- Anúncio -
Início Tags Lava jato

Lava jato

Justiça

NÁDIA TEBICHERANE

A minha geração cresceu vendo uma dinâmica de justiça sem vendas, olhando bem de perto a pessoa que tinha diante de si.

Desde que começamos a entender o que acontecia no país, pessoas ricas, empresários, políticos, famosos ou tudo isso junto, simplesmente estavam acima de processos e prisões.

Quando um processo era aberto, caminhava muito pouco e logo caia nas gavetas da impunidade. Apenas pessoas com poucos recursos, pouca influência ou conhecimento, cumpriam os ritos da chamada justiça. Isso nos deixava perplexos, revoltados e assustados.

Por isso, pessoas como eu quando se deparam com uma força tarefa como a Lava Jato, primeiro se assombram e depois se enchem de uma esperança muito antiga que pensávamos morta.

É claro, que ainda falta muito para que pobres, negros e tantos outros desamparados sejam tratados com o devido cuidado e imparcialidade que a verdadeira Justiça demanda.

Mas para nós existe sim um antes e depois da Lava Jato no Brasil.

Ver pessoas milionárias, grandes empresários, políticos super poderosos, ex-presidentes, playboys e dondocas de carteirinha atrás das grades e pagando por seus crimes, nos traz um imenso alívio e um sentimento indizível de justiça.

Não acho a operação e seus atores, perfeitos. Há muito o que melhorar, aperfeiçoar, observar. Mas é inegável que eles trouxeram uma luz para o meio das trevas. Luz esta que incomoda muitos olhos acostumados ao escuro e que por isso tentam diuturnamente apagá–la.

Enquanto não conseguem, agradecemos e comemoramos.

Termino com uma expressão que já anda por ai e que modifico um pouquinho…

“In Lava Jato I trust”

Uso particular de helicóptero foi “por segurança”, diz Cabral

Rio de Janeiro – O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) afirmou nesta terça-feira (21), em depoimento à Justiça, que pode ter usado helicópteros oficiais para fins particulares durante sua gestão, mas justificou que o uso desse meio de transporte ocorria por questões de segurança. O ex-governador viajava frequentemente para sua casa de veraneio em Mangaratiba.

 Babás embarcam com os filhos de Cabral e o cachorrinho rumo a Mangaratiba (Oscar Cabral/VEJA)
Babás embarcam com os filhos de Cabral e o cachorrinho rumo a Mangaratiba (Oscar Cabral/VEJA)

“No fim de semana posso ter me deslocado para compromissos particulares”, afirmou o ex-governador em resposta à juíza Luciana Losada Albuquerque Lopes. Preso pela Operação Lava Jato em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Cabral foi ouvido por videoconferência em audiência 8ª Vara de Fazenda Pública. Ele responde por uma ação popular que apura se houve excessos no uso de helicópteros durante o seu mandato.

Em julho de 2013, VEJA revelou detalhes das viagens que o então governador fazia em helicópteros do governo estadual. Ele costumava usar a aeronave oficial – um Agusta AW109 Grand New, que mandou comprar por 15 milhões de reais em 2011 – para viajar com a mulher, os dois filhos, duas babás e o cachorrinho de estimação, Juquinha, para a mansão da família em Mangaratiba.

Às sextas-feiras, a aeronave levava todo mundo, menos Cabral. Aos sábados, era a vez dele. Aos domingos, o “helicóptero da alegria”, como chamavam os pilotos, fazia duas viagens, uma delas apelidada de “voo das babás”.

Durante a semana, o ex-governador usava o helicóptero todos os dias para ir trabalhar, ainda que fosse apenas 10 quilômetros a distância entre seu apartamento e o Palácio Guanabara – e de 7 a que separa o palácio do heliporto – em um voo de três minutos de duração.

À magistrada, o ex-governador também disse que convidados foram transportados no helicóptero oficial. “Pode ter havido casos excepcionais, mas não era rotina. Às vezes iam autoridades que iam despachar ou passar fim de semana comigo em Mangaratiba”, afirmou.

O ex-governador declarou que havia recomendação para o uso da aeronave por causa da segurança. “Chegavam denúncias e ameaças a mim e a minha família”, afirmou.

Ele também confirmou que já usou mais de um helicóptero oficial para o seu deslocamento e de seus familiares. “Tinha vezes que ficava até muito tarde no palácio, eventualmente, meus filhos e mulher iam antes e eu ia depois”, disse Cabral à juíza.

Fonte: VEJA.

Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Logotipo Resgate Aeromédico
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.