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Relatório Final A – 128/CENIPA/2015

Relatório Final CENIPA: Saiba mais sobre o acidente que vitimou quatro tripulantes do Grupamento Aéreo da PM de Alagoas

Alagoas – O CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) divulgou o Relatório Final A – 128/CENIPA/2015, finalizado em 10 de maio de 2018, do acidente do helicóptero Bell 206 Long Ranger, PP-ELA, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar de Alagoas ocorrido em 23 de setembro de 2015 e que vitimou quatro tripulantes (Maj BM Milton, Cap PM Assunção, Sd PM Diogo Melo e Sd PM De Moura).

Segundo o histórico do relatório, a aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Maceió às 13h50min para realizar um treinamento no Aeroclube de Alagoas (SNGS) e o sobrevoo da cidade de Maceió. Durante o treinamento, a aeronave decolou com curva à esquerda. Com aproximadamente 10 metros de altura, o helicóptero definiu uma trajetória descendente, até colidir contra uma rede elétrica de baixa tensão e depois contra o solo. A aeronave ficou destruída. O piloto e outros três ocupantes da aeronave faleceram no local do acidente.

O relatório revela que os fatores que contribuíram para a queda foram: aplicação do comando do piloto, julgamento da pilotagem, percepção, processos organizacionais e supervisão gerencial.

No que diz respeito à aplicação dos comandos, o relatório mostrou que “a realização de uma manobra com valores de velocidade e inclinação elevados só seria possível caso houvesse aplicação nos comandos adequada para manutenção da altitude”.

Quanto a Julgamento de Pilotagem, “o piloto deixou de avaliar adequadamente as influências teóricas relacionadas com o desempenho e com a qualidade de voo da aeronave, na realização de uma manobra a baixa altura e com curva de grande inclinação.”

Ainda segundo o relatório, quanto à percepção, “por motivos diversos, o estado psicológico dos pilotos inibiu atuação dos processos de reconhecimento e organização dos estímulos recebidos, que poderiam impedir a realização de uma manobra, a baixa altura e com grande inclinação”.

Os processos organizacionais também teriam contribuído para a queda. Conforme mostra o relatório, a falta do uso de ferramentas adequadas para o acompanhamento do desempenho dos tripulantes, como as fichas de avaliação, revelou a existência de falhas nos processos formais da organização, comprometendo a supervisão dos voos de treinamento.

Por fim, a falta de supervisão gerencial que mostra que a informalidade “na realização das atividades aéreas influenciou no acompanhamento da fase de planejamento, concorrendo para a quebra de regras na condução daquele voo, contribuindo para o acidente”.

Hipóteses

Foram consideradas duas hipóteses para o acidente. A primeira, considerada menos provável, que o comandante da aeronave, por algum motivo, fugiu de seu padrão de pilotagem e realizou uma curva à baixa altura com elevado grau de inclinação lateral após a decolagem. Durante a manobra não realizou as correções necessárias e a aeronave perdeu altitude, colidindo contra o fio da rede elétrica e após contra o solo.

Já a segunda, que foi considerada a mais provável pelo relatório, o ocupante do assento dianteiro esquerdo pilotava o helicóptero no momento do acidente. Durante a decolagem, ao realizar curva de grande inclinação lateral à baixa altura, ele não foi capaz de realizar as correções necessárias para manutenção do voo nivelado. A aeronave perdeu altitude e colidiu contra o fio da rede elétrica e, na sequência, contra o solo.

O relatório apresentou ainda seis recomendações de segurança para atuação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) junto ao GOA para:

  1. realizar atividade didática dirigida aos pilotos, buscando reforçar a necessidade da fiel observância dos limites operacionais das suas aeronaves.
  2. assegurar a efetiva utilização de Fichas de Avaliação de Desempenho para os diversos tipos de voos de instrução, em consonância com o Programa de Treinamento Operacional do GOA.
  3. realização periódica do treinamento das técnicas de CRM pelas suas tripulações, com o foco centrado da organização.
  4. adoção de mecanismos de Supervisão Gerencial, no âmbito Operacional, de modo a permitir a identificação oportuna de aspectos que possam comprometer a segurança de suas operações aéreas, notadamente, no que se refere à realização de voo de instrução por pilotos que não estejam habilitados para tal.
  5. divulgar os ensinamentos advindos da presente investigação, no âmbito dos operadores aeropoliciais, buscando ressaltar a importância da fiel observância das regras e normas operacionais, bem como das adequadas técnicas de CRM com vistas ao sucesso das suas operações aéreas.
  6. implantação de seu Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional – SGSO, de acordo com o estabelecido na Resolução n° 106, de 30JUN2009, da ANAC.

Recomendações realizadas

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, todas as recomendações de segurança foram cumpridas. O Seripa II teve importante participação nos trabalhos realizados pela SSP, especialmente com treinamento de CRM e assessoramento.

Uma das questões apresentadas e que foi melhorada pela organização, com assessoramento do Seripa II, trata-se da padronização dos pilotos quanto ao equipamento voado, ou seja, os pilotos voam aeronaves que possuam similitudes entre si, evitando-se voar aeronaves de diferentes modelos e/ou com procedimentos de voo e acionamento muito distintos. Hoje eles tem na frota o AW119 (Koala), o AS350B2 e o AS350B3.

Leia o Relatório Final A – 128/CENIPA/2015

Helicóptero usado pelo Grupamento Aéreo da Polícia Militar cai em Maceió

Alagoas – O helicóptero Bell 206 Long Ranger, matrícula PP-ELA, usado pelo Grupamento Aéreo da Polícia Militar caiu nessa quarta-feira (23) no bairro da Santa Lúcia, parte alta de Maceió. De acordo com as informações oficiais repassadas pela PM, a aeronave explodiu ao cair no solo. Quatro pessoas que estavam a bordo morreram.

A aeronave estava com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) regular, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O documento acompanha a situação da aeronave e indica se ela estava apta para voar.  De acordo com o documento, a aeronave de modelo 206L-3 e prefixo PP-ELA, do Gabinete Militar do Governo do Estado de Alagoas, possuía licença para voar até agosto de 2020 e Inspeção Anual de Manutenção (IAM) com validade até agosto de 2016.

Saiba Mais:

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O acidente aconteceu próximo ao Aeroclube de Maceió. Ainda segundo informações da PM, a aeronave caiu sobre um veículo que estava estacionado na rua, mas não feriu ninguém no solo. O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local e encaminhou diversas viaturas de resgate e de combate a incêndio.

“Tinham dois pilotos experientes [a bordo], dois tripulantes, todos militares. Estamos muito surpresos com o que aconteceu, mas vamos aguardar as investigações para determinar o que verdadeiramente aconteceu”, afirmou o governador Renan Filho (PMDB) ao ressaltar que o Estado vai prestar total apoio às famílias das vítimas.

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As residências no entorno do local onde aconteceu o acidente foram isoladas, devido ao risco. O governador Renan Filho (PMDB) e o secretário de estado da Segurança Pública, titular da pasta responsável pela aeronave, foram ao local.

O coronel André, do setor de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, afirmou que a aeronave, Falcão 02, estava em perfeitas condições e não tinha histórico de mau funcionamento. “Decolou do aeroporto e foi simplesmente fazer um patrulhamento. Dizer o que realmente aconteceu é muito preliminar”, avaliou.

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Morreram na tragédia o major do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) Milton Carnaúba Gomes Paiva, o capitão da Polícia Militar (PM) Mário Henrique de Assunção e os soldados da PM Marcos de Moura Pereira e Diogo de Melo Gonzaga.

Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, onde foram submetidos a exames para identificação e liberados para velório e sepultamento.

A viúva do capitão Assunção foi ao local do acidente. Bastante abalada, ela disse que “ele morreu fazendo o que mais gostava”.  Segundo Simone Assunção, o capitão tinha 23 anos de polícia e “muito orgulho da farda”.

A PM cancelou a programação prevista para os próximos dias até domingo (27). A prefeitura de Maceió decretou luto oficial de três dias. Em nota oficial, o governo do Estado também lamentou a tragédia e adotou o mesmo procedimento.

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Investigações

A assessoria de comunicação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse que uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) foi encaminhada para o local do acidente para coletar dados e evidências que possam apontar os fatores que contribuíram para o acidente, procedimento chamado de Ação Inicial.

Ainda de acordo com a Cenipa, após os técnicos levantarem fotos, áudios, vídeos e diversos outros elementos necessários para esta primeira etapa da perícia, será iniciada a análise dos dados e só então será produzido um relatório final, que deve ajudar a esclarecer o acidente.

A Cenipa informou ainda que o objetivo da perícia também é prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

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Com informações de G1.

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