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Exame Negócios, por Mariana Desidério.

São Paulo – O grupo que controla a operadora de planos de saúde Prevent Senior possui um negócio de aviação cuja demanda explodiu com a pandemia. Trata-se da Air Jet, empresa de táxi aéreo especializada em voos aeromédicos.

Com a pandemia do novo coronavírus, a Air Jet viu a demanda por suas UTIs aéreas crescer 546%, e ampliou a oferta do serviço para terceiros. De acordo com o presidente da Prevent Senior, Fernando Parrillo, 68% dos voos realizados pela companhia nos últimos meses atenderam a outras empresas ou particulares. O serviço é gratuito para beneficiários da Prevent Senior, que tem foco no público idoso.

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Helicóptero aeromédico da Air Jet, empresa de táxi aéreo dos donos da Prevent Senior (Air Jet/Divulgação)

Dos pacientes transportados na pandemia, 80% eram pessoas com a COVID-19. Para transportar esses pacientes, a empresa comprou macas especiais que permitem o total isolamento dos doentes em uma espécie de bolha.

A Air Jet possui hoje três helicópteros, dois aviões adaptados, além de oito aeronaves executivas. Dois dos helicópteros foram usados no socorro após o desastre da barragem da Vale em Brumadinho (MG). A companhia já encomendou outros dois helicópteros modelo H 145 D3, da Airbus, que estão em fabricação e custam 10 milhões de dólares cada.

Também negocia a aquisição de mais um Learjet 45, aeronave com capacidade para transportar 8 ou 10 passageiros em viagens interestaduais e internacionais. A previsão é investir 150 milhões de reais em aeronaves no médio prazo. A intenção é ter a possibilidade de fazer remoções de pacientes que estejam na Europa, caso necessário.

Air Jet Táxi Aéreo realiza transporte aeromédico de paciente da cidade de Lorena para São Paulo.

“Aqui estamos mais acostumados com as ambulâncias, mas a remoção aérea já é bem comum nos Estados Unidos. Acreditamos que isso vai crescer no Brasil. As pessoas vão entender que ter um transporte adequado e seguro faz parte do sistema de atendimento. Nossa meta é ser uma referência nesse serviço”, afirma Parrillo.

A empresa também realiza voos executivos, um serviço que, na visão de Parrillo, deve crescer após a pandemia. “Quem pode, quer evitar entrar em um avião com muitas pessoas, então tem muita gente contratando voos executivos”, diz. A empresa leva em média uma hora para transformar uma aeronave comum em uma voltada para o transporte aeromédico e vice-versa.

Desde o início da pandemia, o número de funcionários da Air Jet subiu de 38 para 65 e o faturamento está na casa dos 100 milhões de reais ao ano, usando projeções dos números atuais.

Além dos investimentos em aeronaves pela Air Jet, a Prevent Senior prevê investir 350 milhões de reais, incluindo a abertura de quatro novas unidades hospitalares. A empresa se prepara para inaugurar em julho um novo hospital na região do Morumbi, na zona sul de São Paulo, desenhado para ter suítes exclusivas para os acompanhantes de pacientes internados. A unidade está agora em fase de treinamento dos funcionários.

Helicóptero da Air Jet, com maca adaptada para receber pacientes de covid (Air Jet/Divulgação).
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