Reino Unido apresenta estudo sobre a colisão de drones com aeronaves tripuladas

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Reino Unido – Os proprietários de drones pesando 250 gramas ou mais terão que registrar detalhes de seus drones para incentivar os proprietários a agir de forma responsável. O movimento segue uma pesquisa de segurança que concluiu que os drones podem danificar os pára-brisas dos helicópteros.

Além disso, os proprietários terão que provar que eles entendem os regulamentos de segurança, segurança e privacidade do Reino Unido. As medidas priorizam a proteção do público e maximizam o potencial total dos drones. Como toda tecnologia, os drones também podem ser mal utilizados.

“Ao registrar drones, apresentando testes de conscientização de segurança para educar os usuários, podemos reduzir a violação inadvertida das restrições do espaço aéreo para proteger o público”, disse o ministro da Aviação, Lord Callanan.

Estudo de segurança

O Departamento de Transportes, a Autoridade de Aviação Militar e a Associação Britânica de Pilotos encomendou um estudo sobre os efeitos de uma colisão no ar de aeronave remotamente pilotada (RPAS, vulgarmente conhecidos como drones) com aeronaves tripuladas.

O estudo foi conduzido pela QinetiQ e Natural Impacts usando laboratórios de teste de colisão e sistemas de modelagem por computador.

Figure 2: 4 kg class drone components
Figure: 4 kg class drone components .

Este relatório foi elaborado em conjunto com partes interessadas com a finalidade de concluir o trabalho realizado pela QinetiQ e analisar como os resultados serão utilizados.

Este estudo teve como objetivo encontrar a menor velocidade de colisão, onde danos críticos poderiam ocorrer em componentes da aeronave. Para efeito deste estudo, foi considerado como dano crítico danos estruturais em componentes da aeronave ou transfixação do drone através do pára-brisas da aeronave.

O estudo chegou às seguintes conclusões:

  1. Os para-brisas de helicóptero sem certificação para colisão com pássaros possuem uma resistência muito limitada ao impacto de um drone, bem abaixo das velocidades de cruzeiro normais.
  2. Os resultados associados ao para-brisas de helicóptero sem certificação para colisão com pássaros também podem ser aplicados aos para-brisas sem certificação da aviação geral.
  3. Para-brisas com certificação para colisão com pássaros possuem maior resistência ao impacto, mas ainda assim são seriamente danificados com impactos de drones em velocidades de cruzeiro normal.
  4. Os helicóptero também são muito vulneráveis ao impacto de um drone, sendo que em testes em sistema computadorizado de modelagem já comprovam falhas nas pás do rotor de cauda com testes de impactos de pequenos componentes de drones.
  5. A construção do drone desempenha um papel significativo no resultado de uma colisão.
  6. Nota-se que drones da classe de 400g, que possuem motores metálicos expostos, causaram danos críticas aos pára-brisas de helicóptero em velocidades de impacto mais baixas do que drone de classe de 1,2 kg, que possuíam seus motores protegidos por material plástico. Acredita-se que tal material tenha absorvido algum choque na colisão, reduzindo os danos do impacto.
  7. Os teste e a modelagem computadorizada mostraram que os impactos com os drones podem causar danos significativamente maiores do que impactos com aves de peso equivalente e a velocidades inferiores aos padrões exigidos na certificação de resistência de para-brisas.
  8. Os pára-brisas da aviação comercial são muito mais resistentes, no entanto o estudo mostrou que existe um risco de danos críticos ao pára-brisas em determinadas condições de impacto:

8.1. Ocorrência de danos críticos em um impacto com velocidades próximas da realidade normal com drones da classe de 1,2 kg;
8.2. Ocorrência de danos críticos aos pára-brisas em velocidades mais altas para impactos com drones a partir da classe de 4 kg.

O estudo resultou em um aumento no conhecimento sobre a gravidade de uma colisão em voo entre um avião e drone. Deve-se notar que para se compreender plenamente o risco em questão, também devem ser realizados estudos para estimar a probabilidade de uma colisão.

Foram elaboradas recomendações de futuros estudos, bem como possíveis mitigações e, somado a avaliação da probabilidade de uma colisão, que serão usados para subsidiar futuras normas e regulamentos sobre o uso de drones.

Veja o estudo completo no link abaixo:

Small Remotely Piloted Aircraft Systems (drones), Mid-Air Collision Study

Tradução livre: Piloto Policial.

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