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Califórnia aprova lei que prevê multa ao profissional que fotografar pessoa falecida em acidente ou crime

Estados Unidos – O governador da Califórnia aprovou no dia 28 de setembro o Projeto de Lei de Montagem Nº 2655 que torna ilegal profissionais (“first responder”) fotografarem pessoa falecida em uma cena de acidente ou de crime com finalidade diversa da atividade de investigação policial ou de perícia, ou ainda nos casos em que haja “interesse público”.

Caso fotografe fora desse contexto, o profissional cometerá uma contravenção punível com uma multa não superior a mil dólares (US$ 1.000) por violação. A regra entra em vigor em 1º de janeiro de 2021.

Para a norma, “first responder” significa um socorrista, policial, paramédico, técnico de emergência médica, pessoal de serviço de resgate, gerente de emergência, bombeiro, perito, legista ou funcionário de um legista.

Motivação

As mortes da lenda na NBA, Kobe Bryant, sua filha Gianni, de 13 anos, e mais sete pessoas, em um acidente de helicóptero em janeiro de 2020, motivaram a legislação.

Vanessa Bryant, viúva de Kobe, processou o departamento, alegando invasão de privacidade, negligência e imposição intencional de sofrimento emocional pelo suposto compartilhamento de fotos do local onde seu marido e filha morreram.

De acordo com o xerife do condado, Alex Villanueva, depois que os funcionários foram identificados, ele exigiu que as imagens fossem excluídas. Segundo o xerife, o departamento tem uma política contra tirar e compartilhar fotos de cenas de crimes, mas não havia regras claras sobre acidentes.

No Brasil

Tramita no Senado Federal, Projeto de Lei do Senado (PLS) 79/2018, que inclui o artigo 140-A entre os crimes contra a honra, que prevê detenção e multa para aquele que fotografar ou divulgar, por qualquer meio, imagem de pessoas acidentadas ou em situação vexatória, sem a sua autorização ou fora de contexto jornalístico.

A pena é similar ao crime de vilipêndio de cadáver, previsto no artigo 212 do Código Penal, considerado um crime de desrespeito aos mortos. De acordo com especialistas, o termo vilipendiar conta com outras compreensões, como por exemplo: menosprezar, rebaixar, desdenhar ou desprezar, podendo alcançar pessoas que expõem ou divulgam na internet imagens de pessoas mortas.

Mais de 360 pessoas foram resgatadas por helicópteros após incêndio florestal na Califórnia, EUA

EUA – Helicópteros já resgataram mais de 360 ​​pessoas e animais de estimação em Fresno, na Califórnia, após incêndio de grandes proporções durante uma das piores temporadas de queimadas no estado. Também há quatro aviões C-130 e helicópteros da CAL FIRE que estão lançando retardadores de fogo em todo o estado.

Na segunda (07) e terça-feira (08), helicópteros CH-47 Chinooks e UH-60 Black Hawk da 40ª Brigada de Aviação de Combate resgataram cerca de 140 pessoas e animais de estimação que estavam próximas às áreas atingidas por incêndios em Fresno — um piloto descreveu as condições como mais perigosas do que as de uma guerra. As pessoas foram levadas ao Aeroporto Internacional de Fresno Yosemite.

Kipp Goding, um piloto da Guarda Nacional, pousou várias vezes em um acampamento na doca de um lago, embarcando pessoas no helicóptero UH-60 Black Hawk até a capacidade máxima, disse. “Todo pedaço de vegetação que a vista alcançava estava em chamas”, afirmou Goding, acrescentando que as missões eram piores do que levar um tiro em combate.

Em seu último pouso, o militar disse a duas pessoas que estavam em trailers que aquela era a última chance de serem evacuadas, mas elas optaram por ficar, contou. Dois pilotos morreram desde meados de agosto no combate a incêndios florestais na Califórnia e no estado vizinho de Oregon. “O estresse adicional e a carga de trabalho de chegar ao incêndio e sair é certamente o tipo de voo mais difícil que já fiz”, disse Goding, que voou 25 anos pelo Exército dos EUA.

Para otimizar os resgates, os pilotos estão voando à noite e usando óculos de visão noturna para enxergar através da densa fumaça que durante o dia pode tornar as missões impossíveis. “Os óculos nos permitiram continuar avançando um pouco mais”, afirmou o militar.

No domingo (6), o governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência nos condados de Fresno, Madera, Mariposa, San Bernardino e San Diego devido aos incêndios florestais.

Cerca de mil militares e 14 mil bombeiros lutam contra 25 incêndios na Califórnia, que já registra o recorde de mais de 890 mil hectares queimados, desde que a época de queimadas teve um início precoce — e mortal— no mês passado, segundo o CAL FIRE. O pico da temporada de incêndios na Califórnia ainda não começou.

Guarda Costeira resgata piloto e passageira de avião que caiu em Half Moon Bay, Califórnia

EUA – Na final da tarde de terça-feira (20), um avião caiu perto da Half Moon Bay, no norte da Califórnia. O piloto e a passageira saíram praticamente ilesos graças ao pouso eficiente na água e a chamada rápida da Guarda Costeira dos Estados Unidos. Dois aviões BE-36 (Beechcraft Bonanza) estavam voando juntos, quando um deles caiu no mar.

O piloto de 34 anos e uma mulher estavam fazendo uma sessão de fotos de seu novo avião, quando as coisas começaram a dar errado. Segundo ele, o avião perdeu potência e não conseguiu ligar o motor novamente. Ele tocou a água algumas vezes, mas disse que não houve impacto e tanto ele quanto a passageira saíram ilesos. O avião flutuou por cerca de 30 ou 40 segundos, tempo suficiente para saírem da aeronave.

Todo o incidente durou cerca de um a dois minutos. Enquanto isso, o piloto e o passageiro do outro avião que acompanhavam o voo, encarregados de tirar fotos do novo avião, viram e filmaram a aeronave cair.

Imediatamente acionaram o controle de tráfego aéreo, que enviou as informações ao Centro de Comando da Guarda Costeira, em São Francisco.  Foram enviados para o local um helicóptero Dolphin MH-65, um avião C-27 e um barco de patrulha de 87 pés. Cerca de 20 minutos depois, a Guarda Costeira chegou ao local, içando o homem e a mulher para o helicóptero.

Depois que eles recusaram tratamento médico, foram levados para a Base Aérea, onde receberam atendimento do Corpo de Bombeiros do Aeroporto Internacional de São Francisco. “A resposta rápida do segundo piloto de reportar o avião acidentado e permanecer no local ajudou muito a pronta resposta da Guarda Costeira e a capacidade de salvar duas vidas”, disse o tenente comandante, Joshua Murphy, piloto da Base da Guarda Costeira de São Francisco.

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CAL FIRE encomenda novas aeronaves Sikorsky S-70 Firehawk

EUA – A United Rotorcraft, uma divisão da Air Methods, e a Sikorsky, uma empresa da Lockheed Martin, receberam uma nova ordem de compra do Departamento de Proteção Florestal e de Incêndio da Califórnia (CAL FIRE) para a aquisição de uma nova aeronave Sikorsky S-70 Black Hawk a ser modificada para configuração FIREHAWK®.

O trabalho de modificação será realizado pela United Rotorcraft. O pedido segue uma aprovação para a compra de até 12 aeronaves para substituir a envelhecida frota de UH-1H do estado nos próximos cinco anos. A aeronave servirá a CAL FIRE como uma ferramenta de combate a incêndios, para proteger a propriedade e os cidadãos da Califórnia.

Firehawk waterdrop. Foto: Hans Gutknecht.
Firehawk waterdrop. Foto: Hans Gutknecht.

O Sikorsky S-70 é baseado no helicóptero militar Black Hawk e está equipado para operar nas situações exigentes das missões de combate a incêndios. O Firehawk apresenta uma tecnologia de próxima geração, incluindo pás maiores do rotor principal para maior capacidade de carga e manobrabilidade, uma estrutura robusta, cockpit digital com sistema de gerenciamento de voo para melhor conscientização situacional.

A aeronave também possui capacidade de pairado de precisão usando um sistema de posicionamento global aprimorado e um sistema de navegação inercial. A integridade operacional da aeronave será monitorada por um sistema integrado de gerenciamento de integridade da aeronave para manutenção preventiva e para detectar anomalias de manutenção antecipada.

Uma vez montada, a aeronave será modificada pela United Rotorcraft com um tanque de água de 4.550 litros equipado com um exclusivo sistema de snorkel que possibilita uma recarga em 60 segundos, trem de pouso alto, cabine para operação monopilotada e um interior equipado com equipamentos médicos para dar suporte aos socorristas atuando como plataforma multimissão de combate a incêndio.

Mike Slattery, presidente da United Rotorcraft, declarou “A United Rotorcraft e a Sikorsky têm a honra de apoiar a administração da CAL FIRE em proteger mais de 31 milhões de acres em toda a Califórnia. À medida que as estações de seca se tornam mais longas e mais severas, é crucial que a Califórnia tenha esses helicópteros Firehawk de alto desempenho, que permitem capacidades iniciais de ataque que podem extinguir focos de incêndios antes que se alastrem”.

Lockheed Martin

Do mar ao deserto: conheça o Departamento de Operações Aéreas da Polícia Rodoviária da Califórnia/EUA

EUA – O Departamento de Operações Aéreas da Polícia Rodoviária da Califórnia/EUA (CHP – California Highway Patrol’s Air Operations Program) foi presença constante nas manchetes de jornais em 2017.

No final de janeiro, um helicóptero da unidade realizou duas missões de resgate em um único dia na área da baía de São Francisco. Já em fevereiro, novamente seu helicóptero estava em cena, quando a represa Oroville ameaçava causar uma imensa inundação.

C_gCvuvWsAEZYb9Entre a fronteira ao norte com o estado do Oregon, a fronteira ao sul com o México, das praias da Costa Oeste até as montanhas da Serra Nevada, o estado americano da Califórnia possui quase todo tipo de terreno. A população do estado é tão diversificada quanto sua paisagem, com áreas metropolitanas como Los Angeles e as antíteses, como o conhecido Vale da Morte ou Death Valley.

A CHP tem aeronaves e pessoas aptas para operar proficientemente nessas características de ambientes variados. No ano passado, a unidade recebeu um prêmio de Excelência em Aviação Policial da Associação Internacional. dos Chefes de Polícia (IACP) na convenção realizada em San Diego/EUA. Alguns meses antes, a unidade tornou-se uma das 10 unidades aéreas credenciadas pela ALEA nos EUA.

A CHP possui oito bases operacionais, situadas nas cidades de Redding, Auburn, Napa, Fresno, Fullerton, Thermal, Paso Robles e Apple Valley, e tem sua sede administrativa em Sacramento. Com um efetivo de 170 funcionários na unidade de aviação, incluindo supervisores aéreos, pilotos, oficiais de voo, paramédicos e pessoal administrativo, que conduzem as operações de asa fixa e rotativa com uma frota de 15 aeronaves de cada tipo.

Com uma quantidade tão diversificada de paisagens para atuar, o Comandante Mike Sedam afirma que sua força de trabalho é fundamental nesse processo e mantém-se sempre atualizada aos mais diferentes aspectos de mudanças.

chp3“A força de trabalho provavelmente é a parte mais importante da nossa unidade. Eles são os nossos representantes para todas as comunidades que temos no estado da Califórnia “, disse Sedam. “É importante que, quando oferecemos serviço ao público, termos um grupo de pessoas investidas em nossa missão de salvar vidas”.

Essa missão de salvar vidas é colocada a postos todos os dias. Recentemente, todo o país assistiu uma determinada divisão da Patrulha Rodoviária da Califórnia, quando os incêndios mortais atingiram a parte norte do estado. O pessoal da base de Operação Aérea da Divisão Golden Gate estava trabalhando duro realizando missões para manter as pessoas a salvo dos incêndios florestais, enquanto o metade dos EUA se prepara para o início do inverno.

“Os oficiais Gavitte e Jones foram solicitados pelo departamento de xerife de Sonoma para emitir avisos de evacuação no início desta manhã”, segundo publicou a CHP no Facebook em 14 de outubro. “Eles atuaram com a aeronave H-32, utilizando o sistema de alto falantes do helicóptero, transmitindo o alerta de evacuação imediata.”

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Pilotos e membros da tripulação são convocados por vários órgãos públicos, incluindo a Cal Fire, para ajudá-los com missões críticas. A unidade aérea da CHP têm um alto padrão de profissionalismo de seus pilotos e oficiais de vôo, o que garante operações sempre hábil.

Para ser piloto ou oficial de voo na unidade, primeiro é necessário seu um oficial de patrulha. O processo de teste envolve o cumprimento de um padrão mínimo de treinamento. Isso inclui possuir uma licença de piloto comercial e IFR e um número necessário de horas de voo em comando. Sendo selecionado para a unidade de operações aéreas, esse oficial é submetido a mais treinamentos, o que inclui diversos tipos de missões especializadas.

Ainda assim, existem treinamento trimestrais voo de cheques anuais para os oficiais de voo. Todo treinamento é na própria aeronave da base, onda cada uma tem pelo menos um piloto instrutor de voo. O Comandante Sedam serviu como oficial de voo, piloto de asa fixa, oficial de manutenção, oficial de segurança e supervisor de manutenção antes de assumir o comando das operações aéreas em 2012.

Os helicópteros são acionados para uma variedade de missões, dependendo da localização da base e das necessidades locais e das agências aliadas. As aeronaves são tratadas como “helicópteros regionais” pois são responsáveis por apoiar as polícias e órgãos locais em missões como busca, resgate e transporte médico. Os helicópteros são todos equipados com guincho elétrico e gancho de carga.

Foto: Darryl Bush, SFC
Foto: Darryl Bush, SFC

Eles também são certificados pela Autoridade de Serviços Médicos de Emergência do estado e aptos para operações aeromédicas. Um conjunto completo de equipamentos avançados de suporte de vida também está disponível a bordo. Os helicópteros só não são considerados regionais na área metropolitana de Los Angeles, que tem uma unidade aérea baseada na região.

Se a demanda de serviço exceder os recursos disponíveis da CHP, existe uma diretriz para priorizar as missões. As prioridades são classificadas com base no resultado potencial caso não seja prestado o apoio.

A sequência de missões da diretriz é a seguinte:

  • Atendimento a emergências (aeromédico, busca e resgate, apoio policial, perseguições, distúrbios civis)
  • Segurança interna (sistemas de transporte, aqueduto da Califórnia, usinas elétricas, infra-estrutura crítica)
  • Patrulhamento em estradas rurais
  • Fiscalização (exceto de velocidade)
  • Fiscalização de excesso de velocidade
  • Eventos especiais
  • Transporte

“As aeronaves são plataformas muito capazes para certas coisas, e uma das coisas que consideramos é como podemos usar a aeronave como um multiplicador de força. Nada de deixar as patrulhas terrestres sozinhas”, disse Sedam. “Estamos constantemente avaliando como estamos fazendo nossas missões – como estamos planejando e gerenciando-as.

Temos 30 aeronaves para um estado desse tamanho. Então, essa é uma área muito a ser abordada. Temos de fazer o melhor que pudermos em termos de planejamento e organização para fornecer os apoios possíveis, com o grande número de variáveis que devemos considerar “.

Para manter as aeronaves, a manutenção é feita através de processos de licitação. Quando a aeronave precisa ser substituída, também é feita uma licitação competitiva.

Atualmente, a agência está atualizando sua frota com novos helicópteros Airbus Helicopters H125s. As aeronaves substituídas incluem um Bell Helicopter 206, ano 1993 e helicópteros modelo Airbus / Eurocopter AS350 B3. A CHP planeja continuar a renovação em todo o estado, incluindo a renovação de sua frota de aeronaves de asa fixa.

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A CHP é financiada principalmente através do Fundo de Veículos Motorizados (Motor Vehicle Account), que obtém sua receita das taxas de licenciamento de veículos e habilitação dos motoristas. A unidade de Operações Aéreas é então alocada no orçamento da CHP, definido a cada ano fiscal. Nenhuma doação é feita pela iniciativa privada para manter qualquer tipo de operação aérea,

Mas, tão capazes quanto os helicópteros, com suas capacidades melhorando continuamente com as novas aeronaves, o Comandante Sedam credita o sucesso à unidade aérea da agência como um todo.

A unidade começou na década de 1960 com aviões, e com helicópteros sendo testados no início da década de 1970. Esse estudo descobriu que os helicópteros poderiam ser úteis em áreas rurais e poderiam realizar missões especiais, como observações de trânsito e eventos especiais. Claro que a utilização de helicópteros para o transporte aeromédico de emergência também estava na mesma lista.

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Em 1977, outro estudo descobriu que os helicópteros poderiam melhorar as missões da CHP, bem como apoiar os departamento de polícias e bombeiros locais. Esse estudo também produziu um argumento ainda mais convincente para o uso de helicópteros para missões aeromédicas de emergência. Agora, a CHP possui helicópteros aptos a operar nos diversos tipos de ambientes da Califórnia realizando uma variedade de missões.

“O que realmente diferencia a CHP é o quantidade de aeronaves que temos, o tamanho de nossa força de trabalho, o número de missões que fazemos e o número de horas que voamos”, acrescentou o Comandante Sedam. “Temos ótimas relações com nossos parceiros de outras polícias que podem não ter recursos de aviação, e nós somos uma ferramenta de apoio para eles. Nós voamos muito, e temos uma equipe muito experiente, que estão conosco há bastante tempo”.

Fonte: Rotorandwing

Leia a série de artigos sobre CHP Air Operations produzidos pelo site Piloto Policial:

Departamento de Combate a Incêndio Florestal da Califórnia encomenda novos Sikorsky S-70i para renovação da frota

Califórnia/EUA – Os incêndios florestais se alastram no sul da Califórnia, após já terem praticamente devastado a parte norte do Estado. O Departamento Florestal e de Proteção contra Incêndios da Califórnia (California’s Department of Forestry and Fire Protection – Cal Fire) tem combatido esses focos de incêndios com uma frota de helicópteros Bell UH-1H, já envelhecidos. Recentemente a Cal Fire recebeu autorização judicial para modernizar sua frota de aeronaves com helicópteros Sikorsky S-70is – FireHawk.

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S-70A Firehawk realiza uma operação real de combate a incêndio florestal.

Segundo fontes, uma divisão da United Rotorcraft recebeu oficialmente um contrato de cinco anos para entregar aeronaves Sikorsky S-70is customizadas. O contrato foi originalmente anunciado em agosto, mas a concorrente Leonardo, que havia oferecido o AW189 entrou com um recurso contra a decisão. Após múltiplas audiências do Escritório de Audiências Administrativas do Departamento de Serviços Gerais da Califórnia, o recurso foi negado, sendo decidido a favor da contratação da United Rotorcraft.

A United Rotorcraft estava trabalhando com a Sikorsky desde abril para elaborar uma proposta para novos helicópteros de combate a incêndio e outras missões. Pelo contrato, a subsidiária PZL Mielec da Sikorsky na Polônia irá construir os FireHawk internacionais e enviá-los para os EUA.

O primeiro dos novos helicópteros, que terá um preço de cerca de US $ 20 milhões por unidade (com custos de treinamento e ciclo de vida incluídos), deve ser entregue no prazo de um ano. Se o contrato tivesse entrado em vigor no início de agosto, o primeiro helicóptero deveria estar chegando antes de agosto de 2018.

 S-70A Firehawk realiza uma demonstração de queda de água.
S-70A Firehawk realiza uma demonstração de lançamento de água.

Fonte: Rotorandwing / Adaptação: Piloto Policial

Conheça as aeronaves que atuam no combate ao incêndio florestal na Califórnia/EUA

Califórnia/EUA – Uma onda de incêndios da Califórnia destruiu uma área maior que New York e Boston juntas. Até 3 de dezembro, mais de 6.662 incêndios queimaram 505.391 acres este ano. Thomas Fire é um incêndio que arde nos Condados de Ventura e Santa Bárbara, nas cidades de Ventura, Ojai e Santa Paula, e um dos vários incêndios florestais que começou no início de dezembro de 2017, no sul da Califórnia.

Pelo menos 98 mil habitantes foram evacuados no sul da Califórnia.
Pelo menos 98 mil habitantes foram evacuados no sul da Califórnia.

Com mais de 234 mil acres queimados, o Thomas Fire é o quinto maior incêndio da história moderna da Califórnia. Está incendiado uma área maior do que toda a cidade de Nova York.

Pelo menos 25.000 casas estão ameaçadas por cinco incêndios florestais, de acordo com a agência de proteção contra incêndios CAL FIRE. Quase 7.000 bombeiros estavam enfrentando o Thomas Fire.  Milhares de bombeiros de Nevada, Arizona, Colorado, Idaho, Oregon, Utah e Washington estiveram envolvidos na luta contra os outros incêndios florestais. Pelo menos 98 mil habitantes foram evacuados no sul da Califórnia.

A medida que as equipes de terra trabalham arduamente para combater os incêndios florestais que tomaram o estado americano da Califórnia/EUA, o apoio aéreo provou ser essencial para atuar no plano de ataque às chamas.

Veja as aeronaves usadas para combater os incêndios por lá

Boeing 747 SuperTanker

O 747 modificado está equipado com um tanque de 24.000 galões (quase 91 mil litros) e um sistema pressurizado que pode despejar retardante de chamas em alta pressão ou simplesmente dispersá-lo enquanto sobrevoa o incêndio.

Foto: Global SuperTanker
Foto: Global SuperTanker

Ao contrário dos helicópteros que podem pairar acima do foco do incêndio, o 747 deve aproximar-se a 140 nós e efetuar a passagem entre 400 e 800 pés acima das chamas para despejar sua carga.

DC-10

O único avião wide-body da aviação comercial em uso para combate a incêndio, o DC-10 usado pela Cal Fire, antigamente voando pela Pan Am e American Airlines, pode transportar 12.000 galões (mais de 45 mil litros) de retardante de chamas que, quando dispersos, criam uma nuvem com 100 metros de largura e por 1.500 metros de comprimento.

De acordo com a Cal Fire, uma carga de DC-10 é equivalente a 12 cargas de uma aeronave-tanque Grumman S-2T e devido ao seu tamanho e a infra-estrutura necessária para suportar a sua operação, este jato é usado apenas para missões de incêndios extensos.

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Grumman S-2T

Conhecido pela sua velocidade e manobrabilidade, o S-2T era inicialmente um avião de guerra anti-submarino da Marinha dos EUA. A Cal Fire agora tem aproximadamente 24 dessas aeronaves turboélice em sua frota.

A aeronave pode efetuar passagens em velocidades de 300 kt com uma carga útil de 1.200 galões (pouco mais de 4.500 litros), sendo comum sua utilização como aeronave inicial de combate aos focos de incêndio.

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Bell UH-1H

Conhecido como “Super Huey”, o UH-1H já foi usado pelo Exército americano para operações de transporte de tropas e carga.

Agora, devidamente modificados, esses helicópteros podem fazer de tudo: transporte da tripulação, lançamento de água e espuma, operações de evacuações aeromédicas e mapeamento infravermelho.

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Apelidado de Superscooper, esses hidroaviões captam água de lagos e reservatórios através de sistema na parte inferior da fuselagem e podem ser diretamente lançados sobre as chamas ou misturados com um retardante de chamas.

A aeronave da Bombardier pode efetuar passagens a mais de 200 kt com um carga de 1,621 galões (mais de 6 mil litros) de água a bordo.

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Sikorsky S-70 “Firehawk”

O Firehawk é uma versão civil do conhecido helicóptero Blackhawk, comumente usado pelo Exército dos Estados Unidos. A aeronave pode ser usada com um grande tanque de 1.000 galões montado na parte inferior da aeronave ou com um balde operado como carga externa.

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A helicopter drops water while battling the Thomas fire in Ojai, Calif., on Thursday, Dec. 7, 2017. The biggest and most destructive of the windblown fires raking Southern California shut down one of the region's busiest freeways Thursday and threatened Ojai, a scenic mountain town dubbed "Shangri-La" and known for its boutique hotels and New Age spiritual retreats. (AP Photo/Noah Berger)
AP Photo/Noah Berger.

Helicópteros e aviões da Guarda Nacional americana apoiam o combate aos incêndios florestais na Califórnia

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EUA – Com grandes incêndios florestais ao longo do estado, a Guarda Nacional da Califórnia está deslocando oito helicópteros e dois aviões para ajudar a combater os incêndios que já forçaram milhares de pessoas a evacuar a área e colocaram 6.100 bombeiros em ação.

Atuando sob solicitação do Departamento Florestal e de Proteção contra Incêndios da Califórnia (California Department of Forestry and Fire Protection), a Guarda Nacional anunciou que enviou três helicópteros Black Hawk e dois helicópteros Pave Hawk da Força Aérea para ajudar nos incêndios ao norte da Califórnia. Mais três Black Hawks e dois aviões C-130 Hércules da Força Aérea foram enviados para o sul da Califórnia.

Black Hawk Combate a incêndio

Os helicópteros podem ser usados para lançamento de água, evacuações aeromédicas e transporte, e os aviões, que estão baseados em Channel Island, podem transportar e lançar mais de 12 mil litros de retardante de fogo ou água em menos de cinco segundos. Um lançamento desses aviões pode cobrir uma área de 400 metros de comprimento por 30 metros de largura.

Temperaturas de cerca de 40 graus Celsius são esperadas no norte da Califórnia na primeira quinzena de julho, mas os bombeiros continuaram a progredir na contenção da parede de fogo próximo ao condado de Butte, no quarto dia da luta contra o incêndio florestal.

Às 7 horas da manhã de 10 de julho, um total de 5.600 acres de relva, grama seca e árvores haviam queimado. As chamas foram contida em 35% – um aumento de 10% durante a noite. O número de acres queimados não aumentou durante a noite.

A causa do incêndio está sob investigação, já que os bombeiros continuam a construir aceiros em torno do incêndio com pás e escavadeiras. Do ar, nove helicópteros estão despejando água nos locais dos incêndios, enquanto os aviões lançam retardador de chama.

O Serviço Meteorológico Nacional prevê uma temperatura elevada de 40 graus Celsius na semana, mas com expectativa de vento leve.

As equipes de avaliação de danos estarão inspecionando as áreas queimadas para analisar os danos. Dezessete casas e/ou estruturas foram destruídas, outras cinco danificadas.

Cerca de 1.600 bombeiros estaduais e locais estão envolvido no combate ao incêndio. Um total de 4.000 pessoas foram evacuadas da região. O governador Jerry Brown declarou estado de emergência no condado de Butte no domingo (09/07).

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Fonte: Examiner

Incidente com guincho elétrico em Sacramento, na Califórnia/EUA

Uma investigação interna está em andamento depois que um helicóptero dos Bombeiros da cidade de Sacramento, na Califórnia/EUA, quase acidentou-se em um treinamento na Baía de São Francisco.

Incidente com guincho elétrico em Sacramento, na Califórnia/EUA

O vídeo gravado junto a porta da aeronave mostra um exercício de treinamento de outubro de 2013 e que quase virou uma tragédia.

O cabo do guincho de resgate do helicóptero enganchou e ficou preso em um barco que participava do treinamento junto com o helicóptero, e começou a puxá-lo para baixo.

O tripulante teve de acionar a espoleta explosiva de emergência e cortou o cabo do guincho elétrico que estava derrubando o helicóptero. Os esquis do helicóptero chegou a tocar na água antes do cabo do guincho elétrico ter sido cortado.

Os dois bombeiros que estavam sendo içados caíram nas águas, mas não ficaram feridos. O incidente está sendo investigado para saber o que ocorreu de errado.

Confira o vídeo:


Fonte: CBS Sacramento

California Highway Patrol – CHP Air Operations – Últimos detalhes – Parte 6

Alex Mena Barreto

Conheça os detalhes finais da atividade aérea da California Highway Patrol, na Califórnia/EUA.

Operações em grandes desastres

Em 2005, a CHP despendeu seus esforços em apoio a região de New Orleans atingida pelo furacão Katrina. Antes da chegada da Guarda Nacional na região, a CHP já operava no local com quatro helicópteros, dois centros móveis de comando de incidentes e mais de 200 policiais.

A CHP tem um manual próprio para regular a política de atuação da unidade aérea em grandes operações de desastres e/ou emergências.  Cada base operacional tem um plano de acionamento de operações de emergência que envolve a mobilização das aeronaves, tripulações e pessoal de suporte (abastecimento, manutenção e comunicação), bem como a previsão de atuação com outras aeronaves, de outras bases da CHP ou de outras unidades aéreas.

Tal manual ainda prevê a existência de um plano de briefing operacional padrão para ser efetuado para as tripulações que vierem de outras regiões, de um plano de obtenção/entrega de suprimentos médicos para acidentes com múltiplas vítimas (suprimentos básicos, como talas, soro, etc em grande quantidades), de transporte de autoridades para os centros de comando do incidente, bem como todas as responsabilidades do comandante da base, segurança de voo e pessoal operacional em relação ao incidente e ao centro de comando de incidente.

Destaca-se no planejamento a existência da descrição em todo o estado da Califórnia de todos os pontos remotos de abastecimento de aeronaves, bem como a disponibilidade de caminhões de abastecimento, descritos preliminarmente em termos de localização, capacidade e acionamento para o caso de necessidade.

Interessante também o briefing de requerimento de área de pouso eventual de helicóptero, descrevendo tamanhos, auxílios de balizamento de fortuna (marcadores de fumaça, farol de veículos, etc), descrevendo tamanhos, riscos, isolamento etc.

Relatórios

A CHP utiliza uma série de modelos de relatórios como forma de prover o controle das informações operacionais da atividade aérea, principalmente no que tangem as requeridas para controle de treinamento e proficiência das tripulações, sendo aqui no Brasil comumente chamado de Relatório Operacional:

Existe ainda um relatório específico para atendimento de ocorrências aeromédicas, referente principalmente a informações da vítima e do atendimento:

Um relatório bastante interessante também utilizado pela CHP nas atividades de resgate aeromédico é chamado de Follow Up, e é preenchido pelo médico que recebe o paciente transportado pelas aeronaves da CHP. Basicamente são três questões a ser respondida pelo médico, além de um campo de sugestões e observações para melhoria do atendimento:

  1. Na sua opinião, a atuação da aeronave e sua equipe foi um fator decisivo para a vida da vítima ? (SIM/NÃO/INDETERMINADA)
  2. Qual foi o resultado da atuação da aeronave e sua equipe para a condição da vítima ? (SIGNIFICANTE/MODERADA/NENHUMA/INDETERMINADA)
  3. De que maneira a recuperação da vítima será beneficiada pela atuação da aeronave e sua equipe ? (SIGNIFICANTE/MODERADA/NENHUMA/INDETERMINADA)

Operações de carga externa (gancho e guincho)

A utilização de aeronaves para efetuar salvamentos na Califórnia é muito comum devido a existência de inúmeros parques e trilhas de caminhadas, que é uma atividade muito comum por lá. Isso aliado a existência de uma cadeia montanhosa com altitudes que atingem mais de 10.000 pés, eleva o risco e a necessidade de um treinamento apurado de tais técnicas pelas tripulações da CHP.

Os helicópteros da CHP são equipados por padrão com um guincho elétrico Breeze Eastern HS29700 com uma capacidade de carga de 450 lbs (205 kg) e um cabo de 50 metros.

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Devido a capacidade de carga do guincho, eles tem como padrão o içamento da vítima e do tripulante (Flight Officer) juntos. Apenas a título de comparação, o modelo mais comum de guincho elétrico em utilização no Brasil tem uma capacidade de carga de 300 lbs (136 kg).

Outra característica interessante desse modelo de guincho elétrico é sua manutenção, que prevê inspeções on-condition anualmente, troca do cabo de aço a cada 1500 ciclos de operação e um overhaul a cada 5 anos ou 2000 ciclos.

As operações de carga externa que envolvam a utilização do gancho e/ou guincho elétrico possuem um manual exclusivo muito interessante.

Nele é previsto todo os procedimentos de treinamento, fraseologia padrão, preparação da aeronave, operação em si e ações em caso de emergência. Ainda é descrito explicitamente quais são os materiais aprovados e suas especificações, como cadeirinhas, mosquetões, freios, cordas, chegando ao limite de descrever quais tipos de nós são aprovados na atividade de carga externa.

Ainda é descrito um minucioso checklist tanto para operações de carga externa com a utilização do gancho de carga quanto com a utilização do guincho elétrico. Uma característica interessante dessa operação é a necessidade mandatória de desarmar o circuit breaker do acionamento elétrico de alijamento (tanto do gancho quanto da espoleta do guincho) no caso de carga externa viva.

Conclusão

Acredito que tenha conseguido transmitir nesses artigos um pouco da qualidade e excelência que a CHP exerce atualmente, tanto em sua atividade aérea como em sua atividade fim.

Gostaria de agradecer publicamente ao Capitão Jerry Pelfanio, Comandante do Office of Air Operations, e em especial ao Sergeant Rick Bookbinder, que de maneira extremamente cortês e profissional me franqueou todo o conhecimento possível a cerca da atividade aérea da CHP.

Galeria de fotos – Asa fixa

Galeria de fotos – AS350B3

Galeria de fotos – Equipamentos

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California Highway Patrol – CHP Air Operations – Segurança de Voo e Manutenção – Parte 5

Alex Mena Barreto

Conheça como a unidade aérea da California Highway Patrol, na Califórnia/EUA, lida com a Segurança de Voo e com sua Manutenção Aeronáutica.

Segurança de Voo

Como não poderia ser diferente, a responsabilidade da segurança de voo das atividades aéreas da CHP recai sobre o Comandante do Office of Air Operations, juntamente com um coordenador de segurança de voo e com os Comandantes das bases destacadas.

A responsabilidade da segurança de voo das atividades aéreas da CHP recai sobre o Comandante do Office of Air Operations, juntamente com um coordenador de segurança de voo e com os Comandantes das bases destacadas

A estrutura de segurança de voo prevê a existência de pelo menos um oficial de segurança de voo em cada base destacada, que tem a responsabilidade primária, mas não exclusiva, de:

  1. Monitorar as atividades aéreas com vistas a possíveis práticas ou condições que possam oferecer riscos à atividade;
  2. Promover um ambiente propício para que a questão de segurança esteja sempre em foco durante todas as operações;
  3. Assessorar o comandante da base operacional e comandante da divisão territorial acerca de assuntos afetos a segurança de voo.

São previstas previstas reuniões bimestrais de segurança de voo nas bases operacionais, onde devem ser discutidos os assuntos relativos aos Observed Hazard Reports (OHR – equivalente aos Relatórios de Prevenção do SIPAer), onde as minutas de tais reuniões devem ser encaminhadas para todas as demais bases destacadas.

É prevista a existência de um encarregado de EPI, que juntamente com o Comandante da base e o responsável pela segurança de voo, são responsáveis pela fiscalização da utilização dos equipamentos de proteção individual e de segurança nas operações.

A responsabilidade do encarregado de EPI (chamado de ALSE – Unit Aviation Life Support Equipment Officer) é de controlar, manter e inspecionar todo o material de proteção individual e de segurança da base e dos tripulantes, que envolve macacão e jaquetas de voo, capacetes, luvas, etc. Todo equipamento tem um cronograma de inspeção e validade que serve de base para que o encarregado efetue suas inspeções.

Interessante observar a previsão formal do “enxoval” de EPI de cada tripulante, bem como das datas previstas para ser solicitado à OAO a compra destes equipamento em caso de necessidade da base.

Ainda existe a previsão formal de quais EPI devem ser usados em voo e de como devem obrigatoriamente serem usados, como por exemplo: mangas do macacão de voo estendidas e com o velcro ajustado, roupa de algodão sob o macacão de voo, viseira do capacete abaixada e kit de sobrevivência no bolso da perna do macacão.

Neste capítulo, ainda é descrito o aspecto referente a jornada de trabalho e descanso das tripulações, com vistas ao aspecto de fadiga. De maneira superficial, a jornada de trabalho é limitada a 12 horas, podendo ser estendida com a autorização do comandante da base para o limite máximo de um turno de 14 horas.

Inclui-se para contagem de tempo do turno  as chamadas de sobreaviso, sendo utilizado para contagem o horário que o tripulante deixou sua residência. A jornada máxima de horas de voo por turno é de 8 horas. Posterior a um turno de serviço, o tripulante deve ter um descanso obrigatório de no mínimo 10 horas ininterruptas.

Além desses critérios, existe a preocupação em relativizar aspectos operacionais de fadiga, com operações noturnas, voo por instrumentos e utilização de NVG. Sendo assim, utilizam um fator relativo a cada situação para computar a jornada de fadiga de voo.

Por exemplo, operações diurnas tem “fator 1”, enquanto de operações noturnas e IFR tem “fator 1,4”, e operações NVG tem “fator 2”. Sendo assim, se a tripulação voar 1 hora noturna, tal voo equivale a 1,4 hora de um voo normal, se fosse 1 hora de voo com NVG, equivaleria 2 horas de voo normal para critério de jornada.

Além dos critérios acima de jornada diária, existe uma tabela de fadiga acumulada que deve ser observada como fator de risco pela administração da base caso o tripulante se aproxime de seus limites.

Nos casos de missões externas que demandem uma sobrecarga de jornada (ex. desastres naturais), existe neste caso uma matriz mandatória de controle de jornada/horas de voo dos tripulantes como forma de mitigar o risco de fatiga dos mesmos. O limite máximo de tempo dos tripulantes nessas missões é de 15 dias consecutivos.

O programa de reporte voluntário de situações de risco, chamado de OHR – Observed Hazard Report (equivalente ao Relatório de Prevenção aqui no Brasil), segue os mesmos princípio daqui: reporte voluntário de qualquer membro das unidades e caso solicitado, a autoria do reporte é mantida em sigilo.

Já no caso de incidentes e/ou acidentes aeronáuticos, existe toda uma normatização interna da CHP apartada, que envolve a descrição das responsabilidades,  da atuação pós acidente, comunicação do fato e também de investigação em questão.

Manutenção Aeronáutica

A manutenção das aeronaves da CHP é realizada nas próprias bases operacionais por empresas particulares, mediante contrato que prevê a existência de um mecânico/inspetor em tempo integral no local.

A manutenção das aeronaves da CHP é realizada nas próprias bases operacionais por empresas particulares mediante contrato que preve a existência de um mecânico/inspetor em tempo integral no local.

Toda o controle de frota e de potencial dos componentes das aeronaves é feito por um software chamado SkyBooks, que além disso ainda controla o estoque de material e peças de suprimento, equipamentos de apoio de solo e equipamentos médicos.

O sistema SkyBooks é um software comercial baseado em web que provê suporte para as operações de voo, manutenção das aeronaves, e é utilizado de maneira suplementar ao diário de bordo das aeronaves.

Interessante destacar que a regulamentação aeronáutica americana não exige que a certificação ou homologação do local onde será feita a manutenção, exigindo apenas o cumprimento do programa de manutenção previsto pelo fabricante e que tal programa seja efetuado por um profissional certificado (mecânico e/ou inspetor).

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California Highway Patrol – CHP Air Operations – Operações Multimissão – Parte 4

Alex Mena Barreto

Entenda um pouco da metodologia de trabalho “multimissão”da atividade aérea da California Highway Patrol, na Califórnia/EUA.

Operações

O modelo funcional das operações das aeronaves da CHP são as que mais se enquadram no conceito brasileiro de “multimissão”, mas apesar das missões a serem executadas serem praticamente as mesmas, a forma de abordagem é completamente diferente.

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O protocolo de atendimento de missões segue uma rígida ordem de prioridade de atendimento, onde as missões são divididas em emergenciais e planejadas, e escalonadas em prioridades formalmente previstas no manual de operações:

1) Resgate aeromédico (suporte avançado / suporte básico).
2) Policial solicitando apoio.
3) Ocorrências de gravidade.
4) Perseguições.
5) Distúrbios civis.
6) Busca e salvamento.
7) Transporte de órgãos.
8) Outras emergências.
9) Missões de Segurança interna.
10) Patrulhamento.
11) Fiscalização.
12) Participação de eventos.
13) Transporte.

O manual de doutrina referente a operações, prevê que cada base tenha seu plano de padrões de operações, que contenha:

1) Plano de resposta a acidentes.
2) Protocolo de despacho para ocorrência, baseado nos custos operacionais diretos, metas da CHP e na lista de prioridades de atendimento.
3) Procedimento de atendimento, além dos limites da base operacional, sendo que tal divisão não deve ser um limitante do apoio aéreo.
4) Horário de atuação da base, bem como procedimentos de acionamento fora do horário de operação.

Apesar das aeronaves serem designadas e fixas nas bases destacadas, estas  podem solicitar o apoio de outra aeronave ao OAO (Office of Air Operation) no caso de previsão de um grande período de indisponibilidade de suas aeronaves devido a manutenção programada ou não-programada.

A doutrina da CHP considera como missões de alto risco:

1) Voo em área onde se tem conhecimento ou expectativa de se encontrar fogo hostil, onde a aeronave deve se manter no mínimo a 1000 pés AGL e em constante variação de velocidade bem como manter primariamente como plataforma de observação.
2) Içamento de carga viva no gancho ou guincho.
3) Pouso em áreas não homologadas.
4) Outras missões definidas pela base operacional.

As aeronaves tem como designativo de chamada “CHP” seguido do número de identificação da aeronave, sendo tal designativo usado internamente, quanto para órgãos de controle aéreo e preenchimento de plano de voo.

É previsto um programa de avaliação operacional das bases destacadas, sendo uma avaliação efetuada a cada dois anos pelo OAO, e outra a cada dois anos também (alternados) efetuada pelo próprio efetivo da base, conforme um relatório padronizado.

O manual de operações ainda prevê:

1) Responsabilidade de inspeções pré e pós voo das aeronaves.
2) Documentos obrigatórios na aeronave.
3) Equipamentos obrigatórios, sendo caraterística da operação americana a obrigatoriedade do duplo comando instalado, salvo exceção das missões aeromédicas com vítima a bordo.
4) Itens GO/ NO GO para voos diurnos, noturnos e IFR.

Ainda é descrito de maneira detalhada mínimos operacionais de voo, tanto para aviões quanto para helicóptero, em relação a altitude de voo, uso de oxigênio suplementar, configuração de radar altímetro, mínimo de reserva de combustível, mínimos meteorológicos para decolagem e continuidade do voo, entre outras.

O manual de operações prevê a utilização do seguinte procedimento para pouso em áreas não homologadas:

1) Pouso somente em necessidade extrema.
2) Realização de reconhecimento da área em busca de obstáculos e perigos a alta e baixa altitude.
3) Utilização do conceito ASBATT  (para helicópteros):

A) Amperage (amperagem)
S) Size, surface, slope, security of landing area (características da área de pouso)
B) Barriers – in/around the landing area (existência de obstáculos)
A) Approach – wind considerations, axis of landing area, forced landing area, missed approach routes, and approach angle (planejamento da aproximação)
T) Touchdown – sufficient clearance for helicopter, approaches should be to the ground, if possible, and to a specific point (planejamento do toque)
T) Takeoff – wind considerations, barriers, direction, and type of departure (planejamento da decolagem)

4) Check de pouso e decolagem, envolvendo desempenho da aeronave, luzes exteriores, instrumentos e painel de alarme, combustível, aviônicos/transponder e área livre.
5) Sempre que possível, observar o conceito de cabine estéril durante o pouso e decolagem

Interessante observar a existência nos manuais de previsão de pouso em área não homologada também para as aeronaves de asa fixa.

Leia também:

Los Angeles efetua demonstração de resposta a um ataque terrorista

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Os participantes de uma conferência de “Homeland Security” em Los Angeles, Califórnia/EUA, puderam presenciar uma demonstração em primeira mão de como a cidade iria lidar com um ataque terrorista.

Los Angeles efetua demonstração de resposta a um ataque terrorista

Uma equipe de oficiais de LAPD de Contra-Terrorismo e Operações Especiais efetuou a demonstração que incluiu uma “resposta a um dispositivo de armas de destruição em massa.”

Los Angeles efetua demonstração de resposta a um ataque terrorista

A demonstração se deu no centro da cidade de Los Angeles, envolvendo tiros de festim, helicópteros policiais voando baixo e veículos de emergência com luzes e sirenes.

O exercício fez parte da 2013 National Homeland Security Conference realizada na cidade de Los Angeles.

 

Fonte: CBS Los Angeles

 


Leia aqui:

Uma radiografia da Unidade Aérea da Polícia de Los Angeles/EUA

Piloto Policial visita a Unidade Aérea de Los Angeles Sheriff Department – LASD

 


California Highway Patrol – CHP Air Operations – Treinamento e Seleção – Parte 3

Alex Mena Barreto

Esmiuçando como é o treinamento e a seleção do pessoal da atividade aérea da California Highway Patrol, na Califórnia/EUA.

Treinamento

Todo o treinamento dos pilotos e dos Tactical Flight Officer são coordenados pelo Office of Air Operations, que possui um manual bastante completo acerca do assunto.

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Além dos Chefes dos Pilotos serem instrutores e coordenadores do programa de treinamento, cada base conta com seu próprio instrutor(es) de voo. Ele executa todo o treinamento relativo aos pilotos da respectiva base e encaminha toda a escrituração pertinente para o respectivo Chefe dos Pilotos do OAO (Office of Air Operations). Além disso, o próprio Chefe dos Pilotos realiza ou acompanha o treinamento das bases “in loco” de acordo com uma programação de visita pré-agendada.

Os treinamentos descritos no manual vão desde os básicos/inicial aos recorrentes e obrigatórios para manter a proficiência das tripulações. Abaixo segue a lista dos treinamentos recorrentes exigidos como obrigatórios para os pilotos:

1) Treinamento trimestral de proficiência de no mínimo de três horas de voo exclusivas.
2) Treinamento trimestral de instrumento, que deverá incluir no mínimo três aproximações por instrumento, um procedimento de órbita, e no mínimo uma hora de voo exclusiva. Quando realizado em condições simuladas, o piloto deverá utilizar algum equipamento para restringir/limitar sua visão ao painel de instrumentos.
3) Recertificação semestral de operação de carga externa para os pilotos de helicópteros, envolvendo operação com guincho, gancho, “helo cast” e embarque a baixa altura (diurno e noturno).
4) Voo de cheque de proficiência anual.
5) Treinamento anual de proficiência de voo noturno de no mínimo uma hora de voo, incluindo obrigatoriamente procedimentos de emergência.
6) Recertificação anual de operação com NVG.
7) Treinamento anual de proficiência de voo em ambiente montanhoso / altas altitudes, que necessariamente inclui voo em altitudes superiores a 6000 pés AGL e pouso em área restrita (helicópteros) e pouso/decolagem em aeroporto com altitude densidade acima de 6500 pés (asa fixa).
8) Recheque bianual obrigatório da FAA.
9) Treinamento específico para sanar algum tipo de restrição operacional de voo, imposta pelo Departamento ou pela FAA.
10) Treinamento anual de voo em formação.
11) Treinamento anual de instrutores.

Além desses treinamentos, as tripulações devem participar obrigatoriamente de um treinamento de evasão de aeronave submersa (UTEPAS) e utilização do HEED a cada cinco anos.

Todas as bases devem obrigatoriamente revisar todo o treinamento e documentação de sua tripulação quando da realização trimestral do “Unit Safety Training Day”, uma espécie de “Dia da Segurança de Voo”.

O programa de treinamento é tão completo que inclui ainda um programa de treinamento/familiarização para novos comandantes das bases, novos integrantes em posições gerenciais e até mesmo para os comandantes das unidades territoriais (Division Commanders).

Uma característica interessante observada na CHP é a exigência da especialização das tripulações, onde tanto o piloto quanto o Flight Officer voam apenas um tipo de equipamento, ou avião ou helicóptero. Caso o tripulante queira trocar de equipamento, ele deverá passar por todo o treinamento e avaliação no novo equipamento e se aprovado deixa de voar no antigo equipamento.

Não é autorizado o voo em equipamentos alternados, mesmo que o tripulante seja habilitado para tal.

No caso específico dos Flight Officers, além de todo o treinamento específico para tripular as aeronave e utilizar seus equipamentos, ainda é exigida a habilitação como paramédico para que o mesmo possa tripular os helicópteros.

Dentre os treinamentos mais estranhos para nossa cultura brasileira, existe o treinamento dos Flight Officers, pois apesar de não serem necessariamente pilotos, treinam para a atuarem como pilotos no caso de ocorrência de incapacitação do comandante. Tal treinamento é chamado de “pinch-hit trainning” e tem como objetivo capacitar o tripulante para efetuar um pouso seguro da aeronave em caso de emergência. No treinamento “pitch-hit” inicial é prevista a realização de 12 horas de voo, e tal proficiência deve ser checada semestralmente.

Seleção de Pessoal

Toda a política de seleção e classificação de pessoal nas bases operacionais são coordenadas pelo Office of Air Operations (OAO), mas são de responsabilidade dos comandantes das unidades territoriais a qual a base operacional está subordinada.

A movimentação inicial de um novo integrante é provisória até que o mesmo complete o treinamento/certificação apropriada de sua função na unidade, sendo que a partir de então existe a obrigatoriedade que o mesmo permaneça por no mínimo dois anos na função/unidade.

A seleção de efetivo inicia-se com o aparecimento de uma vaga em alguma base operacional, onde a partir de então de efetua uma divulgação para recebimento de inscrições para a posição com o currículo/documentação dos interessados para a vaga.

A documentação inicial exigida basicamente inclui em avaliação de desempenho profissional, antecedentes disciplinares, experiência anterior em bases operacionais e experiência de voo.

Os requisitos básico para seleção de pilotos inclui:

1) Mínimo de dois anos de experiência profissional na CHP.
2) Avaliação de desempenho profissional satisfatória.
3) Licença de piloto comercial.
4) Habilitação de tipo na aeronave requerida.
5) Habilitação de voo por instrumento na aeronave requerida.
6) Certificado médico válido FAA classe I ou II.
7) Mínimo de 300 horas como piloto em comando na categoria de aeronave requerida.
8) Nível de proficiência de voo que permita ao candidato completar satisfatoriamente o treinamento operacional completo do departamento.
9) Habilidade de manter um bom relacionamento profissional.
10) Habilidade de avaliação adequada de situações e realização de corretos julgamentos.
11) Completar satisfatoriamente o treinamento de escape de aeronave submersa com utilização do HEED.
12) Pesar menos de 125 kg.

Após o recebimento e avaliação da documentação dos candidatos, o Office of Air Operations (OAO) efetua um teste de avaliação nos candidatos. De acordo com a conveniência, os candidatos são classificados em uma lista ordenada para suas respectivas posições, como piloto de avião, piloto de helicóptero e tripulante (Flight Officer).

A partir de então, com a ocorrência de claros nas respectivas funções nas bases operacionais, os candidatos são chamados e reavaliados para que então sejam designados para iniciar o respectivo treinamento operacional na unidade.

O treinamento de pilotos e tripulante (Flight Officer) deve durar no máximo seis meses.

Após a aprovação final no treinamento, os tripulantes ainda estão sujeitos a uma séria de avaliações, e que caso sejam falhas implicam na retirada do mesmo do voo.

Resumidamente, são causas para ser transferido compulsoriamente da atividade aérea:

1) Reprovação em exame obrigatório do FAA.
2) Perda do certificado médico do FAA e falta de capacidade de reobtê-lo em até seis meses da perda.
3) Falha em completar satisfatoriamente a reavaliação anual de proficiência de voo.

Outra observação interessante na política de pessoal diz respeito a manutenção do peso corpóreo da tripulação. A política adotada prevê que o tripulante que atingir 120 kg deverá ser formalmente notificado que ele atingiu a “zona de atenção”, e caso o mesmo atinga 125 kg, ele é retirado do voo e tem 90 dias para retomar o peso abaixo de 125 kg, caso contrário é transferido da atividade aérea. O controle de peso é feito e registrado trimestralmente quando da realização dos “unit safety training day”.

Confira as fotos:

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California Highway Patrol – CHP Air Operations – Conhecendo a Unidade – Parte 2

Alex Mena Barreto

Visitando o Office of Air Unit e a base da Golden Gate Division da California Highway Patrol, na Califórnia/EUA.

Toda a atividade aérea da CHP é coordenada pelo Office of Air Operations, chefiada por um Capitão. O Capitão do Office of Air Operations (OAO) seria ao equivalente ao Comandante de uma unidade aérea com bases descentralizadas.

O Office of Air Operations (OAO) é subordinado ao Assistant Commander Field, equivalente ao subcomandante geral da CHP, e tem o mesmo nível hierárquico que um comandante de divisão territorial (Division Commanders).

O Office of Air Operations (OAO)  tem como missão prover o assessoramento em todos os assuntos relacionados à aviação, bem como criar, implantar e fiscalizar padrões e manuais de operações, bem como programas de segurança operacional, treinamento de pessoal, realização e acompanhamento de contratos de manutenção aeronáutica.

Também é responsável pela administração do orçamento do programa, especificação e aquisição de aeronaves, equipamentos e alterações técnicas, conduzir investigações de acidentes/incidentes aeronáuticos do departamento e lidar com assuntos ligados a aviação junto a FAA.

O Office of Air Operations é composto pelo comandante, chefe dos pilotos de helicópteros, chefe dos pilotos de aviões, coordenador de manutenção aeronáutica (aviões e helicópteros), coordenador de segurança operacional, coordenador aeromédico / paramédico, coordenador de projetos especiais e pessoal de suporte administrativo. Apesar da extensa lista de atribuições o efetivo do Office of Air Operations (OAO) envolve uma equipe de menos de dez pessoas no escritório.

O Chefe dos Pilotos (Chief Pilots) – existe um para asa fixa e um para helicópteros – é responsável por coordenar e acompanhar todo o treinamento inicial e recorrente dos pilotos, que é feito pelos instrutores de voo das próprias bases. O Chefe dos Pilotos é responsável pela padronização dos instrutores das bases e, na medida do possível, pelo voo anual de recheque dos pilotos.

O escritório físico que gerencia toda a atividade aérea fica no prédio do QG da CHP, na cidade de Sacramento, Califórnia/EUA. E quebrando um paradigma brasileiro, não fica em um aeroporto!

Diferentemente dos exemplos no Brasil, os comandantes territoriais (Division Commanders) são diretamente responsáveis por suas operações aéreas (bases) e pela fiscalização de que as mesmas estejam de acordo com os manuais e padrões emitidos pelo Office of Air Operations.

Base da Golden Gate Division

A infraestrutura aeroportuária nos Estados Unidos, em especial na Califórnia, é primorosa. Independente do aeroporto ser doméstico ou internacional, aviação executiva ou aviação geral, eles são enormes.

Logo, a base operacional da Divisão Golden Gate da CHP fica localizada em um “pequeno” aeroporto na cidade de Napa, a cerca de 60 km a nordeste de San Francisco.

A base também não poderia deixar de ser “pequena”, com duas grandes edificações, sendo uma para a parte administrativa e outra para a hangaragem das aeronaves. As instalações são bastante adequadas e primam pela funcionalidade.

Estão designadas para a base 4 aeronaves, sendo dois helicópteros AS350B3 (designativo H-30 e H-32) e dois aviões Cessna T206H (designativo A-31 e A-37).

Todas as aeronaves são completamente equipadas. Destaca-se aqui que todas as aeronaves de asa fixa são completamente equipadas para o cumprimento de missões de patrulhamento, com sistemas de imageamento térmico, downlink, moving maps e uma grande suíte de rádios policiais.

O sistema de imageamento térmico utilizado são os L-3 Wescam’s MX-15, que possui uma excelente capacidade operacional.

Um problema observado pela unidade foi acerca do “pod” de instalação de sistema de imageamento térmico nas aeronaves Cessna T206H, onde as primeiras aeronaves foram equipadas com o “pod” do imageador (“gimbal”) junto a fuselagem, mas verificou-se que tal instalação acarreta muito arrasto e turbilhonamento, prejudicando a atuação aerodinâmica do estabilizador horizontal.

Após identificado o problemas, as instalações das aeronaves posteriores foram efetuadas em um “pod” junto da asa esquerda das aeronaves, onde não ocorre mais esse problema.

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Apenas para se ter uma ideia da capacidade do sistema de L-3 Wescam’s MX-15, o avião a cerca de 800 pés AGL consegue uma aproximação de zoom capaz de identificar as características de uma arma de fogo. Impressionante.

Já os helicópteros, são completamente equipados para atividade policial no estilo “multimissão”, o que inclui moving maps, rádios policiais, sistema de imageamento térmico Axsys, guincho elétrico, gancho de carga, farol de busca, radar altímetro e completamente equipado para operações aeromédicas.

Devido a característica americana de tripular os helicópteros policiais com apenas piloto e tripulante (Tactical Flight Officer), no caso da CHP esses últimos possuem uma formação bem eclética, que inclui o treinamento para operação dos aviônicos em missões policiais, treinamento em operações de salvamento a altura e também são paramédicos.

Além de terem um treinamento chamado de “pitch-hit”, que os habilita a pilotar a aeronave no caso de incapacidade do piloto.

Já os helicópteros, são completamente equipados para atividade policial no estilo “multimissão”, o que inclui moving maps, rádios policiais, sistema de imageamento térmico Axsys, guincho elétrico, gancho de carga, farol de busca, radar altímetro e completamente equipado para operações aeromédicas.Uma das características mais impressionantes em relação às operações aéreas brasileiras é a forma de abordagem na missão aeromédica com o helicóptero.

No caso de acionamento para uma missão desse tipo, a aeronave é reconfigurada pelo próprio tripulante (Flight Officer) antes da decolagem, ou até mesmo no local da ocorrência.

Essa reconfiguração inclui a retirada dos comandos do posto do 2P, retirada do banco e instalação da maca longitudinal. Posteriormente o banco do 2P é instalado nos trilhos atrás do banco do 1P, onde o paramédico irá prestando a assistência à vitima em voo. Apesar de parecer complicado, a reconfiguração não leva mais de cinco minutos.

Os helicóptero da CHP atualmente operam sistemas de imageamento de duas marcas, uma da Axsys e outra da FLIR. Segundo os operadores, o primeiro sistema chama a atenção pela qualidade da imagem, mas peca pela falta de funcionalidades voltadas para a atividade policial, enquanto que o sistema da FLIR destaca-se pela existência dessas funcionalidades mas possui uma imagem aquém do primeiro.

Os helicóptero da CHP atualmente operam sistemas de imageamento de duas marcas, uma da Axsys e outra da FLIR. Segundo os operadores, o primeiro sistema chama a atenção pela qualidade da imagem, mas peca pela falta de funcionalidades voltadas para a atividade policial, enquanto que o sistema da FLIR destaca-se pela existência dessas funcionalidades mas possui uma imagem de aquém do primeiro.

A base opera com um efetivo de 13 pilotos e 13 tripulantes, sendo 7 também paramédicos, além de um mecânico contratado. A base mantém uma operação 24/7 com helicópteros e das 06h às 16h com as aeronaves de asa fixa. Os turnos das tripulações são de dez horas diárias, quatro turnos por semana, completando 40 horas semanais.

Toda a manutenção e inspeção é em regra efetuada na própria base por um mecânico particular contratado em regime de exclusividade. Via de regra, esse mecânico é contratado como o equivalente a uma pessoa jurídica, e não como funcionário da CHP.

A base presta suporte aéreo policial para os Departamentos policiais da região da Baia de San Francisco, abrangendo 12 condados. Apesar de ser estranho essa extrapolação da área de atuação, ela é baseada nas metas principais da CHP, sendo a primeira a proteção da vida, prevenção de acidente e danos, e complementarmente maximizar o serviço público e prover assistência e apoio a outras agências de segurança pública.

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Conheça a unidade de apoio aéreo do Fresno County Sheriff Department

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EXCLUSIVO PILOTO POLICIAL

Conheça um pouco da unidade Air Support Unit,  do Fresno County Sheriff Department, na Califórnia/EUA.

Fresno é uma cidade localizada na região central do estado da Califórnia, nos EUA. É conhecida por ter um clima quente e por ser uma importante região agrícola do estado da Califórnia.

O condado de Fresno, abrange além da cidade de Fresno, mais 48 cidades, cobrindo uma área de 15.585 quilômetros quadrados e uma população total de quase 1 milhão de habitantes.

O Departamento de Polícia do Condado de Fresno (Fresno County Sheriff Department) é responsável para efetuar o policiamento em toda área do condado, inclusive partilhando o policiamento de uma região da cidade de Fresno com o departamento de polícia da cidade (Fresno Police Department).

A unidade aérea do condado de Fresno está situada no aeroporto internacional Fresno Yosemite, de onde também operam as unidades aéreas de Fresno Police Department (operando um EC120B) e a California Highway Patrol – Central Base (operando AS350B3 e C206) .

A unidade Air Support Fresno County Sheriff iniciou suas operações em 1997, e atualmente opera duas aeronaves MD500E e um avião Cessna C206H, todos completamente equipados para operação policial.

Air Support Unit – Primeiras Impressões

Se podemos pensar numa unidade com vocação para atuação policial aos moldes brasileiros, esta unidade é o Air Support Fresno County Sheriff. Como se diz por aqui: caveira !

Os helicópteros MD500E operam na maioria do tempo sem as portas, o que alivia o peso da aeronave e não causa limitação operacional alguma. Eles levam armamento longo a bordo e estão aptos e acostumados a utilizarem em necessidade, principalmente, durante o apoio às patrulhas em terra em locais mais remotos e de difícil acesso, inclusive com o desembarque do Tactical Flight Officer para efetuar a detenção do suspeito.

Além do armamento individual dos tripulantes, no caso uma pistola calibre .45, ainda vai a bordo dois fuzis AR-15 com cano 10,5 polegadas, completamente equipados, com mira EO Tech 551, lanterna acoplada e laser TLR-2S, além da coronha retrátil padrão M4. Armamento para eventualidade nenhuma botar defeito !

A unidade opera sete dias por semanas com os helicóptero e com o avião somente nos dias de semanas. A unidade conta atualmente com 3 pilotos de helicópteros e 1 piloto de avião, além de 3 Observadores/TFO (1 Observador/TFO apto, mas que atua no serviço de patrulhamento).

A unidade segue o padrão americano de operação policial com tripulação somente com piloto e Observador/Tactical Flight Officer a bordo.

O avião Cessna C206H da unidade é completamente equipado para voos de patrulhamento, possuindo um poderoso sistema de imageamento Lockheed Martin Gyrocam DNV Day/Nightvision, que possibilita a captação de imagens para vigilância a cerca de 7.000 pés e cerca de 3NM, de maneira completamente velada e discreta.

Os helicópteros MD500E são equipados com sistema de imageamento térmico FLIR 8500, farol de busca Nightsun SX-16, suite completa de rádios policiais e moving map AeroComputers, além de terem seu cockpit completamente adaptado para utilização de óculos de visão noturna (NVG), equipamento este que é completamente operacional e necessário para a operação noturna da unidade.

Diferente de outras unidades americanas e similar ao Brasil, os equipamentos de FLIR e farol de busca somente são instalados na aeronave no período de operação noturno.

Outra diferencial da aeronave é seu custo operacional. Enquanto as outras unidades aéreas da região estão com suas operações aéreas sendo restringidas por questões orçamentárias, a unidade de Fresno County Sheriff consegue manter um ritmo de 6 horas de voo de patrulhamento diários. Para se ter uma idéia, apenas em questão de consumo de combustível, o helicóptero MD500E, com sua turbina Rolls Royce 250-C20B, consome cerca de 86 litros/hora.

Apesar de algumas limitações de desempenho, os helicóptero MD500E  frequentemente são acionados para realizar missões de salvamento na região montanhosa à oeste do condado, onde os topos mais elevados atingem mais de 13.000 pés.

A unidade mantém um contrato com uma empresa particular que mantém um mecânico/inspetor com dedicação exclusiva à unidade e é responsável por toda a manutenção dos helicópteros e do avião.

Alguns aspectos que chamaram a atenção:

A Califórnia é considerado o estado mais liberal dos EUA, mas criou um tremenda polêmica em legalizar a utilização da maconha para uso medicinal, criando a chamada Medical Marijuana. Basicamente, se você tiver uma receita médica você pode utilizá-la em centros terapêuticos, que por sua vez são autorizados a cultivar determinada quantidade da planta Cannabis.

Resultado: Fresno, por ser uma região agrícola, está infestada de plantações de maconha nos quintais das casas, onde uma planta de maconha chega a valer US$ 5 mil dólares, e criou-se um tremendo problema para fiscalizar se a maconha é legal ou ilegal.

Além da unidade aérea do Fresno County Sheriff, também compartilham do mesmo aeroporto a unidade aérea do Fresno Police Department e uma base da Califórnia Highway Patrol, e similar a alguns casos no Brasil, aparentemente, não existe uma política de cooperação entre as unidades, de forma que as operações, tempo de manutenção, horário de atuação se complementem. Logo, do mesmo jeito que existe três aeronaves operacionais, por questões técnicas de manutenção ou de efetivo reduzido, pode ocorrer das três aeronaves serem baixadas ao mesmo tempo, ou casos das três aeronaves serem acionadas para a mesma missão.

Como já observado em outras unidades, um fator que sempre me chama a atenção é a estrutura enxuta das unidades no quesito pessoal. Pois bem, na unidade de Fresno County Sheriff um turno de serviço normal é composto de DUAS pessoas, piloto e TFO. Sabe quantas pessoas mais de serviço em outras atividades, como telefonista, vigia, abastecedor, operador de rádio, motorista, apoio de solo, balizador, etc… Nenhum ! De serviço e para TODOS os serviços apenas DUAS pessoas. Algo inimaginável para mim até então…

Outra observação interessante e desconhecida até então é sobre o posicionamento da tripulação no MD500E, onde,  diferentemente das demais linhas de helicópteros, como Bell e Eurocopter, o 1P senta-se do lado esquerdo da cabine, enquanto que o TFO senta-se do lado direito da cabine.

Apesar de aparentemente não ter um motivo plausível ou técnico para tal fato, o interessante é que tal mudança facilita muito a atuação do piloto e da aeronave em missões de carga externa, onde o piloto fica em uma posição tremendamente mais confortável e ergonômica, se operando no lado direito. Interessante.

Veja a galeria de fotos da visita:

 

Texto e Fotos: Alex Mena Barreto para o site Piloto Policial.

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