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Serviço pré-hospitalar dinamarquês transporta paciente com COVID-19 em cápsula EpiShuttle

Dinamarca – O serviço pré-hospitalar da Região de Midtjylland (Jutlândia Central) realizou o primeiro transporte em helicóptero militar de um paciente COVID-19 com a cápsula de isolamento EpiShuttle. Foi empregado pela primeira vez um helicóptero EH101 da Força Aérea Real Dinamarquesa (RDAF).

A região possui unidade pré-hospitalar com departamento organizado para doenças de alto risco na Dinamarca. Sua equipe é composta por um time de gerenciamento de crise e uma equipe operacional pronta para transportar 24 horas nos sete dias da semana.

Eles adquiriram seu primeiro EpiShuttle em dezembro de 2019 e atualmente possuem seis cápsulas para uso em helicópteros RDAF EH101 e aviões C-130 Hercules e Bombardier Challenger. Durante a pandemia de COVID-19, até setembro de 2021, as equipes especializadas foram acionadas 39 vezes, transportando um total de 24 pacientes.

Melhores práticas desenvolvidas com foco no treinamento

Além das missões de transporte, as equipes passam por sessões de treinamento trimestrais para desenvolver as melhores práticas e se prepararem para as operações. Os serviços pré-hospitalares também contam com treinamentos mais extensos, com cinco treinamentos em dois anos.

Durante a COVID-19, os serviços pré-hospitalares trabalharam em estreita colaboração com os militares, tanto no que se refere ao treinamento quanto ao trabalho diário.

“A cada dois anos, estamos planejando realizar uma sessão de treinamento de dois dias com os militares. Recomendamos isso, pois fortalece a cooperação com as Forças Armadas e nos dá ótimas ideias para melhorias, disse Bo Elbæk, chefe do Departamento de Preparação para a Saúde.

“Na minha opinião, somos uma equipe muito experiente, bem posicionada entre outras no mundo quando se trata de usar o EpiShuttle, e estamos felizes em compartilhar nossos conhecimentos e habilidades. Nossa equipe está muito segura nas operações e já estamos organizando sessões de treinamento com vários funcionários de hospitais, equipes médicas em outras regiões e cooperando com outros países para desenvolver as melhores práticas em outros assuntos, complementou Bo Elbæk.

Os serviços pré-hospitalares já utilizaram o EpiShuttle em várias situações e seu objetivo para o futuro é utilizar ainda mais o produto. Também estão em busca de outros produtos mais confortáveis ​​para proteger a equipe médica, como diferentes máscaras, e EPIs com ventilação.

Serviço pré-hospitalar dinamarquês transporta paciente com COVID-19 em cápsula EpiShuttle.

Pilatus passou a oferecer integração da cápsula de isolamento EpiShuttle nas operações aeromédicas

Suíça – Junto com seu parceiro de desenvolvimento, Aerolite AG, a Pilatus passou a oferecer integração do EpiShuttle no avião aeromédico PC-24s. Usando um adaptador, o EpiShuttle é acoplado a um carrinho de transporte universal permitindo movimentos de transferência no solo e posicionamento na cabine.

O embarque no jato Pilatus PC-24s é realizado com um dispositivo exclusivo, que transfere automaticamente a unidade EpiShuttle mais o paciente para a cabine. Com sua grande porta de carga e piso totalmente plano, os roletes no carrinho de transporte garantem que a unidade possa ser empurrada livremente para a posição desejada, onde é então fixada diretamente aos trilhos do assento usando dispositivos de retenção.

O monitoramento do paciente é garantido por equipamento médico colocado em um suporte ao lado do EpiShuttle com fonte de alimentação própria. Tal como acontece com as operações regulares de transporte de pacientes, a equipe médica ocupa os assentos da cabine nas imediações do EpiShuttle e pode atender o paciente a qualquer momento.

EpiShuttle – Unidade de isolamento para aeronaves Medevac

Em 2015, durante um surto de Ebola na África, o EpiGuard da Noruega desenvolveu um sistema de isolamento modular que agora também está em uso para missões COVID-19. O EpiShuttle apresenta um design modular reutilizável e oito eclusas médicas para garantir o manuseio seguro do paciente.

Transporte aeromédico em tempos de pandemia – Qual unidade de isolamento de paciente utilizar?

Eduardo Alexandre Beni
Editor

Desde o início do ano, a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) apresentou a todos nós, mas também aos profissionais de saúde, empresas, instituições e organizações, desafios sem precedentes.

Dentre tudo aquilo que foi preciso fazer e do que está sendo realizado no mundo, um equipamento recebeu destaque e teve tratamento especial, inclusive pelas autoridades de aviação civil no mundo. São as chamadas cápsulas ou cabines de isolamento de paciente, bolhas de respiração individuais (capacetes), além de sistemas mais complexos de contenção biológica, com as IsoArk.

No Brasil foram desenvolvidas as Cabines Vanessa, a bolha de respiração individual BRIC® e a cápsula de isolamento da Êxitofire. Todas elas com características próprias, flexíveis, mas com o objetivo de proteger o paciente bem como os profissionais de saúde durante o transporte. Outros equipamentos que ganharam muito destaque internacional foram as cápsulas de isolamento rígidas EpiShuttle, as cápsulas flexíveis IsoArk N36 e o “capacete” flexível SEA-LONG.

Sabemos que muitos elementos precisam trabalhar juntos para garantir uma conduta segura, que inclui o meio de transporte, o treinamento das equipes, os procedimentos padronizados, os equipamentos e uma comunicação eficiente.

Durante o transporte, o equipamento deve facilitar o trabalho da equipe de saúde e garantir sua segurança. À medida que mais equipamentos são disponibilizados no mercado, o foco deve ser garantir que eles auxiliem os profissionais de saúde e não atrapalhem seu trabalho. Portanto, deve ser fácil de usar e aplicável em diferentes situações.

As unidades de isolamento de um único paciente foram fundamentais durante a pandemia de COVID-19 e ajudaram as equipes de saúde em todo o mundo no transporte de pacientes com doenças altamente infecciosas. Existem várias alternativas disponíveis no mercado, mas a questão é sempre “qual é a melhor?

Examinando mais de perto um aspecto importante das diferentes unidades de isolamento do mercado observa-se basicamente dois tipos, as flexíveis e as rígidas. Mas quais são as vantagens e desvantagens de cada uma delas?

As diferenças

As cápsulas de isolamento podem possuir uma estrutura rígida ou flexível, e sua principal função é isolar o paciente do ambiente e das pessoas. As unidades também devem garantir que o paciente possa ser transportado com segurança e conforto. Se uma solução rígida ou flexível é a melhor, depende do usuário e de suas necessidades.

Historicamente, a maioria das unidades de isolamento de um único paciente são flexíveis e essa solução apresenta algumas vantagens. Essas cápsulas podem ser enviadas recolhidas e montadas na chegada, economizando custos de envio e tornando-as fáceis de armazenar quando não estiverem em uso, como acontece com as cápsulas da Êxitofire e as bolhas individuais.

Com as unidades flexíveis pode ser mais fácil manobrá-las em espaços apertados, além de permitir sua utilização em uma ampla variedade de veículos e aeronaves. Porém, por não possuírem uma estrutura firme, muitas não são adequadas para transporte por avião ou helicóptero, pois descompressão rápida, vibrações e impactos fortes podem causar rasgos e vazamentos. Além disso, a maioria das unidades flexíveis oferecem acesso limitado às vias aéreas do paciente.

Existem algumas unidades rígidas disponíveis no mercado, sendo a mais proeminente a EpiShuttle. Elas são naturalmente mais robustas e podem ser usadas ​​em uma variedade de veículos, incluindo ambulâncias, aviões e helicópteros. Uma limitação das cápsulas rígidas é sua falta de flexibilidade, pois pode não caber em todas as configurações, especialmente em alguns aviões e helicópteros menores.

Na maioria dos casos, no entanto, tanto para as unidades flexíveis, quanto para as rígidas, isso pode ser resolvido entre o fabricante e o usuário, já que os fabricantes costumam resolver esses problemas. A EpiGuard oferece, por exemplo, adaptadores para uma variedade de macas, como Stryker, Stollenwerk e Ferno, e colaboram com fabricantes de interiores de aeronaves para desenvolver adaptadores e sistemas de elevação para o EpiShuttle.

A operadora aeromédica alemã, DRF Luftrettung comprou onze dessas cápsulas como parte de investimento em segurança e proteção à saúde do paciente e da tripulação, pois além do novo coronavírus, também lidam com uma infinidade de vírus altamente patogênicos. (Saiba mais no relatório divulgado pela DRF sobre sua atuação durante a pandemia)

Em 2018, as Estações de Stuttgart e Rheinmünster da DRF receberam e testaram o equipamento. Em 2020, a DRF estava em posição privilegiada para agir rapidamente e equipar as bases com as cápsulas de isolamento.

Proteção e Segurança

A segurança e a saúde do paciente são o foco principal no transporte aeromédico, mas é igualmente importante que a equipe de saúde seja protegida. A maioria das unidades de isolamento para um único paciente é equipada com ventiladores que criam uma pressão negativa dentro da unidade, ajudando a garantir que não haja transmissão de patógenos perigosos no caso de uma pequena ruptura.

Com as cápsulas rígidas, o paciente fica completamente isolado e patógenos perigosos ficam contidos dentro da unidade e seus filtros. Isso significa que não há necessidade de descontaminar o veículo e a equipe de saúde só precisa usar EPI durante o embarque e desembarque, garantindo que os veículos e aeronaves permaneçam em operação e que a equipe não sofra fadiga.

No entanto, a pressão negativa não resolve o problema com gotículas ou fluidos corporais. Se as unidades não estiverem completamente seladas, pode haver uma transmissão. A EpiShuttle, por exemplo, possui base firme, bordas altas e mantém o paciente elevado, para que os fluidos fiquem dentro da unidade e longe do paciente.

Entre a capota rígida e a base, existe uma vedação hermética. Enquanto que em unidades flexíveis, não possuem essa condição, pois costumam utilizar zíperes para prender a base e a parte superior. Isso costuma vazar e há uma chance maior de ruptura.

Outro ponto muito importante na capsula rígida é sua capacidade de oferecer segurança ao paciente durante uma eventual colisão, o que não é possível oferecer nas flexíveis. As cápsulas rígidas realizam testes de impacto, como aconteceu com a EpiShuttle, que passou pelos ensaios no Centro de Testes Sueco e atendem a Norma Europeia para equipamentos de ambulância (EN1789).

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E quanto aos custos?

Considerando os custos das diferentes unidades, tudo depende das necessidades do usuário. Existe uma grande variedade de cápsulas disponíveis no mercado e de excelente qualidade. Mas se o produto for importado, os valores podem ficar impraticáveis por uma série de razões.

Sem entrar nos motivos de cada produto, é comum equipamentos médicos chegarem no Brasil com valores muito altos, alguns chegam a custar 4 vezes mais, e que podem inviabilizar a aquisição, especialmente se for compra realizada por processo licitatório, que exige entre outras coisas, pesquisa de preço para demonstrar que seu valor é compatível com o praticado no mercado.

Ao comparar as unidades flexíveis e rígidas, especialmente se forem importadas, há uma enorme diferença de custos, principalmente no custo operacional total de aquisição. As cápsulas de isolamento flexíveis são normalmente mais baratas de comprar, mas o custo operacional total pode ser mais alto, pois vão requer descontaminação do equipamento e do meio de transporte.

No Brasil, os operadores aeromédicos e unidades aéreas públicas optaram pelas cápsulas flexíveis fabricadas no país, tanto em relação ao custo, qualidade, quanto à disponibilidade do produto, privilegiando é claro a indústria nacional. Ainda há muita limitação de produtos importados de alta tecnologia estarem disponíveis no Brasil a preços factíveis para seu emprego imediato em prol do atendimento aos pacientes.

Mesmo com todos os problemas enfrentados no Brasil e no mundo, as unidades de isolamento flexíveis ou rígidas para um único paciente ofereceram proteção adicional ao meio ambiente, às equipes de saúde, tripulações e tornaram os transportes aeromédicos e terrestres mais fáceis, eficientes e mais seguros.

DRF da Alemanha utilizando uma capsula rígida e a aperadora aeromédica brasileira AllJet utilizando uma flexível.

ANAC autoriza operadores aeromédicos transportarem pacientes com COVID-19 em dispositivos de isolamento

Para enfrentar a atual pandemia de COVID-19, o poder público procura soluções para seu enfrentamento. A aviação é hoje um dos mercados mais atingidos pela pandemia, mas os serviços aéreos podem ser fundamentais para ajudar gestores públicos nesse momento de crise. A ANVISA e a ANAC vem buscando antecipar ações importantes para o setor.

No final de março, a ANAC publicou a Portaria Nº 880/20 e o Ofício nº 37/2020/SPO, autorizando empresas de Táxi Aéreo e Unidades Aéreas Públicas (UAP) realizarem o transporte de cargas, incluindo material biológico.

No dia 09 de abril, a ANVISA publicou Nota Técnica Nº 62/2020 que atualiza as medidas sanitárias a serem adotadas em aeroportos e aeronaves e incluiu recomendações para o serviço aeromédico (item 2.1.2.4).

Dispositivos de Isolamento de Pacientes

Na quinta-feira (23), a ANAC publicou no Diário Oficial da União, a Decisão Nº 83/20 (Substituída pela RESOLUÇÃO Nº 560, de 18 de maio de 2020) autorizando, em caráter excepcional e temporário, alterações de aeronaves e transporte aeromédico usando dispositivos de isolamento de pacientes (Patient Isolation Device – PID).

Esses dispositivos poderão ser utilizados apenas por operadores aeromédicos (RBAC nº 135), certificados pela ANAC, e por operadores da Aviação Pública (RBAC nº 90). Para o uso do equipamento no transporte de pacientes, algumas condições deverão ser consideradas.

Segundo a decisão, os gestores e pilotos em comando deverão observar questões que podem interferir diretamente na condução da aeronave, bem como requisitos previstos pela autoridade sanitária. A operação deverá ocorrer dentro do nível aceitável de segurança operacional, sem correr riscos desnecessários.

As autorizações terão vigência enquanto permanecer a situação de emergência criada pela pandemia de COVID-19.

Conheça a maca EpiShuttle usada na Dinamarca, Bélgica e adquirida pela DRF Luftrettung para transportar pacientes com COVID-9

Alemanha – A DRF Luftrettung adquiriu a maca “EpiShuttle” da EpiGuard para proteção de pacientes e de suas equipes durante emergências médicas, especialmente em tempos de COVID-19. Atualmente, o custo de um “EpiShuttle” é de cerca de 40.000 euros. Infelizmente, as autoridades alemãs esperam que a necessidade de transporte poderá aumentar acentuadamente nas próximas semanas.

A DRF Luftrettung salienta que o transporte de pessoas infectadas é de alto risco para a tripulação, pois não há muito espaço no interior dos helicópteros, onde os pilotos e a equipe médica estão em contato direto com o paciente e correm o risco de serem infectados. Além disso, as equipes precisam desinfetar o helicóptero após essas operações de uma maneira particularmente complexa.

Com essa aquisição, duas estações de 24 horas da DRF passarão a usar macas de isolamento “EpiShuttle“. Outras oito estações devem ser equipadas em breve. Ao usar as macas, as equipes não apenas economizam um tempo valioso, mas também são perfeitamente protegidas.

Além disso, as estações estarão prontas para serem acionadas novamente, pois, segundo a EpiGuard as aeronaves que usam esse equipamento não precisam ser desinfetadas após o transporte do paciente. Isso economiza tempo e dinheiro e garante que os veículos possam permanecer em operação o máximo possível.

A maca “EpiShuttle” permite que o paciente seja transportado como em uma estação de isolamento, onde a pessoa fica dentro de uma capsula transparente, pode ser conectada a um ventilador de terapia intensiva via acesso hermético e pode ser monitorada e tratada ao mesmo tempo.

Segundo a DRF e o fabricante do equipamento, o “EpiShuttle” poderá proteger suas equipes e também os pacientes com mais facilidade e eficácia, garantindo assim que permaneçam totalmente operacionais no futuro.

Número de estoque da OTAN

Como parte do processo de aquisição realizado pelo Queen Astrid Military Hospital da Bélgica, o EpiShuttle passou a ser listado com o Número de estoque da OTAN: NSN 6530-25-162-4642. Isso torna muito mais fácil para outros membros da OTAN adquirirem rapidamente esse equipamento.

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