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Sistema de Busca e Salvamento do DECEA teve 2.907 acionamentos em 2024

O Brasil registrou 2.907 casos de incidentes do Sistema de Busca e Salvamento em 2024, dos quais 30 evoluíram para operações de busca e salvamento, incluindo casos aeronáuticos, marítimos, homem ao mar e evacuações aeromédicas. Os números constam no Anuário SAR (Search and Rescue) elaborado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e referem-se especificamente aos casos com a participação da Força Aérea Brasileira (FAB).

O relatório aponta ainda que 21 pessoas foram resgatadas com vida com a participação da FAB. O esforço aéreo total para as missões SAR acumulou cerca de 234 horas de voo, distribuídas entre as diversas missões e regiões de atuação.

O Brasil ocupa destaque no cenário internacional do Programa Cospas-Sarsat, apesar do obstáculo cultural dos falsos alertas. Um fator responsável por esses números são os acionamentos equivocados das balizas de emergência (Transmissores Localizadores de Emergência – ELT e EPIRB), equipamentos embarcados na grande maioria das aeronaves e embarcações que são acionados em casos de emergência por uma ação voluntária ou por um impacto sofrido.

O sinal captado por satélites é transmitido aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO) através do Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC). Ao longo de 2024, foram recebidos 1.236 sinais de alerta, dos quais 19 foram reais, 607 de mau uso, 114 sinais devido a mau funcionamento dos equipamentos, 54 ativações voluntárias, além de outros sinais indevidos, completando o total de 935 falsos alertas.

Segundo o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do Subdepartamento de Operações do DECEA, Major Aviador Bruno Vieira Passos, os dados apresentados no Anuário SAR 2024 atestam a eficiência e a capacidade de resposta dos órgãos SAR no Brasil, evidenciando avanços na doutrina e na operação.

“A redução de incidentes que evoluem para operações reais e a melhoria nos processos de detecção e resposta são pontos positivos. No entanto, a alta incidência de falsos alertas continua sendo um desafio, demandando maior conscientização dos operadores de balizas”, pontuou.

Marinha do Brasil resgata tripulante ucraniano com suspeita de infarto em navio mercante

Rio de Janeiro – A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 8º Distrito Naval (Com8ºDN), coordenou no domingo (16) o resgate de um tripulante do Navio Mercante “Tr Lady”, que apresentava sintomas de infarto. A operação foi realizada em conjunto com o Comando em Chefe da Esquadra, garantindo a evacuação aeromédica (EVAM) da vítima para atendimento hospitalar.

O navio encontrava-se a 136 km da costa, na área jurisdicional do Comando da Marinha em São Paulo, quando o tripulante, um cidadão ucraniano de 35 anos, começou a apresentar os sintomas.

A situação foi avaliada remotamente pelo serviço de telemedicina do Salvamar (Serviço de Busca e Salvamento da Marinha) Sueste, que determinou que a remoção imediata era necessária. Para otimizar o resgate, a embarcação foi orientada a seguir para o Rio de Janeiro.

Diante da emergência, o Salvamar Sueste iniciou uma operação de Busca e Salvamento (SAR), acionando a aeronave AH-15B, do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2), da Esquadra Brasileira. A aeronave decolou nas primeiras horas da manhã e, às 5h25, localizou a embarcação.

Marinha do Brasil resgata tripulante ucraniano com suspeita de infarto em navio mercante. Foto: Divulgação.

O tripulante aéreo de resgate do Grupo de Busca e Salvamento (GSAR) desceu até o navio pelo sistema de guincho da aeronave e, com segurança, realizou o resgate do enfermo. O Comandante da aeronave, Capitão de Coverta (Fuzileiro Naval) Jonathas Tomaz Reina, relatou que, após um pouco mais de uma hora de voo, avistaram o navio ao amanhecer. “Resgatamos o paciente içando-o até a aeronave com o nosso tripulante de resgate, já que o navio não oferecia condições de pouso”, disse.

Com o paciente a bordo, o médico da aviação realizou uma avaliação inicial, constatando que ele estava consciente e com estado de saúde estável. Em seguida, a aeronave seguiu para o Aeroporto Santos Dumont, onde o tripulante foi transferido para uma ambulância e encaminhado ao Hospital São Lucas, em Copacabana, Rio de Janeiro (RJ), para atendimento especializado.

O tripulante foi içado com segurança pela equipe de busca e salvamento da Marinha. ”É uma satisfação profissional e pessoal muito grande atuar numa missão como esta e contribuir diretamente na nobreza da salvaguarda da vida humana, corroborando com os valores de abnegação, prontidão e profissionalismo dos nossos militares”, destacou o Comandante Reina.

Marinha do Brasil resgata tripulante ucraniano com suspeita de infarto em navio mercante. Foto: Divulgação.

Marinha do Brasil resgata 458 pessoas em 2024 e expande tecnologia de busca e salvamento com drone

Em 2024, a Marinha do Brasil (MB) resgatou 458 pessoas com vida, vítimas de acidentes no mar e em rios. O Serviço de Busca e Salvamento (SAR) da Marinha foi acionado 270 vezes no ano passado, número inferior se comparado ao ano de 2023, que registrou 295 ocorrências.

Um dos motivos para a redução de tragédias são as campanhas de conscientização sobre navegação segura, desenvolvidas pelas Capitanias, Delegacias e Agências da Marinha no País, de acordo com o Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz).

Situações de “Homem ao mar” foi o pedido de socorro mais solicitado, com 73 casos. Já os naufrágios foram responsáveis por 67 atendimentos. Embarcações à deriva correspondem a 47 pedidos de ajuda. Outro dado relevante refere-se à evacuação aeromédica, com 44 assistências.

Marinha coordena resgate de tripulante de navio de cruzeiro na costa de Fortaleza, CE
Marinha coordena resgate de tripulante de navio de cruzeiro na costa de Fortaleza, CE.

Funcionamento

O SAR, conhecido internacionalmente como Search and Rescue, é uma operação que ocorre em situações de emergência envolvendo embarcações, aeronaves e seus ocupantes. No Brasil, a responsabilidade pelo Serviço é atribuída à Marinha e pode contar com o apoio mútuo de diversos órgãos estaduais e municipais, como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil.

A organização militar da MB responsável pelo sistema de informações de navios na área SAR brasileira e do Salvamar Brasil é o COMPAAz, que coordena e executa as missões de resgate em toda extensão marítima e em águas interiores sob sua competência, o que corresponde a uma área de quase 14,5 milhões de quilômetros quadrados, incluindo a “Amazônia Azul”.

O Salvamar Brasil está localizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Devido ao grande tamanho da área de cobertura do SAR, foi necessário dividi-la em regiões menores, conforme o mapa abaixo.

O Salvamar Brasil, sediado no Rio de Janeiro, coordena operações de busca e salvamento marítimo em uma vasta área, subdividida em regiões menores para eficiência operacional. Fonte: Agência Marinha.

Ao ser notificado sobre algum incidente SAR, o Salvamar Brasil aciona o Salvamar Regional do local onde ocorreu o evento, que inicia as primeiras ações. Após a avaliação, inicia-se o planejamento das operações de socorro, definindo os meios (navios, embarcações e/ou aeronaves da Marinha) que serão empregados e a forma como serão realizadas as buscas, bem como o resgate dos sobreviventes.

Não só no mar, mas também no ar: equipe aérea especializada para socorro.

A MB capacita militares para atuarem como Tripulantes Aéreos de Resgate (TAR), a fim de serem empregados, prioritariamente, em incidentes SAR, visando à salvaguarda da vida humana em qualquer ambiente operacional, a partir de uma aeronave.

Esses militares estão distribuídos pelo Brasil, de acordo com os Distritos Navais, e também na sede do Comando da Força Aeronaval, em São Pedro da Aldeia (RJ). Um exemplo prático dos TAR ocorreu em setembro de 2024, quando militares resgataram um tripulante do Navio-Tanque “Elba Leblon”, de bandeira liberiana, localizado a 18 quilômetros do litoral de Angra dos Reis (RJ).

A vítima, com ferimento na cabeça, foi socorrida por uma aeronave da Marinha, que decolou da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ), pousando diretamente no navio. A bordo do helicóptero, estavam uma equipe médica e os TAR-SAR, que garantiram a segurança e a estabilização do enfermo.

Drone amplia serviços de busca e salvamento marítimo

Além de contar com o emprego de navios e aeronaves, o Salvamar Brasil ganhou o reforço da aeronave remotamente pilotada (ARP) NAURU 500C, rebatizada de “RQ-2”, para estender o alcance do campo visual de busca e aumentar a eficiência das operações de resgate realizadas no litoral brasileiro e em águas interiores.

A “RQ-2” é capaz de se distanciar até 60 quilômetros de seu ponto de controle, operando pousos e decolagens verticais a partir de conveses de navios ou em terra, com autonomia para realizar sobrevoos por quatro horas.

Equipado com câmeras de alta resolução, com transmissão de dados e imagens em tempo real, a expectativa é que o drone auxilie nas buscas a náufragos e pessoas em situação de perigo no mar. O equipamento foi desenvolvido com tecnologia 100% nacional de hardware, software e design.

Como pedir socorro?

Quem estiver em situação de perigo ou testemunhar um acidente no mar ou rio, deve ligar para a central 185. Militares do Salvamar Brasil estão preparados 24 horas por dia, todos os dias, para prestar auxílio, atendendo aos pedidos de socorro.

A ligação é gratuita e disponível em todo o território nacional. É importante fornecer informações claras e precisas sobre a situação, incluindo a localização e a natureza da emergência, para que a autoridade marítima possa responder de forma ágil e eficaz.

O Salvamar Brasil ainda responde a ocorrências sinalizadas pelo Sistema Marítimo Global de Socorro e Segurança (GMDSS), que emprega tecnologia de satélites para emitir alertas de socorro.

A utilização desse sistema é obrigatória para navios que realizam viagens internacionais ou navegam em mar aberto, com carga de 300 toneladas ou mais, além daqueles que transportam mais de 12 passageiros.

Veja outras formas de contato abaixo:

Condutores, tripulantes e passageiros são responsáveis pela segurança

Para os condutores de embarcações — seja de turismo, pesca ou carga —, a MB desenvolveu, em parceria com o Ministério do Turismo, o aplicativo “NAVSEG”.

Com ele, a Força Naval tem a capacidade de monitorar o trajeto das embarcações, desde a partida até o destino final, garantindo um acompanhamento eficaz do percurso de navegação. O aplicativo é gratuito e está disponível para download nas lojas de aplicativos para dispositivos Android e iOS.

Em 2024, a Força Aérea Portuguesa atendeu 881 pessoas em missões aeromédicas e de busca e salvamento

Portugal – Durante o ano de 2024, a Força Aérea Portuguesa apoiou diretamente 881 pessoas, entre transportes aeromédicos, resgates e missões de busca e salvamento, superando as 799 pessoas atendidas em 2023, refletindo um aumento de 10%.

A Força Aérea transportou 840 pessoas, majoritariamente entre os Arquipélagos. Destes transportes, houve um nascimento de um bebê em pleno Oceano Atlântico, a bordo de um avião C-295M da Esquadra 502 – “Elefantes”, no dia 15 de abril.

O ano de 2024 representou ainda missões de busca e salvamento que resultaram em 41 pessoas resgatadas, tanto em terra como no mar, com destaque para a complexa
operação de resgate de duas pessoas em distintas embarcações, durante a madrugada de dia 29 de abril.

Aproveitando a velocidade dos meios aéreos da Força Aérea Portuguesa, ao longo do ano realizaram-se 37 transportes de órgãos para transplante. Em resposta aos conflitos internacionais que se agravaram em 2024, Portugal foi a ponte aérea entre países em guerra, com destaque para duas missões de repatriamento de cidadãos, a primeira com um avião Falcon 50 que realizou diversos voos entre o Líbano e o Chipre, resgatando 28 cidadãos que regressaram depois a Portugal num avião KC-390 juntamente com outros 16 repatriados.

Em pleno dia de Natal, os militares da Força Aérea foram ativados hoje, 25 de dezembro, para uma missão de resgate de um homem de 67 anos, que necessitava de cuidados de saúde urgentes, quando se encontrava a bordo do navio cruzeiro “AMBIENCE”.
Em pleno dia de Natal, os militares da Força Aérea foram ativados para uma missão de resgate de um homem de 67 anos que se encontrava a bordo do navio cruzeiro “AMBIENCE”.

Mais tarde, um avião C-130H regressou ao Líbano para resgatar mais 44 cidadãos. Nas missões dedicadas à soberania do espaço aéreo, a FAP realizou mais de mil horas de voo, cobrindo todo o país. Neste âmbito, também foram responsáveis pela garantira durante quatro meses da segurança do espaço aéreo nos Bálticos, numa missão ao abrigo da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e que resultou em 565 horas de voo e 20 aeronaves interceptadas.

O mar foi amplamente vigiado em 2024, tendo a Força Aérea realizado diversas missões de patrulhamento marítimo que se revelaram fundamentais para o esforço conjunto de diversas autoridades no combate à migração ilegal e ao narcotráfico. Missões que se realizaram não só em Portugal mas também além fronteiras, com destaque para a permanente vigilância do Mediterrâneo, ao serviço da Agência Frontex e NATO, e a operar a partir de Itália ou Espanha.

A Zona Económica Exclusiva Portuguesa foi igualmente alvo de sobrevoos constantes por parte da Força Aérea, que resultaram na fiscalização e monitorização de navios em trânsito pelo espaço marítimo sob jurisdição nacional. Com o objetivo de fiscalizar as atividades de pesca e garantir a proteção da integridade do espaço marítimo nacional, entre navios não NATO, foram observados 44 navios russos, três chineses e um indiano a cruzar águas territoriais nacionais.

Em missões de apoio à proteção civil, realizaram 280 operações de combate aos incêndios rurais que totalizaram perto de mil horas de voo. Para essa tarefa, adquiriram em 2024 dois aviões DHC-515 Firefighter, conhecidos como Canadair, e mais três helicópteros UH-60 Black Hawk.

Em 2024, a FAP recebeu o segundo de cinco aviões KC-390, o terceiro de nove helicópteros UH-60 Black Hawk e quatro de seis

aviões P-3C oriundos do governo alemão, para além da entrega do primeiro C-130H depois de uma modernização extremamente significativa. O ano terminou com a assinatura de aquisição de 12 aviões A-29N Super Tucano, que criará a capacidade na formação avançada de pilotagem, inexistente na Força Aérea.

helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea
Helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea usado para missões SAR.

Força Aérea Brasileira realiza exercício operacional de busca e salvamento

Santa Catarina – A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Comando de Preparo (COMPREP), realiza até o dia 7 de maio, o Exercício Operacional de Busca e Salvamento (SAR – Search And Rescue) na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), em Santa Catarina.

Mais de 350 militares de diversas unidades da FAB e da Marinha participam do exercício chamado de EXOP Carranca, que tem por objetivo adestrar as Unidades Aéreas participantes e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento.

Além da atuação de centenas de militares, a FAB conta com a presença de diversas aeronaves, como P-3 AM Orion, P-95 Bandeirante Patrulha, C-130 Hércules, SC-105 Amazonas e H-60L Black Hawk, além das aeronaves que auxiliam na mobilização e desmobilização.

China adquire seis helicópteros AW189 para operações de busca e salvamento

China – O Departamento de Resgate e Salvamento do Ministério dos Transportes da China adquiriu seis helicópteros bimotores AW189, que serão utilizados em operações marítimas de busca e salvamento (SAR) e patrulhamento. A entrega das aeronaves será concluída até 2023.

O Departamento é a única força nacional de resgate e salvamento marítimo profissional da ChinaOs recursos do helicóptero incluem a capacidade da transmissão principal funcionar sem óleo por 50 minutos com uma unidade de energia auxiliar integradaAté o momento, no mundo há em operação mais de 100 helicópteros AW189.

Nos últimos anos, a China comprou repetidamente helicópteros da Leonardo. A Secretaria Municipal de Segurança Pública de Pequim comprou duas aeronaves AW189 em novembro de 2021 para operações de segurança pública, busca e salvamento e combate a incêndios.

Dia da Aviação de Busca e Salvamento – Conheça a história do C- 47 FAB 2068

26 de Junho – Dia da Aviação de Busca e Salvamento

A origem da atividade de busca e salvamento na Força Aérea Brasileira remonta aos tempos da criação do ministério da aeronáutica, na década de 1940, sendo efetivamente estruturada nos anos 50. Desde então, incontáveis missões foram realizadas e inúmeras vidas foram salvas.

Uma missão, no entanto, marcou para sempre a história do SAR no Brasil: as buscas ao C-47 FAB 2068. Comemora-se hoje 54 anos da sua localização.

Sua triste saga teve início no dia 15 de junho de 1967, quando o destacamento de Cachimbo, ao sul do Pará, recebeu informes de que um ataque indígena era iminente e poderia tomar o campo. Reforços urgentes foram pedidos à primeira zona aérea.

O 2068, ainda que a meteorologia desaconselhasse o voo naquela noite, após decolar de Belém e pousar em Jacareacanga para reabastecimento, seguiu rumo ao seu destino. Entretanto, ao não encontrar o campo, mesmo tentando várias vezes o avistamento e com uma sequência dramática de mensagens, às 4 horas e 52 minutos da madrugada silenciou-se na imensidão da floresta amazônica.

Após 7 horas e 55 minutos, os possantes motores do C-47 começaram a falhar. Todos a bordo sabiam que aquilo poderia acontecer a qualquer momento: o combustível estava se esgotando.

Voando muito próximo ao topo da floresta, a aeronave começou a perder altura e a curvar-se lentamente. Em seguida, houve um leve roçar dos galhos na fuselagem, seguido do toque brusco sobre as grandes árvores e, por último, da inevitável colisão das asas contra os troncos maiores. Rapidamente a aeronave guinou e mergulhou na floresta.

Teve início, então, a maior operação de busca e salvamento da história da aviação brasileira e, no dia 26 de junho DE 1967, após serem voadas cerca de 1.100 horas por diversas aeronaves, o Albatroz 6539 decolou para aquela que seria a derradeira e marcante missão.

Investigando uma revoada de urubus, intencionalmente espantados com um tiro de pistola disparado pelo 2º Sgt. Botelho, sobrevivente do FAB 2068, o Albatroz avistou os destroços nas proximidades do município de Tefé e logo fez ecoar, vibrantemente, pela frequência do rádio de comunicação:

“Achamos o 2068!”

A euforia pelo sucesso da missão contagiou todos que estavam engajados naquela difícil tarefa.

No entanto, assim que o SH-1D FAB 8530 lançou por rapel a equipe de resgate no local do sinistro, a alegria se confundiu com a dor de um cenário desolador. Das vinte e cinco pessoas a bordo, apenas cinco conseguiram sobreviver até aquele momento.

Em meio às grandes dificuldades do acidente, destacou-se a abnegação do Cabo Barros que, com o corpo totalmente queimado, abastecia os sobreviventes com água, sem lamentar-se de absolutamente nada. Às vésperas da chegada do socorro, o Cb Barros, depois de cumprir mais uma vez o ritual de saciar a sede dos companheiros, deitou-se silenciosamente ao chão. O derradeiro suspiro do Cb Barros totalizou em vinte a quantidade de mortos.

No momento do socorro, o Ten Esp CTA Luiz Velly conseguiu traduzir em uma única frase todo o sentimento que expressa a certeza do resgate e que passou a permear a vocação e o espírito SAR daquele momento em diante:

“Eu sabia que vocês viriam!”

A tragédia do FAB 2068 escrevia, então, a história da maior operação de busca e salvamento da aviação brasileira até então. Participaram dessa missão trinta e três aeronaves. Foram voadas mil e cinquenta e três horas e cinquenta minutos.

Coube ao Presidente da República, Arthur da Costa e Silva, dimensionar a tragédia e a vitória da aviação de busca e salvamento da Força Aérea Brasileira com as seguintes palavras: “o resgate dos sobreviventes do avião 2068 transcende a história e a atmosfera da força aérea brasileira, impregnada do espírito heroico de nossa juventude, para sugerir-nos um símbolo de bravura, da energia e da perseverança de todo povo brasileiro, no desbravamento da selva amazônica e na afirmação cada vez mais vigorosa, de nossa soberania, em uma das mais vastas e fabulosas regiões da terra. é um episódio que nos enche de emoção, como seres humanos, e de orgulho, como habitantes deste país”.

Passados 54 anos deste episódio, a busca e salvamento continua mostrando-se imprescindível. As missões humanitárias proporcionam a alegria do reencontro a tantas vítimas de catástrofes naturais no Brasil e no exterior, auxiliando irmãos compatriotas e de nações amigas em suas dificuldades.

Dessa forma, homens e mulheres da busca e salvamento, um novo e ainda mais promissor horizonte se aproxima! Para tanto, é imprescindível que:

A convicção do Ten Velly, expressa na frase: “eu sabia que vocês viriam!” continue viva nos corações e nas mentes de todos que, diuturnamente, labutam na nobre missão de salvar vidas!

Se olhe para o futuro confiando, a exemplo do memorável 26 de junho de 1967, que novos cenários estão sendo descortinados na incessante labuta pela excelência de nossas atividades.

Se honre nossos antecessores, pois, brava e heroicamente, conduziram a bandeira do SAR, não importando o destino, mas sim a constante força interior. O tempo, que avança ligeiro, traduzirá sempre a premência do compromisso que…

 “Por uma vida é preciso lutar!”
“lutar!”
“Para que outros possam viver”!

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Edição feita por Eduardo Alexandre Beni com o texto elaborando em comemoração ao DIA DA AVIAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO. Palavras do então Comandante de COMGAR, Ten Brigadeiro Ar Nivaldo Luiz Rossato e do Ten Brigadeiro Ar, Gerson Nogueira Machado de Oliveirs, Comandante-Geral de Operações Aéreas.

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Força Aérea Brasileira realiza treinamento de busca e salvamento no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A Força Aérea Brasileira (FAB) promoveu de 10 a 25 de maio o Exercício Técnico SAR na Ala 12, localizada no Rio de Janeiro (RJ). O Exercício teve por objetivo treinar os Esquadrões Aéreos da FAB na execução de técnicas de Busca e Salvamento.

Participaram do treinamento os Esquadrões Orungan (1º/7º GAV); Phoenix (2º/7º GAV); Netuno (3º/7º GAV); Puma (3º/8º GAV); Gordo (1º/1º GT); Pelicano (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS – PARA-SAR). O Exercício foi planejado tendo por base as recomendações dispostas no Manual Internacional Aeronáutico e Marítimo de Busca e Salvamento, o qual define que os países membros devem treinar e mensurar a eficiência, eficácia e aprestamento de suas unidades SAR.

As missões realizadas pelos Esquadrões consistiram em treinar e manter o preparo das Unidades de Busca e Salvamento com padrões de busca visando a encontrar alvos, destroços e até mesmo manequins simulando homem ao mar.

Foram realizados, ainda, treinamentos de içamento de tripulantes pelo 3°/8° GAV, a partir do convés de um navio. Na ocasião, foi utilizado o Navio Patrulha Amazônia da Marinha do Brasil (MB). Missões de busca na terra também foram contempladas.

Um dos objetivos do Exercício foi a troca de experiência entre os Esquadrões participantes, por meio de intercâmbios dos tripulantes. Essa vivência proporcionou aprendizagens sobre algumas peculiaridades, bem como a familiarização com as atribuições de cada posto, com foco nas incumbências dos Observadores SAR durante todas as etapas do voo.

“O Exercício Técnico (EXTEC) SAR é uma atividade que tem por objetivo adestrar os Esquadrões participantes na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da ação de Força Aérea de Busca e Salvamento, em Biomas como o da Floresta Amazônica e Mar, e foi dividido em duas fases para um completo aproveitamento dos tripulantes”, informou o Capitão Aviador Rosa, do Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV).

Participante do treinamento, a Sargento Bruna Borin falou do aprendizado. “O voo de intercâmbio na aeronave P3-AM do Esquadrão Orungan foi uma experiência enorme para mim, uma oportunidade ímpar de troca de informações e de agregar conhecimentos”, disse.

Força Aérea realiza treinamento de busca e salvamento (SAR) na Ala 12 no Rio de Janeiro. Foto: Sargento Neubar, Sargento Costa Ribas

Marinha Francesa encomenda mais dois helicópteros H160M para operações de busca e salvamento

França – A Direção Geral de Armamento (DGA) da França confirmou a aquisição de mais dois H160M para a Marinha Francesa. Essas aeronaves vão se juntar à frota de quatro H160M já adquiridos em 2020. O primeiro deles está sendo montado pela Airbus Helicopters em Marignane, no sul da França.

Os seis H160M serão entregues em uma configuração de Busca e Salvamento (SAR – Search and rescue) e começarão a operar gradualmente a partir de maio de 2022 nas bases navais de Lanveoc-Poulmic (Bretanha), Cherbourg (Normandia) e Hyères (Provença).

Os H160M, chamados de “Guépard”, assumirão as missões SAR, atualmente conduzidas pelos NH90 e Panther. Eles foram encomendados pela Babcock em 2018 e serão mantidos e equipados em parceria com a Airbus Helicopters e Safran Helicopters Engines, garantindo disponibilidade para a Marinha Francesa e a continuidade das operações SAR nas costas do Atlântico e Mediterrâneo.

Os seis H160 serão equipados com guincho e cabine modular que pode ser otimizada para cada missão. Eles serão certificados para uso de óculos de visão noturna, que são necessários para operações de guincho à noite.

Além disso, serão modificados para uma configuração militar leve pela Babcock, um provedor de serviços de engenharia para atender as necessidades da Marinha francesa. Babcock integrará o sistema eletro-óptico da Safran Electronics & Defense, Euroflir 410.

O H160 possui motores Arrano, que atende missões que vão desde transporte offshore, aviação privada e executiva, serviços aeromédicos e serviços públicos.

Programa French Joint Light Helicopter

O programa Joint Light Helicopter (hélicoptère interarmées léger – HIL) para o H160 foi aprovado pelo Estado francês para cumprir dois objetivos: substituir as cinco frotas de helicópteros que estão em serviço nos três ramos das Forças Armadas francesas; e implementar melhorias gerais para manter a frota em condições operacionais (maintien en condition opérationnelle – MCO).

Marinha Francesa encomenda mais dois helicópteros H160M para operações de busca e salvamento

Equipes treinadas e modernos equipamentos têm papel fundamental em resgates difíceis na Nova Zelândia

Nova Zelândia – Em outubro de 2019 uma das chamadas de emergência mais desafiadoras ocorreu a 37 km de Cape Brett, não muito longe da Baía das Ilhas na Nova Zelândia. O helicóptero AW169 decolou para socorrer tripulação do iate SV Essence que havia naufragado após enfrentar ondas de até 10 metros.

As equipes de resgate lutaram contra ventos de 50 nós em busca de um bote salva-vidas onde estava a tripulação. Graças à persistência da equipe de resgate da Auckland Rescue Helicopter Trust (ARHT), os quatro membros da tripulação foram resgatados através do guincho elétrico. Tragicamente, um deles não sobreviveu. O iate voltava de Fiji quando atingiu o mau tempo. Essa ação foi reconhecida com o prêmio NZ Search and Rescue.

Com mais de 20.000 missões de resgate desde sua criação em 1970, quando iniciaram o serviço com um helicóptero Hiller 12E alugado, tornou-se o primeiro serviço de helicóptero de resgate civil do mundo. Iniciado pela Auckland Surf Life Saving Association, o serviço celebrou seu 50º aniversário em 2020.

Hoje, o serviço de resgate aéreo enfrenta novos desafios, como a pandemia de COVID-19, aproveitando todas as novas tecnologias e capacidades entregues pelos dois helicópteros Leonardo AW169 (Westpac Rescue 1 e 2) e pelo BK117 (Westpac Rescue 3) que compõem sua frota. Além disso, as equipes dispõe de sistema de óculos de visão noturna (Night Vision Google – NVG) para resgates em ambientes com pouca ou nenhuma luminosidade.

Durante a crise da COVID-19, operadores globais aeromédicos precisaram adotar medidas especiais de segurança para as tripulações e pacientes a bordo e essa situação desafiadora também exigiu mudanças no operador da Nova Zelândia.

“Adotamos algumas medidas para garantir que pilotos e tripulações do AW169 pudessem operar e voar com segurança. Isso incluiu máscaras e gel desinfetante, separação da cabine com a ajuda de uma cortina especial e um layout interno que oferecesse distanciamento social, aproveitando a versatilidade de configuração aeromédica da aeronave”, disse piloto-chefe da ARHT, Roger Hortop.

Com relação à disponibilidade da aeronave, o responsável pela manutenção, Fraser Burt, recebeu suporte de técnicos da Leonardo, que ajudaram na adaptação à pandemia com regras específicas para a limpeza e segurança das tripulações e pacientes a bordo.

ARHT é uma organização sem fins lucrativos, financiada através de doações e por sua loja de souvenirs. Em 2018 recebeu o prêmio de instituição beneficente mais confiável da Nova Zelândia.

Força Aérea Real Norueguesa recebe o décimo AW101 para missões de busca e salvamento

Noruega – Apesar dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19, a fabricante  Leonardo entregou o décimo helicóptero AW101 de Busca e Salvamento (AWSAR) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública da Noruega.

As seis aeronaves restantes das 16 adquiridas estão atualmente sendo montadas, integradas e testadas nas instalações da Leonardo, em Yeovil, Reino Unido. O esquadrão 330 da Força Aérea Real Norueguesa completou mais de 200 horas de voo com as novas aeronaves, principalmente em operações SAR, que incluíram missões de salvamento no ambiente inóspito da Noruega, resgate noturno em montanha, resgate offshore e transporte de emergência.

Após a entrada em operação em setembro de 2020, outras bases deverão se tornar operacionais este ano. Na quinta-feira, 4 de março, uma tripulação de voo realizou treinamentos com o AW101 SAR durante a pandemia de COVID-19. A tripulação seguiu protocolos sanitários, que incluiu o uso de equipamento de proteção respiratória (RPE) desenvolvido pela Leonardo.

Esta tecnologia exclusiva usa uma máscara, compatível com os capacetes de voo. Ela possui um microfone embutido para comunicação e filtro que pode ser substituído. Desde abril de 2020 as tripulações de teste e de manutenção da Leonardo vem utilizando esse equipamento, que garante um ar não contaminado e mais segurança para as equipes de voo.

Serviço de Busca e Salvamento da Alemanha recebe o sétimo helicóptero Airbus H145 LUH SAR

Alemanha – Airbus entregou o sétimo e último helicóptero H145 para o serviço de busca e salvamento (SAR) das Forças Armadas da Alemanha. Os seis helicópteros entregues estão disponíveis 24 horas por dia nas bases aéreas de Niederstetten e Nörvenich para operações de resgate. As operações com o sétimo H145 LUH SAR começarão em breve, conforme planejado, na terceira estação SAR em Holzdorf.

Entre outros recursos, os helicópteros são equipados com câmeras de infravermelho de alto desempenho, farol de busca TrakkaBeam, sistemas localizadores de balizas de emergência, conjunto completo de equipamentos médicos, guinchos de resgate e ganchos de carga externa.

O helicópteros possuem identificação internacional e por isso são fáceis de identificar graças à pintura laranja brilhante característica em suas portas, com ‘SAR’ em letras azuis.

Em duas operações, Marinha do Chile resgata tripulante em navio mercante e salva mulher em área de risco

Chile – Militares da Marinha do Chile realizaram evacuação aeromédica de um tripulante de um navio mercante que se encontrava a mais de 140 quilômetros ao norte de Iquique. Para o resgate foi utilizado o helicóptero “Dauphin N-54” do Quarta Zona Naval.

“A manobra que utilizamos foi a ‘Hi Line’, em que retiramos a pessoa com uma cesta de resgate para depois ir até a cidade e entregar o paciente a equipe do hospital regional para que prestassem o primeiro atendimento”, comentou Renato Saavedra, Nadador de Resgate da equipe do Grupo Aeronaval Norte.

O tripulante foi recebido pela equipe do SAMU em condições estáveis ​​após apresentar complicações cardiovasculares em alto mar.

Resgate em Quintero

A Marinha foi acionada para outro resgate depois que recebeu ligação através do emergência marítima 137. A Capitania do Porto de Quintero enviou o helicóptero naval N-44 (BO 105), tripulado com nadador de resgate, para socorrer uma mulher que, por causas indeterminadas, caiu no mar ao sul de La Puntilla de San Fuentes, em Quintero.

O setor de rochas não é considerado um local apto para o banho, o que dificultou o salvamento. Um nadador de resgate saltou ao mar para socorrer a mulher e ambos foram içados pelo helicóptero naval e levados a local seguro.

Depois de resgatada e em condições estáveis, ela foi intimada ao Ministério Público por violar o artigo 496, número 9, do Código de Processo Penal como “nadadora imprudente”.

Voar no Círculo Polar Ártico é o contexto operacional dos helicópteros AW101 adquiridos pela Noruega

Noruega – Um país desenvolvido pode ser medido pelos níveis de proteção que um governo pode garantir à sua população em caso de emergências e desastres naturais. Isso é particularmente significativo quando as condições climáticas e ambientais são difíceis e às vezes extremas.

É o caso da Noruega, que confirmou seus investimentos tecnológicos com a aquisição de 16 novos helicópteros Leonardo AW101 para operações de busca e salvamento (SAR) no mar e em regiões inóspitas. Voar longas distâncias no Círculo Polar Ártico, com temperaturas frequentemente abaixo de zero, ventos fortes e milhares de quilômetros de costa, muitas vezes com mar agitado, é o contexto operacional das equipes norueguesas.

A partir de 1 de setembro de 2020, os primeiros seis helicópteros AW101 entregues pela Leonardo à Noruega ficaram oficialmente operacionais a partir da base de Sola. Além disso, em 2021, espera-se que as bases de Ørland e Banak se tornem operacionais.

A Noruega está gradualmente substituindo sua frota SAR de Sea King por seus novos AW101. No primeiro mês de serviço, os seis helicópteros já recebidos, também conhecidos como SAR Queen, realizaram missões em condições climáticas desafiadoras e ambientes inóspitos, voando por cerca de 80 horas. A maioria das missões foram operações SAR (incluindo um resgate noturno na montanha) e um transporte de emergência.

O AW101 norueguês possui sistema de geolocalização de pessoas desaparecidas em ambientes extremos, através do celular, desde que esteja ligado. O equipamento detecta as ondas emitidas pelo equipamento e funciona como um transponder.

A cabine do helicóptero é equipada com sistemas de representação sintética do mundo real com cinco grandes monitores onde os pilotos visualizam imagens 3D, a partir de mapas pré-carregados e instalados no computador de bordo. Durante o voo, os obstáculos serão reproduzidos mesmo em condições de pouca luz e visibilidade reduzida, aumentando significativamente a consciência situacional do piloto.

Noruega compra 16 helicópteros Leonardo AW101 “SAR Queen” para missões de Busca e Salvamento (SAR). Foto: Divulgação.

Outra característica que torna o AW101 ideal para missões SAR em toda a Noruega é a capacidade, gerenciada pelo computador de bordo, de se manter estável durante mar agitado e vento forte, graças às suas correções automáticas de estabilidade, o que significa que não requer nenhuma intervenção do piloto em voo e controles de atitude.

Outro ponto forte do AW101 é a capacidade de transportar mais de 50 passageiros, o que o torna muito eficaz em desastres naturais ou acidentes graves envolvendo pessoas. Como parte desta parceria foi inaugurada uma infraestrutura para tripulações de AW101 na Noruega (e também em outros países), onde os pilotos são treinados em simuladores de voo (certificados pelos padrões de Nível D), o que significa que uma hora de voo no dispositivo é considerada o equivalente a uma hora de voo real de helicóptero.

Assim, é possível realizar treinamentos de voo e missões com absoluta segurança, com considerável economia de combustível e manutenção. Além disso, a tripulação pode treinar não apenas o voo do novo helicóptero, mas também como realizar missões específicas e aprender como gerenciar riscos e eventos inesperados.

Outra conquista importante do AW101, especificamente ao se considerar a atual situação pandêmica, é que foi o primeiro helicóptero do mundo a transportar pacientes em macas de biocontenção, que isolam completamente os pacientes infectados do ambiente externo e da equipe médica.

Esquadrão Puma da Força Aérea Brasileira comemora 40 anos de operações aéreas

Rio de Janeiro – O Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3°/8°GAV), “Esquadrão Puma“, sediado na Ala 12, Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, comemorou seu 40º ano de existência. O Esquadrão opera na Ala 12 desde o início de 2017, com a aeronave H-36 Caracal, equipado com farol de busca, compatível com equipamentos de visão noturna (NVG – Night Vision Goggles)

O Esquadrão realiza missões de Busca e Salvamento (SAR), Busca e Salvamento em Combate (CSAR), Evacuação Aeromédica (EVAM), Exfiltração Aérea, Infiltração Aérea e Transporte Aéreo Logístico.

O Esquadrão herdou a missão da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) que participou da campanha brasileira na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Integrante da Artilharia Divisionária da Força Expedicionária Brasileira, a 1ª ELO tinha como missão regular o tiro da artilharia e observar o campo inimigo. Os pilotos e os mecânicos dos aviões eram da FAB e os observadores aéreos, oficiais do Exército.

Toda a trajetória, que começa em 1945, passa pela criação do Terceiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (3 EMRA) até a criação do 3º/8º GAV, em 1980.

Esquadrões Pelicano e PARA-SAR da FAB realizam treinamento de resgate aquático na Base Aérea de Santos, SP

São Paulo – De 10 a 19 de setembro acontece treinamento de resgate em meio aquático na Base Aérea de Santos (BAST), no litoral paulista. O Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), sediados na Base Aérea de Campo Grande (MS), participam do Exercício Técnico (EXETEC) – Içamento na Água.

O treinamento ocorre no Canal do Estuário de Santos-Guarujá, através de içamentos com equipamento guincho do helicóptero H-60L Black Hawk. Mais de 40 militares participam da instrução, contemplando pilotos, operadores de equipamentos especiais e homens de resgate, além dos militares que atuam como vítimas, possibilitando uma condição mais próxima do real.

De acordo com o Chefe da Seção de Operações do 2°/10º GAV, Major Aviador Tiago Gomes de Sales, o Exercício Técnico Pelicano ocorre ao término do processo de implantação do novo vetor H-60L Black Hawk no Esquadrão. Segundo ele, é necessária a retomada das capacidades operacionais para a total prestação de serviço de Busca e Salvamento.

“Uma destas capacidades é o resgate de vítimas em meio aquático por meio do içamento utilizando o guincho da aeronave. Essa operação tem o intuito de realizar a manutenção operacional dos tripulantes, buscando o adestramento necessário para uma operação segura e eficiente”, afirmou.

De acordo com o Sargento Luigi Schacker, homem de resgate do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), após a unificação dos procedimentos, haverá um manual. “Um ponto importante deste treinamento é que, após a conclusão, será elaborado um manual de procedimentos padronizando as ações nos três Esquadrões da FAB que operam os helicópteros H-60L Black Hawk“, complementou.

O acionamento para uma missão de Busca e Salvamento pode ocorrer de duas formas: via ordem emitida pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) ou em atendimento aos procedimentos previstos no Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo (PEAA). O Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico atua em uma área de 22 milhões de Km², grande parte sobre o Oceano Atlântico e sobre os rios da Amazônia.

Esquadrões Aéreos da FAB treinam técnicas de Busca e Salvamento na Base Aérea de Santa Cruz, RJ

Rio de Janeiro – No período de 13 a 23 de julho, na Base Aérea de Santa Cruz, Rio de Janeiro, aconteceu o Exercício Técnico de Busca e Salvamento (EXTEC SAR) e o Exercício Operacional de Busca e Salvamento (SAREX II). Um dos objetivos foi o aperfeiçoamento da interoperabilidade entre a Aeronáutica e a Marinha do Brasil.

As atividades promoveram uma operação simulada para aperfeiçoamento, manutenção e padronização dos Esquadrões que realizam missões de Busca e Salvamento no mar e em terra e dos Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (ARCC) e as Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB).

Nas proximidades da Ilha da Marambaia, o Esquadrão Puma operou a aeronave H-36 Caracal com treinamento de convés (içamento de maca e de pessoal), em conjunto com o Navio Patrulha Oceânico da Marinha do Brasil. Com duas decolagens diárias, totalizando oito horas de voo por dia, o Esquadrão Pelicano também conseguiu atingir os objetivos do exercício.

O treinamento levou em consideração as peculiaridades de uma missão real no mar, como o deslocamento de alvos, em virtude das correntes marítimas e do vento; do efeito de espelhamento da superfície, provocado pelos raios solares; e também as dificuldades de localização espacial, provocada pela falta de referências.

Os Esquadrões Phoenix, Netuno e Gordo também participaram do treinamento. O Esquadrão Gordo realizou treinamentos específicos envolvendo procedimentos de lançamento de bordo, que consiste na entrega de kits de sobrevivência contendo botes salva-vidas e alimentos para as vítimas. Durante o treinamento, foram realizadas 13 missões, totalizando aproximadamente 50 horas de voo.

Célula de Acompanhamento de Desempenho Operacional (CADO)

O Exercício Técnico SAR conta com uma nova ferramenta para avaliar as missões de Busca e Salvamento: a Célula de Acompanhamento de Desempenho Operacional (CADO). Valendo-se do modelo já funcional na Aviação de Caça, a CADO tem como objetivo realizar um levantamento de dados que sirvam de base para análise de desempenho das atividades executadas.

Na prática, a Célula de Acompanhamento recebe ao longo do dia os resultados das missões de treinamento, esses resultados são analisados de modo a identificar possíveis pontos de melhoria. Cabendo a CADO avaliar se aquilo que é diferente pode ser apresentado como uma melhor alternativa, e não julgar quem fez certo ou errado.

Websérie Cavaleiros de Aço mostra as missões de busca e salvamento realizadas pela Aviação do Exército

A produção nacional Cavaleiros de Aço, uma websérie de oito episódios realizada pela Hunter Press e a Street Films, mostrou recentemente a atuação da Aviação do Exército em missões de Busca e Salvamento (SAR) dentro e fora do Brasil.

A principal missão SAR é apoiar a própria atividade aérea da Aviação do Exército. Mas, além disso, essas equipes levam esperança para as populações em situação de calamidade. O destaque desse capítulo foram as ações de resgate e apoio à população boliviana durante as enchentes que assolaram aquele país em 2014.

Um helicóptero Airbus Helicopters H215M (designado HM-3 na Aviação do Exército) permaneceu na Bolívia executando missões de transporte de cargas, de pessoas e resgates em geral. Além disso, conhecerá também como foi a participação do Brasil na Missão de Observadores Militares Equador-Peru.

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Esquadrão Falcão da FAB resgata homem que sofreu acidente em navio a 470 km da costa brasileira

Rio Grande do Norte – O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), resgatou, nesta sexta-feira (29), um homem que sofreu acidente em um navio estrangeiro que navegava na costa brasileira. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) acionou o Esquadrão após o contato do SALVAERO Recife.

Antes da decolagem do helicóptero, militares do Esquadrão de Saúde de Natal analisaram as informações recebidas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR) sobre o estado da vítima, que apresentava fratura exposta na perna esquerda. O navio, oriundo de Malta, foi localizado a cerca de 470 km da costa brasileira, na direção da cidade de Natal (RN).

A aeronave H-36 Caracal (H225M) decolou de Parnamirim (RN) para Fernando de Noronha (PE), onde realizou pouso técnico e, em seguida, voou até a posição do navio para realizar o resgate. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR (do inglês Search And Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés, imobilizaram a vítima e a içaram em uma maca.

O Esquadrão transportou o paciente para a capital do Rio Grande do Norte para receber atendimento médico especializado. Toda a operação durou aproximadamente cinco horas. A tripulação do helicóptero, formada por 11 militares (2 pilotos, 3 operadores de equipamentos, 3 homens de resgate, 2 médicas e 1 enfermeira) usaram trajes especiais para minimizar o risco de qualquer contaminação.

Para o preparo operacional das tripulações, os Esquadrões da FAB realizam treinamentos constantes. O Comando de Preparo (COMPREP) é encarregado para fixar os padrões de eficiência, planejar o treinamento e avaliar o desempenho das unidades subordinadas. Também coordena a formulação da Doutrina Aeroespacial, em consonância com as experiências adquiridas e os sistemas de armas incorporados à Força Aérea Brasileira.

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Guarda Costeira do Japão compra mais dois helicópteros H225 – Super Puma

Japão – A Guarda Costeira do Japão (JCG) fez um novo pedido para mais dois helicópteros H225 da Airbus Helicopters. Esse pedido eleva a frota de Super Puma da JCG para 15, incluindo dois AS332s e 13 H225s. Os novos helicópteros serão utilizados para atividades costeiras, busca e salvamento, segurança e missões de ajuda humanitária no Japão.

Três novos H225 foram entregues à JCG nos últimos meses. Os helicópteros serão atendidos pelo programa de suporte HCare Smart da Airbus, que oferece disponibilidade de frota e permite que o operador se concentre em suas missões, enquanto a Airbus gerencia seus ativos.

O H225 de 11 toneladas é equipado com instrumentos eletrônicos de última geração, piloto automático preciso e multimissão. Somente no Japão, atualmente 28 helicópteros da família Super Puma são pilotados por operadores civis, segurança pública e pelo Ministério da Defesa do Japão para missões de busca e salvamento, operações offshore, VIP, combate a incêndio e transporte de passageiros e mercadorias.

Guarda Costeira do Japão compra mais dois helicópteros H225 – Super Puma. Foto: Anthony Pecchi

SAREX – Saiba como são coordenadas as operações SAR em grande escala nos Estados Unidos

Estados Unidos – Quando se trata de oferecer uma resposta adequada, eficaz e rápida a desastres naturais, não há espaço para improvisações, principalmente quando várias agências diferentes estão envolvidas.

Tim Ochsner, piloto-chefe do Departamento de Segurança Pública do Texas (DPS), explica a chave para o sucesso do SAREX (Search and Rescue Exercise) realizado por mais de 20 agências diferentes desde 2015, que agora se estabeleceu como referência para treinamento SAR (Search And Rescue) nos EUA.

Como surgiu a necessidade de organizar o treinamento de resgate em tão grande escala como o SAREX?

Em 2011, o estado do Texas teve enormes problemas com incêndios florestais e, nos anos seguintes, tivemos duas grandes inundações. Todas as agências equipadas com capacidade aérea para esse tipo de situação estavam envolvidas: o Exército com seus Lakotas, nossas agências locais de EMS, o Departamento de Polícia de Austin com seu H125 e o Departamento de Polícia de San Antonio com um H125 também.

Todos nós rapidamente formamos uma equipe e trabalhamos juntos por necessidade devido às inundações. Não tivemos tempo para configurar muito, apenas fizemos.

Após esses eventos, pensamos que precisávamos apresentar um plano melhor para o treinamento, estabelecer um plano de comunicação e procedimentos operacionais padrão. Tivemos que estabelecer uma estrutura de cooperação independente das partes com as quais trabalhamos, porque no final das contas essas coisas podem mudar. Foi assim que surgiu o exercício SAREX.

SAREX – Como são coordenadas as operações de SAR em grande escala? Foto: Airbus.

Como o treinamento SAREX ajudou a enfrentar situações da vida real?

Realizamos o primeiro exercício da SAREX em 2015, que ficou cada vez maior a cada ano. Isso realmente nos ajudou a estar preparado para o furacão Harvey em 2017.

Na verdade, Harvey foi uma das maiores respostas da aviação a um incidente por causa da área geográfica envolvida. Havia mais de 120 aeronaves no ar no sudeste do Texas e 25 agências envolvidas.

Graças ao SAREX, todos sabíamos o que todo mundo ia fazer e nos organizamos com muita facilidade. Todas as outras agências que também participaram se encaixaram no plano SAREX.

Após Harvey, realizamos o exercício SAREX mais três vezes, o que nos ajudou a responder às tempestades tropicais em Houston, por exemplo. No ano passado, tivemos 23 agências participando do exercício SAREX de vários estados diferentes.

SAREX – Como são coordenadas as operações de SAR em grande escala? Foto: Airbus.

Você acha que exercícios como esse podem ser úteis para outras agências ou outros países?

É um programa muito bom e acreditamos firmemente nele. Sabemos que é um grande empreendimento em termos de logística e suporte, mas vale a pena: é uma ótima maneira de discutir comunicação, coordenação, técnicas e táticas.

Toda vez que fazemos esse tipo de exercício, é como um ensaio para um grande evento. Você conhece pessoas; você sabe exatamente que tipo de plano de comunicação vai usar e como a logística funcionará … Quando surgir o momento da verdade, tudo o que precisamos fazer é dizer: “Ei, pessoal, estamos fazendo exatamente o que fizemos durante o SAREX .” Isso realmente melhora a segurança, eficiência e logística.

Se qualquer outra agência ou organização estiver interessada neste exercício, teremos prazer em ajudá-los a implementar algo como o SAREX!

Emirados Árabes lança o primeiro aplicativo de smartphone do mundo árabe para busca e salvamento

Emirados Árabes – O Centro Nacional de Busca e Resgate (NSRC) lançou um aplicativo para smartphone no Fórum Nacional de Busca e Resgate (National Search and Rescue Forum) em Abu Dhabi na terça-feira (03), como parte dos esforços dos Emirados Árabes Unidos para fornecer respostas de emergência mais rápidas.

Por meio do aplicativo, o primeiro de seu tipo no mundo árabe, as pessoas podem solicitar ajuda para qualquer parte do país. O Fórum foi organizado pelo NSRC e realizado no Centro Nacional de Exposições de Abu Dhabi, sob o lema “Explorando o Futuro de Busca e Salvamento na era da inteligência artificial“. Participaram da conferência parceiros estratégicos e empresas especializadas em busca e salvamento (SAR – Search And Rescue).

Em seu discurso de abertura, o major-general Stephen A. Toumajan, gerente geral do Centro Nacional de Busca e Resgate dos Emirados Árabes Unidos, disse que organizar a conferência e sua exposição é parte dos preparativos para o 50º aniversário do país, acrescentando que o centro tem uma ambiciosa visão para explorar o futuro e consolidar uma cultura de excelência, para tornar os Emirados Árabes Unidos entre os principais países do mundo em termos de competitividade e desenvolvimento geral.

Os participantes da conferência visitaram a exposição e puderam ver o helicóptero Leonardo AW139 de busca e salvamento, juntamente com os mais recentes equipamentos e técnicas utilizadas nas operações SAR (Search And Rescue).

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