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Seripa I

Tripulante e a sobrecarga autoprovocada – Uma ação que pode ser fatal

Sobrecarga autoprovocada é toda ação estressante, provocada pelo tripulante em si mesmo, sobrecarregando seu organismo e diminuindo sua resistência para a atividade aérea!

Ela é FATAL!

A atividade aérea é, por si só, bastante desgastante. O aeronavegante fica submetido a efeitos como a hipóxia, variações de temperatura, diminuição da umidade do ar, luminosidade, radiações, etc. E, além disso, em alguns casos, o próprio tripulante se expõe a condições que sobrecarregam o seu organismo. Como exemplos de agentes provocadores de sobrecarga, temos: automedicação, álcool e café, fumo, drogas ilícitas, dieta, estado de saúde, fadiga de voo.

Sobrecarga autoprovocada

Automedicação

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina. Um erro muito comum e grave para a população em geral, a automedicação adquire ‘status’ de grande risco para aeronautas. Para quem vive e trabalha em terra, os efeitos colaterais podem passar despercebidos. No entanto, esses mesmos efeitos sentidos por um piloto durante o voo podem ser dramáticos, uma vez que podem ser acentuados pela altitude. E, considerando a complexidade do trabalho que deve ser realizado na cabine de um avião, isso pode ter efeitos catastróficos.

Fumo

Os fumantes também não estão livres de efeitos colaterais provocados pelo cigarro. Além da nicotina responsável pelo vício, o cigarro apresenta cerca de 4.000 outras substâncias prejudiciais à saúde e que contribuem para doenças coronarianas, hipertensão arterial, câncer de boca entre outros, doenças das vias aéreas e pulmões. Ainda, os efeitos da rarefação do ar e diminuição do oxigênio a que se expõem os aeronavegante são maiores nos fumantes do que nos não fumantes.

Álcool

O álcool é um depressor do S.N.C. (Sistema Nervoso Central), responsável por cerca de 16% das causas de acidentes fatais na aviação dos Estados Unidos. O organismo metaboliza cerca de 10 g de álcool por hora, e o nível máximo de álcool no sangue é alcançado uma hora após a última ingestão.

Naquele país, entre a última dose e o início da pilotagem, exige-se, no mínimo, oito horas de intervalo, o que não resolve totalmente o problema, pois os efeitos só desaparecem totalmente após 24 horas de ingestão e são: anestesia, depressão do S.N C., gastrites e úlceras pépticas, cirrose hepática.

Crônicos: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, estados confusionais, epilepsia.

Agudos: descoordenação motora, apatia e embotamento de consciência, inconsciência, morte.

probido

Estado de Saúde

A saúde do piloto é um bem do mais alto valor. Isso não só por permitir que o profissional continue exercendo a sua atividade, mas também por ser um elemento importante para a segurança do voo! A preocupação com a saúde deve ser parte integrante do estilo de vida do piloto, principalmente em função do ambiente de trabalho adverso (físico e psicológico) ao qual está submetido. Bem-estar imediato afeta a segurança do voo a curto prazo.

Se esse bem-estar não for atingido, o piloto deve ter a capacidade e maturidade para reconhecer o comprometimento de sua saúde e até mesmo recusar-se a assumir o voo.

Café

Acredite, o ‘inocente cafezinho’ pode ter efeitos colaterais parecidos com os de alguns medicamentos, principalmente quando tomado em excesso. A cafeína nos deixa acordados, causa tremores, hiperacidez gástrica e indigestão. Arritmia cardíaca, batidas do coração aceleradas, promove a desidratação do corpo pelo aumento da produção de urina. Pode causar ainda dor-de-cabeça, tonturas e náuseas.

Drogas Ilícitas

Atualmente, estão se constituindo em motivo de preocupação, pois seu uso vem sendo difundido entre tripulações e suas implicações sobre a saúde dos aeronautas, muitas vezes, está relacionada à incidência de acidentes e incidentes aéreos. Os exames toxicológicos, diferentes tipos de tratamento e monitoramento, visando à boa saúde da tripulação e a segurança de todos são ações que devem ser implantadas junto às tripulações.

Mesmo ocasional, a ingestão destas substâncias pode interferir no bom desempenho mental do piloto e, por esse motivo, a repercussão sobre a Segurança de Voo é óbvia!

Dieta

A atividade aérea necessita que aquele que a desenvolve tenha dieta adequada no tocante à composição e ao valor calórico. O horário das refeições é importante e a regularidade deve ser mantida. Porém, normalmente, a alimentação é feita em horários irregulares e sob condições inadequadas.

Não raro, não há tempo para comer, o que produz grandes intervalos sem se alimentar, favorecendo a instalação de gastrites. É importante evitar deixar de fazer uma refeição, pois o jejum prolongado diminui a resistência a hipóxia.

Fadiga de Voo

É o estado biopsicofísico que leva a uma queda geral de desempenho, podendo gerar perigos de realização de determinadas atividades profissionais. O adoecimento é um processo gradativo e conseqüência de um somatório de cargas de trabalho. O sofrimento mental e a fadiga só se manifestam através da doença. É importante que os aeronautas façam exames médicos e exercidos físicos regularmente.

Não é estar com o CMA em dia, mas em dia com a sua saúde, significa manter um desempenho físico condizente com a idade e com as exigências da atividade profissional!

Fonte: Informativo Out/13 – SERIPA I

Quando o instrutor deverá assumir os comandos?

“Os registros de acidentes incluem muitos casos em que os instrutores deixaram os alunos errarem muito, bem antes de assumirem os comandos de uma aeronave.”

Esse procedimento, sem dúvida, ocorre com muita frequência em escolas ou esquadrões de instrução. Médicos e psicólogos afirmam que o simples reconhecimento de um problema é fator primordial para a sua solução definitiva. Seria difícil aqui abordá-lo sob todos os seus aspectos, mas algumas discussões serão benéficas, pois trarão à luz alguns conceitos já conhecidos.

Autorotação helicóptero

Imagine o peso da responsabilidade que repousa nas costas de um instrutor de voo. Além da atribuição de fazer valer as horas de voo com a melhor instrução possível e evitar qualquer acidente ou incidente com a aeronave e seus ocupantes, deve proteger quem está “lá embaixo” e não tem nada a ver com a estória. Para tanto, há que estar com seu “alerta situacional” máximo em todas as fases do voo: do acionamento do motor ao corte final.

A questão revela-se bem mais arriscada quando ministrando instrução a futuros pilotos, que estão ainda “engatinhando” no caminho até o pleno domínio da máquina; no entanto, atenção especial deverá ser dispensada àqueles que demonstram ter “mais” aptidão para o voo e que aprendem com mais facilidade nos estágios iniciais, visto que podem representar maiores riscos durante a instrução devido à autoconfiança na sua proficiência, podendo gerar complacência por parte do instrutor. Com esses alunos, atenção redobrada, pois é natural que o instrutor pense “ah, com esse eu vou só passear porque ele manda bem!”.

O risco está “latente” em todas as etapas do voo de instrução. Desde o momento da decolagem até o último pouso, passando pelo táxi (ah, o taxi…!) e todas as manobras previstas. Só estas renderiam um livro!

A maioria dos instrutores julga que, quanto menos se interferir nos comandos, estando a aeronave sob controle do aluno, melhor. Essa ideia (técnica) é boa em seu conceito básico, mas para ser efetiva é recomendável ser aplicada somente em casos específicos, não devendo ser generalizada, porquanto poderia levar o instrutor a um costume arriscado de demorar a reagir numa situação crítica com determinado aluno.

A dúvida do instrutor em assumir os controles, nessa ou naquela situação, confunde o aluno. Também não é boa prática pilotar o tempo todo, simultaneamente com o aluno, enquanto vai discorrendo para demonstrar como se devem realizar as manobras. Os alunos tentam evitar esse tipo de instrutor, mas é muito difícil no decorrer do curso de pilotagem não ser escalado para voar com algum desse. É muito provável que, quando alcançar a qualificação de instrutor, o piloto que teve essa experiência aja de modo contrário, um extremo igualmente indesejável.

Isso parece verdadeiro para muitos instrutores com pouco tempo nessa atividade. À medida que adquirem experiência, aprendem a respeitar as limitações individuais e a desenvolver uma técnica mais realista e adequada a cada discente. Assim, somos levados a concluir que esse problema prevalece no âmbito dos instrutores mais novos, não no sentido
cronológico. Afinal, sabe-se que muitos pilotos antigos, quando se qualificam como instrutores de voo, estão sujeitos às mesmas reações dos novatos.

Como regra, podemos afirmar com certeza que, sempre que o instrutor estiver em dúvida quanto à segurança no cumprimento de uma etapa de determinada manobra, o procedimento recomendável é ASSUMIR OS CONTROLES DA AERONAVE. Essa afirmação pode soar ridícula para alguns, porque é óbvia demais. Porém os fatos evidenciam que nem todos os instrutores acreditam nela.

Parece haver algum tipo de efeito hipnótico em alguns instrutores, quando enfrentam uma situação de risco em potencial. Faça um exame de consciência, você instrutor, e veja se consegue lembrar-se de algum lampejo dessa natureza, na ânsia de deixar que o aluno errasse para aprender, e de ter sido surpreendido por um pouso excessivamente brusco. Essa atitude você não tornaria a repetir e sim assumiria os comandos muito antes.

A correta linha de ação é estar apto a se antecipar às situações perigosas, enquanto ainda é possível controlar a aeronave. Não há justificativas para deixar os acontecimentos evoluírem normalmente, mesmo quando existe uma sombra de dúvida acerca de um eventual insucesso.

Em uma autorrotação, por exemplo, existindo obstáculos significativos entre o momento da redução do passo coletivo e o local de pouso ou arremetida, o instrutor deverá ser capaz de prever, tão logo o aluno comece a descida, se ele vai
passar ou não próximo desses.

Esse é o último momento de se adotar uma medida corretiva: arremeter ou determinar que o aluno o faça. Não se justifica permitir a continuação da manobra, se houver qualquer dúvida quanto à proximidade dos obstáculos, muito embora isto continue a ocorrer em quase todos os voos de instrução.

Não se pode isentar o aluno de sua responsabilidade, ele também pode e deve iniciar uma arremetida se estiver com dúvida, ou então, questionar o instrutor.

Em muitas situações, quando o aluno não estiver fazendo acertadamente determinados procedimentos, o instrutor pode deixá-lo errar para aprender por si mesmo. O bom docente saberá distinguir essas ocorrências de outras que impliquem
em segurança de voo ou prejuízo à aprendizagem. Não há melhor maneira para aprender do que conseguir superar os próprios erros com uma boa dose de esforço pessoal. A quebra da aeronave não está prevista na categoria do auto aprendizado. E se o instrutor vale quanto pesa não deixará que o aluno chegue a tanto.

O aluno pode ter o orgulho próprio ferido quando o instrutor assume os comandos justamente naquela hora em que tinha a certeza de que o pouso seria “manteiga”; mas a responsabilidade do instrutor pelas vidas a bordo e pela máquina caríssima é muito grande. E ambos devem compreender muito bem esse fato, e àquele deve ser dado o
direito de duvidar sempre.

“A regra básica é antecipar-se às reações da aeronave e do aluno; não se deixar surpreender pelas reações dela ou dele.”

Fonte com adaptações: Revista da Aviação Naval, Revista Informativa de Segurança de Aviação – Agosto/2012 Ano 43 • Nº 73, via INFORME SERIPA I

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação

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Tecnicamente o combustível de aviação é um líquido contendo energia química, que por meio de sua combustão desprende energia térmica. A energia é, então, convertida em energia mecânica pelo motor. Esse fenômeno físico de transformação de energia é usado para produzir a força necessária que movimenta o avião.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação

Principais combustíveis de aviação

1 – Gasolina de Aviação (AvGas)

Mistura de hidrocarbonetos, destilada entre 30º e 170ºC, aproximadamente, atendendo a requisitos estabelecidos em rígida especificação nacional e internacional.

Uma característica relevante é que o alto valor do número de octanas permite ao motor de alta compressão fornecer a máxima potência sem detonação prematura. Atualmente, existem dois tipos principais de Gasolina de Aviação (Avgas 100LL e Avgas 100) comercializados internacionalmente.

Com intuito de facilitar a identificação essas duas versões, estes combustíveis contêm um corante artificial. Com a adição desse corante o Avgas 100LL torna-se azul e o Avgas 100 apresenta-se na cor verde.

Vale ressaltar, que os resíduos da evaporação da AvGas, originam a “goma” e pode provocar entupimento dos filtros e bicos injetores contribuindo para falha do motor em voo.

2 – Querosene de Aviação (QAv)

De acordo com especificações brasileiras existem dois tipos de querosene (QAv-1 e QAv-4), constituído de hidrocarbonetos obtidos do petróleo, destilado entre 150 e 300ºC.

Alguns inibidores podem ser adicionados para reduzir a corrosão e oxidação durante o uso continuado. Da mesma forma, são adicionados aditivos anti gelo para evitar o congelamento do combustível, durante a operação.

Lubrificantes de aviação

Os lubrificantes são as substâncias que, interpostas a duas superfícies, em deslocamento relativo, diminuem a resistência ao movimento. A principal função desse componente é evitar o contato metálico entre as peças, reduzir o atrito e, consequentemente o desgaste, bem como refrigerar o sistema.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação 1

Os principais fatores que exercem influência na lubrificação são: Velocidade, Temperatura e Pressão.

Tipos de Lubrificantes:

– Líquidos – São os lubrificantes mais usados por seu poder de penetração e principalmente porque atuam como agente removedor de calor. Compreende os óleos minerais, óleos graxos e água. Aproximadamente, 95% dos lubrificantes são líquidos.

– Pastosos – São as graxas comuns e também as composições betuminosas. Sua principal característica é promover vedação e não escorrer. Participam com 3 a 5% do mercado.

As graxas homologadas para uso aeronáutico são utilizadas nos rolamentos, articulações e controles de aeronaves. Elas podem ser à base de sabão, sódio, cálcio ou lítio e óleo mineral.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação 2

As graxas de aviação distinguem-se das graxas automotivas e industriais em vários aspectos. As principais diferenças entre elas são:

– granulometria dos materiais sólidos empregados;

– isenção de sílica;

– acidez livre; e

– microfiltração.

O processo produtivo dessa graxa deve atender as especificações aeronáuticas e não são substituíveis, nem tampouco miscíveis, com as graxas automotivas e as industriais. Durante o consumo desse componente, deve-se ter o extremo cuidado de manter sempre bem fechadas as latas, evitando sua contaminação em contato com o ar.

Outro item que exige a atenção das empresas e dos operadores de aviação, quanto aos cuidados relacionados com o manuseio e controle, é o óleo lubrificante para motores.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação 3

De uma maneira geral, os seguintes aspectos devem ser observados na utilização de óleo lubrificante e graxa de aviação:

– usar a viscosidade recomendada pelo fabricante do motor, para a faixa de temperatura prevista;
– nunca usar aditivos estranhos ao óleo, pois estes já contêm os necessários, na proporção correta;
– cuidados com as latas abertas. Elas podem causar contaminação.
– estrita aplicação nos motores do óleo e da graxa especificados nos manuais;
– cumprimento da carta de lubrificação da aeronave;
– armazenamento em ambiente seco e com temperatura controlada;
– uso de EPI durante a manipulação desses materiais.

No processo de investigação de algumas ocorrências aeronáuticas conduzidas pelo SIPAER, frequentemente identificam-se como fator contribuinte os combustíveis e lubrificantes de aviação pelos mais variados motivos.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação 4

As fotos anteriores ilustram esse fato. Durante as investigações da ocorrência, contatou-se que a aeronave apresentou falha de motor em voo e o combustível abastecido encontrava contaminado. Comparando-se a amostra drenada da aeronave em relação à gasolina normal, percebe-se que o combustível utilizado apresentava características que não atendiam as especificações previstas para a AVGAS.

Pressupõe-se que os combustíveis e lubrificantes para a aviação são produzidos dentro de normas rígidas e que as verificações de controle de qualidade atendem aos requisitos aeronáuticos exigidos. Considerando essa premissa verdadeira, os eventuais
fatores contribuintes de acidentes, estarão sempre restritos aos setores de manutenção e operação das empresas aéreas.

Nesse sentido, a análise de acidentes recentes mostra o uso de combustíveis não homologados como um dos mais importantes fatores em ocorrências relacionadas a combustíveis e falha de motores.

Os acidentes que estejam direta ou indiretamente relacionados com os combustíveis e lubrificantes; são causados por erros cometidos durante a estocagem, transporte, manuseio, reabastecimentos e utilização operacional.

Cuidados com combustíveis e lubrificantes na aviação 5

A fim de reduzir o nível de risco associado às tarefas de manuseio, controle e procedimentos para combustíveis e lubrificantes o SERIPA I recomenta as empresa e operadores da aviação civil que adotem as seguintes precauções:

Procedimentos para o abastecimento

– Acionar a empresa contratada para o abastecimento de combustível da aeronave;
– Garantir que os motores da aeronave estejam desligados;
– Garantir que existe, pelo menos, um extintor de incêndio, adequado, em posição de rápido uso, com pessoa postada e habilitada para seu uso;
– Garantir que não há pessoa fumando ou qualquer outro tipo de ocorrência que possa produzir faíscas;
– Garantir que não haja rádios ligados ou outros equipamentos que possam produzir faíscas;
– Manter um caminho livre, sempre seja mantido observar desobstruído, para permitir uma rápida evacuação do carro de abastecimento em caso de emergência;
– Observar que o carro de abastecimento e a aeronave estejam, adequadamente, conectados ao “terra”, de modo a descarregar a eletricidade estática e se evitar faísca;
– Garantir que os equipamentos elétricos não sejam operados durante o abastecimento;
– Verificar por meio de teste apropriados, fornecidos obrigatoriamente pelas empresas abastecedoras, a presença de água em suspensão no combustível.
– Ter certeza que a quantidade abastecida é aquela estabelecida para a etapa;
– Acompanhar a remoção da mangueira de abastecimento;
– Conferir, assinar e receber o recibo de abastecimento;
– Garantir que as tampas dos tanques de abastecimento da aeronave estejam adequadamente fechadas e travadas;
– Acionar as autoridades aeroportuárias e o Corpo de Bombeiros em caso de emergência;

Se durante o abastecimento for detectado vazamento de combustível recomenta-se o cumprimento das seguintes medidas corretivas:

– Interromper imediatamente o reabastecimento;
– Afastar as pessoas da área próxima do local de reabastecimento e evitar que objetos que produzam faíscas sejam utilizados no local;
– Preparar os extintores de incêndio;
– Caso seja possível, afastar a aeronave do local, com os motores desligados;
– Acionar o sistema de emergência aeroportuária informando o ocorrido; e
– Aguardar que a área seja descontaminada para continuar o abastecimento.

Em dias de chuva, se o abastecimento for estritamente necessário, alguns cuidados especiais se fazem necessários.

Preferencialmente, deve-se esperar a chuva passar, solicitar o teste de água no combustível, bem como, na medida possível, o filtro de camurça para o abastecimento. O uso de telefone celular e o fumo são proibidos durante o abastecimento.

Fonte: Informativo SERIPA I – Setembro 2013 – Edição Nº 17

A Boa Prática de Manutenção

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) sugeriu por meio de vários documentos que as organizações de
manutenção que pudessem desenvolver um sistema o qual se chamasse “A Boa Prática de Manutenção” a ser seguido pelo de manutenção. Esta prática melhoraria o padrão da manutenção, manteria o padrão de aeronavegabilidade e igualmente conduziria à redução dos acidentes e incidentes aeronáuticos.

100hEm função do avanço tecnológico da indústria aeronáutica, as tarefas de manutenção tornaram-se cada vez mais precisas. Os fabricantes de aeronaves e equipamentos transmitem instruções detalhadas para a manutenção de seus produtos. As autoridades reguladoras elaboram leis e regulamentos que são relacionados geralmente à segurança de passageiros em viagem. Entretanto, há normas de trabalho aceitáveis que não podem ser classificadas como regras e regulamentos.

Essas normas são as boas práticas de manutenção que precisam ser institucionalizadas em cada organização de manutenção, as quais ajudarão o pessoal técnico a realizar seus trabalhos mais detalhados e de uma maneira mais profissional.

Colocam-se aqui as boas práticas de manutenção sob a forma de listas de verificação. Essas listas constituem-se de
perguntas de introspecção pessoal de várias técnicas que devem ser realizadas durante cada tarefa. A aderência incondicional às práticas contribui à segurança de voo e ajudará a conseguir o objetivo de padronizar a execução da tarefa e realçar a importância da manutenção da aeronavegabilidade.

Este artigo técnico de aeronavegabilidade foi elaborado com o interesse de contribuir para a melhoria dos padrões da manutenção, assim como os das pessoas da organização envolvida em atividades de manutenção aeronáutica.

Tendo como foco a possibilidade de elevar o nível do padrão da aeronavegabilidade foram preparadas as seguintes listas de verificação que cobrem vários aspectos das boas práticas de manutenção, as quais estão inseridas neste artigo técnico:

1) Lista de Mínimos Pessoais;
2) Lista do Gerente de Manutenção;
3) Lista de Manutenção de Hangar;
4) Lista de Manutenção de Pista;
5) Lista de Manutenção de Oficinas Especializadas.

É desnecessário dizer que cada indivíduo ao empreender uma tarefa de trabalho na manutenção deve portar a lista de verificação de “Mínimos Pessoais” e deve seguir esta lista de verificação antes do começo do trabalho e após a sua conclusão. Isso igualmente ajudará a realçar a confiança individual, no que diz respeito ao trabalho realizado.

Deve-se ter em mente, ainda, a necessidade de uma lista de verificação na manutenção de maior área específica, isto é, na manutenção de hangar, na manutenção de pista, nas oficinas, etc.

Os representantes da autoridade da Aviação Civil, ao realizar a fiscalização, podem confirmar o cumprimento dos aspectos acima.

Lista de Mínimos Pessoais

Esta é uma das listas de verificação citadas acima e o pessoal da manutenção deve portá-la e segui-la quando da realização de tarefas de manutenção de aeronaves, equipamentos e componentes. Assim, a lista de verificação ajudará definitivamente a pessoa a realizar as atividades de manutenção de maneira apropriada e segura.

O Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos condensou a lista de verificação de “mínimos pessoais” em uma tabela e estimula a utilização em sua empresa ou organização.

Nesses termos, o sugere-se ao mecânico de manutenção aeronáutica que responda 10 perguntas, colocando SIM ou NÃO antes que a tarefa de manutenção seja começada e 10 perguntas colocando SIM ou NÃO depois que a tarefa for terminada. Se o mecânico responder “NÃO” a qualquer uma das 20 perguntas, a aeronave não deve ser retornada ao serviço.

Segue-se abaixo a lista de verificação e o SERIPA I autoriza a sua reprodução no âmbito das empresas e organizações de manutenção. A lista de verificação pode ser dividida em duas partes antes e depois de cada tarefa e deve conter pelo menos as seguintes perguntas:

PARTE I (ANTES DA TAREFA)

Responda SIM ou NÃO

– Eu tenho o conhecimento para executar a tarefa?
– Eu tenho os dados técnicos para executar a tarefa?
– Eu já executei esta tarefa anteriormente?
– Eu tenho as ferramentas e os equipamentos apropriados para executar a tarefa?
– Eu tive o treinamento apropriado para realizar a tarefa deste trabalho?
– Eu estou preparado mentalmente para executar a tarefa deste trabalho?
– Eu estou preparado fisicamente para executar a tarefa deste trabalho?
– Eu tomei as precauções de segurança apropriadas para executar a tarefa?
– Eu tenho os recursos disponíveis para executar a tarefa?
– Eu tenho os procedimentos e normas reguladoras para assegurar a conformidade?

PARTE II (APÓS A TAREFA)

– Eu executei a tarefa com o melhor de minhas habilidades?
– A tarefa foi executada e está igual ao original?
– A tarefa foi executada de acordo com dados apropriados?
– Eu usei todos os métodos, técnicas e práticas aceitáveis à manutenção?
– Eu executei a tarefa deste trabalho sem pressão, estresse ou distração?
– Eu inspecionei novamente meu trabalho ou mandei alguém inspecionar meu trabalho antes de dar o retorno ao serviço?
– Eu fiz os registros apropriados para o trabalho executado?
– Eu executei as verificações operacionais depois que o trabalho foi terminado?
– Eu limpei a área após a conclusão do trabalho?
– Eu estou disposto a assinar em baixo o trabalho que executei?

NOTA: Não memorize. Consulte sempre a “lista de mínimos pessoais” e a página do manual para os corretos valores e procedimentos recomendados. Assegure-se de que a página dos procedimentos do manual esteja atualizada e disponível ao realizar o trabalho.

Caro leitor, agora que você já sabe o que são “mínimos pessoais” na manutenção de aeronaves, desejamos um bom trabalho na elaboração e no uso deste checklist para ajudar a manter a qualidade das tarefas de manutenção. Contribua com o trabalho do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER para manter o excelente nível de segurança de voo das aeronaves civis brasileiras.

Fonte: INFORME SERIPA I

Gerenciamento do risco, uma ferramenta indispensável para a segurança de voo

I – Introdução

Prevenir acidentes é fundamental em qualquer organização. Na esfera comercial, onde o lucro é o fator relevante para o sucesso, a evasão de capital para a recuperação de aeronaves acidentadas e o pagamento de indenizações podem causar a inviabilidade econômica da empresa.

Contudo, os acidentes não ocorrem por acaso, na verdade, são os resultados da ausência de avaliação e controle dos riscos envolvidos na operação. A arremetida no ar, por exemplo, ao invés de ser vista como uma solução é mais comumente encarada como um problema a ser contornado a qualquer custo. Como todo piloto tem a expectativa do pouso ao atingir o destino, é comum a tripulação tentar pousar, a qualquer custo, quando as condições meteorológicas não permitem uma operação segura.

Vários aspectos estão envolvidos na tomada de decisão: a importância da missão, o orgulho, a vaidade, a pressão da empresa, a cultura organizacional, entre outros. Assim, não é fácil convencer um piloto de que, estando sem uma clara visualização da pista, o mais aconselhável é arremeter do que pousar.

Mais difícil ainda é fazer um piloto aceitar o fato de que uma arremetida pode ser necessária mesmo sob condições visuais excelentes. Para tanto, basta que não se obtenha uma aproximação estabilizada, na qual a aeronave deverá estar corretamente configurada para o pouso e voando de acordo com os parâmetros de voo previstos para aquela fase da operação (potência, velocidade, altura), pois sempre que um pouso é realizado em desacordo com tais parâmetros, o nível de segurança da operação torna-se drasticamente reduzido.

Sabe-se que todo acidente aeronáutico é o resultado de uma sequência de eventos, sendo possível evitar o sinistro por meio do controle dos conhecidos “fatores contribuintes”. Se um acidente tão danoso é perfeitamente evitável, por que então a atividade aérea não ocorre em ambiente de absoluta segurança?

Afinal, conquanto haja deficiências, as empresas e organizações com atividade aéreas não podem simplesmente “parar” suas atividades, sob pena de perecimento. Assim, riscos são assumidos numa base diuturna a fim de permitir o funcionamento dessas instituições.

Todavia, se é verdade que os riscos são partes integrantes de qualquer atividade, também é certo que tais riscos devem ser identificados, avaliados e controlados. É nesse contexto que o Processo de Gerenciamento do Risco surge como uma eficaz ferramenta, colocada à disposição dos dirigentes, administradores e executivos para a prevenção dos acidentes, consistindo na identificação e no controle da sua fonte geradora.

II – Princípios Básicos

Voar é preciso, mesmo que as condições não sejam as ideais. Desse modo, o risco torna-se elemento inerente à atividade aérea e o seu adequado tratamento requer métodos específicos, que considerem a complexa relação Homem-Meio-Máquina. Para tal, certos aspectos são básicos no emprego do processo de gerenciamento do risco.

Inicialmente, é importante saber que a percepção do risco tende a ser diferente entre as pessoas. O profissional da área de prevenção de acidentes, muitas vezes, tende a superestimar o risco associado à determinada ação ou condição perigosa. Faz-se isso porque se visualiza o pior cenário possível. Sabendo disso, tal profissional deve racionalizar sua avaliação do potencial de risco, de sorte a não inviabilizar o andamento da operação.

Por outro lado, também não se deve correr riscos desnecessários, que nada contribuem para o cumprimento da missão. Assumir riscos sem razão é jogar, de forma irresponsável, com vidas e equipamentos de alto valor. Pelo adequado gerenciamento, o risco é reduzido, tornando a relação custo-benefício vantajosa.

O processo deve ser empregado em todas as fases da atividade, desde a concepção até o término da tarefa. As decisões sobre o risco a ser assumido devem ser tomadas no nível apropriado. Quanto maior o risco, maior deverá ser o nível hierárquico a tomar a decisão, onde maturidade e experiência somam-se oportunamente.

O gerenciamento do risco deve ser voltado, primordialmente, para os aspectos incomuns ou complexos da atividade a ser desenvolvida, podendo ser aplicado em diferentes níveis. No nível elementar, parte-se da consideração mental do processo de gerenciamento durante a estimativa dos perigos, decidindo-se com base numa avaliação sumária do nível de risco. Adicionando-se tempo e o uso de tabelas, faz-se uma avaliação mais completa, chegando-se a uma decisão deliberada. Quando a complexidade e a importância da atividade justificarem, e se houver tempo disponível, deve-se lançar mão da técnica de trabalho de grupo, atingindo-se uma análise quantitativa e qualitativa do nível de risco envolvido.

III – Definições

Para melhor compreensão do assunto, faz-se necessário esclarecer o significado e a abrangência dos seguintes termos:

Probabilidade – é a expressão estatística da possibilidade de ocorrência de um evento singularmente considerado. É o caso de uma moeda que, ao cair sobre uma superfície sólida, apresenta 50% de probabilidade de expor “cara” e 50% de expor “coroa”. No tocante ao risco, deve-se saber qual a probabilidade de um acidente vir a acontecer, sendo considerada a exposição a determinado perigo.

Gravidade – é a avaliação de quão negativo será o resultado de um dado evento, caso ocorra, podendo ser medida em termos de mortes, ferimentos, perda de tempo e equipamento, implicações políticas, publicidade adversa, etc.

Exposição – é a convivência com o perigo. Tal parâmetro leva em conta o volume de atividade, considerando fatores como o tempo, a quantidade de equipamento, a repetição de cicios e o número de pessoas envolvidas. A tarefa desenvolvida é a base para a exposição.

Perigo – é toda condição real ou potencial que possa resultar em acidente.

Risco – é a medida da insegurança, que pode ser quantificada através da combinação da probabilidade de ocorrência e dos resultados de um determinado evento, caso ocorra. Quanto mais provável o evento e graves seus possíveis resultados, maior será a risco. Há quatro espécies básicas de risco;

Conhecido – é aquele corretamente identificado e avaliado;

Desconhecido – é aquele que não se sabe existir, ou por não haver sido identificado ou por não ter sido corretamente avaliado;

Desnecessário – é aquele assumido sem razão, como o voo rasante não previsto para a realização da missão;

Necessário – é aquele mantido devido aos benefícios visados. Pode ser adequadamente assumido quando se gerencia o risco.

Gerenciamento do risco – é a identificação e o controle do risco, conforme parâmetros de probabilidade de ocorrência, gravidade dos resultados e exposição ao perigo, que conduzem à sua classificação, variando de muito elevado a inexistente. Para o controle do risco, os parâmetros, definidos pelo operador, são o adiamento, a modificação ou mesmo o cancelamento da atividade.

Em face de situações que exigem decisões imediatas, a aplicação do processo requer apenas a consideração dos riscos envolvidos, permitindo a adoção de medidas para a redução parcial da demanda operacional. Adicionando-se tempo e técnicas especificas, chega-se ao gerenciamento do risco deliberado.

Nesse nível, seguem-se todas as etapas do processo: concepção da missão, identificação dos perigos, avaliação do risco, proposição de ações corretivas, revisão das propostas e implementação das ações. Com maior envolvimento de tempo e pessoal, atinge-se o nível mais profundo de emprego do processo quando se somam às etapas mencionadas às técnicas de trabalho de grupo, maior coordenação entre especialistas, testes da operação em escala reduzida, etc.

IV – Avaliação de Risco

Em realidade, o risco potencial é um subproduto do desenvolvimento das atividades expresso em termos de Probabilidade e Severidade, tomando como referência a pior condição possível. Nem todos os riscos podem ser eliminados, nem todas as medidas imagináveis de mitigação de riscos são economicamente factíveis.

Os riscos e os custos inerentes à aviação requerem um processo racional de decisões. Assim, pode-se adotar um fluxo recomendado para a gestão do risco conforme apresentado abaixo:

gerenciamento

Esse diagrama apresenta uma forma resumida do processo de gerenciamento do risco, que compreende três elementos essenciais:

– identificação de perigos.
– avaliação de riscos.
– mitigação de riscos.

Quanto à avaliação, uma vez confirmada a presença de perigos para a segurança de voo, é necessária algum tipo de análise para avaliar o potencial de prejuízos ou danos.

Tipicamente, esta avaliação do perigo supõe três considerações:

– a probabilidade de que o perigo produza um evento perigoso, ou seja, a probabilidade de consequências prejudiciais em caso de que se permita que as condições inseguras subjacentes persistam;
– a gravidade das possíveis consequências prejudiciais, ou o resultado de um evento perigoso; e
– o índice de exposição aos perigos.

A probabilidade de consequências prejudiciais aumenta com a maior exposição a condições inseguras, por isso a exposição deve considerar-se como outra dimensão de probabilidade. A avaliação de riscos supõe considerar tanto a probabilidade como a gravidade de toda consequência prejudicial; em outras palavras, determina-se o potencial de perdas.

Probabilidade de consequências prejudiciais

Independentemente dos métodos analíticos empregados, deve se avaliar a probabilidade de causar prejuízos ou danos. Essa probabilidade dependerá das respostas a perguntas como:

– Há antecedentes de eventos similares, ou este é um caso isolado?
– Quantos membros do pessoal de operações ou de manutenção seguem, ou devem seguir os procedimentos em questão?
– Durante que percentagem de tempo se usa a equipe ou o procedimento suspeito?

Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a probabilidade de que um evento ocorra como na tabela abaixo:

gerenciamento4

Gravidade das consequências do evento

Uma vez determinada à probabilidade do evento, deve-se avaliar a natureza das consequências prejudiciais em caso de que o evento ocorra realmente. As consequências possíveis regem o grau de urgência da medida de segurança operacional requerida.

A instituição deve definir severidade, considerando os efeitos sobre:

– Bens
– Finanças
– Responsabilidade
– Pessoas
– Meio ambiente
– Imagem
– Confiança do público

Apoiando-se nestas considerações, pode-se avaliar a severidade de um evento como na tabela abaixo:

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Uma matriz de avaliação de riscos, como a que se apresenta abaixo, é um instrumento útil para pôr em ordem de prioridade os perigos que requerem mais atenção.

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Aceitabilidade dos riscos

A partir da avaliação de riscos, pode-se dar a estes uma ordem de prioridade para a segurança de voo. Isto é crítico quando se devem adotar decisões racionais para atribuir recursos limitados levando em conta os perigos que apresentam os riscos maiores para a organização.

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• ACEITÁVEL – significa que não é necessário adotar medidas mitigadoras, a menos que se possa reduzir mais o risco com pouco custo ou esforço.

• TOLERÁVEL – significa que as organizações afetadas estão preparadas para suportar o risco. Entretanto, recomenda-se que sejam adotadas ações mitigadoras para reduzir o risco.

• INTOLERÁVEL – significa que as operações nas condições atuais devem cessar até que o risco se reduza pelo menos ao nível tolerável.

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Mitigação de Riscos

No que diz respeito aos riscos, não existe uma segurança na atividade aérea absoluta. Os riscos têm que ser mantidos no nível mais baixo possível.

Quando se considera que o risco é intolerável ou tolerável, é necessário introduzir ações mitigadoras. Quanto mais elevado o risco, maior será a urgência. O nível de risco pode ser diminuído seja reduzindo a gravidade das possíveis consequências, a probabilidade de que ocorra ou a exposição a esse risco.

V – Conclusão

Qualquer que seja o campo de atividade, o processo de gerenciamento do risco (identificação e controle) surge como a principal ferramenta colocada à disposição para que os administradores possam prevenir acidentes.

O SERIPA I dispõe de instrutores qualificados para ministrarem aulas e palestras referentes ao processo de gerenciamento do risco. Portanto, considerando o enfoque proativo deste Serviço Regional, nos colocamos à disposição da comunidade aeronáutica da região para realizarmos instruções a respeito desse assunto.


Fonte: Informe SERIPA I, Periódico de Prevenção, Edição No 11, Mar/2013.
CONTATOS SERIPA I: Seção de Investigação Seção de Prevenção.
Telefone de contato: (91) 3073-8185 / 9162-0824 / (91) 3073-8184 / (91) 3073-8181.
E-mail: [email protected];
E-mail: [email protected].


SERIPA I e GRAESP/PA realizam VII Seminário de Segurança de Voo

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Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I) e o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (GRAESP) realizaram (18/10) o VII Seminário de Segurança de Voo no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O evento fez parte das comemorações da Semana da Asa 2012 e teve como objetivo ampliar a perspectiva da prevenção de acidentes aeronáuticos como uma missão de todos os atores envolvidos na atividade aérea.

Nos últimos 10 anos, a aviação civil brasileira totalizou 918 acidentes. Somente na área de jurisdição do SERIPA I, que compreende os estados do Pará, Maranhão e Amapá, ocorreram 98 acidentes aéreos, com destaque para os segmentos da aviação geral regular, táxi aéreo e aviação agrícola. O ano de 2011 registrou um aumento no número de acidentes em comparação com os demais, demandando a intensificação das atividades de prevenção.

Desta forma, para prevenir novos acidentes e identificar fatores contribuintes para a ocorrência de sinistros, o VII Seminário de Segurança de Voo abordou temas diversos e contou com a presença do Juiz Federal Marcelo Honorato, ex-oficial aviador da Força Aérea Brasileira, que discorreu sobre a “Responsabilidade Civil e Penal no Acidente Aeronáutico”, abordando em sua análise as implicações jurídicas que envolvem proprietários, pilotos, empresas de manutenção e todos os demais agentes envolvidos em um acidente aeronáutico.

O assessor jurídico da Associação Brasileira de Táxis Aéreos, Georges de Moura Ferreira, ministrou palestra sobre “O novo cenário do Táxi Aéreo na Aviação Civil Brasileira”, apresentando como estão distribuídas as empresas de táxi aéreo no contexto da aviação civil, suas formas de operação e os principais problemas enfrentados no segmento.

O engenheiro da EMBRAER, Fábio Couto Bonnet, abordou o tema “Os inventores”, tratando do projeto e desenvolvimento dos aviões, destacando a história do desenvolvimento tecnológico e enfatizando as pessoas que alavancaram a tecnologia aeronáutica e chamando a atenção para as “invenções”, principalmente na manutenção que aumentam os riscos de acidentes. Por fim, o coordenador do Curso de Mestrado em Segurança do Voo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), professor Donizeti de Andrade, explanou sobre a “A evolução da Aviação no século XX”, detalhando os acontecimentos históricos que marcaram a evolução da tecnologia aeronáutica.

O Chefe do SERIPA I, Tenente-Coronel Aviador Maurício Teixeira Leite, explica que “a investigação de acidentes aeronáuticos no âmbito do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) é o processo realizado com o propósito de prevenir novos acidentes pela análise de informações e a identificação dos fatores contribuintes, gerando a formulação de recomendações que aumentem a segurança de voo, não abarcando o processo de punição dos envolvidos”.

O evento teve como público-alvo aviadores, tripulantes, mecânicos, proprietários de empresas aéreas e autoridades aeronáuticas.

Fonte: Agência Força Aérea – SERIPA I/ I COMAR.

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