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Amapá – Os três tripulantes do helicóptero, modelo EC120, matrícula PR-BGF, da empresa Sagres Táxi Aéreo, que desapareceu na última quarta-feira (16) após sair do polo base Bona, na Aldeia Maritepu, na Amazônia, foram encontrados com vida na manhã deste sábado (19) pela equipe de resgate do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP) do Pará.

Após alguns voos na região, seguindo coordenadas sugeridas, os operadores aerotáticos, Sgt BM Max e Sgt PM John, identificaram sinal de fumaça no meio da floresta, próximo ao Rio Iratapuru, a cerca de 70 quilômetros do município de Pedra Branca do Amapari, na região central do Amapá. A equipe de resgate do GRAESP filmou o momento da localização, conforme vídeo abaixo.

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Vídeo do momento da localização.

Além de um avião Caravan do GRAESP pilotado pelo comandante Canizo, equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) realizam buscas desde a notícia do desaparecimento com as aeronaves SC-105 Amazonas, P-95 Bandeirulha e H-36 Caracal, incluindo voo à noite, com emprego de óculos de visão noturna (NVG). O Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico empregou mais de 39 horas de voo na operação de busca e salvamento.

A retirada dos tripulantes do meio da mata foi realizada por uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) do 1°/8° GAv (Esquadrão Falcão) da FAB, com a aeronave FAB 8513, equipada com guincho. Depois do salvamento, os tripulantes foram levados para Macapá, onde receberam atendimento médico das equipes do SAMU e do Corpo de Bombeiros e foram encaminhados para o Hospital de Emergência (HE) de Macapá, onde passam bem.

“Obrigado por todo o apoio, a todos que não desistiram, por toda a gentileza e presteza dos órgãos do governo local, da Força Aérea, e dos grupos de resgate aéreos do Amapá e do Pará, que a gente conseguiu contato, conseguimos ter todo mundo com vida”, disse Gonçalves, logo após o resgate, em Macapá.

O comandante da aeronave, tenente coronel reserva Josilei Albino Gonçalves de Freitas junto com José Francisco Vieira, engenheiro da Funai e o mecânico Gabriel Silva Serra, conseguiram se comunicar com a equipe de resgate. Eles estavam próximos ao rio Iratapuru, que ocupa áreas dos municípios de Pedra Branca do Amapari, Mazagão e Laranjal do Jari, no Amapá.

De acordo com informações do capitão Muller Bryan, subcomandante do Grupamento Tático Aéreo (GTA) do Amapá, as equipes estão focadas na retirada dos três tripulantes da área. “Temos uma aeronave do GRAESP no apoio, com o pessoal nosso dentro que conhecia a área, então a gente foi em alguns pontos que poderiam ter pousado e ao passar em cima lá eles comunicaram via rádio, conseguiram através do rádio da aeronave”, informou.

Segundo Funai e Sesai, a equipe fazia inspeção de pistas de pouso na região do Parque do Tumucumaque e áreas indígenas, e decolou do polo base Bona, na aldeia Maritepu, às 12h e deveria ter chegado em Macapá às 14h da última quarta-feira. A empresa Sagres possui contrato emergencial com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Amapá e Norte do Pará para atendimento da saúde indígena, transporte de equipes de saúde, cargas e pacientes indígenas. O valor do contrato, em vigor até o dia 14/9, é de R$ 5,7 milhões (clique aqui).

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da ANAC (clique aqui), a situação de aeronavegabilidade do helicóptero de matrícula PR-BGF está regular, porém está registrado na categoria de serviço aéreo privado (TPP), e não está autorizada para operação de táxi aéreo (TPX).

Investigação

Investigadores do Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I), localizado em Belém (PA), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave.

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