Minas Gerais – Pouco mais de um ano após ser implantado em 26 cidades da macrorregião norte do Triângulo Mineiro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguarda a publicação por parte do Ministério da Saúde da homologação e qualificação do sistema na região, o que garantirá um repasse mensal de R$ 600 mil por parte da União.
Atualmente, os municípios que integram o consórcio responsável pelo SAMU repassam R$ 0,30 por habitante (com base no último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), enquanto o Governo de Minas Gerais financia outros R$ 1,62 milhão. Após a qualificação, o valor de repasse do estado diminui para R$ 1 milhão.
“A qualificação foi aprovada pelo Ministério da Saúde e aguarda a publicação da habilitação. A promessa é que em breve será feita a habilitação. Será um aporte em torno de R$ 600 mil mensais. Hoje esse valor quem banca é o Estado, totalizando R$ 1,620 milhão. Quando habilitar, a União repassa os R$ 600 mil e o Estado R$ 1 milhão”, explicou o secretário executivo do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo Norte (CISTRI), Rodrigo Alvim.
Mulher de 65 anos sofre infarto em Araxá e Arcanjo 06 realiza o Suporte Aéreo Avançado.
O município de Belo Horizonte (MG) solicitou a habilitação da Central de Regulação de Urgências Triângulo Norte em Uberlândia e suas Bases Descentralizadas do Samu. A área responsável pela análise no Ministério manifestou parecer favorável à habilitação de uma Central de Regulação das Urgências (CRU), três Unidades de Suporte Avançado (USA) e 18 Unidades de Suporte Básico (USB) da central e bases descentralizadas da regional Triângulo do Norte, com sede no município de Uberlândia. Neste momento, a área analisa o valor para custeio. Não foi informado prazo para a homologação.
SAMU
Iniciado em junho do ano passado, o SAMU efetivou e organizou a regulação dos atendimentos de urgência e emergência em cidades da região. Em 2019, foram mais de 66 mil chamadas atendidas, que geraram 7.464 orientações médicas, outras 22.516 orientações não-médicas e 16.620 saídas da unidade até o fim de julho.
Em maio, o SAMU recebeu um reforço, a aeronave Arcanjo 06 do Corpo de Bombeiros. O helicóptero, modelo Esquilo B3, já realizou 20 atendimentos na região. Fazem parte da equipe três oficiais do Corpo de Bombeiros (piloto, copiloto e tripulante) e um médico e enfermeiro do Samu. A aeronave fica na base aérea da 4ª Companhia do Batalhão de Operações Aéreas, em Uberaba.
Dados do primeiro ano, de julho de 2018 a julho de 2019.
PARCERIAS
Para garantir qualificação às equipes de atendimento, o CISTRI tem fechado parcerias com instituições educacionais. Uma delas é a IMEPAC Araguari, que cede o espaço para treinamentos enquanto seus alunos atuam no SAMU. “Em março, nós fechamos parceria com o Imepac Araguari onde os estudantes de medicina do internato tripulam as Unidades de Suporte Avançado (USAs), enquanto nossas equipes farão treinamento no maior centro de simulação realística da América Latina, recém-inaugurado na instituição”, disse Rodrigo Alvim.
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) também deve fazer um convênio de aprimoramento. Segundo o Cistri, a universidade está redigindo um contrato para formalizar a parceria em breve.
Desde sua implantação, o SAMU ajudou a reduzir o número de encaminhamentos para o HC-UFU. “Apenas 4% foram encaminhados para o Hospital de Clínicas da UFU, contrariando o que diziam anteriormente, que iríamos inundar de pacientes. Pelo contrário, conseguimos organizar o fluxo de pacientes dentro da rede hospitalar residente na região”, disse Rodrigo Alvim.
Atualmente, 173 Unidades de Saúde compõem essa rede de assistência.
Minas Gerais – Diversos fatores contribuem para que uma missão de transporte aeromédico seja bem-sucedida, incluindo a preparação adequada da aeronave, a definição de uma logística acertada e a escolha dos equipamentos que podem ser necessários durante a operação. Outro fator de extrema relevância para o transporte é a presença de uma equipe de bordo multidisciplinar, especializada e capacitada para atender pacientes em diversas situações clínicas, em condições inerentes ao voo — como as alterações da fisiologia durante a missão, por exemplo.
Além dos tripulantes da aeronave, a equipe de bordo é composta por um médico e um enfermeiro, que atuam antes, durante e depois do voo, envolvidos em questões relacionadas à triagem médica, o preparo dos materiais e equipamentos necessários para a missão e o atendimento ao paciente durante o transporte, entre outras ações.
Vale ressaltar que o nível de especialização e capacitação dessa equipe na área de transporte aeromédico é fundamental para o sucesso da operação, tendo em vista que um atendimento médico durante uma remoção aérea de pacientes conta com algumas particularidades que não podem ser desprezadas.
O papel fundamental do enfermeiro de bordo na equipe multiprofissional envolvida no transporte aeromédico. Foto: Divulgação
O protagonismo do enfermeiro
Antes de mais nada, é preciso deixar claro que o enfermeiro de bordo é protagonista em uma missão de transporte aéreo, pois esse profissional é responsável pelo cumprimento de importantes etapas nas fases pré, per e pós-voo.
Pré-voo — Trata-se da fase que compreende o preparo de todos os materiais e equipamentos necessário para a viabilidade da missão. É nessa etapa em que a equipe médica (médico e enfermeiro envolvidos na missão) discutem o caso clínico do paciente, planejando o tratamento mais adequado durante o voo. Nessa fase, é responsabilidade do enfermeiro a montagem e a conferência da aeronave que será utilizada no transporte, garantindo que todos os materiais e equipamentos que possam ser necessários durante a missão sejam embarcados. Vale ressaltar que na etapa pré-voo, o enfermeiro, assim como os demais profissionais envolvidos na missão, participa de um briefing para o voo, onde se discute todas as particularidades da operação.
Per-voo — Fase que diz respeito ao voo propriamente dito, essa etapa também exige um envolvimento muito significativo do enfermeiro de bordo, que fica responsável por funções como: avaliar e sistematizar as prioridades do paciente; realizar assistência integral durante o atendimento; zelar pela integridade física e psíquica do paciente, prezando pela sua segurança; e orientar os acompanhantes sobre o atendimento realizado durante o voo. O enfermeiro também fica envolvido na observação das condições clínicas e nos parâmetros de monitoramento do paciente, fazendo anotações de enfermagem, administrando medicamentos e assistindo ao médico de bordo durante os procedimentos que se fizerem necessário durante o transporte. O enfermeiro de bordo também deve garantir que o caso seja repassado de maneira adequado para o profissional que irá dar prosseguimento ao atendimento do paciente no local de destino.
Pós-voo — Fase final da missão, a etapa de pós-voo diz respeito ao retorno à base operacional, que também exige do enfermeiro uma atuação relevante. Nesta fase, o profissional fica responsável por realizar o preenchimento da ficha de gasto, repor os materiais e equipamentos nos locais de acondicionamento dos mesmos, realizar a desinfecção dos materiais e equipamentos conforme Diretrizes Operacionais Padrão, entre outras funções administrativas relativas ao encerramento da missão.
Nível de especialização
O enfermeiro de bordo presta atendimento de urgência e emergência, em ambulância aérea e/ou terrestre e para o exercício da função precisa ter especializações específicas. É exigido desse tipo de profissional ter formação superior, preferencialmente em mais de uma especialidade (emergência, terapia intensiva, enfermagem de bordo, entre outras); nível de inglês intermediário; no mínimo cinco anos de experiência em atendimento de emergência e/ou terapia intensiva; e capacidade para atender pacientes criticamente enfermos, sejam eles neonatais, pediátricos ou adultos.
A Unimed Aeromédica, maior empresa de transporte aeromédico do Brasil, entende a importância da equipe de bordo e conta, atualmente, com 14 enfermeiros em sua equipe médica. Vale ressaltar que a instituição é a única empresa de transporte aeromédico do Brasil que conta com equipe médica própria, ou seja, os profissionais são colaboradores da Unimed Aeromédica e estão, diariamente, envolvidos nas missões realizadas pela empresa.
O nível de especialização da equipe de enfermeiros da Unimed Aeromédica é mais um ponto de destaque, tendo em vista que 57% dos profissionais são mestres, 78,6% são docentes em cursos de graduação e/ou especialização e 14% são doutorandos. Além disso, é importante ressaltar que todos os enfermeiros da empresa são treinados para atender a pacientes críticos, das mais diversas modalidades e de todas as faixas etárias.
Palavra de quem é especialista no assunto
Vânia Paula de Carvalho é coordenadora da equipe de enfermagem da Unimed Aeromédica e fala com orgulho sobre a missão da sua profissão.
“Ser reconhecida como profissional de práticas avançadas no cenário da saúde terciária em nosso país é um privilégio, pois é uma área recente e com grandes desafios a serem superados. É uma receita infalível para o sucesso: conseguir unir o trabalho em um ambiente diversificado, cuidar dos pacientes com excelência, fazendo parte de uma equipe altamente qualificada, em uma empresa visionária que oferece segurança e alta tecnologia para os profissionais e para os pacientes”.
Minas Gerais – Na tarde de sábado (27), o Arcanjo 06 da 4° Companhia Especial de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros decolou para cidade de Canápolis para atendimento de um homem de 42 anos que sofreu queda de sua motocicleta no km 12 da rodovia MG-226. A vítima perdeu o controle e saiu da pista, chocando-se em um barranco.
Uma Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU prestou os primeiros atendimentos e encaminhou a vítima para a Santa Casa de Misericórdia de Canápolis. No diagnóstico médico foi identificada fratura na pelve (quadril) e fratura nos membros inferiores (pernas).
Devido o quadro clinico, o Arcanjo 06 foi acionado. A equipe pousou no campo de futebol na cidade de Canápolis e depois de embarcada foi transportada para aeroporto Ten. Cel. Aviador César, em Uberlândia. A vítima foi repassada a uma equipe do SAMU e levada ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Na manhã de domingo (28), a equipe realizou transporte inter-hospitalar de um homem na cidade de Araxá. O paciente J.E.S, de 54 anos, deu entrada na UPA com fortes dores na região cervical e foi diagnosticado com IAM (Infarto Agudo do Miocárdio).
O paciente foi transportado pelo Arcanjo 06 para Uberaba e levado por uma Unidade de Suporte Básico (USB) do SAMU ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
1 de 2
A equipe realizou o atendimento de homem de 54 anos, vítima de infarto, em Araxá. Foto: Neto Talmeli-4°CEOA.
A equipe realizou o atendimento de homem de 54 anos, vítima de infarto, em Araxá. Foto: Neto Talmeli-4°CEOA.
Minas Gerais – Na manhã de sexta (12), um homem de 61 anos deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade de Itapagipe-MG após ter sofrido uma queda acidental de árvore.
O homem apresentava hemorragia intracraniana, TCE grave, otorragia bilateral e perda da consciência. Devido ao seu quadro clínico grave foi solicitado o apoio da equipe aeromédica do Arcanjo 06 da 4° CEOA (Companhia Especial de Operações Aéreas) do Corpo de Bombeiros.
A equipe pousou em um campo de futebol na cidade de Itapagipe e uma ambulância da prefeitura municipal fez o transporte até a aeronave. Com apoio dos tripulantes e da equipe médica do SAMU a vitima foi acomodada na aeronave e levada ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba.
O antigo campo do UTC (Uberaba Tênis Club) fica próximo ao hospital e é utilizado para o pouso do helicóptero. O transporte é feito por Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU até o HC-UFTM.
1 de 3
Homem de 61 anos sofre queda de árvore e Arcanjo 06 realiza seu transporte até Uberaba. Foto: Neto Talmeli/4°CEOA .
Homem de 61 anos sofre queda de árvore e Arcanjo 06 realiza seu transporte até Uberaba. Foto: Neto Talmeli/4°CEOA .
Homem de 61 anos sofre queda de árvore e Arcanjo 06 realiza seu transporte até Uberaba. Foto: Neto Talmeli/4°CEOA .
Minas Gerais – Na manhã de segunda (08), a equipe da 4ª Companhia Especial de Operações Aéreas (CEOA) do Corpo de Bombeiros foi acionada para transporte de um homem de 73 anos, vítima de acidente de trânsito, da cidade de Iturama para Uberana, MG.
O homem foi levado ao Hospital Municipal Delfina Alves Barbosa de Iturama, após um veículo atingir sua bicicleta. A vítima estava em estado grave e apresentava fratura exposta com hemorragia ativa na perna direita em tíbia e fíbula e TCE grave (Traumatismo Craniano Encefálico).
Após procedimentos de estabilização do paciente na aeronave, o Arcanjo 06 decolou para Uberaba, por volta das 16h00. A equipe pousou no antigo campo do Uberaba Tênis Club, em frente ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. No local uma Unidade de Suporte Avançada (USA) do SAMU aguardava a vítima para conduzir ao hospital.
1 de 4
Equipe do Arcanjo 06 transporta vítima de acidente de trânsito de Iturama para Uberaba, MG. Foto Neto Talmeli - 4CEOA.
Equipe do Arcanjo 06 transporta vítima de acidente de trânsito de Iturama para Uberaba, MG. Foto Neto Talmeli - 4CEOA.
Equipe do Arcanjo 06 transporta vítima de acidente de trânsito de Iturama para Uberaba, MG. Foto Neto Talmeli - 4CEOA.
Equipe do Arcanjo 06 transporta vítima de acidente de trânsito de Iturama para Uberaba, MG. Foto Neto Talmeli - 4CEOA.
Minas Gerais – Na madrugada de sábado (06), a Polícia Militar e o Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM) realizaram o transporte aeromédico do veterano J.G.F. que adoeceu gravemente na cidade de Teofilândia na Bahia.
O Cabo de 64 anos sentiu fortes dores abdominais enquanto visitava a cidade onde possui familiares, mas, no local, os médicos não identificaram as causas das dores que se agravavam a cada momento.
Ao tomar conhecimento, a PM acionou a equipe do avião King Air C90, Pegasus 16 do Comando de Aviação do Estado (COMAVE), para realizar o transporte. A regulação do IPSM e o Hospital Militar viabilizaram o transporte do militar até o aeroporto de Feira de Santana-BA, local mais próximo de onde estava o paciente e que possuía luzes que permitiam o pouso da aeronave no período noturno.
O avião decolou por volta das 17h00 e pousou em Feira de Santana cerca de 3 horas depois, após realizar uma parada em Salvador para o reabastecimento. Enquanto isto, eram realizados preparativos para receber o militar em Belo Horizonte onde receberia o atendimento médico necessário.
O veterano foi então embarcado no avião da Polícia Militar e, após duas horas e meia em um voo direto de Feira de Santana, BA até o aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, o veterano voltou ao solo mineiro tendo recebido atendimento imediato de uma equipe de saúde da PMMG. Ele e sua esposa foram então transportados em ambulância para internação no Hospital Militar onde segue sob os cuidados médicos.
1 de 5
Após adoecer na Bahia, veterano é repatriado a Minas Gerais no avião da Polícia Militar. Foto: Divulgação
Após adoecer na Bahia, veterano é repatriado a Minas Gerais no avião da Polícia Militar. Foto: Divulgação
Após adoecer na Bahia, veterano é repatriado a Minas Gerais no avião da Polícia Militar. Foto: Divulgação
Após adoecer na Bahia, veterano é repatriado a Minas Gerais no avião da Polícia Militar. Foto: Divulgação
Após adoecer na Bahia, veterano é repatriado a Minas Gerais no avião da Polícia Militar. Foto: Divulgação
Minas Gerais – A equipe da 4° CEOA (Companhia Especial de Operações Aéreas) situada em Uberaba e pertencente ao Batalhão de Operações Aéreas (BOA) com sede na capital mineira, realizou no início da tarde do dia 30 de junho, mais um transporte aeromédico inter-hospitalar.
O médico regulador do CISTRI NORTE (Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Triângulo) acionou a companhia. Minutos depois o helicóptero Arcanjo 06 já estava voando sob o comando do Major Nelson Santana.
A aeronave pousou no campo de futebol do Corpo de Bombeiros da cidade de Patrocínio, a 180 quilômetros de Uberaba. Em uma unidade do SAMU estava a vítima de 43 anos com quadro clínico de Infarto Agudo Miocárdio (IAM) para ser embarcada no helicóptero.
Ela foi levada para Uberlândia, onde uma Unidade de Suporte Avançado (USA) aguardava para encaminhamento ao Hospital das Clínicas da UFU da cidade.
No dia 25 de junho, a equipe aeromédica do helicóptero Arcanjo 06 atendeu outras duas ocorrências. Na primeira, a aeronave decolou para atender um caso clínico na cidade Estrela do Sul. A paciente, de 51 anos, sofreu AVC e foi transferida em estado gravíssimo para o Hospital de Clínicas da UFU, em Uberlândia.
Na segunda, a 4º CEOA realizou a transferência de um paciente do pronto socorro da Santa Casa de Misericórdia para o Hospital de Clínicas da UFTM por conta de um acidente registrado na zona rural. Um jovem, de 26 anos, foi atingido com um coice de cavalo no rosto e sofreu traumatismo craniano grave e fratura na mandíbula.
1 de 3
Helicóptero Arcanjo transporta jovem atingido por um coice no rosto da Santa Casa de Misericórdia para o Hospital das Clínicas da UFTM. Foto: Divulgação
Helicóptero Arcanjo transporta jovem atingido por um coice no rosto da Santa Casa de Misericórdia para o Hospital das Clínicas da UFTM. Foto: Divulgação
Helicóptero Arcanjo transporta jovem atingido por um coice no rosto da Santa Casa de Misericórdia para o Hospital das Clínicas da UFTM. Foto: Divulgação
Minas Gerais – O corpo do piloto de parapente de 52 anos, que morreu após um acidente no Pico da Ibituruna, em Governador Valadares, foi resgatado na tarde de terça-feira (11), após cerca de 22 horas. O acidente ocorreu nessa segunda-feira (10), com o piloto ficando preso na vegetação do local, em uma área de difícil acesso. Ele era aluno de uma escola de voo livre da cidade.
O corpo foi localizado em um paredão de difícil acesso. A equipe do helicóptero Pégasus 09 da Polícia Militar fez um sobrevoo para identificar a área, mas devido às condições do tempo não foi possível fazer a descida.
“Necessitava de um apoio aéreo. Entretanto, devido ao horário que a gente chegou e foi acionado, por volta das 17h40, a gente já tinha em mente que provavelmente esse apoio aéreo não seria possível, tendo em vista o horário. O voo noturno é uma atividade de bastante risco, portanto é evitada ao máximo”, explica o tenente Danilo Bruner.
1 de 5
Bombeiros e equipe do helicóptero Pégasus 09 da PM resgatam corpo de piloto de parapente que bateu em paredão no Pico do Ibituruna em Governador Valadares, MG
Equipes de resgate realizaram a retirada do corpo — Foto: Danilo Moreira/Inter TV dos Vales
Bombeiros e equipe do helicóptero Pégasus 09 da PM resgatam corpo de piloto de parapente que bateu em paredão no Pico do Ibituruna em Governador Valadares, MG
Bombeiros e equipe do helicóptero Pégasus 09 da PM resgatam corpo de piloto de parapente que bateu em paredão no Pico do Ibituruna em Governador Valadares, MG
Bombeiros e equipe do helicóptero Pégasus 09 da PM resgatam corpo de piloto de parapente que bateu em paredão no Pico do Ibituruna em Governador Valadares, MG
Ainda segundo o militar, o piloto, nascido em Guarapari (ES), decolou na rampa sul, que fica na parte de trás da montanha, e devido às condições climáticas bateu em um paredão, onde ficou preso.
O Corpo de Bombeiros chegou ao local por volta de 17 horas e já iniciou o resgate. Pouco depois, uma equipe de três homens conseguiu chegar até a vítima que, apesar de bastante machucada, ainda estava consciente.
De acordo com o sargento Márcio Aniceto, entre 19 e 20 horas ele não resistiu aos ferimentos e ao choque hemorrágico e morreu. A retirada do corpo foi bastante complicada. Ainda na noite de segunda, os bombeiros estudavam uma forma de fazer o resgate. No entanto, o local de difícil acesso, a falta de luminosidade, o frio e a neblina que começavam a tomar conta, impediram a continuidade dos trabalhos.
Os bombeiros que desceram ao paredão para tentar resgatar o piloto retornaram ao topo do pico. A ordem era aguardar o dia amanhecer para fazer a remoção do corpo, com o auxílio do helicóptero da PM.
Resgate delicado
A operação foi delicada devido ao local de difícil acesso e aos ventos, que mudam com frequência de direção. O corpo foi içado na maca, junto com um policial militar da equipe da aeronave, e, graças à perícia do piloto, foi levado até uma área geralmente usada pelos pilotos para o salto.
O piloto da aeronave Pégasus 09, major Carlos Eduardo Justino Martins, comandante da 5ª Base Regional de Aviação do Estado (Brave), salientou, após o resgate do corpo, que a maior dificuldade da operação foi o fato dele não conseguir ver a vítima.
1 de 4
Bombeiros precisaram usar técnicas de rapel para o resgate — Foto: Danilo Moreira/Inter TV dos Vales
Bombeiros e equipe do helicóptero Pégasus 09 da PM resgatam corpo de piloto de parapente que bateu em paredão no Pico do Ibituruna em Governador Valadares, MG
Equipes de resgate realizaram a retirada do corpo — Foto: Danilo Moreira/Inter TV dos Vales
piloto de parapente Josely Dutra Magalhães, de 52 anos. Foto: Arquivo Pessoal
“Eu, na posição de piloto, não tenho a visão da vítima. Então, é confiança total na equipe. Eles vão me balizando e eu vou posicionando a aeronave na melhor posição para o resgate”, disse ele antes de levantar voo novamente para resgatar os dois bombeiros que desceram para ajudar na remoção do corpo.
O capitão Marcone Gomes, do Corpo de Bombeiros, lamentou a morte do piloto de parapente, mas ressaltou o trabalho feito com segurança pelas equipes de bombeiros, em conjunto com a equipe da aeronave da PM e da perícia da Polícia Civil.
“As maiores dificuldades que tivemos foram o terreno, o local de extrema dificuldade para ser acessado, o clima adverso, a visibilidade, o período noturno. Mas o trabalho foi feito com as técnicas e aspectos de segurança respeitados e, por isso, o sucesso da operação”, concluiu.
Minas Gerais – Na terça-feria (04), um homem caiu de uma altura de 15 metros em local de difícil acesso e foi resgatado com o uso de aeronave pelo Batalhão de Operações Aéreas (BOA), na Serra do Curral, em Belo Horizonte.
O BOA foi acionado por volta das 16h00 para realizar o resgate aeromédico, pois o local da queda era íngreme e de difícil acesso. Enquanto os militares do BOA preparavam os materiais e combinavam detalhes da operação, um drone da corporação foi utilizado para visualizar o local exato onde a vítima estava e quais seriam os melhores acessos para realizar o resgate.
Dois bombeiros foram infiltrados no local com o uso da aeronave, utilizando a técnica de McGuire, na qual os militares são ancorados por uma corda no gancho da aeronave. Assim que acessaram a vítima, realizaram sua imobilização na maca e içaram junto com o tripulante operacional do BOA para o Parque das Mangabeiras, onde médica e enfermeira realizaram os atendimentos médicos. Inicialmente, a vítima estava consciente, mas em estado de choque, com múltiplas fraturas e, durante o resgate, apresentou uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.
O esporte highline consiste no equilíbrio sobre uma fita elástica esticada em grandes alturas. O local onde o grupo estava realizando o esporte é de acesso proibido e estava sinalizado. O ponto de ancoragem utilizado pelos praticantes foi uma rocha, que não suportou o peso e se soltou. A vítima, que foi identificada como Thiago Guimarães Silva, estava com um grupo e não usava equipamentos de segurança.
1 de 8
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do CBMMG realiza resgate de praticante de highline na Serra do Curral, MG. Foto: Divulgação
Minas Gerais – Um grave acidente entre um ônibus da Viação Campo Belo e um caminhão carregado de carbonato de cálcio matou três pessoas e deixou quatro feridos na tarde desta sexta-feira (17) na BR-354, próximo a Campo Belo (MG). Equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU e helicóptero Arcanjo do Batalhão de Operações Aéreas auxiliaram no resgate das vítimas.
Conforme o Corpo de Bombeiros, as vítimas que morreram no acidente são todas mulheres, que eram passageiras do ônibus. Duas delas morreram ainda no local e uma outra vítima, uma mulher de 60 anos, morreu dentro da ambulância que fazia o socorro. Outras duas pessoas foram levadas para a Santa Casa de Campo Belo com traumatismo craniano.
Segundo informações da Viação Campo Belo, o veículo seguia para São Paulo com sete passageiros mais o motorista, quando o acidente aconteceu. Os dois veículos teriam batido de frente. Com a batida, parte da cabine do ônibus foi destruída.
1 de 4
Equipe Aeromédica do Corpo de Bombeiros de MG resgata vítimas de acidente frontal envolvendo ônibus e caminhão deixando 3 mortos na BR-354. Foto CBMMG
Equipe Aeromédica do Corpo de Bombeiros de MG resgata vítimas de acidente frontal envolvendo ônibus e caminhão deixando 3 mortos na BR-354. Foto Alan Cunha
Equipe Aeromédica do Corpo de Bombeiros de MG resgata vítimas de acidente frontal envolvendo ônibus e caminhão deixando 3 mortos na BR-354. Foto Alan Cunha
Equipe Aeromédica do Corpo de Bombeiros de MG resgata vítimas de acidente frontal envolvendo ônibus e caminhão deixando 3 mortos na BR-354. Foto Alan Cunha
Minas Gerais – Uma menina de 9 anos de idade caiu de um cavalo na manhã de domingo (05) em Monte Carmelo. Segundo informações do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a vítima foi encaminhada para o Pronto Socorro da cidade, mas devido a gravidade teve de ser transferida para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU).
O transporte foi realizado no helicóptero Arcanjo 06 do Corpo de Bombeiros de Uberaba que pousou em um campo de futebol da cidade. A vítima deu entrada no HC/UFU e segue internada.
Este foi o primeiro resgate do SAMU no helicóptero Arcanjo 06, que tem como base Uberaba. A base de Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV) atende o Triângulo Mineiro. Os pedidos podem entrar via bombeiros (193) ou pelo Samu (192).
Minas Gerais – Na tarde de segunda-feira (29), equipe aeromédica do helicóptero Arcanjo do Corpo de Bombeiros Militar (Suporte Aéreo Avançado de Vida – SAAV) pousou em Pintópolis para realizar a transferência de um paciente de 50 anos que estava com suspeita de infarto agudo do miocárdio. Pela manhã, o homem havia sido socorrido pela Unidade de Suporte Básico do SAMU de Pintópolis com queixas de dor torácica.
A vítima foi encaminhada para a unidade de saúde do município, mas precisou ser transferida de helicóptero. O paciente foi levado para o Hospital Aroldo Tourinho, em Montes Claros.
Foto: Samu/ Divulgação
Na manhã de quarta-feira (1º), uma adolescente de 13 anos teve cerca de 30% do corpo queimado em Pintópolis, no Noroeste de Minas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima tentava reacender as chamas de um forno a lenha usando óleo diesel. O incidente ocorreu no distrito de Porteiras.
Familiares informaram aos bombeiros que ao jogar o óleo sobre a lenha as chamas atingiram a adolescente. Ela foi levada para a unidade de saúde da cidade pelos próprios familiares. Em seguida, foi transferida pelo helicóptero Arcanjo (SAAV) do Corpo de Bombeiros para a Santa Casa de Montes Claros.
De acordo com os bombeiros, a adolescente teve queimaduras nas mãos, cabeça, barriga e nas vias aéreas, o que provocou início de edema. A assessoria da Santa Casa informou, na manhã de quinta-feira (2), que o estado de saúde da paciente é estável.
Esse serviço é possível porque houve a organização da Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, em 2008 e foi instalado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Macro Norte, que passou a integrar os 86 municípios da Macrorregião Norte de Minas, beneficiando 1.577.491 pessoas. O Corpo de Bombeiros Militar faz parte do sistema.
Samu Macro Norte
O Complexo Regulador Macrorregional, inaugurado em dezembro de 2008, está localizado em Montes Claros, onde funcionam a Central de Regulação de Urgência e a Central de Regulação Assistencial. O serviço possui ainda, 36 bases descentralizadas, com 47 unidades móveis de atendimento, sendo 40 Unidades de Suporte Básico (USB) e 7 Unidades de Suporte Avançado (USA).
A gestão administrativa do SAMU Macro Norte é realizada pelo Consórcio Intermunicipal de saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (CISRUN) e é mantido pelos governos Federal, Estadual e Municipal.
Além de contar com equipes técnicas altamente qualificadas e de excelência no Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), o SAMU Macro Norte conta com equipamentos de ponta que podem trazer um diagnóstico rápido e eficaz. Dentre eles, está o ultrassom portátil que permite, por meio de imagens, a identificação de lesões e alterações estruturais, principalmente, em órgãos internos da vítima.
Os diagnósticos auxiliam na rápida intervenção médica durante o voo, o que facilita ao chegar no hospital já que a equipe terá um diagnóstico mais preciso da condição do paciente, o que pode reduzir o tempo para a execução de algum procedimento necessário como uma cirurgia, por exemplo.
Minas Gerais – O Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS), por meio do Pelotão de Contraincêndio, promoveu, no início de abril, um treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves, com o objetivo de preparar integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais para atuar em acidentes aeronáuticos.
O treinamento de 20 horas contemplou disciplinas teóricas e práticas que possibilitaram aos participantes compreender as diferentes situações de emergência envolvendo aeronaves e como empregar de maneira racional e eficiente pessoal, agentes extintores, materiais e equipamentos no local do acidente.
“A integração entre as Forças Armadas e Auxiliares é um ganho para a sociedade. A troca de experiências é muito importante para que seja prestado o melhor atendimento no momento de uma ocorrência. Ninguém atua sozinho. Se todos falarmos a mesma língua, melhor será o êxito da ocorrência”, ressaltou o Tenente Bombeiro Igor Rédua, um dos participantes do treinamento.
O Diretor do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa, Coronel Aviador Cláudio Luís da Silva Nishio, também destacou a importância da união de esforços e conhecimentos entre as forças. “Com certeza temos muito a aprender com o Corpo de Bombeiros sobre combate a incêndio, por outro lado temos mais conhecimento na parte aeronáutica e, nessa junção de conhecimentos, todos ganham”, afirmou.
Os militares receberam orientações sobre Organização e Funcionamento do Sistema Contraincêndio da Aeronáutica (SISCON), Equipamentos de Arrombamento e Salvamento, Assentos Ejetáveis em Aeronaves Militares, Tática de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves e Situações de Emergência em Aeródromos.
Foram realizadas visitas técnicas às Instalações Operacionais do Aeródromo e ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Lagoa Santa (DTCEA-LS), além de instruções práticas de Salvamento em Aeronaves.
A última atividade do treinamento, o Simulado de Combate a Incêndio e Salvamento em Aeronaves, foi realizado em conjunto com o Simulado de Atendimento a Múltiplas Vítimas, do Curso de Adaptação em Saúde Operacional (CASOP), ministrado para os alunos do Curso de Adaptação de Médicos, Dentistas e Farmacêuticos da Aeronáutica.
No encerramento, os bombeiros militares que participaram do resgate das vítimas em Brumadinho foram homenageados pelos participantes. “Vocês fazem parte da nossa história. Temos muito orgulho dos senhores”, enfatizou o 1º Tenente Médico Paulo Pires Junior, coordenador executivo do CASOP.
1 de 4
PAMA-LS promove Treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves. Foto: Soldados Pimenta e Azevedo
PAMA-LS promove Treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves. Foto: Soldados Pimenta e Azevedo
PAMA-LS promove Treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves. Foto: Soldados Pimenta e Azevedo
PAMA-LS promove Treinamento de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeronaves. Foto: Soldados Pimenta e Azevedo
Minas Gerais – O relógio marcava 12h37 quando a campainha soou, no dia 25 de janeiro, no Batalhão de Operações Aéreas (BOA), na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, indicando um novo chamado para o Corpo de Bombeiros. Nove minutos antes, a barragem 1, localizada na Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, havia se rompido, liberando um “tsunami de lama”.
Ao toque do alerta, a major Karla Lessa interrompeu o almoço, iniciando sua participação na maior operação em que atuaria em 18 anos de corporação. “O solicitante estava chorando e informou que muitas coisas haviam sido levadas pela lama. Imediatamente, eu me dirigi para a aeronave já para iniciar o acionamento e, de forma concomitante, o restante da equipe (…) já foi pegando material que seria necessário para utilizar, coordenadas geográficas, informações mais precisas sobre o local do suposto rompimento de barragem”, relembra.
1 de 12
Major Karla Lessa do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e equipe operando na Mina do Córrego do Feijão, Brumadinho. Foto: Roberto Caiafa.
Major Karla Lessa foi uma das primeiras militares a testemunhar, do alto, a dimensão da tragédia de Brumadinho — Foto: Raquel Freitas/G1
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa.
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
A major diz que, às 12h53, já sobrevoava Brumadinho e, ao ver de perto a área solapada pelo “mar de lama”, começava a ter uma dimensão mais exata da tragédia, que deixou mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
Em um campo de futebol no Córrego Feijão, ao lado de uma igreja que se tornaria uma das bases da operação por cerca de 25 dias, a major desembarcou um médico, um enfermeiro e o copiloto. Novamente, ela levantou voo e seguiu testemunhando a destruição provocada pelo colapso da barragem.
As primeiras sobreviventes que chegaram ao maior pronto-socorro do estado foram transportadas no helicóptero pilotado pela major. Em uma operação extremamente delicada e com a aeronave quase tocando a lama, os militares da aeronave Arcanjo 04 conseguiram salvar a jovem Talita Cristina de Oliveira, de 15 anos, que se afogava naquela vastidão de lama.
A adolescente foi deixada no campinho para que recebesse os primeiros cuidados médicos, e a oficial alçou voo para resgatar Paloma Prates da Cunha, de 22 anos, que havia acabado de ser retirada da lama por um funcionário da Vale.
Rompimento de barragem em Brumadinho — Foto: Douglas Magno / AFP
Neste momento, os militares precisavam tomar uma decisão que significaria lutar pela vida das duas sobreviventes ou tentar salvar outras pessoas. “Eu não tinha autonomia [de voo] para fazer mais resgates e depois levá-las para o hospital. Então, precisava ser decidido. Dependendo do estado de saúde das duas, teria que escolher: ou tentar resgatar mais pessoas ou levá-las de imediato para o Hospital João XXIII”, diz. Por causa da gravidade dos casos, optou-se pela segunda hipótese.
Início da ‘Megaoperação’
O relato da major sobre o que tinha visto em Brumadinho foi fundamental para que a megaoperação começasse a ser desenhada. Ela conta que, no pronto-socorro, o diretor da unidade aguardava a equipe do Arcanjo 04 para decidir se o plano de catástrofe do hospital deveria ou não ser acionado.
“Quando eu cheguei na Pampulha, após entregá-las [Talita e Paloma] aos cuidados do João XXIII, para abastecer, algumas autoridades já me aguardavam para ter informações com relação ao que eu tinha visto e para tomar decisões sobre o futuro da missão, o que seria necessário de mobilização do estado. Então aqui [na Pampulha], já estavam o vice-governador, o comandante-geral dos Bombeiros, o comandante-geral da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública e outras autoridades”, afirma.
Campinho no Córrego do Feijão foi transformado em local de pouso de helicópteros — Foto: Washington Alves/Reuters.
Nos segundo e terceiro dia das operações, a major participou da coordenação das atividades aéreas. O campinho ao lado da igreja se transformou em ponto de pouso dos diversos helicópteros que se mobilizavam nas buscas.
Durante as duas semanas em que dedicou os dias de trabalho exclusivamente à operação em Brumadinho, tentar reduzir a dor dos parentes das vítimas era o que motivava a major a cada jornada exaustiva.
“Poder minimizar o sofrimento de tantas pessoas que ainda aguardam respostas, informações com relação aos seus entes queridos. Muitos dos voluntários, por exemplo, perderam alguém e estão lá ajudando os bombeiros, limpando o chão, fornecendo comida. São inúmeras cartinhas que a gente tem recebido, pessoas que nos cumprimentam e dão força para continuar. Então, isso tudo motiva e dá força para continuar a operação até o momento em que a gente conseguir ou encontrar todas as vítimas que ainda estão desaparecidas”, diz.
Casal de bombeiros de MG relata dias de resgate em Brumadinho
Trabalhar em um mar de lama era um cenário que o casal Kênia Oliveira Rosa e Deusdet Moreira de Souza não tinha imaginado ao longo dos anos de carreira no Corpo de Bombeiros. “Acho que ninguém imaginou que fosse acontecer algo tão chocante”. Ela, cabo do 1º pelotão da 2ª Cia dos Bombeiros de Lavras (MG). Ele, sargento do Batalhão de Operações Aéreas da base em Varginha (MG). Juntos há oito anos, dividiram a experiência de trabalhar no resgate das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Sargento dos bombeiros de Lavras trabalhou no suporte aéreo — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Viagem a Brumadinho
“No sábado, eu tinha ligado pro Capitão Sílvio pra ser voluntária. Fiquei sabendo pelos meus colegas que quem tinha feito um curso preparatório, que só alguns bombeiros fazem, poderia fazer parte. Logo me prontifiquei”, explicou Kenia.
O marido, sargento Deusdet, que também fez o curso, foi o primeiro a ir. Ele atua como tripulante operacional da Base dos Arcanjos em Varginha. Deusdet partiu com o grupo de Varginha no dia 28 de janeiro, com retorno no dia 4 de fevereiro.
Na mina do Córrego do Feijão, onde ficava a barragem da Vale, Deusdet tinha como função transportar equipes pelo helicóptero, além de equipamentos e cães, ajudar na retirada de corpos, sobrevoar os pontos com autoridades, entre outras atividades.
Cabo Kênia Oliveira Rosa viajou a Brumadinho (MG) para trabalhar no resgate às vítimas — Foto: Arquivo Pessoal
“Naquela semana, quase toda operação dependia dos helicópteros para acessar os locais. Por isso, chegou a ter quase 20 helicópteros operando nos primeiros 10 dias após o desastre”, explicou o sargento.
Com o retorno de Deusdet, foi a vez da segunda equipe, com a cabo Kenia, que chegou no dia 7 de fevereiro a Brumadinho. Como parte do setor operacional dos bombeiros, ela trabalhou no solo, na chamada zona quente. A função era ajudar na varredura atrás de vestígios, edificações, corpos e segmentos.
“Trabalhei na área alagada e na mais seca. Quando chegou o maquinário na área alagada, a gente foi deslocado. Todas as atividades que os outros fizeram, eu estava fazendo também”.
Sargento Deusdet, de uniforme laranja, participou de trabalhos em Brumadinho (MG) — Foto: Corpo de Bombeiros
Primeiras impressões
A força da lama, vista do alto dos helicópteros, impressionou Deusdet assim que viu os primeiros pontos atingidos. “A proporção do estrago, a força da lama retorceu até uma locomotiva e arrancou o pontilhão da linha férrea. Muitas das vítimas nem viram como morreram”, lamenta.
Kenia também relata o choque ao ver a dimensão da tragédia na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. “Como o Deusdet foi antes, ele tinha reportado pra mim que estava bem pior do que parecia. Ele ficou assustado. Eu cheguei lá foi a mesma coisa, mesma sensação que ele teve”, comenta.
O forte cheiro na segunda semana de buscas chamou atenção de Kenia. Pela frente, tudo o que viu estava destruído.
“A primeira impressão é que o estrago é muito maior do que a mídia passava pra gente. Já tinha visto pela TV que o estrago tinha sido grande. Mas chegando lá, ver o impacto ao vivo e a cores, é muito maior”.
Proporção dos estragos impressionou sargento dos bombeiros que trabalhou em Brumadinho (MG) — Foto: André Penner/AP
Trabalho exaustivo
O trabalho muitas vezes ultrapassava as 14 horas diárias. Deusdet começava às 5h30, com reunião entre as equipes. Ao longo do dia, decolagens, buscas e pousos. À noite, era hora da limpeza e do preparo das aeronaves e uniformes para o dia seguinte. O sargento diz que o cansaço físico na linha de frente era grande e que se juntava ao desgaste mental ao longo do dia.
Já Kenia conta que, apesar do cansaço físico, era difícil entender a hora de parar. “Quando a segunda equipe iria atender, após meus sete dias, eu fui voluntária pra continuar, porque eu não tinha noção do meu cansaço. Quando eu cheguei a Lavras, o primeiro dia eu ainda estava com a adrenalina. Só depois eu senti o cansaço”, conta.
Força e contato com a comunidade
Lidar com família das vítimas e com quem viveu de perto a tragédia trazia um peso maior ainda ao trabalho dos bombeiros.
“A atividade lá era pesada, desgastante, mas no final não tem como não se envolver. Tinha alguns trabalhadores da Vale com o maquinário, auxiliando a gente. Eles contavam as histórias deles. Você acaba tendo um envolvimento emocional muito grande”, diz Kenia
A cabo dos bombeiros não chegou a ter contato direto com vítimas. “Tinha dias que ficávamos frustrados por não encontrarmos ninguém. Fomos lá com a missão de trazer conforto aos familiares e amigos das vítimas”.
Cabo Kenia, do Corpo de Bombeiros de Lavras (MG) trabalhou em Brumadinho (MG) — Foto: Sargento Alcântara/Corpo de Bombeiros
Em uma troca de papéis, muitas vezes, era a comunidade que dava o conforto aos bombeiros. Kenia, como centenas de militares que trabalharam nas operações de resgate em Brumadinho, recebeu cartas escritas pelas crianças daquela região.
Nos recados, entregues sempre ao final de um dia de trabalho, mensagens simples e desenhos feitos para motivar o trabalho dos bombeiros. “Ficávamos muito comovidos. Cada uma mais linda e tocante que a outra. Ficávamos emotivos e nos dava mais ânimo e garra para o dia seguinte”.
De volta à rotina dos trabalhos no Sul de Minas, a cabo Kenia acredita que ter feito parte da maior operação de resgate da história do país trouxe muitas lições. “Foi um marco na vida de muitas pessoas, não só as que estavam envolvidas diretamente no resgate. Apesar de triste, foi bonito pra ver a solidariedade das pessoas. Bombeiros de outros estados, gente que dava o sangue. Teve uma interação muito boa”, ressalta.
“Na minha chegada lá, no planejamento, duas menininhas lindas vieram, perguntaram se podiam me dar um abraço. Eu guardo esse abraço até hoje”.
Cabo Kenia, do Corpo de Bombeiros de Lavras (MG), recebeu carta em trabalho em Brumadinho (MG) — Foto: Arquivo Pessoal
Minas Gerais – O governador Romeu Zema anunciou no Instagram, nesta quarta-feira (13), que está leiloando a aeronave utilizada pelos governadores de Minas. Fabricado em 1984 nos Estados Unidos, o avião Learjet, modelo 35A, matrícula PT-LGW, contabiliza 4.720 horas de uso e já realizou 6.189 pousos. Ele foi utilizado pelo Executivo até o dia 22 de novembro do ano passado e está com a manutenção pendente, conforme edital.
Até o fim do ano passado, sete aeronaves faziam parte da frota que atendia ao Executivo. Duas delas foram enviadas ao Comando de Aviação do Estado de Minas Gerais (Comave) da Polícia Militar para serem usadas em atendimentos aéreos de todos os tipos no Estado, como atividades médicas, transporte de órgãos vitais, ocorrências policiais, prestação de socorro, entre outros.
Um terceiro avião foi vendido ainda no ano passado. Com este último posto à venda na atual gestão, agora, ficam três aeronaves à disposição do governador, vice-governador e secretários estaduais.
O leilão, feito na modalidade concorrência do tipo maior proposta, tem o lance inicial mínimo de R$ 2.226.700,00. A fase de abertura de envelopes acontece no dia 18 de março, a partir das 14h00, na Cidade Administrativa, mesma data e local do credenciamento prévio licitatório, entre 10h00 e 12h00.
O avião executivo bimotor de médio porte e alta performance conta com motores “turbofan” e tem capacidade para transportar até dez passageiros em viagens interestaduais e internacionais. Ela conta com forno elétrico e banheiro.
Interessados em adquirir a aeronave podem examiná-la pessoalmente, entre os dias 14 e 17 de março, no Comando de Aviação do Estado (Comave), localizado no aeroporto da Pampulha. As visitas devem ser agendadas previamente por meio do telefone (31) 3307-0230 ou e-mail: [email protected].
Para onde vai o dinheiro?
Ainda conforme o governo de Minas, sempre que o Estado arrecada recursos, como neste caso, eles se destinam ao Tesouro Estadual (caixa único), da Secretaria de Estado de Fazenda. “O gasto é de prerrogativa do Governo, que pode estabelecer este gasto conforme o previsto no orçamento (Lei Orçamentária Anual – LOA) aprovado pela Assembleia. O Governo só pode gastar o que já está previsto neste orçamento anual”, informou.
A alienação de bens do governo é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e dependendo do valor do item, como no caso do avião em leilão, acima de R$ 1,6 milhão, a licitação acontece na modalidade de concorrência.
Minas Gerais – Cerca de 250 bombeiros de vários estados do país, incluindo o Maranhão, trabalham nas buscas por vítimas do desastre de Brumadinho. Segundo autoridades locais, após completar uma semana do rompimento da barragem da Vale, a operação de resgate entrou em uma nova fase e não tem data para acabar. Nessa etapa, além da procura manual, alguns modernos equipamentos de “corte” são utilizados para acessar o interior de containers e estruturas de metal encontradas em meio a lama.
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Um dia após a tragédia, o governador do Maranhão, Flávio Dino, autorizou o envio de sete bombeiros do Maranhão especializados em ocorrências de grande vulto e buscas e resgates em estruturas colapsadas (BREC).
Desde o dia 27 de janeiro, o major Patrício, o major Nilson, o sargento Max, o tenente Nunes, o tenente Elenilton, o soldado M. Serra e o soldado W. Neves passaram a compor a força tarefa de apoio aos bombeiros mineiros e em solidariedade aos familiares das vítimas em Brumadinho.
Ao longo dos dias de trabalhos intensos, os bombeiros maranhenses descreveram um cenário de destruição, mas repleto de um sentimento de muita solidariedade entre todos que estão na cidade. “A área devastada pela avalanche de lama é muito grande, mas mesmo com o imenso cansaço, estamos trabalhando com o maior empenho, porque a vontade de dar uma resposta aos familiares é maior”, disse o tenente Nunes, bombeiro do Maranhão na missão Brumadinho.
“Aqui a comoção humana prevalece acima de tudo, a gente percebe que independente rendimento financeiro, independente categoria funcional, todo mundo aqui quer ajudar”, declarou o tenente Nunes.
Bombeiros do Maranhão em atividade. (Foto: Divulgação)
A dificuldade de deslocamento e a cautela no solo instável diminuem a velocidade das buscas, aeronaves e veículos anfíbios estão sendo usados para melhorar a eficiência da procura de corpos. Ao longo da semana, a área do refeitório da Vale, local onde muitas pessoas estavam concentradas, começou a ser escavada.
Mesmo diante de muito trabalho, a humanização dos bombeiros promoveu diversas homenagens às vítimas. A mais marcante delas aconteceu no sétimo dia após o desastre. Diversas aeronaves pairaram no ar e lançaram do alto pétalas de flores, enquanto as pessoas se concentravam diante da bandeira do Brasil. Mesmo de longe, bombeiros interromperam seu trabalho e prestaram continência em tributo às centenas de mortos e desaparecidos.
“Por toda essa semana vimemos um clima muito pesado aqui em Brumadinho, mas temos a consciência de que tudo isso faz parte da nossa missão fim, trabalhamos diuturnamente, mesmo com enorme cansaço estamos empenhados na operação de localização das vítimas, porque sabemos que isso, de alguma forma, irá minimizar a dor dos familiares”, relatou o major Patrício, bombeiro maranhense que integra a missão Brumadinho.
1 de 8
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Bombeiros do Maranhão em atividade. (Foto: Divulgação)
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Bombeiros do Maranhão em Brumadinho. Foto: Divulgação
Corpo de Bombeiros do Maranhão continua na operação de resgate em Brumadinho, MG
Minas Gerais – Em uma guerra, a cavalaria aérea tem entre suas missões a de suprir a necessidade de deslocamento por terrenos hostis e de difícil acesso. Na batalha pelo resgate de vítimas daquela que caminha para se consolidar como a pior tragédia humana da história da mineração no Brasil, da mesma forma têm sido fundamentais as operações com 17 helicópteros para salvar vidas e recuperar corpos desde o último dia 25, quando ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, operada pela mineradora Vale em Brumadinho, na Grande BH.
Sem esses aparelhos, o custo de tempo e esforços para o transporte de socorristas, translado de restos mortais e identificação dos atingidos seria ainda maior, na avaliação de autoridades que atuam no local. Para mostrar as dificuldades e desafios que essas tripulações enfrentam, a equipe de reportagem do Estado de Minas acompanhou toda uma operação de resgate do corpo de uma vítima, embarcada em uma aeronave Pégasus da Polícia Militar de Minas Gerais que atua desde o rompimento da represa de rejeitos.
helicóptero em operação de salvamento em Brumadinho. Foto: PMMG
Para se ter uma ideia das dimensões da operação e da logística que ela envolve, diariamente são realizados cerca de 300 pousos e decolagens das bases na Faculdade Asa, de Brumadinho, e do Centro de Comando da Igrejinha, em Córrego do Feijão, na mesma cidade. Há oportunidades em que seis aeronaves se encontram em rotas para pouso, exigindo do comando aéreo e de pilotos extremo cuidado e perícia para evitar acidentes.
Enquanto bombeiros embarcam nos aparelhos para serem lançados no mar de lama instável em que os helicópteros não podem sequer pousar, sob risco de afundar, outros içam corpos localizados por algumas das diversas equipes de socorristas ou vasculham a lama para identificar possíveis vítimas, humanas ou animais.
A bordo dos helicópteros em missão de resgate, basta que a aeronave se erga para que a mancha vermelha de minério e barro aberta entre matas, fazendas e moradias fique evidente. Circulando em alturas diferentes, tomando trajetos distintos, várias aeronaves de diferentes forças sobrevoam essa ferida aberta no Córrego do Feijão.
Helicóptero da Força Nacional reforça equipes de busca em Brumadinho, MG. Foto: Divulgação.
Ensurdecedor
Dentro da aeronave, a comunicação só é possível por meio de fones de ouvido com microfones acoplados, devido ao ruído intenso dos rotores. As comunicações de rádio das diversas equipes mostram toda a atenção necessária em uma operação desse porte. Enquanto os pilotos informam sobre o seu deslocamento e os operadores alertam sobre outras aeronaves e obstáculos, a central de comunicações e controle determina quais os procedimentos para cada equipe, quem pousa, quem decola. Tudo simultânea e coordenadamente.
Em um pasto próximo à margem do Rio Paraopeba, perto da linha férrea da Vale e de uma estrada rural, uma multidão ao lado de alguns carros observava a operação. Outro helicóptero Pégasus estava no solo, preparando-se para resgatar restos mortais encontrados sete dias após o rompimento da Barragem B1.
As duas aeronaves ganham altura e deslizam pelo ar até o meio do rio, um dos principais afluentes do Rio São Francisco, agora vermelho e assoreado pela lama. Sobre um dos bancos de rejeitos no meio do rio, dois bombeiros afundados até a alinha da cintura marcam o local da localização do corpo.
Equipes do BOA do CBMMG preparando equipamentos e aeronaves. Foto: Roberto Valadares Caiafa
Com dificuldade, os policiais posicionam a aeronave sobre a dupla, tentando deixar a corda e a rede de carga numa posição acessível aos bombeiros. O deslocamento brusco e constante de ar das pás dos rotores arranca até poeira dos barrancos, dificultando a visão dos socorristas em solo e sua missão. Quando os restos mortais são finalmente acomodados na rede e o helicóptero acelera para ganhar altura, os dois socorristas desabam sobre o banco de rejeitos, demonstrando o alívio da tarefa cumprida depois de um esforço extenuante.
Como ocorreu centenas de vezes isso na pequena comunidade de Córrego do Feijão, a aeronave transportando uma vítima içada aparece no horizonte, atraindo a atenção dos moradores, sobretudo daqueles que perderam amigos e familiares na região. O ponto de recolhimento foi batizado de IML, numa alusão à sigla de Instituto Médico-Legal, por ser o local formal onde a Polícia Civil recebe corpos para a identificação e outros procedimentos legais.
A aeronave não chega a tocar o solo. Apenas desarma a rede, depositando o corpo sobre uma parte do pasto. Não pode demorar, porque o deslocamento de ar de outra aeronave se aproximando já é sentido e essa turbulência pode ser perigosa para ambas. Assim que o Pégasus parte, a equipe de legistas, protegidos por um macacão vedado e com máscaras de gás, sai de uma tenda branca para recolher mais uma vítima. Naquele local, mais de 120 atingidos recuperados sem vida foram limpos e submetidos a exames e testes para reconhecimento. Aqueles que ainda não podem ser devolvidos para suas famílias são levados para caminhões frigoríficos.
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Exercícios diários de perícia
Vasculhando as margens de um rio de lama com barro na altura dos joelhos, 12 resgatistas das brigadas da Associação Mineira de defesa do Ambiente (Amda) e do povoado de Casa Branca procuram por sinais de vida na região onde ficava a Pousada Nova Estância.
A construção foi arrasada pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH. Naquele sábado, segundo dia de buscas, um helicóptero surgiu de trás de uma curva e o piloto da aeronave Pégasus, da Polícia Militar de Minas Gerais, ao avistar o trabalho das equipes em solo, manobrou de forma rápida e precisa, deixando o helicóptero de lado.
O tripulante operacional que estava do lado externo, em pé sobre os esquis, gesticulou para que todos abandonassem os trabalhos e fugissem para o alto dos morros. Além de resgatar sobreviventes e corpos, o trabalho das tripulações das aeronaves que trabalham na Operação Brumadinho inclui o apoio direto às equipes de solo.
Helicópteros, a importância do uso das aeronaves em Brumadinho, MG
Antes de embarcar na aeronave, o tripulante operacional precisa fazer sua ancoragem, que consiste em prender um cabo de dentro do aparelho ao cinturão que fica atado às pernas e à cintura do militar. As cordas têm ajustes manuais simples, que permitem que o resgatista fique mais próximo à fuselagem, com a porta aberta, ou até mesmo de pé no esqui de pouso do helicóptero. “Muitas vezes, nas operações de resgate, é preciso orientar o piloto sobre a aproximação de obstáculos como fiações, antenas, torres, árvores, drones que podem estar nas proximidades e outras aeronaves”, disse o sargento Sérgio Natalino.
O militar atua há 13 anos na função e foi responsável por remover da lama e levar para o hospital Alessandra Paulista de Souza, de 42 anos, que depois se reencontrou com a irmã, Talita Cristina de Oliveira Souza, de 15. A filha dela, Laís de Souza, de 14, continua desaparecida. O resgate obrigou o militar a receber a mulher dos braços dos bombeiros enquanto o helicóptero ainda pairava.
Uma das peças mais importantes da aeronave é o rotor de cauda, que consiste em hélices que giram em orientação vertical na cauda do helicóptero, permitindo que a aeronave voe de forma estável. Caso o rotor seja danificado, o helicóptero perde o controle e começa a girar. “Nessa posição, somos os olhos do piloto. Por isso temos de conhecer o limite dos rotores de cauda e do principal, para evitar obstáculos”, conta o militar.
Bombeiros carregam corpo resgatado em Brumadinho. Foto: Divulgação
Não há como conversar dentro da aeronave, devido ao ruído extremamente alto do giro das pás dos rotores. Por isso, as informações e orientações que a tripulação troca precisam ser transmitidas por fones de ouvido com microfones. A outra forma é por gestos. O tripulante responsável por ficar na porta da aeronave sinaliza para indicar direções, esticando os braços, sempre fazendo referências aos ponteiros do relógio. “Quando sinalizo três horas, me refiro a algo que está à direita, seis horas, bem atrás de nós”, explica.
Os militares da tripulação que ficam na porta são também aqueles responsáveis por se comunicar com equipes de socorro em solo e com pessoas em áreas ameaçadas. “Fazemos gestos sobretudo pra alertar sobre perigos, indicando que as pessoas devem se afastar e para qual direção devem ir. Para saber se está tudo bem, uso os gestos com os polegares para o alto. Se é para acabar, sinalizo com uma das mãos sobre a outra.”
As dificuldades dos pilotos também são grandes. “É um processo muito complexo, por envolver diversas aeronaves voando simultaneamente em um mesmo local. Já enfrentamos chuvas fortes aqui, inclusive com granizo. Nesse momento, várias aeronaves faziam o sobrevoo e a nossa visibilidade ficou extremamente reduzida. Tanto o nascer quanto o pôr do sol atrapalham nossa visão. Também encontramos muita fiação nas proximidades da altura em que precisamos voar”, detalhou o major Flávio Barreto, comandante da equipe Pégasus 08.
Minas Gerais – A equipe do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) do Paraná enviada para auxiliar nas buscas pelas vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, já realizou diversas operações no local da tragédia. Nessa terça-feira (05), após mais de duas horas e meia de buscas, a equipe do helicóptero Falcão 04 e um helicóptero da PM de Minas retiraram corpos ou segmentos de corpos do local.
“Nossa aeronave terá 100 horas de voo para atuar em campo”, comentou o comandante do BPMOA, tenente-coronel Roberto Sampaio. Fazem parte da equipe um piloto comandante, o copiloto, um tripulante e um mecânico para cuidar da manutenção da aeronave.
Os trabalhos nesta terça são feitos em 22 pontos diferentes e contam com a ajuda de 10 helicópteros e equipes de militares a pé, de barco, escavadeiras e máquinas anfíbias. As equipes também são reforçadas por militares da Força Nacional que também estão utilizado um helicóptero nas buscas.
Além da aeronave, o Estado do Paraná enviou a Minas Gerais uma equipe do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) que já resgatou mais de 10 corpos da lama. Também foi enviado para o local da tragédia duas equipes de terra: duas viaturas Auto Busca e Salvamento (ABS), tipo pick-up, tração 4×4 com três bombeiros cada uma, todos do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) e especializados em buscas e socorro tático.
1 de 9
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Helicóptero da PMPR inicia operações em Brumadinho, MG. Foto: PMPR
Corpo foi resgatado e transportado por helicóptero da PM de Minas Gerais — Foto: Carlos Amaral/G1
Minas Gerais – Contando com a colaboração de fabricantes de drones, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) estabeleceu uma área de restrição ao voo de drone, chamada de No Fly Zone (NFZ), nas imediações da área afetada pelo desastre da Vale, em Brumadinho-MG.Pilotos remotos realizaram operações não autorizadas no local, desrespeitando os avisos de proibição de voos não coordenados.
“Vários pilotos se deslocaram para a área de Brumadinho logo no início das atividades. O DECEA, por meio de mídias sociais, solicitou que aqueles que lá estivessem se dirigissem ao Centro de Controle, a fim de serem cadastrados e receberem as orientações necessárias para uma ação coordenada e segura. Todos os voluntários que atenderam ao solicitado, receberam as orientações necessárias e um trabalho coordenado foi realizado, o que facilitou bastante algumas operações”, esclareceu o Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas Rainho.
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
Operações não autorizadas, realizadas por pilotos que não observaram as restrições, as quais foram amplamente divulgadas pelos órgãos de Imprensa, colocaram em risco as aeronaves e o pessoal envolvido na operação. Em sua maioria foram operações realizadas por pilotos que pretendiam comercializar as imagens posteriormente, ocorrendo a prisão de dois autores das contravenções previstas nos Artigos 33 (dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado) e 35 (entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a voos baixos, fora da zona em que a lei o permita), ambos da Lei das Contravenções Penais.
No local também foi instalado um equipamento capaz de detectar drones invasores, o qual consegue localizar os dados da aeronave e a localização dos pilotos, que auxiliou nas prisões. Além disso, as ações administrativas internas, previstas na Lei Nº 7.565 – Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), serão tomadas pelo DECEA, assim que for notificado oficialmente pelas autoridades competentes.
O DECEA também reforça que os drones são considerados pela legislação como aeronaves e devem seguir as normas em vigor que são a ICA 100-40 do DECEA e o RBAC-E 94 da ANAC.
“É muito importante que os usuários entendam que as operações não autorizadas colocam em risco as aeronaves tripuladas envolvidas e a operação, inclusive com a possibilidade de termos novas vítimas, caso sejam acessadas áreas de risco. Por isso, a grande importância de todas as ações serem coordenadas e autorizadas”, complementa o Coronel Vargas.
1 de 5
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA
Minas Gerais – Os militares israelenses que estavam em Brumadinho ajudando no trabalho de resgate às vítimas do rompimento da barragem da Vale deixaram o Brasil na quinta-feira (31). Em Belo Horizonte, os integrantes da tropa do Exército de Israel receberam uma homenagem do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais manhã de quinta, no quartel do 12º Batalhão do Exército Brasileiro.
O grupo vindo de Israel contava com 136 pessoas e chegou ao Brasil na noite de domingo (27), trazendo 16 toneladas de equipamentos. No Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, os militares analisaram mapas e fotografias para entender a topografia da área e, no fim da manhã de segunda-feira (28), partiram para o local da tragédia, em Brumadinho.
Na equipe israelense havia médicos, engenheiros, bombeiros especialistas em busca e resgate e integrantes da unidade de missões submarinas da Marinha israelense. Eles trouxeram aparelhos que detectam sinais de celular e que conseguem identificar um corpo humano na lama, por exemplo.
1 de 11
Militares israelenses participam de ação em área afetada por lama da barragem - Israel/Defense Forces
Israelense de família carioca vira símbolo de missão que deixa Brumadinho — Foto: Embassy of Israel/Divulgação
Volta de tropas para Israel na sexta feira foi antecipada. Motivos não foram divulgados. — Foto: Embassy of Israel/Divulgação
Militares israelenses ajudaram nas buscas às vítimas da tragédia em Brumadinho — Foto: Raphael Singer
Membros de equipe de resgate israelense auxiliam nas buscas por vítimas após rompimento de barragem da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Leo Correa/AP)
Militares das Forças de Defesa de Israel devem retornar a seu país hoje, 31, às 15 horas (Israel Defense Forces/Agência Brasil)
Militares israelenses durante buscas por vítimas em Brumadinho, onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu. Foto: Agência Brasil
Tropa de Israel que atuou em Brumadinho se despede de bombeiros e policiais mineiros. foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press
Soldados posaram com a bandeira de Israel, com a do Brasil ao fundo — Foto: David Atar / embaixada de Israel
Israelenses foram homenageados na manhã desta quinta-feira (31) em Brumadinho — Foto: David Atar, embaixada de Israel
Abaixo, a íntegra do comunicado:
“Em coordenação com as autoridades no Brasil e com o comandante da operação de resgate no Brasil, foi decidido que a missão da delegação israelense chegou ao seu fim com sucesso nesta etapa da operação de resgate. Os comandantes brasileiros elogiaram a delegação israelense pela grande e importante contribuição profissional para a operação de resgate. A delegação israelense transferirá a responsabilidade de maneira ordenada para a equipe de resgate brasileira e retornará a Israel.
A embaixada israelense deseja parabenizar as forças de resgate brasileiras e israelenses por seu trabalho e por traduzir de palavras para ações a profunda amizade entre o povo brasileiro e o israelense.”
A Polícia Militar de Minas Gerais deixou um helicóptero esquilo do Instituto Estadual de Florestas (IEF) à disposição do comando das tropas estrangeiras. O Exército também disponibilizava suas aeronaves para o deslocamento dos militares estrangeiros.
O coronel Golan Vach, chefe da delegação, fez um vídeo elogiado o emprego dos helicópteros nas buscas em Brumadinho.
Espírito Santo – O Governo do Estado, por meio do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer) da Secretaria da Casa Militar, enviou, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (31), o helicóptero Harpia 02 e uma tripulação a Brumadinho (MG) para auxiliar nas operações de buscas na região atingida pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração.
A tripulação, composta por bombeiros e policiais militares do Espírito Santo, já está em solo mineiro recebendo as orientações do comando da operação para iniciar os trabalhos. Fazem parte da equipe os pilotos major Wesley (CBMES) e capitão Marcelo (PMES), os tripulantes operacionais subtenente Erick (PMES) e cabo Paulo Gomes (CBMES) e o mecânico de aeronaves subtenente Dal Bem (PMES).
O Harpia será usado principalmente para transporte das equipes de buscas aos locais de difícil acesso, além de sobrevoar toda área atingida a fim de encontrar e transportar vítimas e possíveis sobreviventes do desastre.
De acordo com o porta-voz do NOTAer, major Cristian Amorim Moreira, o trabalho pode ser considerado como bastante delicado pelo clima de comoção geral, principalmente, entre a população local. Por conta disso, o oficial reforça a necessidade de uma coordenação muito eficiente para que os resultados possam, pelo menos, amenizar o sofrimento das pessoas afetadas.
“O Notaer, que é uma unidade integrada de aviação do Espírito Santo, mediante a disponibilização por parte do Governo capixaba, encaminhou uma tripulação bastante experiente e espera cooperar ao máximo com as equipes que estão realizando essa honrosa e desgastante missão em Brumadinho”, disse o oficial.
1 de 8
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
NOTAer envia helicóptero para auxiliar nas buscas em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/NOTAer
Santa Catarina – Na tarde desta terça-feira dia (29), o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) solicitou formalmente apoio ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). No ofício (oriundo do Comando das Operações do local), a necessidade demandada foi o envio de homens e mulheres especializados em intervenções em áreas deslizadas, para apoio nas operações em resposta ao desastre local.
O CBMSC apoiará com 1 caminhão de ajuda humanitária, 3 viaturas tracionadas para locais de difícil acesso, 6 bombeiros militares especialistas em intervenções em áreas deslizadas, 4 binômios (dupla entre cão de resgate e tutor bombeiro militar), com um veterinário especializado em desastres. Além destes recursos, diversos equipamentos específicos para a atividade deslocam junto com a equipe, que forma uma das 14 Forças-Tarefa do CBMSC.
Embora o CBMSC já estivesse em prontidão nesta semana, o deslocamento para fora do Estado apenas foi iniciado após o Governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, assinar uma ordem de missão em comum acordo ao Governo do Estado de Minas Gerais. A equipe chegou na quarta-feira (30) e já iniciou os trabalhos de busca e resgate com o serviço de cães envolvido.
Esta equipe deve ficar diuturnamente atuando na área estipulada por 8 dias consecutivos, quando uma nova equipe do CBMSC deve chegar para fazer a rendição e alterar os homens e mulheres que realizarão os trabalhos. Esta alternância deve persistir até o término das operações em Brumadinho (pode durar meses), com o apoio ininterrupto do CBMSC – coordenado com o CBMMG, Governos de Minas Gerais e de Santa Catarina.
1 de 6
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG
Governador de Santa Catarina assina ordem de missão e bombeiros militares deslocam para Brumadinho, MG