte Avançado de Vida (USA).
A visita também incluiu a apresentação das motolâncias, veículos motorizados tripulados por enfermeiros e técnicos de Enfermagem que operam ininterruptamente, prestando o primeiro atendimento aos pacientes críticos até a chegada das unidades de suporte avançado.
Os fiscais foram recebidos pelo Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba e pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA) da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba. Nessa etapa, a equipe conheceu as especificidades do serviço aeromédico prestado por aeronaves de asas fixas e rotativas, que desempenham papel essencial no atendimento de emergências em regiões de difícil acesso.
Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
A capacitação foi encerrada com uma visita à Base de Resgate da Polícia Rodoviária Federal, um modelo inovador no país, que integra uma Unidade de Resgate operada por um policial rodoviário federal especializado, acompanhada por enfermeiros e técnicos de Enfermagem do SAMU João Pessoa. Esse modelo único de operação realiza Práticas Avançadas de Enfermagem, seguindo protocolos institucionais e sob regulação médica, com o objetivo de garantir a segurança e a eficiência no atendimento aos pacientes.
Para Eduardo Fernando de Souza, chefe da ouvidoria-geral do Cofen, a capacitação é essencial para aprimorar o processo de fiscalização, proporcionando uma ampliação das competências técnicas e científicas dos fiscais. “A metodologia de ensino ativa adotada associou as legislações que regem o exercício da enfermagem nas situações de urgência e emergência à realidade prática dos profissionais que atuam diretamente no atendimento à população”, afirma.
A chefe do setor de fiscalização do Coren-PB, Graziela Cahu, destacou a importância da capacitação para melhorar a análise crítica da equipe de fiscalização, especialmente em contextos de alta complexidade, como o atendimento pré-hospitalar. Ela enfatizou a relevância de alinhar o conhecimento teórico com as situações práticas enfrentadas pelos profissionais de saúde, identificando desafios e discutindo melhorias nos processos de trabalho.
“Esse intercâmbio de experiências é fundamental para fortalecer a atuação fiscalizatória e, consequentemente, garantir a segurança e a qualidade da assistência prestada à população”, salientou.
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Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
Capacitação do Cofen refina análise técnica da fiscalização da enfermagem na Paraíba. Fotos: Divulgação
Pará – Na noite do dia 31 de janeiro, militares da Marinha do Brasil (MB) resgataram um pescador que apresentava sintomas de um acidente vascular cerebral (AVC) a bordo de um barco pesqueiro, a cerca de 278 km de Belém (PA).
Este foi o primeiro resgate noturno realizado com o emprego de uma aeronave UH-15 “Super Cougar” na história da Marinha. A operação de resgate durou três horas. Manoel de Jesus Silva Garcia, 49, navegava em alto-mar quando começou a perder a coordenação motora e os membros superiores ficaram paralisados.
A tripulação do barco “Prosperando com Deus” acionou o socorro, via rádio, por volta das 16 horas. Um médico do Hospital Naval de Belém avaliou a situação e concluiu que o paciente precisava de suporte médico avançado.
Diante da gravidade do quadro, a Marinha deslocou uma equipe composta por dois pilotos, três mecânicos de voo, três mergulhadores, um médico e uma enfermeira para a missão de resgate. O helicóptero enfrentou condições climáticas desfavoráveis e pouca visibilidade, chegando ao local durante a noite.
Primeira Operação noturna da Marinha resgata pescador com AVC em barco pesqueiro no Pará. Foto: Divulgação.
“Seguimos para um voo complexo. Estávamos próximos ao pôr-do-sol e havia uma grande concentração de chuva na região de Belém. Ao chegarmos na posição do barco pesqueiro, o local já estava completamente escuro”, relatou o Capitão de Corveta (Fuzileiro Naval) Daniel Santos, segundo piloto da aeronave.
Equipados com um cesto de resgate, dois mergulhadores foram lançados ao mar e prepararam o pescador para a extração, garantindo sua segurança antes de içá-lo ao helicóptero. Já a bordo, o pescador recebeu hidratação e cuidados de aquecimento enquanto era monitorado pelo Primeiro-Tenente (Médico) Davi Nunes. “Ele estava desorientado e com diminuição súbita da força do membro superior esquerdo”, explicou.
O helicóptero pousou na Base Aérea de Belém pouco antes das 21 horas, onde duas ambulâncias, uma da Marinha e outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardavam para transferir o paciente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta.
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Primeira Operação noturna da Marinha resgata pescador com AVC em barco pesqueiro no Pará. Foto: Divulgação
Primeira Operação noturna da Marinha resgata pescador com AVC em barco pesqueiro no Pará. Foto: Divulgação
Espírito Santo – O governador do Estado, Renato Casagrande, inaugurou, nesta sexta-feira (31), a nova sede administrativa do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAER), ligado à Secretaria da Casa Militar (SCM). Na ocasião, um novo helicóptero, modelo H130, foi incorporado à frota do NOTAER – que completa 33 anos de serviços prestados. A aeronave vai reforçar a capacidade de resposta do Núcleo nas missões de segurança pública, aeromédicas e de defesa civil em todo o solo capixaba.
“Estamos fazendo os maiores investimentos da história da Segurança Pública deste Estado. Inauguramos a nova sede administrativa do NOTAER para dar melhores condições de trabalho aos nossos profissionais. A nova aeronave vai reforçar a frota e deve ser mais utilizada no transporte de pacientes e na captação de órgãos, trazendo mais agilidade e ajudando a salvar vidas. Também servirá para operações da área da Segurança Pública para que a gente possa seguir melhorando nossos indicadores e colocar o Estado entre os mais seguros do País”, afirmou o governador.
NOTAER recebe nova sede e aeronave Airbus H130 para ampliar operações no Espírito Santo. Foto: Divulgação.
O secretário-chefe da Casa Militar, coronel Jocarly Aguiar, destacou que o Núcleo recebeu mais de R$ 60 milhões em investimentos nos últimos anos. “Ao longo das últimas décadas foram adquiridas novas aeronaves, no entanto, a estrutura predial se manteve praticamente a mesma, não comportando a complexidade do serviço. Por isso, a construção de uma nova sede que pudesse organizar toda estrutura do NOTAER precisava se tornar realidade. Hoje estamos inaugurando a nova sede, com um prédio moderno e funcional, para que possamos fazer todos os treinamentos e tantas outras atividades”, pontuou.
A construção da sede administrativa faz parte de um conjunto de intervenções do Governo do Estado para melhoria da estrutura do NOTAER, no âmbito do programa Estado Presente em Defesa da Vida. Estão em andamento as obras de ampliação do hangar de aeronaves e a reforma e ampliação do pátio. O investimento total é de R$ 7,5 milhões e a previsão de entrega de ambas as estruturas é no segundo semestre deste ano.
O Airbus H130 é um helicóptero monoturbina leve de última geração. Sua filosofia operacional é semelhante aos modelos Esquilo / H125 empregados há mais de três décadas pelo NOTAER, o que reduz significativamente o tempo de adaptação de pilotos, mecânicos e operadores aerotáticos. A aeronave tem capacidade de transporte de cinco passageiros e dois pilotos.
Durante o evento, o governador Renato Casagrande também realizou a entrega de três ambulâncias de suporte avançado de vida do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192. Os veículos foram remetidos ao Estado pelo Ministério da Saúde, por meio de Termo de Doação com a Secretaria da Saúde (Sesa) no valor de R$ 867 mil.
As ambulâncias fazem parte da renovação da frota do SAMU realizada ao longo do ano passado. Cada veículo conta com ressuscitador manual, circuito de ventilação mecânica, monitor-desfibrilador, cardioversor, entre outros equipamentos para atendimento a pacientes em situação mais grave.
“Essas ambulâncias vão reforçar a Rede de Urgência e Emergência que já atua com muita eficiência em nosso Estado. No ano passado, foram realizadas muitas operações de transporte de órgãos e ainda 111 operações aeromédicas com as aeronaves do NOTAER. É um trabalho de parceria importante que representa vidas salvas”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
Congresso Aeromédico – CONAER
Com o apoio institucional do NOTAER e do SAMU, nos dias 10 e 11 de julho de 2025 acontecerá em Vitória (ES), o 5º Congresso Aeromédico (CONAER), unindo a aviação e a saúde em um mesmo ambiente, promovendo o encontro de profissionais da saúde, pilotos, empresas e organizações, estimulando a integração, o desenvolvimento, a produção científica, e a troca de experiências.
A programação do evento prevê palestras, painéis, apresentação de trabalhos científicos, cursos pré-congresso e simulado na orla de Vitória de salvamento aquático e resgate veicular, com a participação do NOTAER, SAMU e Corpo de Bombeiros.
Generais americanos previram anos atrás que a intensidade de guerras futuras poderia acabar com evacuações que salvam vidas e cuidados médicos para tropas feridas. Essa previsão agora é uma realidade na Ucrânia, onde os soldados muitas vezes não conseguem obter cuidados médicos adequados dentro do “Período de Ouro” (antigamente chamado de golden hour – hora de ouro) — período crucial para iniciar o cuidado definitivo ao doente traumatizado grave, quando o tratamento pode aumentar as chances de sobrevivência.
Drone sendo preparado para uma missão. Foto: Drones na Guerra Moderna – Lições aprendidas na Ucrânia – Exército Australiano.
“Até que haja uma resposta concreta para drones, continuará sendo bem agitado quando se trata desse tipo de cuidado”, disse um médico de combate de uma unidade de voluntários estrangeiros na Ucrânia ao Business Insider.
O médico, que usa o indicativo Tango, tem experiência na linha de frente com a Chosen Company, incluindo uma luta malfadada na vila de Pervomaiske, onde sua equipe foi devastada por fogo indireto russo em julho de 2023. Apesar de seus próprios ferimentos, ele ajudou a fornecer primeiros socorros a um punhado de homens feridos, mas eles tiveram que esperar horas por cuidados mais extensos. Dois homens não sobreviveram.
Na Ucrânia, enxames de drones e ataques constantes de artilharia complicam evacuações oportunas, contribuindo para o crescente número de mortos na guerra e a gravidade dos ferimentos dos sobreviventes. Questionado em 2019 pelo Congresso se os militares dos EUA seriam capazes de evacuar tropas feridas durante o período de ouro em conflitos futuros, o general Mark Milley, então chefe do Estado-Maior do Exército e mais tarde presidente do Estado-Maior Conjunto, deu uma resposta sombria.
“Provavelmente não”, ele disse.
“Vamos tentar”, ele acrescentou, “mas não estou garantindo.”
Túmulos no cemitério de Lychakiv, em Lviv, Ucrânia, de soldados ucranianos mortos desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala. Foto AP/Mykola Tys.
Outros líderes militares expressaram preocupações semelhantes. “Você pode ter ouvido anteriormente uma discussão sobre o ‘período de ouro‘”, disse o major-general Anthony McQueen, agora vice-cirurgião-geral do Exército, mas anteriormente chefe do Comando de Pesquisa e Desenvolvimento Médico, no ano passado. “Estamos caminhando mais para uma ‘janela de oportunidade dourada‘.”
Em qualquer dia na Ucrânia, soldados feridos podem ficar presos perto das linhas de frente por horas ou dias e podem ser evacuados apenas durante uma pausa na luta ou na luz fraca do amanhecer e do anoitecer.
“Aqui na Ucrânia”, disse à BI um veterano do Exército dos EUA lutando na Ucrânia que atende pelo indicativo de Jackie, “temos três dias dourados”.
Uma luta para evacuar
Uma médica de combate ucraniana que pediu anonimato devido à sensibilidade do trabalho que faz disse à BI que a luta para evacuar rapidamente era “um grande problema” que só piorou com os drones se tornando mais prolíficos. “Dois anos atrás”, disse ela, “era uma guerra totalmente diferente do que está acontecendo agora”.
Estima-se que 1 milhão de pessoas foram mortas ou feridas na guerra da Ucrânia, com baixas decorrentes principalmente de drones e artilharia. Drones baratos que fervilham nos céus dos campos de batalha da Ucrânia podem atrasar severamente as evacuações médicas. Os drones servem como olhos aéreos para artilharia, bombardeiros que podem lançar granadas e munições de ataque de precisão.
A médica ucraniana disse que as tropas russas têm como alvo, veículos conhecidos por realizarem evacuações médicas, um crime de guerra (Convenções de Genebra). Outras tropas ucranianas fizeram acusações semelhantes neste conflito. O Ministério da Defesa da Rússia não respondeu ao pedido de comentário do BI sobre as alegações.
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Os drones se tornaram um recurso importante no conflito na Ucrânia. Foto: Getty Images BBC.
Drone russo utilizado na guerra contra a Ucrânia carrega uma bomba. Foto: Alexander Reka/ITAR-TASS/IMAGO.
Um médico ucraniano da 28ª Brigada em uma trincheira parcialmente cavada nos arredores de Bakhmut, Ucrânia. Imagens de John Moore/Getty.
A Ucrânia transformou drones baratos em bombardeiros rudimentares. Os drones revolucionaram a forma como as guerras são travadas. Foto: Getty Images BBC.
Soldados ucranianos participando de treinamento médico na linha de frente no Oblast de Donetsk, na Ucrânia. Ignacio Marin/Anadolu via Getty Images.
Os drones revolucionaram a forma como as guerras são travadas. Foto: Getty Images BBC.
Eles miram nos médicos de combate, ela disse, porque “se você mata um médico, significa que você matou milhares de soldados”, ou todas as pessoas que eles poderiam ter salvado de outra forma. “Se você parece especial ou diferente, você vai atrair um drone”, disse Tango. “Isso vale especialmente para evacuação, e eles têm como alvo específico veículos médicos ou qualquer pessoa com uma mochila. Você nunca usa um patch médico na linha de frente. Isso é um ataque de drone garantido.”
Os drones são apenas uma das muitas causas de danos corporais e morte na guerra. Um estudo médico de 2023 descobriu que 70% dos ferimentos de guerra ucranianos foram causados por bombardeios ou disparos de foguetes. O médico ucraniano disse que os socorristas às vezes chegam rapidamente aos soldados feridos, mas não conseguem evacuar se as estradas próximas forem controladas por russos ou expostas a drones. Isso pode significar horas de espera ou até mesmo dias.
Atrasos prolongados em cuidados cruciais podem levar a complicações, como amputações, ou até mesmo fatalidades que um atendimento clínico mais rápido poderia ter evitado. Deixar um torniquete por muito tempo, por exemplo, pode causar danos permanentes aos nervos. Jackie disse que um amigo dele foi ferido por estilhaços, mas não conseguiu sair de sua trincheira perto da cidade oriental de Bakhmut por quatro dias. Sua perna ferida infeccionou e, por fim, teve que ser amputada.
Tropas ucranianas perto de Bakhmut. Foto AP/Efrem Lukatsky.
Jackie pensou que o ferimento teria sido uma “solução fácil” se o amigo tivesse recebido atendimento no período de ouro. “Não temos um médico de campo lá em cima empurrando antibióticos por via intravenosa, bem sob fogo direto em uma trincheira”, disse ele.
Separadamente, um operador de drone ucraniano disse que quando ele e seus colegas soldados foram atacados por drones, um de seus amigos teve que esperar 12 horas antes de poder receber tratamento médico adequado. Mais tarde, uma das pernas do amigo teve que ser amputada.
Drones dão origem a evacuações de “hora mágica”
No clássico cult de ficção científica “Reign of Fire“, a “hora mágica” ocorre ao anoitecer e ao amanhecer; é a hora do dia em que os drones, perigos mortais no ar, estão vulneráveis. Tango disse que os médicos que operam na Ucrânia podem encontrar um alívio semelhante nesses momentos. “É quando eles estão trocando seus drones de vigilância de vídeo analógico normal para visão térmica ou noturna”, disse ele. “Você tem essa janela limitada para mover as pessoas.”
Tango disse: “Você não pode se mover durante o dia ou de noite, ou será destruído por drones.” A luta geralmente diminui ao amanhecer e ao anoitecer, enquanto os soldados descansam e trocam de equipamento, embora os russos às vezes usem artilharia para suprimir os ucranianos durante esse período. Um soldado atingido fora desse horário normalmente deve esperar horas por uma evacuação.
Médicos militares prestam primeiros socorros a um soldado ucraniano ferido em um ponto de estabilização médica perto de Chasiv Yar, na região de Donetsk, na Ucrânia. Foto: 24ª Brigada Mecanizada de Oleg Petrasiuk/Ucrânia via AP.
Uma vez que podem ser movidos, os soldados feridos são normalmente levados de volta para um ponto de coleta de vítimas, como um bunker subterrâneo ou posição escondida, para serem estabilizados até que seja seguro para um caminhão ou veículo blindado levá-los a um hospital de campanha.
O que isso significa para o Ocidente
Os drones foram usados mais na guerra na Ucrânia do que em qualquer outro conflito na história, limitando o movimento no campo de batalha. E a proliferação de defesas aéreas sofisticadas impediu que ambos os lados — Ucrânia ou Rússia — alcançassem supremacia aérea ou mesmo superioridade. Isso torna muito arriscado para helicópteros resgatarem rapidamente os feridos, como era padrão nas guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
Relembrando sua implantação no Iraque há uma década, Tango disse: “Eu sabia que mesmo se eu ficasse realmente confuso, havia uma boa chance de sobreviver”. Ele disse que “poderia ser destruído e provavelmente estar em um hospital em uma ou duas horas”.
Na Ucrânia, ele disse, “é uma aposta toda vez que você sai em uma missão”. Os EUA podem enfrentar obstáculos semelhantes no caso de um conflito em larga escala contra um adversário como a China ou a Rússia.
Um soldado russo disparando um obus em direção às posições ucranianas. Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia via AP.
O Coronel do Exército dos EUA Matthew Fandre, então oficial médico sênior do Programa de Treinamento do Comando de Missão, escreveu em 2020 que em uma futura guerra em larga escala envolvendo os EUA, o “período de ouro se tornará uma meta, não uma expectativa“.
“Esta não é uma mudança de paradigma; em vez disso, seria um retorno aos padrões e expectativas das operações da Segunda Guerra Mundial e do planejamento da Guerra Fria, exacerbados pela tecnologia e letalidade atuais”, escreveu Fandre.
Ele disse que sem superioridade aérea, as evacuações aéreas podem se tornar limitadas, deixando as evacuações terrestres como o método principal. Mas as evacuações terrestres provavelmente também teriam limites, ele escreveu, o que poderia “aumentar drasticamente as taxas de mortes por ferimentos”.
George Barros, analista de conflitos do Instituto de Estudos da Guerra, sediado nos EUA, disse à BI que os Estados Unidos e seus aliados precisavam de uma “enorme quantidade de aprendizado” para ajudar a “se preparar para deter e, se necessário, derrotar adversários modernos como a China e a Rússia”. Mas também há lições das experiências dos EUA para a Ucrânia.
A comunidade de operações especiais dos EUA tem experiência em cuidados prolongados de combate no campo de batalha, algo que médicos como Tango estão cada vez mais estudando e aplicando na Ucrânia. Expandir isso para os militares em larga escala pode ser desafiador, no entanto, as tropas também estão considerando entregas de suprimentos por drones em campos de batalha disputados, mas essa capacidade ainda está nos estágios iniciais.
Até lá, muitos soldados continuarão a lutar contra o relógio após ferimentos, esperando por pausas nos combates que tornem os tratamentos que salvam vidas mais acessíveis.
Sergipe – Em missões de alta complexidade para o resgate de pessoas em todo o território sergipano, o Grupamento Tático Aéreo (GTA) salvou pelo menos 120 vidas com o uso do helicóptero da unidade vinculada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) em 2024.
Isso representa uma média de um salvamento a cada três dias. As operações desenvolvidas pelo GTA durante o ano passado também somaram 389 horas de voo, indicando uma média de mais de uma hora por dia sobrevoando o estado de Sergipe. O GTA atua em operações da SSP, ações do serviço aeromédico junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e missões de Defesa Civil, disponível nos 75 municípios sergipanos.
Para missões de salvamento e policiais, o acionamento do GTA é feito pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). “Qualquer cidadão que tenha informação de uma ocorrência em que pode ser utilizada a aeronave pode entrar em contato pelo telefone 190, ou pelo número 193, do Corpo de Bombeiros. Os coordenadores do Ciosp repassam a demanda para o GTA”, especificou o comandante do GTA, coronel Fernando Góes.
Ao receber a comunicação do Ciosp, o GTA procede com a rápida triagem da ocorrência para avaliar o emprego dos recursos humanos e de equipamentos da unidade para operações aéreas de segurança pública. “Decidido que essa ocorrência precisa do uso da aeronave, decolamos do aeroporto e partimos para o atendimento no local do fato. O GTA está disponível durante as 24 horas do dia”, explicou o coronel Fernando Góes.
Missões de alta complexidade o papel do GTA na segurança e saúde pública de Sergipe. Foto: Divulgação
Para ilustrar a complexidade das ocorrências atendidas pelo GTA, o coronel destacou o resgate de uma mulher que ficou presa em uma cachoeira na cidade de Macambira, em 2023. “Ela entrou no rio, onde há uma cachoeira e veio uma ‘cabeça da água’ que inundou o local. A ocorrência chegou pelo Ciosp, e nos deslocamos a tempo para a região, conseguindo resgatar a mulher que corria risco de morte caso permanecesse naquele local”, rememorou.
Serviço Aeromédico
Além da atuação em ações de segurança pública, o GTA também opera com o serviço aeromédico junto à SES. O resgate de pessoas para atendimento hospitalar especializado está disponível desde fevereiro de 2023.
“Desde que o GTA começou a atuar em 2009, sempre tivemos a pretensão de atuar em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Porém, era necessária a maturação da unidade com as mais diversas ocorrências”, contextualizou o comandante.
O acionamento para o serviço aeromédico do GTA é vinculado ao SAMU, que recebe os chamados e faz a triagem. Os atendimentos já concretizados pelo Grupamento Tático Aéreo na área da saúde já salvaram a vida de pessoas que estavam em risco iminente de morte com diversas patologias, como cardiovasculares, obstétricas, traumas, remoções pediátricas e incidentes com múltiplas vítimas (IMV), conforme informações da SES.
Missões de alta complexidade o papel do GTA na segurança e saúde pública de Sergipe. Foto: Divulgação
Ações de Defesa Civil
Também integram o rol de serviços do GTA as ações de Defesa Civil, que envolvem a resposta a riscos e danos em torno de emergências causadas por desastres naturais e climáticos, conforme relembrou o coronel Fernando Góes: “A faixa de atuação do GTA é ampla. Hoje a gente atua na segurança pública, na urgência da Saúde e em missões de Defesa Civil. Em todas as situações gravosas e ocorrências de difícil solução, o GTA se engaja e trabalha em parceria com todos os outros órgãos”.
Avaliação dos resultados
Para o coronel Fernando Góes, os resultados de vidas salvas e de horas voadas pelo grupamento em 2024 demonstram a capacidade operacional da unidade e a efetividade das ações do GTA. “Sempre que fomos acionados, em um espaço muito curto de tempo estivemos presentes, e salvamos pelo menos 120 cidadãos em todo o estado. É um número que mostra o quanto trabalhamos nos atendimentos”, ressaltou o comandante do GTA.
Com os indicadores positivos de vidas salvas em missões operacionalizadas pelo GTA no campo da segurança pública e na área da saúde, a perspectiva é de ampliar a capacidade técnica do Grupamento Tático Aéreo da SSP. “É uma atitude muito acertada do Governo do Estado em estabelecer essa parceria entre SSP e SES. Mediante os resultados já alcançados, o serviço tende a ser ampliado com uma capacidade operacional ainda maior do que hoje”, finalizou o coronel.
Missões de alta complexidade o papel do GTA na segurança e saúde pública de Sergipe. Foto: Divulgação.
Minas Gerais – O Governo de Minas promoveu, no dia 22 de janeiro, o lançamento da pedra fundamental da obra da 5ª Companhia Especial de Operações Aéreas (CEOA) e Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV) em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
A unidade será uma base integrada de suporte aéreo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), para os atendimentos de urgência e emergência. A estrutura inclui um hangar, espaço para treinamento e capacitação, alojamentos, área de biossegurança para higienização de equipamentos e aeronave e almoxarifados.
A obra é orçada em cerca de R$ 4 milhões, e o custeio é de responsabilidade dos municípios associados ao Consórcio Intermunicipal de Saúde de Urgência e Emergência do Sudeste (Cisdeste) e ao Consórcio da Macro Centro Sul (Cisru).
Lançamento da pedra fundamental da obra da 5ª Companhia Especial de Operações Aéreas (Ceoa) e Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), em Juiz de Fora. Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG.
A previsão é a de que os trabalhos sejam concluídos em janeiro de 2026. A nova estrutura vai atender 198 municípios ligados aos consórcios, o que representa uma população estimada de 3,2 milhões de mineiros beneficiados diretamente. O governador Romeu Zema participou da cerimônia de lançamento da nova unidade e ressaltou que o investimento vai melhorar a infraestrutura e o acesso à saúde da região.
“Com investimento em aeronaves, conseguiremos salvar mais vidas e proporcionar a quem precisa um atendimento mais rápido, reduzindo sequelas. Esse trabalho vem sendo fortalecido em todas as regiões do estado”, destacou o governador Romeu Zema.
“Quando eu assumi, menos da metade dos municípios contavam com esse tipo de serviço. Hoje, já temos o SAMU operando em 93% das cidades, e até o fim da minha gestão, vamos levar o serviço a todos os municípios de Minas”, disse o governador de Minas Gerais.
Os serviços prestados incluem atendimentos prioritários de transporte aéreo inter-hospitalar e pré-hospitalar, transporte de órgãos e tecidos para transplante e de apoio à Força Estadual de Saúde (FES) em caso de catástrofes no estado.
“Essa ação faz parte do nosso projeto maior para a área da saúde, que é levar atendimento de qualidade para o interior, mais perto da população. Minas Gerais sempre teve uma concentração muito grande de atendimentos de alta e altíssima complexidade na capital e em poucas cidades do interior”, lembrou Romeu Zema.
“Hoje, com os hospitais regionais e diversas outras medidas, estamos ampliando esse atendimento para milhões de mineiros. A entrega de hoje aqui na Zona da Mata é mais um passo nesse sentido”, acrescentou o governador.
Para o presidente da Cisdeste e prefeito de Leopoldina, Pedro Augusto, o investimento na obra é um marco importante para a saúde e segurança da região.
“Essa estrutura moderna vai fortalecer os atendimentos de urgência e emergência, garantindo respostas mais rápidas e eficazes às demandas da população. É uma conquista que reflete o trabalho conjunto dos municípios e dos consórcios envolvidos”, pontuou o prefeito Pedro Augusto.
Lançamento da pedra fundamental da obra da 5ª Companhia Especial de Operações Aéreas (Ceoa) e Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), em Juiz de Fora. Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG.
SAAV
O Suporte Aéreo Avançado de Vida é um esforço conjunto que envolve a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e o Samu, por meio dos consórcios regionais de saúde. A SES-MG é responsável pela aquisição e custeio das aeronaves, enquanto o Corpo de Bombeiros contribui com pilotos, copilotos, e operadores aerotáticos especializados em salvamento.
Essa combinação de esforços garante que as operações sejam conduzidas com máxima eficiência, segurança e qualidade, beneficiando toda a população de Minas Gerais.
Um dos maiores do Brasil
Com quatro bases de operação, seis aeronaves em atividade e uma de reserva, Minas Gerais é um dos maiores prestadores de serviço aeromédico do SUS no país.
O novo hangar de Juiz de Fora – que em breve terá sua própria aeronave – vai se juntar a uma rede que, atualmente, tem uma base de operações em Uberaba (com uma aeronave), uma em Belo Horizonte (com dois aviões e dois helicópteros – sendo um de reserva), além das bases de Varginha, com um helicóptero, e Montes Claros, que também conta com um helicóptero.
O Governo de Minas investiu cerca de R$ 35 milhões somente na aquisição da última aeronave, que fica em Uberaba, no Triângulo.
Para a escolha dos locais de instalação das bases de operação, são levados em conta diversos fatores, como a estrutura do SAMU da região, infraestrutura aeroportuária, disponibilidade de portas de entrada hospitalares, densidade populacional, malha rodoviária, além da presença de batalhões do Corpo de Bombeiros e a distância em relação a outras bases do SAAV.
O novo hangar em Juiz de Fora faz parte da ampliação do SAAV no estado, que prevê também a instalação de uma base em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.
Poços de Caldas passa a contar com o serviço de transporte aeromédico. Foto: Poços de Caldas.
Amapá – Com o objetivo de aprimorar o acesso à saúde, o Governo do Amapá anunciou a implantação do Serviço Aeromédico no estado, avanço que representa um marco no atendimento, de forma ágil e eficiente, das populações de regiões ribeirinhas e isoladas em situações de urgência e emergência. A iniciativa é resultado da integração das secretarias de Saúde (Sesa) e Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
A tarefa é incluir nos resgates já realizados pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA), uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para iniciar as primeiras ações em saúde, reduzindo o tempo de resposta em urgências médicas nas áreas mais remotas.
De acordo com Donato Farias, diretor do Samu, a geografia do Amapá exige soluções ágeis e eficazes devido à carência de especialidades em municípios mais distantes, como cirurgiões gerais e ortopedistas, além de procedimentos cirúrgicos complexos que só são realizados na capital, Macapá.
Equipe do SAMU inicia treinamento para atender regiões isoladas nas ações de resgate do GTA.
“Regiões ribeirinhas e isoladas, com baixa capilaridade do sistema de saúde, agora contam com uma solução que reduz o tempo de resposta no atendimento às urgências, salvando vidas. O Serviço Aeromédico é um marco para a saúde do Amapá, promovendo qualidade de vida e acesso igualitário aos cuidados médicos”, destacou Farias.
A missão é prevenir o agravamento de condições clínicas, cirúrgicas, traumáticas ou psiquiátricas, minimizando o sofrimento e salvando vidas. O serviço aeromédico tem como base a portaria nº 2.048/2002 do Ministério da Saúde, que regulamenta o atendimento pré-hospitalar, e a portaria nº 1.010/2012, que define a Política Nacional de Atenção às Urgências.
Capacitação das equipes
Onze médicos e enfermeiros do SAMU estão recebendo treinamento específico, abordando técnicas como reanimação cardiopulmonar, uso do desfibrilador externo automático, imobilização de fraturas e resgate em situações adversas.
Por sua vez, o Grupo Tático Aéreo desenvolveu treinamentos voltados à segurança e eficiência das operações aéreas, como salvamento aquático, salvamento em altura, resgate veicular e protocolos de abastecimento de aeronaves.
Atualmente, o GTA dispõe de três aeronaves prontas para atender às demandas de saúde em todo o estado, seguindo protocolos integrados de acionamento e comunicação. O serviço não apenas representa um avanço técnico, mas também uma ferramenta de inclusão e equidade, garantindo atendimento às populações mais distantes.
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Donato Farias, diretor do Samu. Foto: Divulgação
Equipe do Samu inicia treinamento para atender regiões isoladas nas ações de resgate do GTA.
Governo do Amapá anuncia implantação do serviço aeromédico para atender regiões ribeirinhas e isoladas do estado.
Santa Catarina – Há exatos 15 anos, no dia 20 de janeiro de 2010, o helicóptero Arcanjo 01 realizava sua primeira operação de resgate em Santa Catarina. O chamado ocorreu às 17h20min, quando a aeronave foi acionada para atender a um acidente de trânsito envolvendo um carro e um caminhão na BR-282, com uma vítima presa nas ferragens.
Este marco histórico do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) representa o início de um serviço que, ao longo dos anos, salvou inúmeras vidas e consolidou a relevância da atuação aérea no Estado.
Na tripulação pioneira, estavam o piloto major Edemilson Lopes, o comandante de operações aéreas capitão Giovanni Fernando Kemper, o tripulante operacional soldado Márcio Aurélio Silveira, o médico de voo Saule Pastre Junior e o enfermeiro de voo André Ricardo Moreira, integrantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A missão destacou-se pela velocidade e precisão da resposta: a motorista foi retirada das ferragens, estabilizada e encaminhada ao Hospital Regional de São José para os cuidados necessários.
Uma memória viva
O coronel da reserva Giovanni Fernando Kemper, ex-comandante do BOA e da aeronave Arcanjo, relembra com emoção aquele dia histórico. “Lembro como se fosse hoje. Era fim de tarde, e achávamos que o primeiro dia seria sem ocorrências. Quando o chamado chegou, sentimos uma adrenalina intensa, com aquele foco em salvar vidas. E esse sentimento permaneceu em todas as ocorrências que vieram depois, mas a gratificação vem das inúmeras vidas salvas e da gratidão das pessoas que nos visitaram no BOA ao longo dos anos”, recorda o coronel.
Arcanjo-01: 15 anos salvando vidas e fazendo história em Santa Catarina. Foto: Divulgação.
Parceria inédita
A implantação do serviço foi viabilizada por uma parceria pioneira entre o CBMSC e a Secretaria de Estado da Saúde. Essa colaboração permitiu que a aeronave contasse com uma tripulação composta por bombeiros militares, um médico e um enfermeiro, garantindo atendimento rápido e eficiente em situações críticas.
No início, o Arcanjo 01 era apenas alugado. Mas em 2012, o helicóptero foi comprado e fixou sua base em Florianópolis, tornando-se um símbolo de agilidade e eficiência no atendimento de emergências em Santa Catarina.
Atendimentos
No primeiro ano de atuação, o Arcanjo atendeu 620 ocorrências. Com o passar do tempo, o serviço de atendimento aeromédico foi ampliado e, atualmente, o Batalhão de Operações Aéreas conta com dois helicópteros, um sediado em Florianópolis e outro em Blumenau, além de três aviões, dois em Florianópolis e um em Joaçaba.
Arcanjo-01: 15 anos salvando vidas e fazendo história em Santa Catarina. Foto: Divulgação
A ampliação para Joaçaba, em abril de 2024, garante que todo catarinense está a 20 minutos de ser socorrido por uma aeronave. Ao longo desses 15 anos de história, já foram mais de 16 mil ocorrências atendidas.
“Esses números nos mostram o quanto foi importante e quão correta foi aquela decisão inicial de locar uma aeronave e quanto isso foi um sucesso para o Estado. O esforço culminou então com esse grande número de ocorrências atendidas e essa expansão de atividade nas três bases que nós temos hoje”, destacou o comandante do BOA, tenente-coronel Hugo Mandrin Dalossi.
Em números totais, o estado de Santa Catarina desponta como o segundo estado com mais atendimentos aeromédicos realizados, foram cerca de 20 mil atendimentos, ficando atrás apenas do estado do Paraná, com mais 30 mil atendimentos.
O nome “Arcanjo” foi escolhido em homenagem ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que atuou ativamente na Operação Arca de Noé, na enchente do Vale do Itajaí entre novembro e dezembro de 2008.
Na operação mais de 30 helicópteros de diferentes instituições estavam trabalhando em apoio, mas apenas uma era das cores do Corpo de Bombeiros, o Arcanjo do CBMMG. Desta forma, quando o serviço foi implantado em Santa Catarina houve a decisão de fazer a homenagem.
Há exatos 15 anos, o helicóptero Arcanjo 01 era apresentado aos cidadãos catarinenses.
Distrito Federal – As ações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) ganharam mais um helicóptero. A nova aeronave se junta às outras duas da corporação em operação para reforçar os trabalhos de resgate, atendimento pré-hospitalar e incêndios.
A aeronave foi apresentada na manhã desta quarta-feira (22) ,na Praça do Buriti, em solenidade na qual a governadora em exercício Celina Leão entregou as chaves para o piloto tenente-coronel Renato Freitas.
“No dia em que a gente entrega uma aeronave como essa, se a gente pudesse ir no futuro e ver o que nós estamos evitando. Estamos evitando muitas mortes. Nós estamos dando vida às pessoas. Estamos evitando que se percam órgãos, para que pessoas tenham transplante. Nós estamos evitando que pessoas por dois minutos, um minuto, 20 minutos, consigam ter vida”, destacou Celina Leão.
Foram investidos cerca de R$ 34 milhões na aquisição do helicóptero pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com recursos do Fundo Constitucional do DF e financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Funcionalidade da aeronave
Batizado de Resgate 08, o helicóptero, modelo AS350B3e da marca Airbus e fabricante Helibrás, tem capacidade de efetuar múltiplas missões, desde resgate aeromédico e salvamento, atuação em incêndios florestais e é equipado com instrumentos e acessórios para voo diurno e noturno.
A aeronave conta com kit aeromédico, guincho de salvamento, gancho e helibalde para combate a incêndios florestais, farol de busca da Trakka Systems, pontos de ancoragem para rapel, duplo sistema hidráulico, acréscimo de potência e maior peso máximo de decolagem, piloto automático de 3 eixos e instrumentação digital de painel.
Destinada ao Comando de Aviação (COMAV), atualmente está sendo operada pelo 1º Esquadrão de Aviação (1º ESAV). “Essa aeronave vai ser usada no salvamento urbano e no combate a incêndio, com suporte de atendimento pré-hospitalar, que é o mais importante, e na época do incêndio florestal vai ser usada no combate. É uma aeronave que vai ser usada nas diversas tarefas do Corpo de Bombeiros Militar e a serviço da população do Distrito Federal”, explicou o comandante-geral, o coronel Leandro Raslan.
De acordo com o comandante-geral, a aquisição já se refletirá em uma parceria com a Secretaria de Saúde, que aportou um investimento de cerca de R$ 8 milhões para a compra de uma outra aeronave para auxiliar as demandas da pasta, processo ainda em execução.
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Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Resgate aéreo no DF nova aeronave amplia capacidade de salvamento e combate a incêndios. Foto: Divulgação
Pronto-atendimento
Presente na entrega do equipamento, o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destacou que o novo equipamento trará mais agilidade aos atendimentos dos bombeiros, auxiliando tanto o sistema público de saúde como de segurança pública.
“Uma aeronave como essa salva centenas – às vezes, milhares de vida – em razão do pronto atendimento e da rapidez que uma situação de emergência demanda”, comentou Avelar. “Quando a gente consegue reduzir o número dos crimes violentos letais intencionais, como os homicídios, uma parte importante desse processo diz respeito a esse pronto atendimento.
É importante dizer que a Secretaria de Saúde faz um uso muito grande desse tipo de ferramenta, porque o pronto atendimento relacionado a acidente de trânsito permite que possamos salvar a vida de pessoas feridas ou até o transporte rápido de órgãos”, acrescentou o titular da pasta.
Distrito Federal – Na última segunda-feira (20), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF) realizou o primeiro transporte de coração de 2025.
O órgão foi trazido do aeroporto da Pampulha de Belo Horizonte (MG) pela Força Aérea Brasileira (FAB) até Brasília e seguiu para o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), localizado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em voo realizado pelo helicóptero Sentinela da Unidade de Operação Aérea do DETRAN-DF.
A tripulação foi composta pelo comandante Sergio Dolghi, copiloto Rafael Sena e operador aerotático Guilherme Goulart. A parceria entre o DETRAN-DF e a Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) começou em 2015 e tem garantido agilidade ao transporte de órgãos para transplantes realizados no Distrito Federal.
Nesses dez anos, o helicóptero Sentinela realizou o transporte de 78 corações.
Helicóptero do DETRAN do Distrito Federal transporta o primeiro órgão para transplante em 2025.
Em 2024, a Marinha do Brasil (MB) resgatou 458 pessoas com vida, vítimas de acidentes no mar e em rios. O Serviço de Busca e Salvamento (SAR) da Marinha foi acionado 270 vezes no ano passado, número inferior se comparado ao ano de 2023, que registrou 295 ocorrências.
Um dos motivos para a redução de tragédias são as campanhas de conscientização sobre navegação segura, desenvolvidas pelas Capitanias, Delegacias e Agências da Marinha no País, de acordo com o Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz).
Situações de “Homem ao mar” foi o pedido de socorro mais solicitado, com 73 casos. Já os naufrágios foram responsáveis por 67 atendimentos. Embarcações à deriva correspondem a 47 pedidos de ajuda. Outro dado relevante refere-se à evacuação aeromédica, com 44 assistências.
Marinha coordena resgate de tripulante de navio de cruzeiro na costa de Fortaleza, CE.
Funcionamento
O SAR, conhecido internacionalmente como Search and Rescue, é uma operação que ocorre em situações de emergência envolvendo embarcações, aeronaves e seus ocupantes. No Brasil, a responsabilidade pelo Serviço é atribuída à Marinha e pode contar com o apoio mútuo de diversos órgãos estaduais e municipais, como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.
A organização militar da MB responsável pelo sistema de informações de navios na área SAR brasileira e do Salvamar Brasil é o COMPAAz, que coordena e executa as missões de resgate em toda extensão marítima e em águas interiores sob sua competência, o que corresponde a uma área de quase 14,5 milhões de quilômetros quadrados, incluindo a “Amazônia Azul”.
O Salvamar Brasil está localizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Devido ao grande tamanho da área de cobertura do SAR, foi necessário dividi-la em regiões menores, conforme o mapa abaixo.
O Salvamar Brasil, sediado no Rio de Janeiro, coordena operações de busca e salvamento marítimo em uma vasta área, subdividida em regiões menores para eficiência operacional. Fonte: Agência Marinha.
Ao ser notificado sobre algum incidente SAR, o Salvamar Brasil aciona o Salvamar Regional do local onde ocorreu o evento, que inicia as primeiras ações. Após a avaliação, inicia-se o planejamento das operações de socorro, definindo os meios (navios, embarcações e/ou aeronaves da Marinha) que serão empregados e a forma como serão realizadas as buscas, bem como o resgate dos sobreviventes.
Não só no mar, mas também no ar: equipe aérea especializada para socorro.
A MB capacita militares para atuarem como Tripulantes Aéreos de Resgate (TAR), a fim de serem empregados, prioritariamente, em incidentes SAR, visando à salvaguarda da vida humana em qualquer ambiente operacional, a partir de uma aeronave.
Esses militares estão distribuídos pelo Brasil, de acordo com os Distritos Navais, e também na sede do Comando da Força Aeronaval, em São Pedro da Aldeia (RJ). Um exemplo prático dos TAR ocorreu em setembro de 2024, quando militares resgataram um tripulante do Navio-Tanque “Elba Leblon”, de bandeira liberiana, localizado a 18 quilômetros do litoral de Angra dos Reis (RJ).
A vítima, com ferimento na cabeça, foi socorrida por uma aeronave da Marinha, que decolou da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ), pousando diretamente no navio. A bordo do helicóptero, estavam uma equipe médica e os TAR-SAR, que garantiram a segurança e a estabilização do enfermo.
Drone amplia serviços de busca e salvamento marítimo
Além de contar com o emprego de navios e aeronaves, o Salvamar Brasil ganhou o reforço da aeronave remotamente pilotada (ARP) NAURU 500C, rebatizada de “RQ-2”, para estender o alcance do campo visual de busca e aumentar a eficiência das operações de resgate realizadas no litoral brasileiro e em águas interiores.
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Novo drone da Marinha amplia serviços de busca e salvamento marítimo.
Foto: Marinha.
Novo drone da Marinha amplia serviços de busca e salvamento marítimo.
Foto: Marinha.
A “RQ-2” é capaz de se distanciar até 60 quilômetros de seu ponto de controle, operando pousos e decolagens verticais a partir de conveses de navios ou em terra, com autonomia para realizar sobrevoos por quatro horas.
Equipado com câmeras de alta resolução, com transmissão de dados e imagens em tempo real, a expectativa é que o drone auxilie nas buscas a náufragos e pessoas em situação de perigo no mar. O equipamento foi desenvolvido com tecnologia 100% nacional de hardware, software e design.
Como pedir socorro?
Quem estiver em situação de perigo ou testemunhar um acidente no mar ou rio, deve ligar para a central 185. Militares do Salvamar Brasil estão preparados 24 horas por dia, todos os dias, para prestar auxílio, atendendo aos pedidos de socorro.
A ligação é gratuita e disponível em todo o território nacional. É importante fornecer informações claras e precisas sobre a situação, incluindo a localização e a natureza da emergência, para que a autoridade marítima possa responder de forma ágil e eficaz.
O Salvamar Brasil ainda responde a ocorrências sinalizadas pelo Sistema Marítimo Global de Socorro e Segurança (GMDSS), que emprega tecnologia de satélites para emitir alertas de socorro.
A utilização desse sistema é obrigatória para navios que realizam viagens internacionais ou navegam em mar aberto, com carga de 300 toneladas ou mais, além daqueles que transportam mais de 12 passageiros.
Veja outras formas de contato abaixo:
Condutores, tripulantes e passageiros são responsáveis pela segurança
Para os condutores de embarcações — seja de turismo, pesca ou carga —, a MB desenvolveu, em parceria com o Ministério do Turismo, o aplicativo “NAVSEG”.
Com ele, a Força Naval tem a capacidade de monitorar o trajeto das embarcações, desde a partida até o destino final, garantindo um acompanhamento eficaz do percurso de navegação. O aplicativo é gratuito e está disponível para download nas lojas de aplicativos para dispositivos Android e iOS.
Santa Catarina – No sábado (4), uma operação conjunta mobilizou equipes da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para resgatar um homem, de 47 anos, que sofreu um grave acidente enquanto praticava canoagem na região da Garganta do Diabo, em Lages.
A vítima caiu de uma altura de aproximadamente 10 metros ao descer as corredeiras do Rio Caveiras e colidir com uma rocha. O local, de acesso extremamente restrito, tornou impossível o socorro por terra, exigindo a atuação do helicóptero Águia 07 do Batalhão de Aviação da Polícia Militar (BAPM).
Resgate aéreo salva canoísta após. queda de 10 metros na Garganta do Diabo, em Lages. Foto: Divulgação.
Assim que chegaram ao local, os socorristas constataram a gravidade do caso. O canoísta havia sido estabilizado por uma equipe especializada em resgate do CBMSC, que já havia montado um sistema de rapel para acesso à vítima.
Em uma operação de alta complexidade, o helicóptero Águia sobrevoou os paredões do cânion e lançou um cabo a uma altura de cerca de 70 metros. O tripulante operacional multimissão desceu de rapel até o ponto de queda d’água para conferir as amarrações na maca de ribanceira e preparar a vítima para o transporte aéreo.
Após o içamento da vítima, a aeronave posicionou-se novamente no interior do cânion para retirar o bombeiro resgatista do local. A vítima, que apresentava lesões na coluna, recebeu atendimento inicial da equipe aeromédica do SAMU antes de ser encaminhada ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages, para exames e tratamento.
Rio de Janeiro – A Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, conhecida como “Asas que Salvam”, completou três anos de atuação em 2024. Com quase 1.500 horas de voo, a equipe comemora a marca de aproximadamente 700 órgãos transportados e quase 400 recém-nascidos atendidos.
“A SOAer presta serviços indispensáveis ao Estado do Rio de Janeiro. Quando implantamos a superintendência em 2021, por iniciativa do nosso saudoso ex-secretário Dr Chaves (Carlos Alberto Chaves), sabíamos que o nosso salva-vidas aéreo teria um papel fundamental. Hoje, os bons números deste serviço mostram que nossa equipe fez a diferença na vida de muitos fluminenses”, afirma a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Helicóptero da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro transportou cerca de 700 órgãos em três anos de atividade.
A agilidade do transporte aéreo, que realiza missões com média de 87 minutos de voo, contribuiu para o aumento dos transplantes de coração e pulmões no estado, especialmente em regiões mais distantes. Em 2024, o órgão mais transportado foi o rim, seguido de coração, fígado e pulmão.
A SOAer, em parceria com o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) da capital, implementou uma incubadora neonatal portátil que pesa menos de 9 kg, substituindo as antigas incubadoras de 115 kg. O investimento da SES-RJ, por meio da Fundação Saúde, foi de R$ 279 mil.
“A incubadora não apenas simboliza um avanço tecnológico, mas também reflete uma abordagem centrada no bem-estar dos pacientes e na eficiência operacional. Essa inovação é um marco na história do transporte neonatal no Rio de Janeiro e reforça o compromisso da SES-RJ em oferecer um serviço de saúde de alta qualidade à sua população”, destacou o tenente coronel Rodrigo Medina, responsável pelo SOAer.
Serviço aeromédico da Secretaria de Saúde do RJ conquista o primeiro lugar em Congresso Aeromédico.
A incubadora, com design ultraleve, permite otimizar o espaço dentro do helicóptero e aumentar a capacidade de combustível. O equipamento oferece mais conforto e segurança para a equipe médica e o bebê durante o transporte, além de facilitar o acesso à criança em caso de necessidade.
Além do helicóptero bimotor AS355NP Esquilo, conhecido como “Verdinho da Saúde“, a Secretaria de Saúde adquiriu por R$ 31 milhões um novo helicóptero monomotor, um Airbus EC 130 T2 (H130).
O novo helicóptero dispõe de uma ampla gama de equipamentos médicos avançados como desfibrilador/cardioversor, ventilador pulmonar, bombas de infusão, sistema de oxigênio, maca, entre outros. A inclusão dessa aeronave na frota irá ampliar o serviço com o incremento do transporte aeromédico adulto.
Novo helicóptero monomotor, Airbus EC 130 T2 (H130), adquirido pela Secretaria de Saúde (SES) em treinamento com os pilotos em Itajubá, MG. Foto: Gabriel Souza. @gabrielll_spotter.
Portugal – Durante o ano de 2024, a Força Aérea Portuguesa apoiou diretamente 881 pessoas, entre transportes aeromédicos, resgates e missões de busca e salvamento, superando as 799 pessoas atendidas em 2023, refletindo um aumento de 10%.
A Força Aérea transportou 840 pessoas, majoritariamente entre os Arquipélagos. Destes transportes, houve um nascimento de um bebê em pleno Oceano Atlântico, a bordo de um avião C-295M da Esquadra 502 – “Elefantes”, no dia 15 de abril.
O ano de 2024 representou ainda missões de busca e salvamento que resultaram em 41 pessoas resgatadas, tanto em terra como no mar, com destaque para a complexa
operação de resgate de duas pessoas em distintas embarcações, durante a madrugada de dia 29 de abril.
Aproveitando a velocidade dos meios aéreos da Força Aérea Portuguesa, ao longo do ano realizaram-se 37 transportes de órgãos para transplante. Em resposta aos conflitos internacionais que se agravaram em 2024, Portugal foi a ponte aérea entre países em guerra, com destaque para duas missões de repatriamento de cidadãos, a primeira com um avião Falcon 50 que realizou diversos voos entre o Líbano e o Chipre, resgatando 28 cidadãos que regressaram depois a Portugal num avião KC-390 juntamente com outros 16 repatriados.
Em pleno dia de Natal, os militares da Força Aérea foram ativados para uma missão de resgate de um homem de 67 anos que se encontrava a bordo do navio cruzeiro “AMBIENCE”.
Mais tarde, um avião C-130H regressou ao Líbano para resgatar mais 44 cidadãos. Nas missões dedicadas à soberania do espaço aéreo, a FAP realizou mais de mil horas de voo, cobrindo todo o país. Neste âmbito, também foram responsáveis pela garantira durante quatro meses da segurança do espaço aéreo nos Bálticos, numa missão ao abrigo da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e que resultou em 565 horas de voo e 20 aeronaves interceptadas.
O mar foi amplamente vigiado em 2024, tendo a Força Aérea realizado diversas missões de patrulhamento marítimo que se revelaram fundamentais para o esforço conjunto de diversas autoridades no combate à migração ilegal e ao narcotráfico. Missões que se realizaram não só em Portugal mas também além fronteiras, com destaque para a permanente vigilância do Mediterrâneo, ao serviço da Agência Frontex e NATO, e a operar a partir de Itália ou Espanha.
A Zona Económica Exclusiva Portuguesa foi igualmente alvo de sobrevoos constantes por parte da Força Aérea, que resultaram na fiscalização e monitorização de navios em trânsito pelo espaço marítimo sob jurisdição nacional. Com o objetivo de fiscalizar as atividades de pesca e garantir a proteção da integridade do espaço marítimo nacional, entre navios não NATO, foram observados 44 navios russos, três chineses e um indiano a cruzar águas territoriais nacionais.
Em missões de apoio à proteção civil, realizaram 280 operações de combate aos incêndios rurais que totalizaram perto de mil horas de voo. Para essa tarefa, adquiriram em 2024 dois aviões DHC-515 Firefighter, conhecidos como Canadair, e mais três helicópteros UH-60 Black Hawk.
Em 2024, a FAP recebeu o segundo de cinco aviões KC-390, o terceiro de nove helicópteros UH-60 Black Hawk e quatro de seis
aviões P-3C oriundos do governo alemão, para além da entrega do primeiro C-130H depois de uma modernização extremamente significativa. O ano terminou com a assinatura de aquisição de 12 aviões A-29N Super Tucano, que criará a capacidade na formação avançada de pilotagem, inexistente na Força Aérea.
Helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea usado para missões SAR.
Paraná – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Paraná registrou o maior número de atendimentos em apenas 11 meses na sua história. De janeiro a novembro de 2024 foram realizadas 1.110.817 de atendimentos, superando o ano anterior, que no mesmo período contava com 1.084.285. Desde 2022, o SAMU cobre 100% do território paranaense, operando por meio de 12 centrais, 282 ambulâncias e seis aeronaves.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o fortalecimento da rede de urgência é reflexo de uma política pública consistente e planejada. “Com investimentos estratégicos, conseguimos ampliar o alcance e a qualidade do SAMU em todas as regiões do Paraná. Essa rede salva vidas diariamente e é um pilar do sistema de saúde do Estado”, afirmou.
Um dos destaques do ano foi o uso do medicamento tenecteplase, aplicado em casos de infarto agudo do miocárdio no Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Desde 2020, o Paraná é o único estado do Brasil a utilizar o trombolítico antes da hospitalização, um protocolo que já beneficiou mais de mil pacientes.
Neste ano, o medicamento, aliado a capacitações regionais, contribuiu para um aumento nos diagnósticos e internações por infarto, com 429 aplicações, resultando em uma redução de 15% nos óbitos pela doença. Em 2023 foram 334 aplicações.
SAMU bate recorde histórico e SIATE inaugura frota mais avançada do país. Foto: Divulgação
Cada ampola do medicamento custa R$ 7.320,00 e é disponibilizada em 59 ambulâncias de suporte avançado do SAMU e em seis aeronaves que atendem urgência no Estado. O medicamento desobstrui a artéria bloqueada, restabelecendo o fluxo sanguíneo e reduzindo os danos ao músculo cardíaco.
Ele alivia a dor no peito e a falta de ar, diminuindo o risco de complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo óbito. Após a administração, o paciente geralmente apresenta um quadro estabilizado, o que garante melhores condições clínicas até a chegada ao hospital.
AEROMÉDICO
O atendimento aeromédico também contribuiu para o salvamento de vidas em 2024. Com 3.933 operações registradas até dezembro, o serviço se consolidou como referência nacional, sendo operado por helicópteros e aviões alocadas estrategicamente para atender a demandas de urgência em todo o Estado.
Desse total, 3.396 atendimentos foram realizados por helicópteros, 503 por avião e 34 transportes de órgãos. Nesses números da SESA não estão computados os transportes de órgãos realizados pelas aeronaves da Casa Militar do Paraná.
Atualmente, todo o Paraná é coberto por cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Em Curitiba ficam alocados dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA), além de um avião da SESA.
Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa contam com um helicóptero cada, contratados pela SESA junto à empresa Helisul Aviação, via licitação. “Não se trata apenas de quantidade, mas da qualidade do serviço prestado. Os investimentos na saúde pública, especialmente em urgência e emergência, têm um impacto direto na preservação de vidas e na redução de sequelas em pacientes atendidos pelo sistema”, ressalta o secretário da Saúde.
SAMU bate recorde histórico e SIATE inaugura frota mais avançada do país. Foto: Divulgação.
SIATE
Com um investimento de R$ 29 milhões, o Estado realizou a maior renovação da frota de ambulâncias já registrada na história do Corpo de Bombeiros do Paraná. Foram entregues 60 veículos, que agora integram a estrutura do SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência).
Mais espaço para vítimas e socorristas, equipamentos mais modernos e uma comunicação mais eficiente com os hospitais estão entre as características que tornam a nova frota de ambulâncias do SIATE do Paraná a mais moderna do Brasil.
Um dos grandes destaques dos novos modelos é a capacidade de transportar, simultaneamente, até duas vítimas em condições ideais de suporte, com macas e aparelhos de oxigênio individuais. Essa característica é essencial para a rotina do SIATE, onde o tempo de atendimento é crucial para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir possíveis sequelas causadas por acidentes.
“O Corpo de Bombeiros presta um serviço singular à sociedade e essa renovação era necessária. O Estado do Paraná tem se transformado em um modelo de referência para o salvamento de vidas e isso somente é possível graças à política municipalista do Governo do Estado. A determinação do governador Ratinho Junior é levar o atendimento aos 399 municípios de maneira igualitária”, complementa Beto Preto.
Com quase R$ 30 milhões em investimentos, Sesa dá início à maior renovação de frota da história do Siate.
Alagoas – Criado por meio da Lei nº 9.390 de 25 de outubro de 2024, o Departamento Estadual de Aviação (DEA) se constitui em uma nova e estratégica unidade voltada para a gestão integrada dos recursos aéreos do Governo de Alagoas. Com foco na segurança, eficiência e agilidade, o DEA representa um marco no desenvolvimento da aviação pública alagoana, no atendimento às demandas da população e no fortalecimento das operações das secretarias de Segurança Pública (SSP) e da Saúde (Sesau).
H135 da Segurança Pública de Alagoas está em fase final para entrega oficial.. Foto: @gabrielll_ spotter.
Com mais de 19 mil atendimentos Salva Mais completa um ano de atividade. Foto: Agencia Alagoas
O helicóptero Koala é adaptado para atuar em resgates complexos, operando com equipamentos de suporte avançado de vida. Foto: Marco Antônio - Ascom Sesau.
O avião Baron é adaptado com equipamentos específicos para o transporte aeromédico. Foto: Marco Antônio - Ascom Sesau.
Além disso, o DEA é o órgão responsável por gerir, operar, manter e fiscalizar todas as aeronaves pertencentes ao Governo, consolidando uma estrutura unificada para a aviação estatal. Sua frota, composta por aeronaves de asas fixas e rotativas, está preparada para atender múltiplas funções, como transporte de autoridades, apoio à segurança pública, resgate aeromédico, combate a incêndios florestais e suporte à Defesa Civil.
Segurança nas operações
“Para o DEA, a segurança operacional é prioridade. Neste sentido, publicamos no Diário Oficial o Manual de Operações (MOP), que padroniza todas as atividades operacionais desempenhadas pelo Departamento. O documento dispõe de sistemas avançados de gestão de riscos, treinamento e capacitação dos nossos profissionais, incluindo pilotos, mecânicos e operadores especializados”, explicou o coronel André Madeiro, diretor-presidente do DEA.
De acordo com ele, o DEA também conta com um Conselho Operacional de Voo, formado por profissionais experientes. “Esse conselho é responsável pelo planejamento das operações aéreas e pela implementação de práticas que asseguram a excelência em todas as missões, seja em ações da Segurança Pública ou em missões de busca e salvamento, terrestre ou aquático”, disse Madeiro.
Aeroportos e helipontos
Além da operação da frota, o departamento também é responsável pela administração de aeroportos, helipontos e demais infraestruturas aeronáuticas do Estado. Com uma gestão eficiente e transparente, a Diretoria Administrativa e Financeira do DEA busca garantir a aplicação responsável dos recursos públicos, promovendo a otimização dos investimentos na aviação estadual.
O Departamento Estadual de Aviação posiciona Alagoas entre os estados que reconhecem o papel estratégico da aviação no desenvolvimento regional e no atendimento das necessidades da população.
Departamento Estadual de Aviação de Alagoas inova na segurança e eficiência na gestão de recursos aéreos.
Rondônia – O ano de 2024 foi marcado por avanços nas atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO). A corporação se destacou pela ampliação da infraestrutura, modernização tecnológica, capacitação de equipes e operações marcantes em diferentes frentes.
Em 2024, o CBMRO realizou mais de 20 mil atendimentos, incluindo emergências urbanas e desastres naturais. Apostando em inovação, foram adquiridas viaturas especializadas, drones e equipamentos de resgate de alta performance. Essas ferramentas aumentaram a eficiência e segurança das operações, especialmente no combate a incêndios e em situações de resgate em áreas de difícil acesso.
MISSÃO HUMANITÁRIA
Um dos momentos mais marcantes de 2024 foi a missão humanitária realizada pelo governo de Rondônia para atender às vítimas de enchentes no estado do Rio Grande do Sul. Pela primeira vez, o CBMRO atuou fora do estado. A equipe realizou 553 atendimentos diários, incluindo resgates, transporte aeromédico e distribuição de donativos.
O governo enviou, por meio do CBMRO, viaturas, embarcações, drones e outros equipamentos de salvamentos, necessários para atuação em situações de desastres. Para compor as equipes da Força-Tarefa, foram designados militares de todo estado. Durante a operação foram utilizadas um avião Grand Caravan, quatro caminhonetes e duas embarcações.
No retorno a Rondônia, o governo do estado entregou 52 medalhas para os participantes da ação humanitária. Segundo o comandante-geral do CBMRO, coronel BM Nivaldo de Azevedo Ferreira, a operação demonstrou a capacidade técnica e a solidariedade dos bombeiros de Rondônia. “Foi uma missão desafiadora e histórica para nossa corporação. Mostramos que estamos preparados para atuar não apenas em Rondônia, mas em qualquer lugar onde nossa ajuda seja necessária”, afirmou.
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Missões estratégicas e humanitárias destacam a atuação em proteção e resgate do corpo de bombeiros de Rondônia em 2024. Foto: Esio Mendes
Missões estratégicas e humanitárias destacam a atuação em proteção e resgate do corpo de bombeiros de Rondônia em 2024. Foto: Divulgação
Missões estratégicas e humanitárias destacam a atuação em proteção e resgate do corpo de bombeiros de Rondônia em 2024. Foto: Daiane Mendonça
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
O planejamento estratégico da Corporação durante o período desafiador dos incêndios florestais resultou em uma redução significativa dos focos de incêndio criminosos em áreas críticas como Guajará-Mirim, Pimenta Bueno e Costa Marques. O helicóptero Falcão 02, equipado com o sistema Bambi Bucket com capacidade de arrebatar 450 litros d’água, desempenhou papel essencial no combate aéreo.
O governo de Rondônia contratou ainda 800 horas de voos das aeronaves especializadas, cada uma com capacidade para despejar 2 mil litros de água em cada lançamento. Um reforço significativo com a incorporação dos aviões Air Tractor no combate aos incêndios florestais no Parque Estadual Guajará-Mirim e Estação Ecológica Soldado da Borracha, no município de Cujubim.
Missões estratégicas e humanitárias destacam a atuação em proteção e resgate do Corpo de Bombeiros de Rondônia em 2024. Foto: Frank Nery
EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA
Dentre os avanços no ano, está a inauguração da Torre de Salvamento em Altura, um equipamento pioneiro que amplia o padrão de treinamento dos bombeiros nas operações em locais elevados. Também foi entregue o novo Centro de Ensino da Corporação, considerado referência para a formação e qualificação dos militares.
A expansão da infraestrutura contemplou, ainda, a entrega do quartel do 3º Subgrupamento de Bombeiros Militar (2º SGBM) e o início da construção de duas novas unidades: o 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM), em Pimenta Bueno, e o Quartel de Buritis. As melhorias ampliam o alcance operacional da instituição em regiões estratégicas.
Missões estratégicas e humanitárias destacam a atuação em proteção e resgate do Corpo de Bombeiros de Rondônia em 2024. Foto: Esio Mendes.
Paraná – O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) foi acionado no dia 24 de dezembro para prestar apoio ao Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. Um homem de 22 anos estava com dificuldade de locomoção no Pico Paraná e precisava ser resgatado.
A vítima tem quadro de hérnia de disco e teve um travamento da coluna ao realizar a trilha. Em virtude das condições meteorológicas do dia anterior, não foi possível realizar o apoio aéreo, sendo necessário o pernoite de dois bombeiros militares do GOST juntamente com a vítima no Pico Paraná.
Com a melhora das condições meteorológicas, na manhã do dia 24 foi possível a realização da missão, sendo acionado o helicóptero Falcão 03 do BPMOA para efetuar a extração da vítima do acampamento 01 do Pico Paraná.
A vítima foi levada ao Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, e após a avaliação do médico do SAMU que compõe a tripulação do BPMOA, foi levada de ambulância para a UPA Boa Vista.
Paraíba – As últimas semanas foram marcadas por um intenso trabalho das equipes do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do CBMPB e do Grupo de Resgate Aeromédico (Grame). Em operações que cruzaram divisas estaduais, a solidariedade e a competência desses profissionais marcaram a jornada de pacientes que precisavam de cuidados especializados.
O serviço é realizado de forma conjunta pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Sesds) e Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB), e atua desde 2021 transportando pacientes que precisam de cuidados em outras unidades hospitalares, sejam elas dentro ou fora do território estadual.
Coração paraibano: histórias que inspiram. Foto: Divulgação.
A regulação do serviço é realizada por meio do Complexo Regulador Estadual, e o uso do transporte aéreo vai depender da gravidade e da estabilidade do paciente. O serviço conta com duas ambulâncias aéreas (aviões) que garantem aos pacientes um transporte rápido e seguro.
100º voo
Nesta segunda-feira (30), o Grame realizou o 100° voo aeromédico na Paraíba. O centésimo voo transportou uma paciente com cardiopatia do Complexo Hospitalar Janduhy Carneiro, em Patos, para o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, onde passará por um implante de cardioversor/desfibrilador (CDI).
Repatriação e esperança
No dia 23 de dezembro, um jovem de 23 anos, vítima de um grave acidente em Pato de Minas, MG, foi transferido para Alagoas em uma operação conjunta entre a equipe aeromédica da Paraíba e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Após semanas de tratamento intensivo, o paciente pôde retornar à sua cidade natal, onde dá continuidade à recuperação ao lado de seus familiares.
Cuidando do coração
No mesmo dia, por meio do Programa Coração Paraibano, uma paciente de 59 anos, com histórico cardíaco, precisou ser transferida pela equipe aeromédica do Hospital Regional de Piancó para o Hospital Metropolitano, em Santa Rita (PB). A paciente terá acesso a tratamentos especializados que visam melhorar sua qualidade de vida.
Um novo começo
O Natal trouxe a alegria de um novo nascimento, mas também a necessidade de cuidados especiais. Um recém-nascido com má formação foi transferido da Maternidade Peregrino Filho, em Patos, para o Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, onde recebe assistência necessária.
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Grupo de Resgate Aeromédico da Paraíba realizou 100º voo em prol da vida
Grupo de Resgate Aeromédico da Paraíba realizou 100º voo em prol da vida
Grupo de Resgate Aeromédico da Paraíba realizou 100º voo em prol da vida
Grupo de Resgate Aeromédico da Paraíba realizou 100º voo em prol da vida
Mato Grosso – O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) realizou 1.300 atendimentos entre os meses de janeiro e novembro de 2024, em operações voltadas à segurança pública, saúde, meio ambiente e bem-estar social. No total, foram mais de 1,1 mil horas de voo.
O CIOPAER conta com 11 aeronaves em Mato Grosso, sendo sete aviões e quatro helicópteros em operação. Desde a sua criação, em 2006, até novembro deste ano, 16.646 atendimentos em 30.221,9 horas de voo foram realizadas.
Meio ambiente e bem-estar social
Na área ambiental, o CIOPAer apoiou o Corpo de Bombeiros Militar em 141 atendimentos de combate a incêndios, somando 250 horas de voo, sendo 225 no Pantanal. Nestes auxílios, foram feitos 29 resgates e 22 buscas e salvamentos feitos pelas equipes de operações aéreas.
A unidade também realizou a Operação Taquari 2, levando oito servidores, um helicóptero e uma viatura de apoio solo para o Rio Grande do Sul, por conta das enchentes entre os meses de abril e maio. Essa operação somou 49,8 horas de voo em missões humanitárias e de resgate no território gaúcho.
Nesta ocasião, as equipes efetuaram o resgate de 40 vítimas, seis animais e transportaram seis pessoas para tratamento médico de urgência. Além disso, a aeronave também colaborou no transporte de 11 equipes médicas para atendimento à população, e fez seis voos de reconhecimento de área.
CIOPAER/MT realizou mais de 1.300 Atendimentos em 2024, Salvando Vidas e Fortalecendo a Segurança Pública. Foto: Divulgação.
Saúde
A colaboração com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) também tornou possível 57 operações aeromédicas em cerca de 298 horas voadas. O Centro Integrado fez o transporte de 34 pacientes, além de 09 transportes de pacientes para transplantes de áreas mato-grossenses que não possuem voos comerciais.
O comandante do CIOPAER, tenente-coronel Ernesto Lima Júnior, destacou a importância das ações para Mato Grosso considerando os avanços que vêm sendo realizados na frota e na capacidade de funcionamento do Centro Integrado.
O salvamento de vidas, com os resgates de vítimas, assim como o transporte de pacientes para transplante, ultrapassam a sensação de missão concluída ao finalizar uma escala de trabalho. “É gratificante ver a felicidade do paciente e da família desembarcando para uma nova jornada, a da cirurgia em que receberá um novo órgão, a chance de vida pela qual tanto esperava”, completou Lima Júnior.
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CIOPAER/MT realizou mais de 1.300 Atendimentos em 2024, Salvando Vidas e Fortalecendo a Segurança Pública. Foto: Divulgação
CIOPAER/MT realizou mais de 1.300 Atendimentos em 2024, Salvando Vidas e Fortalecendo a Segurança Pública. Foto: Divulgação
Operações Policias
A unidade especializada em operações aéreas do Governo do Estado realizou 507 atendimentos operacionais em apoio às Polícias Militar, Civil, Penal e Federal, totalizando em 560 horas voadas.
Essas ações somam 130 operações policiais integradas que resultaram na recuperação de 42 veículos roubados e furtados, 12 ações de buscas e capturas de foragidos, 123 de patrulhamento aéreo preventivo e 78 de fiscalização ambiental em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Também na área policial, equipes do CIOPAer atuaram em 23 voos de transportes de tropas operacionais para missões no interior do Estado em atividades como desarmamento de bombas, intervenções em presídios e entre outras ocorrências.
Na região da fronteira do Brasil com a Bolívia, as forças do Centro Integrado trabalharam em conjunto com o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) na apreensão de mais de uma tonelada de entorpecentes.
Além disso, auxiliou o Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) no resgate de vítimas de um sequestro na capital, mantidas presas dentro de um veículo e sob a mira de armas. O CIOPAER localizou o carro e informou às equipes da Rotam, que realizaram a abordagem e detiveram os criminosos, resgatando as vítimas em segurança.
“A política de modernização da nossa frota, que tem como base a otimização de recursos e a eficiência dos serviços públicos, está possibilitando mais quantidade de horas voadas e ampliação do número de atendimentos a custos menores para o Estado. Diante de todas essas ações, temos a percepção da importância da unidade de operações aéreas nas diversas áreas dos serviços públicos. A rapidez na mobilização de tropas no combate ao crime organizado, por exemplo, permite uma resposta rápida e à altura das forças de segurança pública à criminalidade”, disse Lima Júnior.
CIOPAER/MT realizou mais de 1.300 Atendimentos em 2024, Salvando Vidas e Fortalecendo a Segurança Pública. Foto: Divulgação.