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Barragem de brumadinho

Câmara dos Deputados homenageia vítimas de Brumadinho e bombeiros que trabalharam nas equipes de resgate

EBC e G1

Brasília – Com um plenário lotado de bombeiros militares, a Câmara dos Deputados fez na quinta-feira (14) sessão solene em homenagem às vítimas do rompimento da barragem de rejeitos da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, e aos profissionais de socorro que trabalham nos resgates.

Balanço divulgado na quinta-feira pela Defesa Civil de Minas Gerais aponta 203 mortos, 105 desaparecidos e 395 pessoas localizadas. O rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, gerou um mar de lama com rejeitos de mineração que varreram a zona rural de Brumadinho.

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A sessão solene foi presidida pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) que vestiu farda para ir à cerimônia. Ao discursar, ele destacou o heroísmo dos militares que atuaram na operação. O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), destacou a atuação de seis bombeiros e seis cães cedidos pelo governo de Goiás para auxiliar na operação de resgate em Brumadinho.

Cerca de 400 militares do Corpo de Bombeiros de 10 estados e do Distrito Federal participaram da solenidade. Uma das homenageadas foi a major do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais Karla Lessa, piloto de helicóptero que fez o resgate dramático de uma vítima presa na lama após o rompimento da Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão no dia 25 de janeiro.

“Como bombeira, essa homenagem dá repercussão ao trabalho feito pelo Corpo de Bombeiros. Cotidianamente, nós atendemos a diversas tragédias humanas. Com a repercussão que teve Brumadinho, pela dimensão da tragédia, isso ficou mais latente”, disse.

Karla destacou que os trabalhos dos bombeiros continuam na região afetada e devem durar ainda muito tempo. “Com o passar do tempo, tende a cair no esquecimento o que está acontecendo. Isso aqui é importante para reavivar que os trabalhos continuam”, afirmou. A lama destruiu a área administrativa da mineradora, atingiu comunidades do município mineiro e o Rio Paraopeba.

Para o comandante-geral Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Edgar Estevo Silva, a homenagem do Legislativo é um reconhecimento da sociedade ao trabalho de todos os bombeiros do Brasil.

“É fundamental para que possamos dar visibilidade a todas as instituições brasileiras de que o Corpo de Bombeiros é um exemplo de trabalho dedicado, de empenho, valoroso para toda a população”, enfatizou.

Segundo o comandante-geral, a operação de resgate em Brumadinho foi a maior da história do país e contou com mais de 750 bombeiros de Minas Gerais e 12 equipes de outros estados, além do apoio de 130 homens do exército de Israel.

Comissão externa

A comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar os desdobramentos do rompimento da barragem da Vale voltou a se reunir na quinta-feira à tarde para debater planos de segurança para barragens e planos de ação de emergência

Foram convidados, entre outros, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, e o professor titular aposentado do Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, Antonio Nunes de Miranda.

Já na primeira sessão, os integrantes da CPI aprovaram a convocação do presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, e do presidente interino da mineradora, Eduardo Bartolomeo. Não há previsão de quando ocorrerá o depoimento dos dois executivos da companhia. Por se tratar de uma convocação da CPI, ambos serão obrigados a comparecer ao colegiado na data em que forem agendados os depoimentos.

Piloto de helicóptero do Corpo de Bombeiros do RJ fala sobre abnegação e solidariedade nas operações de busca e salvamento em Brumadinho, MG

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), Rammon Dias Pereira, fez um relato em sua rede social sobre participação nas operações de busca e salvamento das vítimas do acidente na barragem de Brumadinho, MG.

Rammon é piloto de helicóptero do Corpo de Bombeiros e foi a primeira aeronave de outro Estado a deslocar-se para Minas Gerais para apoiar as operações.  Além do helicóptero, nove viaturas e três cães farejadores auxiliaram as buscas por vítimas do rompimento da barragem.

Duas equipes, de 40 militares cada, seguiram no sábado (26) e se revezaram nos trabalhos durante 10 dias. Durante o período que ficou em Brumadinho, voaram 45 horas e realizaram 90 missões. Foram salvamentos, evacuações aeromédicas, retirada de corpos e de animais, transporte de tropa e de material.

Na manhã de quarta-feria (06) a equipe de bombeiros que estiveram no apoio às operações de busca e salvamento em Brumadinho receberam das mãos do Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a Medalha do Mérito Força e Coragem.

Bombeiros do RJ que participaram de trabalhos de resgate em Brumadinho são homenageados. Foto: CBMERJ.

Com um nó na garganta, Rammon falou em sua rede social sobre solidariedade e abnegação:

Confesso que ao iniciar esse relato sinto a garganta embargar e uma imensa vontade de chorar. No mês em que completo 24 anos de carreira como Bombeiro-Militar e 18 anos como Piloto de Helicóptero, nunca vivi nada igual ao que passei em Brumadinho. Em todo este tempo tive a oportunidade de viver experiências fantásticas, conhecer lugares e pessoas, mas indubitavelmente nenhuma se comparou ao que vivi nos últimos 07 dias.

Brumadinho me fez realizar muitas reflexões; passar dias retirando corpos sujos de lama e barro, me fez enxergar que a vida é somente uma curta passagem e a nossa existência é maior que isso aqui, por isso temos que fazer valer a pena!

Brumadinho me fez descobrir o quão bom pode ser o homem quando resolve dar o melhor de si. O nosso CBMERJ é gigante, nossos bombeiros de terra ou do ar, foram incansáveis na busca das pessoas em meio àquele ambiente insalubre e extremamente perigoso. Mesmo sob a possibilidade de rompimento da segunda barragem, o que nos colocaria em risco de morte, nenhum militar sequer cogitou abandonar a missão de devolver às famílias seus entes queridos para que pudessem se despedir com dignidade.

Brumadinho demonstrou que homens e mulheres do Grupamento de Operações Aéreas, são abnegados na arte de resgatar, deram tudo de si e mais o “chivunk”, foram 45 horas voadas e 90 missões executadas, em condições de voo totalmente extremas nos aspectos físicos, técnicos e psicológicos.

Brumadinho mostrou o quão acolhedor e carinhoso são os mineiros. Muitas pessoas que conheci perderam familiares e amigos, e mesmo com a dor do luto faziam questão de nos proporcionar um belo sorriso com palavras de força e agradecimento. Preocupavam-se com absolutamente tudo para nos dar bem-estar. Por diversas vezes os vi fazendo orações em prol de nossa segurança e saúde. Rogo a Deus que os abençoe e conforte suas dores.

Por fim, quero agradecer muito a todos conhecidos e desconhecidos, pelas milhares de mensagens diárias de carinho, força e fé; isso faz uma diferença enorme na nossa energia. Obrigado, esse é o combustível que a gente precisa pra continuar lutando.

  • Chivunk é uma expressão onde um militar passa o sentimento de “garra” para outro em situação de extremo desgaste para que este cumpra seu objetivo e consiga chegar ao final.

Imagem dos bombeiros do Rio de Janeiro em Brumadinho e um cartinha recebida com a seguinte mensagem: Bombeiros, queríamos dizer obrigado pelo trabalho de vocês! Não desistam! Estamos todos com vocês!

Helicópteros lançam pétalas de rosas em homenagem às vítimas da tragédia em Brumadinho, MG

G1 e UOL

Minas Gerais – No início da tarde de sexta-feira (01), uma chuva de pétalas de rosas doadas por pessoas de Belo Horizonte e da região de Brumadinho caiu sobre o local onde na última sexta-feira (25) houve o rompimento de uma barragem da Vale, na Mina Córrego do Feijão.

Dez helicópteros que atuam nas operações e que fazem parte da força-tarefa sobrevoaram a área na hora do almoço. As pétalas foram levadas pela população da região ao Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte.

Dezenas de bombeiros, policiais e membros da Defesa Civil se reuniram diante de um mastro de bandeira improvisado e ouviram as palavras de um padre da Polícia Civil. A cerimônia, que durou cerca de 15 minutos teve música e oração em tributo às vítimas e, ao final, os helicópteros das equipes de busca jogaram pétalas de rosa sobre o local.

“É uma forma de tentar levar conforto para as famílias e, de algum jeito, buscar uma maneira de lidar com tanto sofrimento”, afirmou o sargento Jarbas Tavares, do Corpo de Bombeiros de MG. Os moradores da região, que perderam amigos e familiares, acompanharam a cerimônia à distância, fora do perímetro de buscas. O acesso é restrito às equipes de resgate, por razões de segurança.

De longe, dezenas acompanhavam o culto e, em meio a lágrimas e expressões de pesar, aplaudiam a homenagem dos bombeiros e policiais.

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Força Aérea Brasileira coordena cerca de 300 voos por dia nas buscas às vitimas de Brumadinho, MG

Agência Força Aérea

Minas Gerais – Os trabalhos continuam intensos no quarto dia de atuação da Força Aérea Brasileira (FAB) em apoio à operação de resgate às vítimas do desastre ocorrido em Brumadinho (MG).

Após a instalação de uma unidade de Serviço de Informações Aeronáuticas (AFIS), também conhecida como estação-rádio para dar suporte e garantir a segurança das aeronaves envolvidas nas ações de busca e salvamento, a FAB está atuando na coordenação dos voos, que chegam a 300 por dia.

A estrutura montada na região do desastre está sob a coordenação do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC). De acordo com o Chefe da Divisão de Operações do 1º GCC e Chefe do Centro de Operações Aéreas em Brumadinho, Major Leonardo André Haberfeld Maia, estão sendo operadas, simultaneamente, em torno de 16 aeronaves. Estão sendo empregadas aeronaves do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Forças Armadas.

O AFIS está localizado no terreno de uma igreja no Córrego do Feijão e conta com gerador, antena para enlace via satélite, computadores interligados em rede e sistemas de comunicação VHF, UHF e HF. Além do AFIS, também foi montado um Centro de Comando e Controle, alocado em uma universidade local.

“Nós estabelecemos uma área central coordenada entre esses dois pontos: o que fica alocado na universidade e o da igreja, sendo que o ponto da igreja fica mais próximo da área do desastre. São dois pontos distintos e a coordenada central entre esses dois pontos engloba 9 milhas, cerca de 16 km. É uma área considerada pequena, mas com um movimento muito intenso. São mais de 300 movimentos diários de pouso e decolagem”, afirma o Major Haberfeld.

Além da coordenação das aeronaves envolvidas nas operações de resgate, a FAB também está atuando para que o espaço aéreo da região de Brumadinho fique restrito apenas a essas aeronaves, sendo que os voos com drones também não estão autorizados.

Todo suporte na comunicação entre as aeronaves está sendo fornecido por 25 militares do 1º GCC e também do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I).

Toda a ação para coordenar as aeronaves no espaço aéreo do município mineiro foi programada após articulação com a Presidência da República, Ministério da Defesa e Defesa Civil e não há previsão para o fim dos trabalhos na região.

Imagens da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho mostram o trabalho dos socorristas e o cenário de desolação

Imagens G1

Minas Gerais – Uma barragem se rompeu na tarde desta sexta-feira (25) em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bombeiros militares, policiais civis e militares, agentes da Defesa Civil estadual e municipal, socorristas do Samu, voluntários, militares das Forças Armadas, cães farejadores e aeronaves da Polícia Civil (Carcará), do Corpo de Bombeiros (Arcanjo) e da Polícia Militar (Pégasus) de Minas Gerais estão empenhados nas buscas e no socorro de vítimas.

Imagens da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho mostram o trabalho dos socorristas, cujo cenário na região é de desolação.

Além dessas aeronaves, um helicóptero (Bombeiro 05) do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro chegou em Brumadinho no sábado (26) com o Ten Cel Rammon, Comandante do GOA, e equipe de socorristas.

Um helicóptero do Grupamento Aeromóvel da PM do Rio e outro do Batalhão de Operações Aéreas da PM (BPMOA) do Paraná deverão se juntar às equipes de resgate. Aeronaves do Exército, Marinha, FAB, PRF e Polícia Federal também auxiliam os trabalhos da Defesa Civil. Conforme a evolução das buscas, equipes de outros Estados deverão ser integradas na operação.

Essas equipes de socorristas estão empenhadas na localização e resgate de vítimas. Até o momento, o Corpo de Bombeiros Militar confirmou que há 60 mortos e ao todo estimam existir cerca de 290 pessoas desaparecidas.

Além disso, a Polícia Militar de Minas utiliza drones nas buscas e a Defesa Civil solicitou ainda que imprensa ou pessoas não autorizadas não utilizem drones, pois atrapalham o sobrevoo das aeronaves que estão efetuando buscas ou resgatando pessoas ilhadas em diversos pontos, a todo momento.

O repórter fotográfico Roberto Valadares Caiafa realizou uma série de imagens das equipes do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais no aeroporto da Pampulha, preparando equipamentos e aeronaves para as operações de busca e salvamento em Brumadinho.

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