No equipamento continha dois aparelhos celulares, dois carregadores e cocaína. Para o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP), Ângelo Carneiro, as tentativas de levar materiais ilícitos por meio de drone é um ato de desespero dos presos devido a intensificação de revistas nos estabelecimentos prisionais.
Ângelo destacou a atuação dos servidores. “Até agora, nove drones já foram flagrados no perímetro da PASC, sem êxito algum em conseguir deixar drogas e celulares lá”, disse o diretor.
Santa Catarina – Nesta segunda-feira (24), o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina utilizou um drone (Phantom 3) para apoiar as equipes em solo em um incêndio em vegetação na cidade de Chapecó.
De acordo com o 1º Ten BM Leonardo Ecco do 6º Batalhão de Bombeiros Militar de Chapecó “o uso do drone foi essencial para monitoramento da evolução do fogo e para tomada de decisão do melhor posicionamento das equipes de combatentes no terreno”.
Drone ajuda bombeiros no combate a incêndio em vegetação na cidade de Chapecó. Divulgação CBMSC.
Com as imagens enviadas pelo drone, as guarnições do ABS-03, ABTR-45 e AR-120, realizaram o controle e combate ao fogo em vegetação na área de reflorestamento da empresa Aurora. A brigada de incêndio da empresa também participou do combate. Foram utilizados sopradores, batedores, bombas de costais para apagar o fogo. Onde era possível entrar a viatura, o ABS-03 foi usado para conter as chamas com água.
As guarnições levaram cerca de 5 horas para controlar e extinguir as chamas. Um produto retardante foi misturado à água das bombas de costais para ajudar na extinção do fogo.
A fumaça prejudicou o trânsito na SC-283 e colocou em risco a empresa de alimentos Bondio que fica nas proximidades, porém não foi constado nenhum prejuízo às instalações da empresa e não houve vítimas. O fogo ficou restrito à vegetação. A área queimada foi estimada em 40 hectares.
Drone ajuda bombeiros no combate a incêndio em vegetação na cidade de Chapecó. Divulgação CBMSC.
A Israel Aerospace Industries Ltd. (IAI), Dynamatic Technologies Ltd (DTL) e Elcom Systems Private Limited anunciaram sua colaboração para cuidar conjuntamente das necessidades do mercado de VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) da Índia. O anúncio se seguiu à assinatura de um contrato de parceria entre as empresas para a produção, montagem e suporte a VANTs na Índia, o qual foi firmado durante a visita do Primeiro Ministro indiano Narendra Modi a Israel.
O acordo de cooperação dá suporte à infraestrutura existente na Índia para os atuais programas de manutenção, reparos e renovação, ao mesmo tempo em que também adianta a iniciativa “Make in India” do governo indiano. A colaboração das três empresas proporcionará a melhor solução para as Forças Armadas da Índia com base na transferência de tecnologia de ponta para VANT e capacidade de produção da IAI, DTL e Elcom, a fim de oferecer capacitação nativa para sistemas de VANT.
Esse acordo estabelece um vínculo estreito de longo prazo entre a IAI e o governo indiano. Durante 25 anos, a IAI tem trabalhado ao lado do governo indiano e seus serviços militares para prover de maneira satisfatória sistemas e tecnologia de VANT.
Ao longo dos anos, a IAI formou uma infraestrutura robusta de suporte ao cliente por intermédio de muitos parceiros indianos locais de alta qualidade. A nova colaboração estratégica com a DTL e a Elcom firma-se nessa capacidade.
Combinadas, a tecnologia de produção aeroespacial de alto nível da DTL e sua experiência com VANTs na Índia, as plataformas tecnológicas da Elcom no campo da eletrônica e das comunicações, e a tecnologia e experiência global da IAI em VANTs certamente assegurará que os clientes indianos recebam os mais avançados sistemas e serviços de VANT.
“A Índia tem sido um dos principais clientes estratégicos da IAI por 25 anos. Por isso, nosso relacionamento com os usuários, clientes e empresas indianas é fundamental. Assim, no futuro próximo pretendemos transferir para a Índia uma significante parte das nossas atividades relacionadas a VANTs conforme a política “Make in India”. Estamos muito satisfeitos em expandir nossa parceria com a Dynamatic, damos as boas-vindas à nossa nova parceira Elcom e, coletivamente, ofereceremos as melhores soluções para a Índia”, declarou Shaul Shahar, vice-presidente executivo da IAI e gerente geral da divisão de Aeronaves Militares da IAI.
Udayant Malhoutra, CEO & diretor-gerente da Dynamatic Technologies disse que “Este acordo de cooperação com a IAI para produção local e montagem de VANTs Medium Altitude Long Endurance (MALE) apoiará a visão da Dynamatic para estabelecer um empreendimento de VANT de padrão internacional na Índia. A Dynamatic e a IAI já fizeram parceria recentemente este ano para produzir mini VANTs sob a iniciativa ‘Make in India’. A Dynamatic tem um histórico comprovado de transferência de produção estratégica em setores como o aeroespacial e de defesa, e esta parceria é uma convergência de tecnologia, excelência de produção e formação de capacitação nativa, o que será a chave para que a política ‘Make in India’ seja bem-sucedida”.
“A Elcom Systems tem grande satisfação em fazer parceria com a Israel Aerospace Industries e a Dynamatic Technologies para oferecer serviços de MRO (manutenção, reparos e operações), modernização, atualização e treinamento para a frota indiana de aeronaves remotamente pilotadas da IAI que já opera na Índia há mais de duas décadas. Isso permitirá à IAI incrementar ainda mais a já alta capacidade de serviço de seus VANTs e expandir a política ‘Make in India’ do governo indiano. A Elcom está ansiosa para oferecer seu know-how e experiência em futuros programas na Índia tanto na área de MRO como na produção de sistemas e subsistemas eletrônicos, nas quais é uma fornecedora já consolidada”, afirmou Shiv Vikram Khemka, da Elcom Systems Private Ltd.
Brasília — Anunciados com pompa no fim do segundo governo Lula como uma grande arma de combate ao crime organizado, os veículos aéreos não tripulados (vants) da Polícia Federal não decolam desde fevereiro de 2016.
Empoeirados, os dois aviões estão parcialmente desmontados em São Miguel do Iguaçu (PR), dentro de um hangar. Do lado de fora, a pista de pouso está coberta por mato. No ar, ficou a promessa de o Brasil comprar até 14 vants, construir quatro bases aéreas fixas e duas móveis e treinar 90 policiais para operar o sistema, com o objetivo de permitir à PF colher o mais valioso ativo no combate ao crime: a informação de inteligência.
Embora o namoro do Brasil com os aviões espiões tenha começado em 2007, na gestão de Tarso Genro (PT), foi só em 2011 que as operações com os dois aviões comprados pelo Brasil da empresa israelense IAI começaram para valer. Os dois custaram, juntos, US$ 27,9 milhões. Durante anos, tanto o Ministério da Justiça quanto a PF — já naquela época dirigida pelo atual diretor, Leandro Daiello Coimbra — diziam se tratar de uma das mais modernas ferramentas contra o crime transnacional em suas diferentes vertentes.
Um dos vants que estão parados em hangar na cidade de São Miguel do Iguaçu, no interior do Paraná. Além da vigilância, havia previsão de transferência de tecnologia – Reprodução.
O vant serviria à atividade policial no Brasil por conseguir trazer informações muito qualificadas sem ser percebido e sem colocar em risco a vida de agentes. Além de não ter tripulação, os vants são dotados de câmeras capazes de, sob praticamente qualquer condição de luz, tirar fotos e filmar.
O governo planejou e aprovou no Congresso leis com previsões orçamentárias para que fosse criada uma megaestrutura capaz de atender as necessidades de combate ao crime de diversos estados, incluindo patrulhamento marítimo.
O serviço funcionaria por 24 horas e todos os dias da semana, com transmissões de imagens e dados em tempo real. O uso planejado nunca foi operacional, como apreender um caminhão lotado de cigarros contrabandeados. O objetivo seria, por exemplo, identificar a rota de um desses caminhões, bem como os integrantes da organização criminosa.
Embora não admitam publicamente, integrantes da gestão de José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça e da atual direção da PF afirmam que o esvaziamento do projeto dos vants ocorreu porque não houve o retorno esperado no combate ao crime. Também nos bastidores, temendo represálias se falarem em público, defensores dos vants dizem que a cobrança é injusta.
“O projeto nunca foi executado como foi planejado. Gastaram milhões e logo pararam. O projeto está abandonado”, afirma um policial, pedindo anonimato.
O projeto sempre foi caro — se fosse executado em sua plenitude, a PF calcula que seriam R$ 500 milhões anuais. De 2009 até hoje, foram desembolsados cerca de R$ 145 milhões. Mas a própria polícia admite que a razão por trás da interrupção do projeto não é orçamentária. Há dinheiro previsto em lei para os vants. A execução orçamentária, entretanto, evidencia o abandono. Em 2016, foram empenhados R$ 28 milhões para o projeto e apenas R$ 3,4 milhões (12%) foram liquidados. Os percentuais nos anos anteriores quase sempre apontaram uma execução baixa.
PF: Projeto interrompido para ser repensado
Procurada na semana passada, a PF afirmou que o projeto foi interrompido para ser repensado e para que se adequasse “aos novos avanços tecnológicos em sistemas de imagem, comunicação em tempo real e georreferenciamento”. O principal passo nessa direção ocorreu em agosto do ano passado, quando a direção da polícia criou uma comissão para estudar o que fazer com o projeto.
Um relatório parcial da comissão, feito em fevereiro deste ano e a que o GLOBO teve acesso, propõe uma série de medidas imediatas para que os vants possam voltar a decolar. Num primeiro momento, será necessário refazer, entre outros, contratos de manutenção e da banda satelital, responsável por fazer o envio das imagens captadas pelo avião para a base em terra. Também serão necessários investimentos para modernizar a câmera do vant e para treinar mais pilotos.
O posicionamento atual da PF contrasta com o de apenas cinco meses atrás, quando, perguntada pelo jornal “Correio Braziliense”, a PF informou que os vants seriam usados para o monitoramento da Amazônia. A corporação não explicou, na ocasião, que, para isso, teria que comprar um radar meteorológico, equipamento caro e de a PF não dispõe. Sem o equipamento, seria grande a chance de perder o avião. Perguntada na semana passada, a polícia não respondeu se pretende levar adiante a ideia sobre a Amazônia.
A polícia também silenciou sobre outros pontos polêmicos desde que o projeto dos vants começou a sair do papel. Desde agosto de 2016, sem a renovação do contrato, os vants estão sem manutenção. Seguem desmontados parcialmente e os eletrônicos, câmeras eletro-óticas e demais componentes, estão encaixotados. A PF diz que esta é a recomendação técnica pela falta de uso.
Oportunidade perdida
Os vants nunca chegaram perto do potencial planejado. Eram previstos o apoio e a integração com as Forças Armadas, a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama e até a Funai. Informações sobre o crime transnacional poderiam ser compartilhadas com outros países e organismos multilaterais. O acordo feito com a empresa israelense IAI previa que, a partir da compra do terceiro avião, começaria uma série de ações de transferência tecnológica para uma empresa brasileira para que ocorresse aqui a fabricação, produção e homologação dos vants.
Segundo o último contrato de manutenção do sistema firmado com a IAI, os aviões poderiam atender mil horas anuais e até 84 horas mensais de voo. A estatística de horas de voo dos vants, no entanto, apontam que 2014 foi o ano em que eles mais voaram, quando estiveram no ar por 468 horas. Dos oito pilotos formados entre 2009 e 2010, hoje não há nenhum disponível de imediato para o trabalho e dois já se aposentaram da Polícia Federal.
Nem uma base adequada chegou a ser construída. O hangar do aeródromo, emprestado da prefeitura local, foi adaptado para a decolagem, mas a pista de pouso e decolagem não atende às especificações técnicas os requisitos da fabricante israelense. Em 2011, a PF gastou R$ 365 mil para que uma empresa fizesse um projeto básico para a construção da base. O projeto, orçado em R$ 37 milhões, nunca saiu do papel. A PF diz não ver necessidade de construir uma nova base.
A falta de planejamento adequado pode estar por trás da mudança de postura da PF em relação aos vants. A socióloga Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, tem uma visão crítica sobre projetos como o dos aviões espiões.
“Esses projetos espetaculares atendem muitas vezes mais a interesses das empresas do que ao interesse público. Primeiro pensam nesses projetos e depois na aplicabilidade”, aponta Silvia, lembrando que o foco da PF nos últimos anos mudou: “É flagrante como a PF tirou o foco do combate ao crime comum nos últimos anos para se voltar para o combate à corrupção. Temos que comemorar os resultados neste segundo tipo de ação, mas os dois são importantes. A repressão ao crime comum não pode ser deixada de lado.”
Enquanto a PF decide o que fazer com os aviões, o Tribunal de Contas da União foi instado a agir após uma denúncia anônima sobre o abandono do projeto. A ministra Ana Arraes relata desde o começo do ano uma investigação sigilosa sobre o projeto. Um documento da área técnica do TCU a que o GLOBO teve acesso ressalta que é prerrogativa do diretor da PF mudar o foco de um programa, o que justificaria que não tenha sido comprado mais vants e o projeto tenha diminuído de escala.
O tribunal, no entanto, oficiou a PF pedindo esclarecimentos sobre uma série de possíveis irregularidades, que vão desde a contratação do projeto até ao questionamento se a falta de manutenção está deteriorando os aviões. Alegando tratar-se de uma investigação secreta, o TCU não deu mais detalhes sobre o caso, que ainda está sendo investigado. Enquanto isso, os vants seguem no chão. Perdidos no céu, os milhões gastos pelo Brasil com o projeto
É sempre da responsabilidade do operador do drone determinar quais leis ou regulamentos se aplicam à sua operação e obter as autorizações governamentais necessárias.
Nas mãos de operadores inexperientes e irresponsáveis o drone pode virar uma arma letal e causar desastres que podem tirar a vida de centenas de pessoas.
Um drone voando para fins recreativos no céu acima de Old Bethpage, Nova York, em 5 de setembro de 2015.
Há pouco tempo essas aeronaves nem eram conhecidas, hoje os drones são tão comuns que qualquer adulto já sonha com o seu. Sem falar na questão de privacidade que já foram muito divulgadas a segurança é o fator principal para uma operação com Drones, mas nem todos estão cientes das regras que a ANAC disponibilizou recentemente para os voos de RPAs no Brasil. Talvez o mais importante ainda seja que eles não podem ser operados dentro de um raio de 5,5 km próximo de qualquer aeroporto.
Os perigos de voar drones perto de um aeroporto são óbvios. As consequências quando um avião que voa a uma velocidade de mais de 500 km/h e colide com um objeto que pesa pouco mais de um quilo podem ser catastróficas. Da mesma forma que as aves são uma grande preocupação com potencial de derrubar um avião, uma colisão com um drone possui o mesmo risco ou até maior, já que a bateria de lítio dessas aeronaves é inflamável.
Todos sabem das infinitas utilidades dos drones e seus sensores. Conhecemos várias empresas que desenvolveram estratégias de mercado inovadoras nos mais diversas áreas. Mas é necessário mais responsabilidade e bom senso nas operações com drones. Voar a menos de 30 metros acima de uma multidão, voar à noite ou acima de 120 metros de altitude são ótimos exemplos de irresponsabilidade.
Drone acidentado. Foto: Tim Schutsky.
As regras já foram criadas e estão sendo constantemente aprimoradas com o apoio da população e dos parceiros internacionais, porém o mais importante no momento é educar os empresários e proprietários sobre os reais riscos de operar um drone imprudentemente.
Hoje é obrigatório possuir seguro com cobertura contra danos a terceiros nas operações de aeronaves não tripuladas de uso não recreativo acima de 250g, com exceção das operações pertencentes a entidades controladas pelo Estado. Além de licença, habilitação, certificado médico aeronáutico e registro de voos para aeronaves com peso máximo de decolagem de mais de 150kg.
A ideia é que os órgãos de segurança pública façam a fiscalização dos drones nas operações do dia-a-dia. Já a ANAC, fiscalizará através do Programa de Vigilância Continuada e as denúncias recebidas serão apuradas administrativamente de acordo com as sanções previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565/86).
Na falta de cursos mais especializados no treinamento de operadores e observadores essas medidas são muito bem vindas para que não ocorra nenhuma tragédia aérea no futuro.
Quando um drone atinge um helicóptero de resgate:
Vídeo produzido pela BBC One lançado em agosto de 2016 apresentando um clipe de episódio especial de Casualty. O enredo envolve um helicóptero de resgate sendo atingido por um drone operado por uma criança que havia recebido de presente de aniversário.
Santa Catarina – Na tarde de hoje (21), um incêndio atingiu uma pequena madeireira no Bairro Getúlio Vargas no município de Curitibanos. O Corpo de Bombeiros foi acionado para o combate às chamas e um drone foi utilizado para ajudar as guarnições na ocorrência. Não houve feridos.
Imagem aérea do drone utilizado pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. Divulgação CBMSC.
Segundo os Bombeiros de Curitibanos, o incêndio começou no depósito de serragem e como havia muita madeira no local o fogo proliferou. Foram utilizados três caminhões de combate à incêndio, um Auto Socorro de Urgência (ASU) e oito bombeiros militares para realizar os trabalhos de combate ao incêndio.
Uma novidade nesse tipo de atuação do Corpo de Bombeiros foi a utilização de um drone (Phantom 4). O drone possibilitou mais agilidade dos bombeiros no combate ao incêndio pois foi possível realizar um melhor posicionamento das guarnições, além de oferecer maior segurança aos bombeiros no local.
Imagem aérea do drone utilizado pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. Divulgação CBMSC.
Dá pra ouvir no vídeo o bombeiro que pilotava o drone apontando onde ainda tinha fogo. O fogo ficou contido na madeireira e as casas ao redor não foram atingidas. “A guarnição teve uma vista privilegiada (imagem aérea) o que facilitou o combate às chamas, evitou exposição da guarnição a riscos desnecessários e garantiu uma economia de água no combate mais direcionado ao foco das chamas”, disse o Cb BM Ronaldo Wagner Fumagalli Silva, piloto do drone.
O Corpo de Bombeiros Militar possui drones nos batalhões de Florianópolis, Curitibanos, Itajaí, Lages e Chapecó. Apesar de ser um equipamento novo na corporação, adquirido há menos de um ano, a aplicação das aeronaves remotamente pilotadas em operações específicas tem gerado resultados muito positivos.
Rio Grande do Sul – Um drone que sobrevoava um dos pátios da PASC (Penitenciária de Alta Segurança de Chasqueadas), na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul, foi apreendido por agentes penitenciários na madrugada deste sábado (15).
Drone que sobrevoava um dos pátios da PASC. Foto de Divulgação
O objeto estava indo em direção à janela de um apenado, que já estava sendo monitorado pelo setor de inteligência da Pasc. Junto ao drone, foram encontrados dois celulares, dois carregadores, um fone de ouvido e uma pequena quantidade de substância semelhante à cocaína.
O diretor da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, Eduardo Saliba, disse que com os departamentos competentes da SUSEPE (Superintendência de Serviços Penitenciários) irão estudar uma solução para encarar a modernidade deste novo equipamento. Para ele, a instalação de telas ou cabos de aço sobre os pátios da Penitenciária, pode impedir a aproximação dos drones.
Participantes do 1º Simpósio sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas.
Organizado pela Câmara Técnica de Operações de RPA, que faz parte da Coordenadoria de Operações Aéreas do CBMSC, o simpósio reuniu especialistas do assunto para o compartilhamento de experiências com uso do equipamento. Entre as temáticas abordadas nos dois dias do evento, estiveram assuntos pertinentes à legislação brasileira, que regula o uso dos equipamentos, além da aplicação operacional de drones pelas instituições participantes, em várias modalidades de atividades.
Apesar de ser uma temática emergente entre as instituições, o uso de aeronaves remotamente pilotadas, conhecidas popularmente por drones, tem se mostrado uma ferramenta eficaz no mapeamento de áreas de risco, busca de pessoas ou cadáveres, dimensionamento de situações ou áreas de sinistro e levantamento de informações necessárias para tomada de decisão.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros Militar possui equipamentos RPA nos batalhões de Florianópolis, Curitibanos, Itajaí, Lages e Chapecó. Apesar de ser um equipamento novo na corporação, adquirido há menos de um ano, a aplicação das aeronaves remotamente pilotadas em operações específicas tem gerado resultados muito positivos.
Ten Cel BM Corrêa, presidente da Câmara Técnica de Operações com RPAS do CBMSC, agradecendo a participação do 1º Ten Esp Dionísio Moreira do CINDACTA II/DECEA na palestra sobre “Legislação Aeronáutica aplicada ao uso de RPA”.
Os equipamentos podem ser empregados nas atividades dos bombeiros de busca e salvamento, terrestre ou em superfícies de áreas alagadas ou banhadas pelo mar, sinistros com produtos perigosos, incêndios florestais, áreas de deslizamentos e em situações de desastres naturais.
Para o presidente da Câmara Técnica de Operações com RPA, Tenente Coronel BM Alexandre Corrêa, o evento surpreendeu pela qualidade nas temáticas abordadas e número de participantes. “Inicialmente, a intenção era apenas abordarmos o uso de drones em operações de segurança pública. Mas o interesse pelas outras instituições nos fez ampliar a temática de assuntos abordados. Além disso, já estamos pensando na elaboração de algum evento nacional, já que o uso deste tipo de equipamento tende a ser cada vez mais comum”, conclui.
O Delegado Alexandre Kale, Diretor de Inteligência da Polícia Civil de SC participou do evento e ao final do Simpósio demonstrou interesse em trabalhar conjuntamente em projetos nessa área junto a SSP. “Essa sem dúvida nenhuma é uma ferramenta muito importante para trabalhos na área de inteligência policial”, comentou.
Drone em exposição durante o 1º Simpósio sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas.
A empresa chinesa DJI demonstrou seus produtos no evento e o Diretor da América Latina, Manuel Martinez, comentou que “a grande notícia desse simpósio não está na realização do evento em si, mas na sua relevância e importância nas ações governamentais. É o primeiro simpósio organizado por um Corpo de Bombeiros Militar que possibilitou a discussão do emprego de drones, discutiu-se a criação de diretrizes e a importância da segurança nas operações”.
Para os bombeiros militares de SC o Simpósio também foi muito bem recebido. O 3° Sgt BM Reinaldo de Oliveira do 10º BBM teve a oportunidade de participar do evento e elogiou a organização e o elevado nível técnico dos instrutores e palestrantes. “Me sinto muito orgulhoso de fazer parte desta instituição. Um inciativa que possibilitou o compartilhamento de informações, criando futuras parcerias que farão nosso Estado alçar voos mais altos com relação aos RPA”, complementou.
Participam do simpósio as seguintes instituições: CELESC, Universidade Federal de Santa Catarina, Udesc, IFSC- Instituto Federal de Santa Catarina, FATMA- Fundação do Meio Ambiente, IGP – Instituto Geral de Perícias, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil.
Para realização do evento, o Corpo de Bombeiros Militar contou com a parceria das empresas DJI, Helisul e Skydrones.
Drones da empresa chinesa DJI em exposição no 1º Simpósio sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas.
São Paulo – Uma equipe do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) aperfeiçoa, por meio do uso de drones, os estudos voltados ao monitoramento dos cursos d’água em São Paulo. Desde 2016, o Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental está dedicado a desenvolver tecnologias com baixo custo operacional e de instalação para mapear amostras. Durante as atividades, a experiência adquirida capacitou os integrantes do grupo para novas aplicações.
De acordo com o pesquisador Caio Pompeu Cavalhieri, coordenador da iniciativa, o objetivo inicial era avaliar métodos para recolher amostras de água. O ponto de partida do projeto teve início após o conhecimento de uma análise feita por cientistas da University of Nebraska-Lincoln, dos Estados Unidos, que estudaram a utilização de drones com tecnologia específica para coletas em rios e lagos.
“Sempre que se fala em usar drones, a intenção é melhorar processos. Pensamos inicialmente em um projeto para empresas de saneamento, por exemplo, que precisam se deslocar em embarcações nos reservatórios para recolher líquidos que serão submetidos a exames. Muitas vezes, os barcos precisam ir até áreas distantes. A questão da segurança durante o processo também é importante, pelo risco de acidentes”, explica o pesquisador.
Soluções
Ao realizar os primeiros trabalhos de campo, a equipe do IPT enfrentou um problema: os primeiros resultados obtidos com o sistema de amostragem semelhante ao de Nebraska não foram satisfatórios. Os componentes dos equipamentos (que não são descartáveis) exigiam, para cada amostra, uma mangueira higienizada ou nova, o que demandaria muito tempo.
Inicialmente dedicado a desenvolver soluções para o monitoramento hídrico, o projeto de capacitação do IPT permitiu à equipe a maior familiarização com os drones. Paralelamente ao estudo, os pesquisadores começaram a produzir mosaicos de imagens aéreas e os primeiros resultados indicaram ganhos na velocidade de processamento dos dados.
“Isso evita tanto a espera pela disponibilização das imagens pelo Google Earth quanto a contratação de uma empresa para realizar uma aerofotogrametria, que é o registro da cobertura da superfície terrestre feita por aeronaves equipadas com câmera fotográfica para fins de mapeamento”, explica Caio Pompeu Cavalhieri.
Resultados
Além dos mosaicos com alta resolução, os cientistas conseguiram gerar mapas a partir de modelos digitais de superfície. Os resultados se mostraram promissores na questão da rapidez, pois o processamento das imagens para a geração dos modelos em áreas de até 25 hectares durou de três a cinco horas.
“Montamos modelos que transformam dados em informações importantes do relevo e de outros elementos que caracterizam os terrenos”, ressalta o coordenador do projeto. “Trabalhamos com resoluções inferiores a um metro. Isso significa que os erros são da ordem de centímetros”, acrescenta.
Para dar um exemplo do nível de resolução, é possível identificar a diferença de altura entre a superfície pavimentada de um estacionamento e o capô de um veículo parado. Os mapas de superfície já começaram a ser usados em planos que envolvem delimitação de áreas inundáveis, avaliação da estabilidade de aterros sanitários e monitoramento das pressões que a mancha urbana exerce sobre áreas de preservação.
A ferramenta também pode ser empregada no mapeamento de áreas de risco, no acompanhamento em canteiros de obras ou em trechos de uma rodovia em construção. Com os drones, é possível fazer uma comparação, por exemplo, entre uma área construída e uma área verde, o que facilita a análise visual em projetos que envolvem planejamento urbano, territorial ou ambiental.
O IPT é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo.
São Paulo – A estrutura do controle do tráfego aéreo e a atual regulamentação de drones serão descritas e discutidas em palestra na sede cultural da OAB SP, Praça da Sé, 385 – 1º andar, nessa quarta-feira (19/07), às 19h00.
O presidente da mesa será o advogado e membro do Comitê de Estudos sobre Criminal Compliance, Ricardo Ribeiro Veloso. O tema da palestra é “O controle de tráfego aéreo e a regulamentação de drones”.
A apresentação será do Major Ubiraci da Silva Pereira que é graduado em Gerenciamento de Tráfego aéreo pelo CIAAR; Graduado em Ciências Jurídicas pela UGF RJ e Chefe da Subdivisão de Telecomunicação do SRPV SP.
As inscrições devem ser feitas na página da OAB e mediante a doação de uma lata ou pacote de leite integral em pó, na recepção do evento. A palestra é promovida pelo Departamento de Cultura e Eventos com o apoio da Comissão de Direito Aeronáutico da OAB SP e da Sociedade dos Melhores Amigos da Aeronáutica.
Santa Catarina – Nos dias 17 e 18 de julho de 2017 acontecerá no Centro de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, em Florianópolis, o 1º Simpósio sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas.
Demonstração dos RPAs durante o Simpósio. Foto: Divulgação CBMSC.
O evento irá congregar diversas instituições que já utilizam e que estão se preparando para implementar a atividade aérea não tripulada no Estado de Santa Catarina.
Serão dois dias de palestras, minicursos, exposições e demostrações de equipamentos da fabricante Chinesa DJI e também da empresa Sky Drones. No segundo dia no período da tarde haverá uma palestra do 1º Ten Esp Dionísio Moreira do CINDACTA II do DECEA sobre “Legislação Aeronáutica aplicada ao uso de RPA”.
O evento contará com a presença da Força Aérea Brasileira, Professores do Instituto Federal de SC, Universidade Estadual de SC, Universidade do Estado do Mato Grosso, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Geral de Perícias, Fundação Estadual do Meio Ambiente e das Centrais Elétricas de SC.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina está investindo na aquisição de aeronaves remotamente pilotadas (RPA) para uso operacional e o primeiro equipamento foi adquirido no começo do ano e já apresenta resultados positivos. Como essa operação está se fortalecendo nas atividades realizadas pelo bombeiro, pela polícia e por órgãos públicos, o Simpósio foi idealizado para promover o debate sobre doutrina, segurança e operação.
Demonstração dos RPAs durante o Simpósio. Foto: Divulgação CBMSC.
Autorização para uso do espaço aéreo
O CINDACTA II autorizou o CBMSC utilizar o espaço aéreo para os voos das aeronaves remotamente pilotadas que realizarão demonstração durante o evento.
A autorização recomenda aos operadores de RPA que efetuem a operação no Espaço Aéreo contido em um raio de até 300 metros a partir do ponto 27°35’19.22″S / 048°31’18.17″W; voem até no máximo 400′ de altura e mantenham a operação da RPA em VLOS (Visual Line of Sight).
A autorização recomenda ainda que os operadores devem encerrar imediatamente o voo da RPA caso seja percebido a proximidade de alguma aeronave tripulada ou que a continuidade das atividades venha causar perigo aos demais usuários do espaço aéreo, pessoas ou propriedades no solo.
Após ter recebido diversas contribuições de quem pretende acessar ao espaço aéreo brasileiro utilizando aeronaves remotamente pilotadas (RPAS) de forma recreativa (Aeromodelos), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) publicou a Circular de Informações Aeronáuticas (AIC N 17/17)para voos de Aeromodelos. As regras passam a valer a partir de hoje (10).
Segundo informou o DECEA, por definição prevista em Legislação específica, um aeromodelo é caracterizado como uma aeronave e qualquer aeronave remotamente pilotada deve se adaptar às regras em vigor.
O que distingue as regras a serem aplicadas para Aeromodelos e demais Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) é o propósito de uso. No caso dos Aeromodelismo, o propósito é EXCLUSIVAMENTE RECREATIVO.
Como regra geral, por exemplo, os operadores de aeromodelo não poderão sobrevoar áreas de segurança (áreas restritas, áreas de incêndios, presídios, áreas militares, entre outras) e independentemente do local de operação não poderão interferir nas operações dos Órgãos de Segurança Pública (Bombeiros, Guarda Municipal, Polícias, etc.).
São Paulo – O Patrulhamento Aéreo por Drones já é realidade em Santa Bárbara d’Oeste. A Guarda Municipal passou a contar com duas equipes para auxiliar no monitoramento de diversas situações. Foram adquiridos dois drones da marca DJI-Phanton com câmera de alta definição (4K), rádio controle com tela integrada e acessórios, além de dois veículos Renault Sandero Zero KM.
A Prefeitura comprou os drones e dois veículos pelo valor total de R$ 100,6 mil. Cada drone da marca DJI-Phanton com câmera de alta definição (4K), rádio controle com tela integrada e acessórios, custou R$ 11,6 mil e cada veículo da marca Renault, modelo Sandero – que será utilizado pela equipe que transportará o drone – custou R$ 38,7 mil..
“É uma grande inovação, uma importante ferramenta de apoio e monitoramento para a nossa Guarda Municipal. São duas equipes com novas viaturas de base terrestre e equipamentos de sobrevoo com imagens de altíssima definição, em 4K, e com longo alcance para o monitoramento de espaços públicos, ruas e avenidas com alto fluxo de tráfego, áreas de risco, grandes eventos e operações de inteligência no combate às drogas”, afirmou o prefeito Denis Andia.
Denis ressaltou ainda que Santa Bárbara d’Oeste é a primeira cidade da região a utilizar este patrulhamento aéreo. “Santa Bárbara é uma das primeiras cidades do Brasil a implantar e fazer funcionar esse tipo de patrulhamento, utilizando a tecnologia em favor da segurança. É algo pioneiro, já somos alvo da curiosidade de outros municípios que já entenderam isso como uma boa ideia”, concluiu.
Para operar os equipamentos guardas municipais passaram por capacitação teórica e prática. A Guarda Municipal também foi credenciada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a realização de operações por aeronave não tripulada.
O 10º Simpósio de Segurança de Voo – SSV 2017promovido pelo Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) acontecerá de 8 a 10 de agosto no auditório B do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos-SP.
SSV 2016 – 9º Simpósio de Segurança de Voo.
O evento pretende difundir os aspectos da segurança de voo na execução das atividades de pesquisa, desenvolvimento, certificação e qualificação de novos produtos aeronáuticos, além de estreitar o relacionamento entre órgãos governamentais, empresas e organizações da área aeronáutica e de defesa.
Os interessados devem acessar a página do IPEV – SSV 2017, utilizando o atalho “Inscrição” no site. As vagas são limitadas. Os valores para participação custam R$ 80,00 até dia 30/07/2017. Após o dia 30/07/2017 o valor será de R$ 200,00. Estudantes pagam meia.
Assuntos em Destaque
No dia 08/08 acontecerá um minicurso sobre “Regulamento e Controle das Aeronaves Remotamente Pilotadas no Espaço Aéreo Brasileiro” apresentado pelo Cap Av Leonardo André Haberfeld Maia do DECEA.
Nos dias 09 e 10/08 acontecerão Sessões Técnicas sobre diversos assuntos e dentre eles se destacam temas atuais e relacionados com a Aviação de Segurança Pública e de Defesa Civil, tais como:
“Análise da Aplicação dos Conceitos de CRM nas Missões de Resgate Aeromédico no Grupamento de Radiopatrulha Aérea – ‘João Negrão'”,
“Drone Strike – A Ameaça das Aeronaves Remotamente Pilotadas à Segurança Aeronáutica e Medidas de Mitigação”,
“O Seguro Aeronáutico como Ferramenta do SIPAER”, e
“Segurança Operacional na Aviação de Estado: Premissas e Paradigmas”.
São Paulo – O Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar utiliza o Helicóptero Águia 32, operado pelo Grupamento de Radiopatrulha Aérea, nas atividades de preservação do Meio Ambiente, com grande ênfase no bioma da Mata Atlântica.
A fiscalização e execução de operações é realizada em parceria com os demais órgãos integrantes do Sistema Ambiental Paulista, tais como a CETESB, a Fundação Florestal, o Instituto Florestal, entre outros.
Conjuntamente a outras formas de fiscalização e monitoramento, o Águia 32 atua na captura de imagens aéreas, no transporte e reconhecimento aéreo, bem como no apoio às atividades das equipes em atuação terrestres, e ambientes marinhos e fluviais, em âmbito de todo o Estado.
O uso complementar de outras tecnologias, como drones e imagens por satélite, tem permitido maximizar o emprego da aeronave no atendimento de diversas demandas ambientais, como, por exemplo, a identificação de supressão irregular de vegetação, queimadas, soltura de balões, identificação e monitoramento de áreas de descarte irregular de entulho e de resíduos sólidos, ocupações irregulares em unidades de conservação, bem como em aéreas de preservação permanente e de mananciais.
“O apoio à fiscalização marinha e fluvial tem permitido a apreensão de redes, embarcações e cargas fruto da atividade ilegal de pesca no litoral de São Paulo. Como resultado das atividades realizadas ao longo desse ano, é possível também destacar o combate às ocupações irregulares em Ilhabela, São Sebastião, Santos, Cubatão, São Vicente, bem como o combate ao desmatamento em Iguape, Caraguatatuba, e Bertioga, sempre com apoio das equipes terrestres e em consonância com as atividades e competências municipais de fiscalização”, afirmou o Cel PM Alberto Malfi Sardilli, comandante do policiamento ambiental.
O seguro com cobertura de danos a terceiros (responsabilidade civil – RC) é obrigatório para os RPAs com peso superior a 250 gramas, entretanto, para os aeromodelos e RPAs operados pelo Estado (Polícias, Corpos de Bombeiros, Guardas Municipais, Defesa Civil, etc) esse seguro não é obrigatório.
Muito embora a norma não tenha exigido esse seguro para RPAs operados pelo Estado, diferentemente do que acontece com as aeronaves tripuladas, cujo seguro é obrigatório, as organizações públicas que usam drone precisam avaliar os riscos que envolvem sua operação, pois podem causar danos pessoais ou materiais a terceiros, por isso, o seguro pode oferecer mais segurança.
Com a regulamentação, o uso de RPAs passa a ser requisitado e já existem centenas de empresas com atividades ligadas a drones no Brasil, atuando desde a fabricação e manutenção do equipamento até na prestação de serviços, treinamento, tecnologia, seguros, entre outros.
Da mesma forma, organizações públicas, como Corpos de Bombeiros Militares, Polícias, Guardas Municipais, Defesa Civil, etc. estão adquirindo esses equipamentos ou contratando serviços. Como a norma autorizou o Poder Público voar sobre pessoas, a preocupação com a segurança aumenta. Embora a responsabilidade do Estado seja objetiva, a contratação de seguro pode oferecer mais segurança para a operação.
De olho nesse mercado, o empresas seguradoras lançaram o seguro de responsabilidade civil (RC) para drones, com cobertura similar à de aeronaves. A diferença é que, como um drone não leva passageiros e tripulantes, a principal cobertura é o dano causado a terceiros no solo, colisão e abalroamento (Classe III e IV do R.E.T.A). Outro produto com foco nesse segmento é o seguro para danos ao equipamento e seus acessórios (CASCO).
Para entender melhor, de forma geral, o seguro aeronáutico, divide-se em Aditivo A (CASCO) e Aditivo B (R.E.T.A). Toda aeronave tripulada, independentemente de sua operação ou utilização, deve possuir cobertura do Seguro de Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo (R.E.T.A.), conhecido como “seguro obrigatório”. Resumidamente, a obrigatoriedade foi instituída pela Lei n° 7.565/86 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA), artigo 281 e pela Resolução nº 293/13 da ANAC, artigo 100.
Além disso temos ainda uma cobertura facultativa definida como responsabilidade civil (RC) a 2º Risco do R.E.T.A. (Limite Único Combinado – LUC) que nada mais é que uma extensão a esse seguro para garantir discussões judiciais relacionadas ao pagamento de indenizações superiores aos limites contratados e estabelecidos pelo CBA.
O seguro R.E.T.A. divide-se em cinco coberturas ou classes e serão aplicadas conforme a atividade realizada, são elas:
I – Danos a Passageiros e suas bagagens;
II – Danos a Tripulantes e suas bagagens;
III – Danos a Pessoas e Bens no solo, (Art. 268 do CBA) e
IV – Danos por Colisão e abalroamento (Art. 273 do CBA).
V – Danos a Cargas e bagagens despachadas.
Assim, o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC – E Nº 94 exigiu a cobertura de danos a terceiros, que se referem basicamente àscoberturas Classe III e IV do seguro R.E.T.A para os RPAs com peso superior a 250 gramas, porém, conforme o risco de cada operação e avalização da seguradora, podem ser contratados o seguro de CASCO e o LUC.
Então, podemos dizer que as coberturas exigidas pela ANAC para este seguro obrigatório, abrangem apenas danos a pessoas e bens no solo, colisão e abalroamento. A importância segurada é única e foi adequada pela Agência com base no Código Brasileiro de Aeronáutica no valor de R$ 232.961,69. (Art. 269, inciso I e Art. 277 do CBA).
Lembre-se que além do pagamento do prêmio, o contrato definirá o valor da franquia e os casos em que ela será exigida, além das cláusulas de cobertura e riscos excluídos, como por exemplo, a invasão de privacidade (Dano Moral), que NÃO terá cobertura do seguro; esse risco é excluído.
Então, sendo um operador público ou privado, antes de realizar sua operação, avalie seus riscos e procure um corretor de seguros. Esclareça suas dúvidas e adquira um produto adequado à sua operação.
Por ter experiência na aviação, o seguro é um item que exige mais segurança na atividade, pois se não possuir controle de seus processos e gerenciamento de seus riscos, os custos de seguro são elevados e pode inviabilizar sua atividade no caso de um sinistro. Então, quanto mais segura for sua operação menos pagará de prêmio e consequentemente correrá menos riscos.
O TalkShow Dronegócios terá sua primeira edição na próxima sexta-feira (30/6) às 11h (hora de Brasília), onde Emerson Granemann, idealizador do Droneshow, entrevistará o Cel Jorge Humberto Vargas, do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), com o tema “Desdobramentos da regulamentação do uso comercial de Drones no Brasil”
Cel Jorge Humberto Vargas, do DECEA. Foto: Felipe Barra.
O conceito do TalkShow é de uma entrevista sobre um tema em destaque, de modo informal, mas sem perder o foco na importância do assunto. O entrevistado responderá as perguntas do moderador e será aberto também espaço para que os participantes enviem seus comentários e questões.
Confira o que será abordado:
Recomendações para melhor utilização da plataforma SARPAS.
Riscos, fiscalização e punições das operações ilegais.
Mais segurança representa mais qualidade nas operações.
Ajustes futuros na regulamentação do uso de Drones para fins comerciais.
“O Projeto TalkShow é uma iniciativa da Dronegócios para discutir temas relevantes de um forma mais descontraída”, comenta Emerson Granemann. “Além do bate-papo, os participantes online poderão enviar suas perguntas via chat”, conclui.
Portugal – O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) criado em 01/04/2017 através do Decreto-Lei n.º 36/2017, com a fusão do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) com o Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF), anunciou na segunda-feira (19), a realização de um estudo de segurança devido aos recentes incidentes envolvendo a presença de “drones” nas trajetórias de aviões.
O estudo abordará os seguintes aspectos:
Caracterização do histórico das ocorrências de segurança em Portugal envolvendo a proximidade de “drones” a aeronaves tripuladas;
Caracterização dos “drones” e da legislação aplicável;
Práticas operacionais no ar e em terra aquando do avistamento de um “drone” em zona restrita;
Programas de divulgação e formação junto dos utilizadores de “drones”;
Análise das principais partes interessadas quanto à adequabilidade e eficácia da legislação e regulamentação;
Revisão das práticas e experiências internacionais nesta matéria;
Revisão das recomendações emitidas pelos organismos de investigação;
Eventual elaboração de recomendações para prevenção deste tipo de ocorrências no nosso país.
O estudo contará com a participação de especialistas externos ao Gabinete e envolverá a audição das principais partes interessadas neste assunto.
A realização deste estudo pelo GPIAAF não deve impedir que as autoridades, os gestores das infraestruturas aeroportuárias e os demais atores relevantes continuem a aprofundar, no âmbito das suas competências, as ações adequadas no sentido de evitar este tipo de incidentes, os quais, salienta-se, constituem sendo uma violação da regulamentação e um potencial ilícito de natureza criminal por parte dos seus responsáveis.
O regulamento da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto. Informações úteis neste sentido poderá ser consultada na página específica “Voa na boa” da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal.
Incidentes
Esta semana houve dois incidentes envolvendo “drones” e aviões e quatro nas duas últimas semanas. Desde o início do ano, o GPIAAF tem a informação de oito incidentes deste tipo.
Na sexta-feira um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um “drone” a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais.
“Na aproximação à pista 35 de Cascais vislumbrei um objeto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um “drone” de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o ‘drone’, que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda”, relatou nesse dia o piloto à Lusa.
O comandante Jorge Cernadas acrescentou que o incidente ocorreu pelas 18:00, num momento em que o “drone” “estava na linha de voo que o avião seguia” sobre a vila de Tires (distrito de Lisboa), a “dois, três minutos de pousar”. O Dornier 228, com 14 pessoas a bordo, já estava na aproximação final e com o trem de pouso baixado.
O avião (com capacidade para 18 passageiros) tinha descolado de Portimão para o Aeródromo Municipal de Cascais, em Tires, com 12 passageiros e dois tripulantes. O destino final foi Bragança, onde pousou.
A companhia Aero Vip, do Grupo Seven Air, é responsável pela ligação aérea regional Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, e vice-versa, efetuada diariamente.
Na quarta-feira à noite, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um “drone” a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.
O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, “cruzou-se” com o ‘”drone” por volta das 21:00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.
A 01 de junho, um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um ‘drone’ a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no aeroporto do Porto.
Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas (APANT)
Após os incidentes, a Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas (APANT) alertou para os riscos inerentes a estas práticas, aludindo ao regulamento aprovado pelo regulador do setor.
O regulamento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura, uma medida que pretende precisamente “minimizar a interação com a aviação geral”, e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto, “uma vez que são consideradas fases críticas de voo”, sublinhou a APANT.
Tocantins – Uma ação conjunta realizada na noite do dia 17/06 por policiais civis da Delegacia Especializada na Repressão a Narcóticos (DENARC) e Agentes de Inteligência do Sistema Penitenciário resultou na prisão de três pessoas que tentavam introduzir drogas, celulares e mini-serras, para dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
Conforme o delegado Guilherme Rocha Martins, responsável pelo caso, Ianca Cirilo Gomes, 21 anos, Wandalane Gomes Sousa, 19 anos, Caique Cirilo Alves, 24 anos de idade, além de um adolescente infrator de 17 anos, foram abordados e presos em uma área de mata entre a TO-050 e o muro da CPP no exato momento em que se preparavam para lançar um drone carregado com porções de maconha, mini-celulares, além de pequenas serras, também conhecidas como “Ceguetas”, para dentro do pátio da CPPP.
Ainda de acordo com o delegado, a ação frustrada pela Denarc fazia parte de um plano de fuga e já vinha sendo investigada pela Delegacia Especializada, há algum tempo. Em poder dos indivíduos, os agentes apreenderam três porções de maconha de 150 gramas cada uma, vários aparelhos celulares, sendo alguns do modelo mini, além do drone.
Diante da situação, Wandalane, Ianca e Caique foram conduzidos à Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Em seguida as duas mulheres foram recolhidas a carceragem da Unidade Prisional Feminina de Palmas e o homem foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permanecerão à disposição do Poder Judiciário. O adolescente infrator foi entregue aos cuidados da Vara da Infância e da Juventude de Palmas.
No dia 22 de junho será realizado um Workshop Online com o tema “Seguro Obrigatório RETA para Drones conforme ANAC”. As coberturas exigidas pela Agência para esta modalidade de seguro abrange danos a pessoas e bens no solo, colisão e abalroamento.
O palestrante será Alfredo Luiz Buzetti Cardoso, Formado em Ciências Contábeis e Administração de Empresas pela PUC/MG, Pós Graduado em Marketing e Gestão Financeira pela PUC/MG, com 27 anos de Mercado Segurador. Alfredo Luiz possui 20 anos de Especialização em Seguro Aeronáutico, atuando em empresas como Internacional de Seguros, Itaú Seguros, Mapfre Seguros, Colemont Calyst Resseguros, THB Resseguros e atualmente Diretor Comercial na Aeroconsult Seguros, representando a Inter Aerospace no Brasil.
• Coberturas exigidas pela ANAC na contratação do Seguro Obrigatório;
• Como funciona o Seguro Obrigatório;
• O porquê deste Seguro;
• Regulação de Sinistro;
• Custo praticado no mercado pelas Seguradoras;
• Como contratar este Seguro, e
• Penalidades.
A Aeroconsult Corretora de Seguros é uma Corretora Especializada em Consultoria Aeronáutica, criada por profissionais com mais de 20 anos de experiência, tanto no setor público como privado. A empresa nasceu em 2011 e opera em todo o Território Nacional para grandes operadores do ramo, como Esquadrilha Pégasus da PMMG, CEMIG – Centrais Elétricas de Minas Gerais, DETRAN-DF, Polícia Civil do Distrito Federal, Helicópteros do Brasil S/A – Helibras, Vector Aerospace, Secretaria de Segurança Pública de Goiás, Claro Aviação, CHESF – Centrais Elétricas do São Francisco, dentre outros.
Baseados na Resolução nº 419 de 2 de maio de 2017 RBAC-E nº 94/2017 da ANAC que regulamenta o uso de aeronaves não tripuladas no Brasil, a Mapfre Seguros e a Aeroconsult Seguros se uniram para lançar o seguro RETA (Responsabilidade do Explorador de Transporte Aéreo), voltado para o mercado de Drones, apresentado na última edição da DroneShow, realizada em maio passado na capital paulista.
As coberturas exigidas pela ANAC para este seguro obrigatório, abrangem danos corporais e pessoais a pessoas e bens no solo, colisão e abalroamento. A importância segurada é única e foi adequada pela Agência com base no Código Brasileiro de Aeronáutica ao valor de R$ 232.961,69.
A Aeroconsult já está operando com grandes empresas do segmento como a Gohobby, DroneDireto, Multidrones, Cavok Service, MaxDrones, GeoDrones, Xfly Drones, Xmobots dentre outros. Visite o site www.segureseudrone.com.br, tire suas dúvidas e simule um cálculo usando o código promocional #DRONEBRASIL.
André Oliveira dos Santos 1º Tenente da Polícia Militar da Bahia
O uso de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA), popularmente conhecida como drone, é uma realidade que cresce exponencialmente. Sua praticidade, sua versatilidade e seu baixo custo, tanto de aquisição quanto operacional, atraíram os mais diversos setores da sociedade, que buscam, através da inserção dessa tecnologia em suas atividades, o alcance de seus resultados e a melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Seguindo a tendência natural de aumento do uso dessa tecnologia, os órgãos que compõem os sistemas de Segurança Pública e de Defesa Civil vêm buscando o aperfeiçoamento dos serviços públicos prestados, com o emprego de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) nos mais diversos tipos de atuações.
No Brasil, há exemplos em várias Polícias Militares e outras instituições do uso dessa ferramenta no policiamento, ambiental e de grandes eventos, em manifestações sociais, em ações de inteligência, e até em ações ordinárias de patrulhamento ostensivo, muito embora a furtividade seja uma característica natural desse tipo de aeronave.
Com o aumento do número de voos de RPAS, principalmente, os órgãos responsáveis pela regulamentação e pela fiscalização de seu uso no espaço aéreo têm se preocupado, cada vez mais, em preservar a segurança das operações e das pessoas no solo, sem, contudo, impedir a evolução do setor.
Nesse contexto, foi desenvolvido no 8º Batalhão de Policia Militar da Bahia um Procedimento Operacional Padrão, com vistas a padronizar e levar mais segurança na atuação de seus policiais nas operações de RPAS.
É importante destacar que, além de padronizar e adicionar mais segurança nas operações de RPAS, o POP visa a respaldar as ações policiais já que passam a adotar procedimentos válidos e aceitos pela técnica doutrinária de suas organizações.
Seguindo um roteiro, assim como é feito na indústria ou em uma sala de cirurgia, o operador consegue alinhar com a base teórica de suas ações, além de ter mais controle sobre os resultados esperados.
Diante dessa nova realidade, é imperioso que se busque o aperfeiçoamento das operações e a sedimentação da doutrina, que por ora se constrói. Este é apenas mais um passo.
As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim aquelas que se adaptam melhor às mudanças. (Charles Darwin)
Autor: O 1º Ten PMBA André Oliveira é Bacharel em segurança pública pela Academia de Polícia Militar da Bahia (APM/BA); possui formação na área de inteligência policial; foi o 1º colocado no Curso de Operador de Sistemas de Aeronave Remotamente Pilotada (CORPAS), realizado pelo Grupamento Aéreo (GRAER) da PMBA; foi o vencedor do melhor artigo técnico do concurso literário da IV Jornada de Segurança Operacional do GRAER/PMBA – 2017; participou do processo de certificação ISO 9001, Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), da Companhia Independente de Policiamento Especializado/Mata Atlântica (CIPE/Mata Atlântica) da PMBA; e, atualmente, chefia a Seção de Operações de Inteligência (SOInt) do 8ºBPM/Porto Seguro.
MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
Capitão da Polícia Militar de São Paulo
Com as possibilidades multimissão que os drones (RPA) oferecem a um custo bem reduzido, se comparado às aeronaves, percebe-se a movimentação e o interesse de várias organizações públicas para a obtenção desse equipamento.
Nas iniciativas observadas, nota-se o foco na execução e nem tanto na gestão, de modo que, essa ferramenta possa ser integrada aos processos produtivos organizacionais, e potencialize a capacidade de entrega de serviços para contribuir com a excelência no cumprimento da missão.
Diferente de um indivíduo que adquire um drone para lazer ou trabalho, as organizações públicas devem refletir um pouco mais sobre o emprego dessa tecnologia em suas rotinas de trabalho, pois, atuarão em benefício da sociedade.
No processo decisório para aplicação dos drones, deve-se pensar em algumas situações:
A Organização quer comprar um drone e deverá assumir toda a demanda que vem com essa decisão, levando-se em consideração a infraestrutura necessária para gerenciar a formação de pessoas, padronizações, homologações, manutenção, responsabilidades jurídicas em decorrência de inconformidades operacionais que possam ocorrer e logística para que não aconteça o sucateamento de material.
Contratar o serviço com operação (completo) de uma empresa especializada em drones, aproveitando-se da expertise e estrutura que já existe, agregando essa parceria aos seus processos operacionais. Nesse formato, basta pagar pelo serviço, não havendo preocupações em operar ou administrar um conteúdo que vá além de suas necessidades operacionais. Esse serviço inclui operação, software de tratamento de imagem, fornecimento do drone e seus acessórios, manutenção, seguro, treinamento, garantia, etc.
Contratar o serviço sem operação (parcial) de uma empresa especializada em drones, onde a operação fica sob responsabilidade da organização e o fornecimento de software de tratamento de imagem, fornecimento do drone e seus acessórios, manutenção, seguro, treinamento, garantia, etc. fica sob a responsabilidade da empresa contratada. Nesse modelo a organização oferta à empresa parte de sua estrutura, que pode operacionalizar o trabalho conjunto, dispor da mão de obra para atuar como operadores, ou oferecer as instalações físicas que possui.
A aquisição com serviço ou o modelo puro de serviço são exemplos que podem reduzir custos contratuais e viabilizar uma operação sustentável, racional e duradoura.
A simples aquisição do drone sem avaliação de suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, pode significar um futuro colapso operacional, comprometendo a imagem da organização, gerando deformidade nos processos, desperdício de tempo e recursos.
Finalmente fica a indicação da construção de uma Matriz SWOT para auxiliar na ponderação sobre qual caminho seguir.