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NÁDIA TEBICHERANE

Sobre a qualidade do tempo…

NÁDIA TEBICHERANE

Einstein já defendia a ideia de que o tempo é relativo. Muito já se falou de como o tempo corre diferente fora do nosso planeta, da nossa gravidade. O tempo sempre foi uma questão para o ser humano.

Os povos antigos se orientavam pelo tempo que os astros levavam para se movimentar no céu. Atrelavam suas vidas às estações do ano e o mês era contado em luas.

Tudo tinha um tempo certo para acontecer. Havia uma conexão entre os que habitam a Terra e a própria Terra e sua natureza.

Milênios depois, o homem anda mais perdido do que nunca no tempo ou na falta dele. A expectativa de vida aumentou imensamente daqueles dias pra hoje; a tecnologia diminui espaços, distâncias; a comunicação é instantânea…

No entanto, nada disso parece ter ajudado o homem a ter uma relação mais equilibrada e produtiva com o tempo.

O que se perdeu? Por que se teoricamente temos mais tempo de vida, nos sentimos sempre roubados no tempo? Será que é esse imediatismo? Essa ansiedade doentia de achar que é sempre muita coisa para pouco tempo?

Precisamos ressignificar o tempo dentro dessa nova realidade.

Se os pais têm pouco tempo com seus filhos porque trabalham, esse pouco tem que ser o melhor. Precisa conversar, saber da escola, da vida, amparar; precisa brincar, contar histórias…

Se o tempo com seu amor é de duas a três horas por dia, precisa ser só de vocês. Precisa ter troca, olho no olho, intimidade, aconchego, escuta…

Nos dois casos, não vale atender celular, ver TV, dispersar…

Essa poucas horas vão sustentar um longo tempo de afastamento, de falta. O que acontece nesse pouco tempo irá abastecer pensamentos, planos, expectativas, sonhos

E aquele tempo só pra você: caminhar, ficar em silêncio sozinho, ler aquele livro, fazer aquele passeio sempre adiado, fazer nada mesmo…

Qualquer relação, qualquer pessoa, tudo precisa de um tempo de qualidade para acontecer, para existir.

E o tempo escorre para algum lugar…

E escorremos todos para mais um ano com a mesma sensação de que ficou muita coisa por viver. Precisamos abrir um portal – eu acredito – nessa relatividade temporal para fazermos coisas tão boas que finalmente não sintamos o tempo passar.

Que não permitamos que a suposta falta de tempo, arraste das nossas vidas tantas pessoas e coisas importantes.

Precisamos reaprender a contemplar o tempo.

Vida

NÁDIA TEBICHERANE

Um dia desses, estava com a minha irmã e passamos por um antigo escritório em que trabalhei no Rio. Comentei com ela: “nossa, isso foi em outra vida…”

Estive pensando em quantas vidas vivemos durante esse tempo por aqui. Em cada vida perdemos ou ganhamos. Por vezes perdemos um bocado de inocência, de frescor, de novidade…Outras vezes ganhamos a sabedoria de degustar momentos incríveis com calma e equilíbrio.

Algumas coisas só irão acontecer daquele jeito, naquele momento, mesmo que vivamos mil vidas…

E vamos mudando trocando de vida…O olhar muda.

A forma de receber os acontecimentos, as pessoas e os encontros que a estrada nos traz, também muda.

Às vezes, bate uma saudade daquela coragem que tínhamos quando éramos imortais… De repente, precisamos resgatar alguma coisa que se perdeu pelo caminho… Mas todas as vidas nos trouxeram até aqui.

Nesse final de ano, não importa em que vida você esteja. Desejo um pouco de cada vida em que você esteve. Desejo coragem, inocência, sabedoria, equilíbrio e amor para viver a vida de agora.

Que possamos todos transformar tudo o que vivemos em algo bonito e bom que possa tocar e melhorar outras vidas além das nossas.

Feliz Natal!

Clichê

NÁDIA TEBICHERANE

A definição para clichê é: expressão batida, carente de criatividade, originalidade. São tantas as expressões e até atitudes clichês… Mas de verdade, ando com saudades de alguns chavões e seus significados tão populares e sábios.

Então, num mundo irremediável e patologicamente polarizado, gostaria de agradar a “gregos e troianos” e não ser tão julgada por achar um caminho do meio onde exista alguma escuta e discussões produtivas.

Também gostaria que governantes de ontem e hoje quisessem “abraçar uma causa” de preferência a da educação, mãe da liberdade, independência e transformação. Ou qualquer outra causa que partisse do povo para o povo.

Que ouvissem “a voz rouca das ruas” e tornassem viáveis tantos sonhos

Outro grande desejo seria que os amigos “abrissem um espaço na agenda” e se encontrassem para uma conversa de verdade. Dessem o “ar da graça” fora das redes sociais e falassem da vida, das alegrias e perrengues e se “deixassem levar pela emoção“.

Que aproveitando a aura de final de ano “consultassem o travesseiro” e “costurassem um acordo” de mais respeito com o próximo, principalmente o diferente, que praticassem mais afeto e empatia.

Porque no “apagar das luzes” o que irá importar mesmo é o que fizemos para melhorar a vida de outras pessoas.

Relacionamento à distância

NÁDIA TEBICHERANE

Quando a gente ouve “estou em um relacionamento á distância” logo imaginamos duas pessoas geograficamente muito distantes tentando dividir um pouco da vida.

Só que não.

Há uma outra modalidade de relação à distância acontecendo.

Não há mais encontros, conversas até tarde da noite, abraços que fazem esquecer, intimidade, jantar a dois e não para o face, o insta ou não sei mais quem sentar à mesa…

Os perfis virtuais impressionam mais do que as pessoas reais que estão ao redor. O digital influencer é mais acessado do que o amigo que cresceu junto.

Pais e filhos habitam sob o mesmo teto, mas vivem em universos paralelos. É nesse limbo de um mundo conectado que afasta as pessoas, que milhares de seres vagueiam à procura de uma coisa qualquer que não é de verdade.

Porque a verdade está naquele amor que desandou, naquele trabalho que não vingou, naquele dia de pouca conversa, de cara lavada…Enfim, a verdade está na nossa humanidade. Isso não dá like, isso não está no perfil de ninguém.

Só interessa a perfeição fake. Vamos colocar o coração para jogo e encurtar as distâncias dos nossos relacionamentos.

Vamos praticar a empatia, o olhar, os abraços, a troca, o choro, as frustrações…

Vamos nos conectar de novo ao mundo real.

Pai piloto…piloto pai…

NÁDIA TEBICHERANE

Viaja muito, gosta de ficar…

Às vezes chega tarde, quer tempo pra conversar, beijar…
Ama voar, só pensa nas brincadeiras que vão rolar…

Tem a missão pra cumprir, quer levar ao show, se divertir…
Tem a paixão, o avião, tem o papo reto, de coração pra coração…

Pousa, decola, leva pra escola…
Horizonte artificial, sessão de cinema dominical…

Cíclico, coletivo, pá, sair junto, comer pizza, passear…
Comandante, homem simples, pai, filho, abraçar…

 FELIZ DIAS DOS PAIS !!!

Pai…

NÁDIA TEBICHERANE

– Pai, me leva na festa da Jú, mas não para na frente…

– Pai, é a Marcela, deixa eu ir pro Guarujá? Só vai menina…

– Pai, é o Pedro, dá para liberar o carro? As meninas vão descer prá praia….

– Pai, me ensina matemática?

– Pai, se eu te contar uma coisa, você vai ficar bravo?

– Pai, você falou que não ia ficar bravo…

– Pai, conserta o meu computador?

– Pai, tô com saudades…

– Pai, tá preparado pra ser avô?

– Pai, fiquei tão feliz quando vi você no meio daquela multidão…

– Pai, a gente pode conversar?…

– Pai, deixa eu ir…Todos os outros pais já deixaram…

– Pai, ela disse que tava se cuidando…

– Pai, ele disse que me amava…

– Pai, que gororoba é  essa que você fez pra gente comer…

– Pai, lembra da gente naquela viagem…

– Pai, seu cabelo tá caindo…

– Pai, minha mãe disse que era pra eu resolver com você…

– Pai, você vai na frente…

– Pai, já sei, não vou beber, nem pegar carona, nem experimentar nada…

– Pai, mas todo mundo tirou nota baixa…

– Pai, compra pra mim?…é só isso!!!! É a última vez que eu peço…

– Pai, volta logo….

– Pai, obrigada…você  é o cara…

– Pai, te amo….

Um lindo dia para todos os pais !

Pai…Alguém para amar…

NÁDIA TEBICHERANE

De farda, macacão, terno, gravata, jeans…

Engenheiro, piloto, policial, bombeiro, médico, professor…

Futebol, formula 1, praia, mato…

Seu amigo, seu exemplo, seu abraço forte…

Herói, humano, qualidades, defeitos, perfeito…

Alguém pra andar junto, brincar junto, viver junto…

Ele vai estar lá, você pode esperar, contar…

Pai…Lembranças de uma vida, de um caminho…

Homem, criança…Quero ser como você quando crescer…

Pai…Alguém para amar…

Save Our Souls – SOS

NÁDIA TEBICHERANE

Salve nossas almas…Quando o homem pede por sua vida, na verdade ele pede também por seus sonhos, seus projetos inacabados, por um tempo que ele achou que teria.

Um tempo para fazer coisas simples, para estar com os seus, para retomar o caminho, pedir perdão, perdoar…

Quando alguém manda um S.O.S. porque está ferido, doente, perdido ou incapacitado, ele também pede por uma segunda chance de mudar as coisas, torná-las melhores ou simplesmente poder desfrutar mais uma vez do dia e das pessoas exatamente como são.

Quem sabe a universalidade dessa sigla signifique que no fundo todos nós tememos pelo nosso corpo, mas principalmente por nossos espíritos.

Quem sabe suspeitamos ou intuímos que em algum lugar seremos só alma e ela precisa estar bonita…

Aos que salvam vidas todos os dias, nossas almas agradecem

Justiça

NÁDIA TEBICHERANE

A minha geração cresceu vendo uma dinâmica de justiça sem vendas, olhando bem de perto a pessoa que tinha diante de si.

Desde que começamos a entender o que acontecia no país, pessoas ricas, empresários, políticos, famosos ou tudo isso junto, simplesmente estavam acima de processos e prisões.

Quando um processo era aberto, caminhava muito pouco e logo caia nas gavetas da impunidade. Apenas pessoas com poucos recursos, pouca influência ou conhecimento, cumpriam os ritos da chamada justiça. Isso nos deixava perplexos, revoltados e assustados.

Por isso, pessoas como eu quando se deparam com uma força tarefa como a Lava Jato, primeiro se assombram e depois se enchem de uma esperança muito antiga que pensávamos morta.

É claro, que ainda falta muito para que pobres, negros e tantos outros desamparados sejam tratados com o devido cuidado e imparcialidade que a verdadeira Justiça demanda.

Mas para nós existe sim um antes e depois da Lava Jato no Brasil.

Ver pessoas milionárias, grandes empresários, políticos super poderosos, ex-presidentes, playboys e dondocas de carteirinha atrás das grades e pagando por seus crimes, nos traz um imenso alívio e um sentimento indizível de justiça.

Não acho a operação e seus atores, perfeitos. Há muito o que melhorar, aperfeiçoar, observar. Mas é inegável que eles trouxeram uma luz para o meio das trevas. Luz esta que incomoda muitos olhos acostumados ao escuro e que por isso tentam diuturnamente apagá–la.

Enquanto não conseguem, agradecemos e comemoramos.

Termino com uma expressão que já anda por ai e que modifico um pouquinho…

“In Lava Jato I trust”

E você, está seguro?

NÁDIA TEBICHERANE

No início, tem a mão do pai. Essa mão que nos transfere super poderes e que quando segura a nossa, nos tornamos invencíveis.

Também tem o colo da mãe. Bem, esse nos livra de todos os males da Terra e isso inclui todas as criaturas que habitam o meio da noite.

Aí tem a casa. A casa é o QG. Lá dentro estamos salvos. Não precisa ser grande e nem bonita. Basta ter portas, janelas, cama, brinquedos e comida.

Essas sensações de segurança ou a falta delas irão nos acompanhar pela vida a fora. E vão interferir nas nossas relações com as pessoas e o mundo.

E vamos construindo os nossos pontos de segurança. Aqueles lugares e pessoas com quem e onde podemos relaxar, sermos nós mesmos, falar de medos, vitórias, erros…

Há quem não tenha esse lugar ou essa pessoa… Daí ou monta uma fortaleza dentro de si e lá se abriga ou fica vulnerável, se perde, enfraquece…

A mensagem aqui é: construa, ou seja, pelo menos por um dia, o porto seguro de alguém. Às vezes, nossas atitudes, nosso olhar, emprestam confiança, cuidado e sentido ao dia ou a semana de alguém.

Às vezes, é aquela palavrinha que ela levou toda a infância ou adolescência pra ouvir e não aconteceu.

Aquela mão, aquele colo…Enfim, significar algo para alguém…

Arriscar

NÁDIA TEBICHERANE

Arriscar…

Início de ano é mesmo assim. Um pouco de ranço do ano anterior e muita esperança com que vem pela frente.

É bom reparar bem porque a vida abre umas frestas, uns vãos para a gente dar uma espiada. Dê uma boa espiada.

Tem uns caminhos novos, umas paisagens diferentes, outras opções que não consideramos. Tem o outro lado da calçada, o outro lado do muro… Tem uma vida além dessa nossa janela, desse nosso mundo.

Agora, precisa de um tantinho de coragem. Precisa remexer a terra, sair da toca, colocar o nariz pra fora. Precisa confiar na intuição, reunir sua energia, seu coração. Partiu.

A palavra é arriscar. Não tudo. Não o que lhe é caro. Mas arriscar sair do lugar quente e confortável por mais alegria. Ignorar o trabalho que dá tirar tudo do lugar se isso valer um brilho no olhar. Se isso significar mais tempo pra viver.

Reserve o dia para espiar. Deixe a luz e a novidade entrar. Não deixe para a outra semana.

Você sabe, de certeza, só hoje.

Você tem medo de quê?

NÁDIA TEBICHERANE

De escrever uma nova história…
De criar suas próprias rimas…
De abandonar o que te rouba a alegria…
De investir tudo naquele sonho…
De virar o jogo…
De colocar sua energia em outro lugar…
De sair do conforto e arriscar…
De colocar a cara pra fora do esconderijo e respirar…
De torcer pro cara que entrou agora acertar…

Medo é estagnar…
Medo é deixar como está…
Medo é torcer pro outro errar…
Medo é nascer e morrer sem transformar…
Sem fazer crescer, melhorar…

De perto

NÁDIA TEBICHERANE

São tempos de internet, mensagens, posts, tweets, blogs, emojis, zap, e o celular a intermediar tudo isso.

A novidade, muito antiga, é o frente a frente, o olho no olho.

De perto é mais difícil, é mais bonito, mais vivido, mais real. Quero ver falar, mostrar, sentir, explicar… Tudo sem retoques, disfarces, sem filtros, sem photoshop.

Quero ver você. Sua cara lavada, seu sorriso franco, suas olheiras, suas lágrimas.

Quero ver seus anseios, sua alegria, sua dor, seu desprezo, sua cara à tapa, seu amor.
Sim, porque o amor precisa de toques, olhares, apertos de mão, abraços, boca, calor, conversa e tempo.

E no fundo estamos todos famintos de encontros, de troca de humanidades, famintos do outro.

É, de perto é mais difícil. De perto é de verdade.

Segurança!

NÁDIA TEBICHERANE

A segurança é pública, privada, individual, coletiva.
A segurança acontece na casa, na terra, na rua, no ar.
Que sonho seria acontecer em todo lugar.

A segurança acalma, muda, melhora.
Está na nossa vida para transformar, livrar do medo, do perigo.
Deixar andar, se aventurar, ir e vir, voar.
É como uma coberta que pode acolher e libertar.

Segurança é necessidade, fundamento, consenso.
Precisa de seriedade, consciência, empenho, doação.
É feita com profissionalismo, vontade e coração.

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Meia volta volver!

NÁDIA TEBICHERANE

Entre a direita e a esquerda, está o povo. Estamos nós. Todos entregues a própria sorte. Não há projetos, políticas de Estado, nada que melhore de verdade a história de vida das pessoas.

Enquanto isso, vejo discussões furiosas nas redes sociais, nos bares, nas reuniões de família… A quem mesmo interessa essa polarização, essa divisão de forças, essa cegueira?

Essa sopa de letrinhas, vazia de substância ideológica, é servida em todas as eleições e só serve para encher as mesmas barrigas, os mesmos bolsos, as mesmas campanhas, os mesmos interesses.

E as pessoas se insultando por causa desse ou daquela, enquanto ambos combinam nos bastidores o próximo golpe no povo.

Tratemos de trabalhar, fazer a nossa parte, ajudar o coletivo sempre que pudermos, unir forças, conversar, pensar…

Quanto a direita ou a esquerda – essa nomenclatura inventada para enganar os incautos – melhor dar meia volta e escolher outros caminhos.

Esperança Abril

Nadia Tebicherane

Esperança

E assim vamos de mão em mão.
Esperando que a justiça puna a propina, o desvio, o roubo. Que qualquer hora, puna e devolva todo o dinheiro que está lá fora.

Esperando que puna a farra das malas, dos guardanapos, do apartamento, do sitio, do metrô, dos frigoríficos. A farra do foro privilegiado.

Esperando que a justiça não tenha partido, amigos, lado.

Esperando que algum dia tenhamos alguma alegria ou esperança ao irmos votar. Esperando alguém decente, com alguma consciência e responsabilidade. Alguém com algum compromisso, alguma ética. Alguém que não nos engane, que não negocie nossos sonhos nos balcões de campanha.

Esperando que todas as vidas tenham o mesmo valor: a vida da policial (todos os policiais), a vida da criança que estava na escola (na rua, no carro, em casa), a da vereadora e a vida de tantos outros que a Tv não noticiou.

Esperando que essa esperança não se perca por esses caminhos tão estranhos e tortuosos.

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NUDE

NÁDIA TEBICHERANE

Muitos acham que é uma data como outra qualquer. Eu continuo, por teimosia, achando que o Natal é um tempo diferente. Um respiro, uma pausa, um momento para se levantar a cabeça e olhar em volta.

Olhar o outro.

São tantos “outros” que nos ajudam pelo caminho. A nossa vida é feita de nós mesmos e da participação intensa e essencial do outro.

Mostre aos seus “outros” próximos ou distantes, o quanto eles fazem parte da sua vida.

Faça um nude do seu coração, dos seus sentimentos, da sua alma e envie, mostre, ofereça…

É desse afeto que deveríamos nos alimentar o ano inteiro.

Feliz Natal !!!!!!

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Ainda – e sempre – sobre segurança de voo

NÁDIA TEBICHERANE

Tenho medo de voar. Ainda assim, tenho estado sempre dentro de coisas que voam. O medo nos faz extremamente atentos, observadores e por que não dizer, neuróticos.

Sempre que entro em uma aeronave, olho atentamente os parafusos, alavancas, janelas, portas e tudo ao redor. Os motores têm que fazer o mesmo barulho do início ao fim da viagem. Caso contrário, algo muito grave está acontecendo.

Decolagem: frio no estômago, músculos tensos, tudo travado. Nesse momento, nenhuma lei da Física me convence ou explica como aquele monte de metal, gente e malas, consegue voar. Mas voa, nivela e é um dos meios mais seguros para viajar.

fear-of-flying-courses37xDepois que consigo me mexer no assento, tenho alguns pensamentos lógicos. Só pra relaxar.

Se um acidente nunca acontece por conta de um fator isolado; se é sempre uma cadeia de ocorrências que determina o acidente, então, existe uma cadeia de pessoas, profissionais envolvidos nessa segurança.

A segurança, então, começa e termina no homem, no ser humano. Outro dia, li uma matéria que dizia que todo acidente pode ser evitado. Pensei num monte de acidentes. É verdade. Se você pensar onde tudo começou e seguir todo o caminho, verá que em algum ponto houve uma falha no cumprimento das normas. E a falha poderia ter sido evitada.

Não é sobre o que cada um faria, é sobre acatar e praticar regras em conjunto.

Olho pra fora. O céu muito azul (ainda bem) ajuda a acalmar. Na poltrona à minha frente, as informações de altitude e temperatura fora do avião. Pra que isso? Medo.

Finalmente o pouso. Pra baixo todo santo ajuda. Pista correndo… Reverso…

Lá fora, já com meus pés no chão (abençoado seja), olho o pássaro de metal. Enquanto espera a próxima viagem, recebe atenção e cuidados de muitas pessoas que não param de se movimentar ao seu redor. Lá estão eles.

Agradeço a Deus e a cada um deles.

Segurança

NÁDIA TEBICHERANE

Às vezes, segurança é uma tela na janela, um cinto que envolve o corpo, uma rede de proteção.

Às vezes, segurança é um capacete, uma máscara, uma luva.

Às vezes, é seguir o procedimento padrão, seguir as regras.

Às vezes, segurança é usar filtro solar, preservativos.

Às vezes, segurança é menos sal, menos açúcar, mais água.

Às vezes, segurança é um abraço, um olhar, uma palavra.

Mas segurança será sempre essa consciência de preservar a vida, esse cuidado com si mesmo e com o outro, essa atenção com os pequenos detalhes que podem fazer aquela diferença entre a missão bem sucedida e o desastre, o acerto e o erro, a vida e a morte.

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Vida longa ao Natal …

Nádia Tebicherane

Nem todos conseguem sentir, mas o grande Espírito que paira sobre o Natal já está nas ruas, nas casas, nos menores lugares…

O toque dos sinos está diferente, o toque dos corações também. E ai, os milagres acontecem. Alguns perdoam, outros viajam longas distâncias para estarem com os seus e muitos saem do exílio de seus pequenos mundos para confraternizarem com a vida ao redor.

É muito bom ver as pessoas mostrarem o lado mais bonito de seus espíritos, a sua compaixão, a sua amizade, a sua fragilidade e necessidade do outro, do próximo.

E você, já sentiu a emoção do Natal pedindo para entrar no seu lar, no seu coração? Deixa entrar…Abrace, ame, una, compreenda, perdoe…

E que o Espírito do Natal fique entre nós por todo novo ano…

Feliz Natal a todos

Segurança sempre…

NÁDIA TEBICHERANE

Dia desses, escrevi aqui mesmo nesse site, uma crônica sobre segurança.

Falei de como a segurança depende da confiança que se tem no outro, mais precisamente no trabalho do outro.

Nessa ocasião, alguém comentou que um grupo que fosse realmente uma equipe era o sonho de todos que trabalhavam com segurança de voo.

Como anda esse sonho?

Ainda muito longe de se realizar?

Numa realidade onde qualquer detalhe fora do padrão estabelecido pode nos levar ao pior dos pesadelos, esse sonho deveria estar bem ao alcance da mão.

Os homens e mulheres que trabalham no céu sabem que as regras, as peças, os ânimos e os corações devem estar em sintonia, alinhados para que todos possam voltar.

Já disse aqui uma vez que segurança é um estado de consciência que deveria pairar sobre todos. Ainda mais quando a diferença é viver ou morrer.

Desta vez, quero desejar que essa “wibe” de entregar a sua parte para o todo, cresça.

Sabe aquele sonho?

Chama pra reunião, pra pauta, pra roda.

Chama pra um café, pra um papo reto, uma conversa boa…

O assunto?

A VIDA.

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Só que não!

NÁDIA TEBICHERANE

Essa expressão é muito conhecida de quem tem filhos entre os dez e os vinte e cinco anos. Confesso que demorei um tempo para entender como a tal expressão se aplicava. Vou dar um exemplo.

Se a filha não gostou do visual da mãe, ela diz: “Mãe, seu visual está incrível, só que não.”

Aproveitando esse achado linguístico, pensei em desabafar:

A saúde e a educação são prioridades das autoridades brasileiras, “só que não”.

A relação entre filhos e pais voltou a ser de respeito, admiração e amor, “só que não”.

As pessoas vão parar de dizimar a natureza porque sem ela não há futuro, “só que não”.

O consumismo inconsciente diminuiu, “só que não”.

A criminalidade caiu em todas as cidades brasileiras, “só que não”.

Passagens aéreas para o exterior estão com preços baixos, “só que não”.

Descobriram a pílula que acaba com a gordura localizada e a celulite, “só que não”.

Todos os adolescentes estão lendo dois livros por mês, “só que não”.

As filas para transplantes acabaram porque todos os pacientes foram atendidos, “só que não”.

Os políticos estão preocupados com o povo, “só que não”.

Os homens vão deixar de guerrear e parar de nos envergonhar diante do universo, “só que não”.

A inflação não vai mais roubar o prato principal da nossa mesa, “só que não”.

A água será usada com responsabilidade, “só que não”.

A lista acabou, “só que não”.

 

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