Rússia – O Ministério da Defesa Civil, Emergências e Eliminação de Consequências de Desastres Naturais, conhecido como “Emergency Control Ministry” – EMERCOM da Rússia investiu no emprego de drones para apoiar situações de emergência e mitigar suas conseqüências.
Em 2019, as aeronaves não tripuladas da EMERCOM realizaram mais de 7,7 mil voos, para 2.100 horas de voo em quase 12 mil quilômetros quadrados. Foram avaliados mais de 90 incêndios com uma área superior a 2 mil quilômetros quadrados.
Durante as operações de busca usando aeronaves não tripuladas, 37 pessoas perdidas foram encontradas em florestas e áreas de difícil acesso, incluindo 16 pessoas no Delta do Rio Volga. O uso de drone pelo Ministério de Emergências da Rússia começou em 2009 com uma base na Unidade Centrospas em Zhukovsky, próximo de Moscou.
Nesse período, os sistemas aéreos não tripulados (UAS) foram usados para apoiar a aviação na prevenção de emergências e mitigar suas conseqüências associadas a grandes incêndios, inundações, acidentes industriais, resgates e outros trabalhos.
No momento, a estrutura para a operação dessas aeronaves não tripuladas é formada por 80 Bases com 170 unidades operacionais incluídas nelas. O número de funcionários é superior a 800 pessoas. Atualmente, a frota departamental possui cerca de 400 drones, entre equipamentos de asa fixa e rotativa.
O Ministério tem como objetivo a atualização da frota para 2025, incluindo equipamentos multifuncionais, além de veículos off-road para dar mais mobilidade e autonomia às operações. Com a capacidade de ser usado em várias condições climáticas, permite executar tarefas de reconhecimento, transporte e fotografia aérea.
Essa abordagem tornará possível fornecer cobertura confiável, em larga escala, para os territórios da Federação Russa, rodovias, instalações de infraestrutura potencialmente perigosas e importantes, suporte aéreo eficaz a fim de evitar situações de emergência e poder mitigá-las.
Para o uso efetivo dos drones no Ministério, foi formado um sistema de gerenciamento e manutenção dos equipamentos, além de treinamento de especialistas em drones, incluindo reciclagem profissional na Academia de Proteção Civil do EMERCOM da Rússia.
São Paulo – O drone é uma ferramenta tecnológica moderna que por suas características operacionais oferece a possibilidade de voar em ambientes hostis (produtos químicos, radioativos, elevada caloria, etc.) ou confinados, sem expor a risco a vida humana.
Além disso, possui baixo custo de aquisição e de manutenção, quando comparados às aeronaves tripuladas; furtividade, que é a capacidade de manter-se sem ser visto ou ouvido, aspecto muito importante para missões de inteligência.
Também exerce bem o papel de plataforma de observação elevada que lhe oferece posição privilegiada para produção de imagens e vídeos; bem como a possibilidade de incorporar diversos tipos de sensores ou equipamentos, dentre os quais os mais disseminados são as câmeras normais e as com capacidade de detecção térmica ou radiação infravermelha.
Ingressando nessa era dos drones, o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Segurança Pública, lançou o projeto DronePol SPfocado em preparar e equipar a Polícia Militar, Civil e Técnico-Científica para a utilização e aplicação dessa nova ferramenta tecnológica nas atividades de Segurança Pública e de Defesa Civil.
Os sistemas possuem a capacidade de transmissão de imagens em tempo real para os Centros de Comando e Controle e com abrangência para todo o território do Estado, e mais especificamente para a Polícia Militar.
Além disso, estabeleceu-se como meta a formatação de no mínimo 70 Núcleos de Operação de drones, com amplitude para todas as modalidades e especialidades de policiamento, bem como a aquisição de 100 drones básicos e 5 drones avançados.
Drones básicos
Os drones básicos recebidos são multirrotores elétricos, com autonomia de 25 minutos de voo, com peso aproximado de 900 gramas e câmera integrada, com capacidade de filmagem em 4K e fotográfica de 12 megapixels, com possibilidade de até 2 vezes de zoom ótico e digital respectivamente.
Com seus acessórios, foram licitados no valor de R$ 30.100,00 individualmente, compondo um investimento total de R$ 3.010.000,00 para suprir os 100 drones que serão distribuídos a todos os Núcleos de Operação formatados no Estado.
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Drones avançados
Os drones avançados, com previsão de entrega para fevereiro de 2020, são multirrotores elétricos, com autonomia de 30 minutos de voo, com peso aproximado de 6 kg, com possibilidade de acoplar até duas câmeras, uma com capacidade de filmagem full HD e fotográfica de 2,13 megapixels, com possibilidade de zoom ótico de até 30 vezes e mais 6 vezes de zoom digital, possibilitando ampliação da imagem em até 180 vezes, e a outra térmica, que além de captar diferenças de temperatura, também pode ser usada para filmagens em 4K, potencializando seu emprego tanto diurno como noturno.
Foram licitados no valor de R$ 240.000,00 individualmente, compondo um investimento total de R$ 1.200.000,00 para compor os 5 (cinco) inicialmente pretendidos.
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Estudos
Os requisitos dos drones foram estabelecidos mediante estudos e pesquisas com órgãos e forças de segurança nacionais e internacionais, bem como por meio de audiências públicas com vários fabricantes e representantes. Quantitativamente é a maior licitação realizada na América Latina e uma das maiores do mundo efetivada por Órgão de Segurança Pública até o momento.
Os drones básicos já foram entregues pela empresa BEMBRAS e recebidos pelo Comando de Aviação da PM, após uma série de testes e ensaios relativos aos componentes, comandos de voo, autonomia, efetividade dos sensores de obstáculos e compatibilidade com o sistema de transmissão de imagem em tempo real da PMESP (Sistema Olho de Águia). O lote com 5 drones avançados será entregue pela BEMBRAS à Polícia Militar até fevereiro de 2020.
Capacitação
O Comando de Aviação da PMESP capacitou 340 Operadores de Drone por meio de curso próprio com 185 horas aula, para compor os 76 Núcleos de Operação atuais que receberão os drones básicos adquiridos. Esses Núcleos de Operação estão vinculados aos Comandos de Policiamento de Área da Capital, Região Metropolitana e do Interior e a todos os Batalhões especializados do Policiamento Ambiental, Trânsito, Rodoviário, Choque, Corpo de Bombeiros e Unidades de Inteligência, com abrangência em todo o Estado de São Paulo.
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Hora da verdade
Diante dessa estruturação e esforços desenvolvidos, para o Cel PM Paulo Luiz Scachetti Junior, Comandante do CAVPM, chegou o momento denominado de a “Hora da Verdade”, “colocaremos à prova toda a preparação desenvolvida e iniciamos o uso efetivo do equipamento buscando os resultados a que se propõe, por meio de uma operação responsável e segura, trazendo eficiência, agilidade e economicidade às atividades de Segurança Pública e de Defesa Civil, oferecendo mais segurança à população de São Paulo.”
Vingilância antidrone
Além dos drones, o Governo recebeu sistema de combate a drones para barrar tentativas de acesso ao espaço aéreo dos presídios de São Paulo. É a primeira vez que a solução é instalada num presídio na América Latina. No mundo todo, cerca de 40 unidades prisionais têm o sistema em funcionamento.
O sistema antidrone foi doado para a Secretaria da Administração Penitenciária. A inovação conta com um sistema de detecção da Techshield/Dedrone, que combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico. Após a localização e confirmação do drone invasor, entra em ação o sistema do antidrone da Hikvision, que embaralha a comunicação entre o equipamento clandestino e seu operador.
O operador do sistema antidrone pode escolher entre forçar a aterrissagem do drone invasor, retorno do aparelho suspeito à base de origem ou até sua destruição, mantendo-o suspenso em voo até o esgotamento completo da bateria, o que leva à queda do equipamento. Após treinamento, o sistema será operado pelos agentes da Administração Penitenciária.
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BEMBRAS Defesa e Segurança
A BEMBRAS tornou-se a principal distribuidora da linha de drones Enterprise da DJI no Brasil (saiba mais). Além dos drones, a empresa distribui e integra no Brasil diversas tecnologias, incluindo Carbyne, Cortica, Septier, Sayvu e Sensority, Duke Robotics, Elistair, e o DRONEDEPLOY.
Em 2020 será lançada a plataforma SOSaaS integrada com a Carbyne, uma nova geração de atendimento para serviços de emergência que beneficiarão os Centros de Operações e de Comando e Controle das Polícias Militares, Corpos de Bombeiros, SAMU e Guarda Civil, e darão mais segurança aos cidadãos.
Para o CEO da BEMBRAS, o Engenheiro Kleber Coelho, “a combinação do uso de drones e a plataforma SOSaaS Carbyne aumentará a assertividade e a eficiência no atendimento à sociedade, salva e protegendo vidas, além de promover a redução dos custos operacionais.”
Minas Gerais – Na quinta-feira (12), o projeto de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) do Comando de Aviação da PM de Minas Gerais (COMAVE) recebeu dois drones e equipamentos, oriundos da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Contagem-MG e do Conselho da Comunidade.
Foram destinados ao COMAVE um DJI Mavic 2 Enterprise Dual, que possui câmera termal para uso em buscas e salvamento e um DJI Mavic 2 Enterprise para ações de policiamento urbano, como policiamento ostensivo e levantamentos de inteligência.
Acompanham os drones, os novos controles DJI Smart Controller e óculos de visão em primeira pessoa para análise das imagens com mais qualidade. Este projeto foi idealizado logo após a tragédia de Brumadinho-MG. Além dos drones do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar também empregou esses meios para auxiliar as buscas. Na operação, a PM verificou a necessidade de possuir, além daqueles em operação, drones e equipamentos mais eficientes.
Estados Unidos – No final de 2017, na cidade de Peru, no estado americano de Illinois, um suspeito armado havia se entrincheirado em uma casa no subúrbio após atirar em policiais. A aparente instabilidade emocional do suspeito, o fato de que se tratava de um ex-militar experiente na área de explosivos e a ameaça feita por ele de posicionar dispositivos explosivos improvisados ao redor da casa tornaram a situação ainda pior. Mais de 150 agentes de órgãos de segurança pública cercaram o local. Felizmente para as equipes táticas e o pessoal de resposta a situações de emergência, o suspeito estava disposto a negociar.
Solicitando ajuda do Corpo de Bombeiros
Conforme o dia passava, o comandante do incidente sabia que, com o cair da noite, a situação se intensificaria. Ele perguntou às equipes sobre as opções disponíveis. O Comandante Ed Rogers, do Corpo de bombeiros de Utica, lembrou imediatamente do Corpo de Bombeiros de Lynwood e do programa de operações com sistemas aéreos não tripulados que executavam. Imagens térmicas, juntamente com uma visão aérea nítida da casa, ofereceriam percepção situacional crucial caso o suspeito tentasse fugir.
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Após receber a ligação, Keenan Newton, tenente e coordenador de UAS do Corpo de Bombeiros de Lynwood, chegou no local antes de anoitecer. Enquanto ele e sua equipe começaram a descarregar seu equipamento, o suspeito informou ao negociador que o celular dele tinha pouca bateria. Os negociadores sabiam que precisavam manter o contato com o suspeito para ajudar a garantir um desfecho tranquilo. A situação estava tensa. Todos previam que a situação pioraria ainda mais, a menos que o suspeito recebesse um outro celular. Era preciso fazer alguma coisa.
A primeira tentativa de entregar um celular usando um robô policial falhou. Ocorreu uma falha técnica. O Comandante responsável pelo incidente olhou para o Comandante Rogers e perguntou se o celular poderia ser entregue usando um drone. “Claro que sim, somos bombeiros”, respondeu o Comandante Rogers.
Keenan começou a trabalhar imediatamente. Utilizando um sistema de liberação de carga, um mecanismo com controle remoto usado para entregas, instalado em um drone DJI M600 Pro, ele tentaria jogar o celular pela janela do banheiro onde o suspeito estava.
Dois drones Inspire 1 foram posicionados perto do local para ajudar a visualizar, orientar e registrar a entrega. O celular foi amarrado a uma corda, e em poucos minutos, o drone estava planando sobre a casa. Fazendo uma aproximação cuidadosa, Keenan posicionou com êxito o celular em frente a uma janela e o balançou em direção à janela do banheiro até que o suspeito o pegasse.
“Fiz a entrega usando o drone e cinco horas depois o suspeito se entregou pacificamente”, afirmou Keenan. “Eu diria que foi uma operação que salvou vidas. Muitos incidentes como este agravaram-se ao ponto de colocar tanto suspeitos quanto policiais sob risco de morte. Manter vidas em segurança e fora de perigo é uma das principais propostas de valor da presença de drones em nosso batalhão”, comentou Keenan.
Um começo humilde no Corpo de Bombeiros de Lynwood
Por maior que tenha sido o êxito de Keenan e do Corpo de Bombeiros de Lynwood naquela noite, o Comandante do Corpo de Bombeiros, John Cobb, já foi cético quanto à presença de um programa de UAS. “Na época, eu via os drones mais como um brinquedo do que como uma peça funcional do serviço de combate a incêndios”, afirmou o Comandante Cobb.
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Entretanto, um incidente de busca e resgate ocorrido em dezembro de 2016 mudou a opinião dele. Duas pessoas em um veículo saíram da pista e caíram em um tanque de retenção. Uma testemunha que estava perto do local tinha estacionado seu carro e seguia para um banco na região.
Antes de chegar na entrada do local, ele voltou após ter escutado um dos passageiros lutando para sair da água, gritando por ajuda para ele e seu amigo. A testemunha correu até seu carro para ligar para o serviço de emergência, mas quando voltou, o homem havia sumido.
O Corpo de Bombeiros de Lynwood respondeu imediatamente e solicitou equipes de mergulho e recursos adicionais de salvamento aquático de comunidades vizinhas. A cidade de Chicago enviou um helicóptero para auxiliar nas buscas. Entretanto, eles não tiveram sorte e a aeronave retornou por falta de combustível. O Comandante do Corpo de Bombeiros então ligou para Keenan.
Keenan chegou com seu drone e o ativou em questão de minutos, continuando a partir do ponto no qual o helicóptero havia deixado a cena. Conforme a tarde passava, a equipe de mergulho finalmente localizou o carro, mas ainda precisava localizar a segunda vítima. A temperatura continuava caindo rapidamente, congelando novamente o gelo que havia sido quebrado com o impacto.
A operação de resgate foi interrompida quando a noite chegou. Na manhã seguinte, Keenan utilizou seu Phantom 3 Pro para criar um mapa do incidente. Este mapa ajudaria a determinar a melhor localização possível para iniciar as buscas pela segunda vítima. Quando foi possível retomar a operação com segurança, a segunda vítima foi localizada em 30 minutos.
Devido a temperaturas extremamente frias e aos riscos associados ao mergulho sob o gelo, esta operação poderia ter levado muitos dias, não fosse o auxílio do drone. E o mais importante é que ela fez o Comandante Cobb mudar sua opinião sobre drones, autorizando Keenan a iniciar um programa de UAS para o batalhão.
Desafios com o financiamento para o Corpo de Bombeiros
Financiar o programa com um orçamento limitado foi o primeiro desafio do Corpo de Bombeiros de Lynwood, e é algo que muitos batalhões de pequeno e médio porte enfrentam.
Uma das soluções para isso foi recorrer a doações e contribuições. Um morador da comunidade local deu o primeiro drone ao Corpo de bombeiros de Lynwood, e ainda hoje as doações continuam representando uma das principais fontes de financiamento para o programa.
Com o passar do tempo, estes presentes generosos começaram a provar seu valor. Os incidentes da entrega do celular e o resgate subaquático foram decisivos e não apenas demonstraram o valor da presença de drones em campo, como também serviram como uma experiência essencial usada durante futuras atividades.
O programa de drones continuou crescendo após várias missões bem-sucedidas, permitindo que o Corpo de bombeiros de Lynwood pudesse captar mais financiamento. Atualmente, o batalhão tem três drones que são usados habitualmente, inclusive um DJI M600 Pro, um drone poderoso e reforçado, construído para uso empresarial.
“Começar um programa de UAS para uma entidade pode ter seus desafios. Com uma aeronave DJI, voar é a parte fácil. Lidar com céticos, demonstrar o valor e garantir o financiamento serão alguns dos maiores entraves que você enfrentará”, comentou Keenan Newton. “Entretanto, caso acredite verdadeiramente em algo, não desista. Encontre maneiras criativas de apoiar sua causa e buscar continuamente por oportunidades para demonstrar valor”.
O valor do uso de drones na área de segurança pública
O sucesso do programa de UAS do Corpo de Bombeiros de Lynwood simboliza uma tendência em andamento no setor de segurança pública. Muitos batalhões de pequeno e médio porte estão começando a perceber que não é completamente impossível lançar um programa de drones, mesmo com financiamento limitado ou o ceticismo inicial. Conforme comprovado no caso acima, ao longo do tempo, o uso de drones comprovou seu valor em campo.
Estados Unidos – O primeiro órgão transportando por drone foi transplantado para um paciente com insuficiência renal no Centro Médico da Universidade de Maryland. É resultado de mais de três anos de trabalho para mostrar que aeronaves não tripuladas podem transportar com segurança órgãos e tecidos que salvam vidas.
O esforço começou quando o cirurgião de transplante Dr. Joseph Scalea, frustrado pelo ritmo complexo dos voos comerciais e pelo alto custo dos transportes, começou a explorar meios mais rápidos de fornecer rins, fígados e outros órgãos que podem se deteriorar rapidamente.
“Esta nova tecnologia tem o potencial de ajudar a ampliar o pool de órgãos de doadores e o acesso ao transplante”, disse Scalea durante uma coletiva de imprensa anunciando o sucesso do transporte. “Entregar um órgão de um doador para um paciente é um dever sagrado com muitas partes envolvidas. É fundamental que encontremos maneiras de fazer isso melhor”.
Scalea começou a trabalhar com drones e em outros lugares também exploraram esse modelo de transporte para fornecer todo tipo de suprimentos médicos. Este é o primeiro esforço para transportar órgãos.
O transporte há tempos impõe desafios para o sistema de doação de órgãos que já não consegue atender a demanda. Nos EUA, há 113.702 pessoas na lista nacional de espera por órgãos, e 18 pessoas por dia morrem à espera de um transplante, segundo a United Network for Organ Sharing, a organização sem fins lucrativos do sistema de transplante de órgãos.
Alguns órgãos foram desperdiçados devido a atrasos e contratempos no transporte, como em dezembro do ano passado, quando um coração humano foi deixado em um avião da Southwest Airlines. Válvulas do coração ainda eram utilizáveis.
A paciente de Maryland era uma mulher de 44 anos de idade, de Baltimore, que passou oito anos em diálise antes de seu transplante. “Essa coisa toda é incrível”, disse a mulher recém-dispensada, que preferiu não ser identificada. “Anos atrás, isso não era algo que você pensaria.”
O órgão voou 2,6 milhas em 10 minutos em Baltimore pelo St. Agnes Hospital até o hospital de Maryland no início da manhã de 19 de abril para o transplante, de acordo com a AiRXOS, uma unidade da GE Aviation que participou da demonstração. Essa viagem leva 15-20 minutos de carro, dependendo do tráfego.
Funcionários da Universidade de Maryland ainda enfrentam problemas logísticos no desenvolvimento de um amplo sistema de distribuição de órgãos. Primeiro, a Federal Aviation Administration (FAA) deve aprovar tais usos, embora as autoridades tenham indicado que estão interessadas e já aprovaram programas-piloto envolvendo drones em vários estados.
Esta é uma mudança para a FAA, que tem se preocupado principalmente com os amadores que ainda dominam o uso de drones nos Estados Unidos em quase um milhão de usuários registrados. Existem, no entanto, 290.000 drones registrados para uso comercial, como mapeamento de incêndios florestais, monitoramento agrícola e meteorológico, gerenciamento de desastres, aplicação da lei, inspeção de serviços públicos, telecomunicações e fotografia imobiliária.
Outros países com lacunas na infraestrutura de transporte exploraram o uso de drones para fornecer suprimentos médicos, incluindo sangue.
Para tornar a entrega de órgão possível, seriam necessárias autorizações para voar à noite, em áreas populosas e fora da visão do piloto, a mais de 100 mph ou acima de 400 pés. A agência anunciou planos para mais mudanças permanentes.
Outro obstáculo é que os drones capazes de voar pelo país ainda não estão comercialmente disponíveis. Os engenheiros de Maryland disseram que precisariam que os drones possuíssem motores a combustão, ao invés de motores elétricos a bateria, e precisariam da capacidade de evitar a colisão com obstáculos.
É aí que entra o AiRXOS da GE. A empresa está desenvolvendo uma plataforma de mobilidade aérea para drones para resolver esses problemas.
Scalea, professor assistente de cirurgia na Escola de Medicina de Maryland, juntamente com especialistas em engenharia aeronáutica, já havia projetado um refrigerador de papelão com sensores para monitorar os órgãos pelo celular. Eles também criaram seu próprio drone.
“Tivemos que criar um novo sistema que ainda estava dentro da estrutura regulatória da FAA, mas também capaz de suportar o peso adicional do órgão, câmeras e sistemas de rastreamento, comunicações e segurança de órgãos em uma área urbana densamente povoada – para uma distância maior”, disse Matthew Scassero, diretor do Programa de teste de UAS da universidade do condado de St. Mary’s, que faz parte da Clark School of Engineering em College Park. “Há uma tremenda pressão sabendo que há uma pessoa esperando por esse órgão.”
Mas há apoio para o fornecimento de drones, inclusive na rede nacional de órgãos, que enfrentou críticas e um desafio no tribunal para tornar o desembolso de órgãos mais geograficamente equitativo.
Há também resíduos – cerca de 14% dos órgãos doados são descartados, em parte devido à redução da qualidade. Alguns órgãos, como os rins, podem durar no gelo para um voo comercial em todo o país. Mas outros, como corações, pulmões e fígados, duram menos tempo. Uma mão ou rosto não pode esperar mais do que algumas horas.
Alguns órgãos, cerca de 1,5%, nunca chegam ao seu destino. Quase 4% tiveram um atraso imprevisto de duas ou mais horas.
Estados Unidos – Em janeiro a FLIR Systems adquiriu por U$ 200 milhões a Aeryon Labs Inc., uma desenvolvedora de sistemas aéreos não tripulados de alto desempenho (drones) para as forças armadas e segurança pública, além de mercados de infra-estrutura crítica.
Os drones da Aeryon integram vários sensores, incluindo a tecnologia térmica FLIR para fornecer aos usuários capacidade imediata de inteligência, vigilância e reconhecimento de alta resolução.
Com sede em Waterloo, no Canadá, e com escritórios em Denver e Salt Lake City, a Aeryon Labs foi fundada em 2007 e desenvolve drones que incluem hardware, software embarcado, estações de controle de solo, sensores, software para operações de voo, bem como serviços de suporte para seus clientes.
“A aquisição da Aeryon Labs reforça nossa estratégia de longo prazo para ir além do fornecimento de sensores para o desenvolvimento de soluções completas que salvam vidas”, disse Jim Cannon, presidente e diretor executivo da FLIR Systems.
“Esta aquisição, juntamente com a aquisição da Prox Dynamics em 2016, aumenta muito as nossas capacidades de soluções de sistemas aéreos não tripulados, expandindo-se para além dos nano drones Black Hornet. Pretendemos continuar a investir e ampliar nossas capacidades à medida que consideramos soluções autônomas e não tripuladas uma oportunidade significativa para o crescimento orgânico nos próximos anos”.
Os drones SkyRanger R60 e R70 da Aeryon são conhecidos por operar em ambientes exigentes, incluindo altas altitudes, rajadas de vento, chuva e neve. Para saber mais sobre os equipamentos acesse e veja suas especificações:
Sergipe – Apesar de ser uma tecnologia que começou a ser desenvolvida na década de 1960, foi nos últimos anos que os drones se popularizaram. Ideias para o uso deles não param de surgir e vão desde policiamento até reportagens jornalísticas.
Tecnicamente chamados de Aeronaves Pilotadas Remotamente (RPA, na sigla em inglês), os drones necessitam de autorizações para alçar voo no Brasil. Até dezembro de 2018, 541 estavam registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em Sergipe.
A Polícia Militar de Sergipe conta atualmente com quatro drones e os utiliza em ações de inteligência e policiamento.
“Nós utilizamos pela primeira vez no clássico entre Sergipe e Confiança com a autorização do comando. A PM já vem usando em algumas operações de inteligência e acompanhamento também com a autorização da ANAC para fins de serviço. Essa é uma ferramenta muito importante porque amplia a visão do policial no terreno. Têm sido muito útil e mais barato que utilizar uma aeronave. Atualmente contamos com quatro drones, mas vamos buscar ampliar”, contou o comandante do policiamento de Aracaju, coronel Jose Moura Neto.
Policiais de Sergipe também fizeram curso de operador de RPAS (CORPAS) em parceria com a Polícia Militar da Bahia para aprender e aprimorar a utilização de drones.
Santa Catarina – Foi concluída a 3ª edição do curso para piloto de RPA (Remotely Piloted Aircraft) popularmente conhecida como “drones”. As instruções foram realizadas entre 17 à 21/12 no Centro de Ensino Bombeiro Militar – CEBM. Após 40 horas aula, 15 alunos alcançaram média acima de 8 e receberam brevê para o exercício da atividade.
O curso reuniu Bombeiros Militares do CBMSC, do extremo Oeste ao Litoral, além de dois alunos externos: 1º Tenente Silvia Amélia de Souza Paula, do Batalhão de Operações Aéreas de Minas Gerais e Soldado PM Estevão Chudzik Ruza, do 10º Batalhão PM de Blumenau. Como destaque, a Soldado BM Tainara Monteiro de Freiras foi certificada como a primeira piloto feminina formada no CBMSC.
Dois palestrantes foram convidados para enriquecimento das aulas. Diego Hemkmeier, Engenheiro Ambiental da IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) discursou sobre fotogrametria, medição das distâncias e dimensões reais dos objetos por meio de fotografia, cartografia e levantamento da topografia local com uso de RPAs. A empresa Bembras palestrou com um de seus representantes com a demonstração das RPAs mais modernas na atualidade, modelos Mavic 2 interprise e Matrice 210, que tem como diferencial opções de zoom e câmera térmica.
Durante o curso, o Cabo BM Manoel Ferro Ferreira demonstrou aos alunos as possibilidades de adaptação às RPAs existentes. Em parceria com uma universidade de Criciúma, o Cabo desenvolveu um protótipo para futuro emprego na área de salvamento aquático. O projeto utiliza um drone para transporte de cargas de até 1,3kg, podendo carregar um flutuador (para auxílio à vitimas de afogamento) e até mesmo remédios e suprimentos. Como diferencial no mercado de drones, o protótipo pode desprender o flutuador com o uso de imãs e garantir a entrega em mãos para a vítima, além do baixo custo de aquisição. O projeto utiliza como modelo a Rpa Phantom 4.
Para o próximo ano, o CBMSC planeja instruir as aulas teóricas de RPA à distância, a fim de disponibilizar maior tempo livre para as aulas práticas que por vezes são prejudicadas por condições climáticas. A instituição tem como meta alcançar o índice de 80 pilotos de RPA formados no Estado, incluindo todos os batalhões. O projeto prevê que após a certificação dos pilotos, sejam necessárias apenas recertificações, devido às mudanças tecnológicas.
Atualmente, o CBMSC atua com 19 RPAs no Estado. Além de instruir e certificar os novos alunos, o curso foi importante como comparativo dos equipamentos utilizados pela Corporação com as aeronaves mais modernas do mercado, mostrando aos militares as limitações do drones usados e a necessidade de investimentos para continuidade das atividades no CBMSC.
São Paulo – Drones serão utilizados pela Guarda Municipal e Defesa Civil de São José dos Campos para o fiscalização e monitoramento da cidade. A licitação para compra de três aparelhos foi aberto na terça-feira (18). O valor unitário máximo definido pelo edital é de R$ 11.545,00 e total é de R$ 34.635,00.
De acordo com a prefeitura, o objetivo da utilização dos drones é monitorar grandes aglomerações de pessoas em eventos pela Guarda Civil e áreas de risco pela Defesa Civil.
Inicialmente as imagens serão enviadas somente para o aparelho do operador, mas depois serão integradas ao sistema do COI (Centro de Operações Integradas), responsável pelo monitoramento das imagens das câmeras espalhadas por áreas públicas pela cidade.
Ainda de acordo com a prefeitura, após o processo de licitação, os operadores receberão um treinamento próprio para pilotar o drone. A previsão da administração é de que no primeiro semestre de 2019 o drone já esteja em funcionamento.
Santa Catarina – Blumenau registrou uma série de incêndios de vegetação entre o domingo (09) e o fim da tarde desta segunda-feira (10). O Corpo de Bombeiros atuou com 15 bombeiros, drones, helicóptero e seis viaturas no local. Equipes de Gaspar e Timbó reforçavam o efetivo.
O drone foi utilizado como plataforma aérea de observação auxiliando as equipes em terra na identificação dos focos de incêndio, melhores acessos para viaturas, bem como proximidade com edificações, além de identificar possíveis mananciais para captação de água com helibalde e posterior combate às chamas pelo helicóptero Arcanjo 03 do Corpo de Bombeiros.
O incêndio foi contido por volta das 20h30, mas ainda restaram diversos pequenos focos que tinham potencial para reiniciar o incêndio. Por isso, a última equipe foi montada para fazer essa varredura em que foram eliminados mais de 10 focos. O último foco foi combatido às 00h15, mas a equipe continuou na busca por novos focos pela mata até encerrar a atividade.
O drone Hórus 11 do Corpo de Bombeiros realizou na terça-feira (11) sobrevoo na área atingida pelo incêndio e foi feito levantamento da área queimada: cerca de 25.092 m2. O total da área verde do Parque São Francisco de Assis e redondezas que poderia ser atingido no incêndio chega a aproximadamente 970.000 m2. A atuação do CBMSC possibilitou a preservação de cerca de 97,5% da vegetação local.
Paraíba – O núcleo de operações especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba, dispõe de uma aeronave Phantom 3 que poderá auxiliar com imagens e vídeos o levantamento de áreas de difícil acesso, auxiliando no cumprimento de mandados de prisão através do monitoramento do local em tempo real visto do alto, entre diversas demandas voltadas à segurança pública.
No curso, os PRFs tiveram aulas de: história dos Drones, possibilidades de aplicação dos Drones, legislação geral sobre as RPAs, fundamentos de pilotagem, aplicativo DJI, avaliação do risco operacional, segurança de voo, descrição de cenários, solução de problemas complexos, comunicação padronizada, operando com observador de RPA, operando com o piloto remoto em comando, voo/check-list/pista de pilotagem/pista avançada, abordagem de fiscalização.
A Polícia Rodoviária Federal da Paraíba, busca através da utilização do Drone, garantir segurança com cidadania nas rodovias federais e nas áreas de interesse da união.
Polícias militar e federal estão entre as forças de segurança que utilizam o equipamento nas operações
Paraná – As forças de segurança e de fiscalização do País estão adotando drones para observação, monitoramento, mapeamento e fiscalização em suas operações. Um exemplo é BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas), com sede em Curitiba.
Segundo o 3º sargento Ricardo Franco Lemos, essa tecnologia é usada em missões de reconhecimento e por meio dela é possível realizar um planejamento melhor estruturado. “Ela permite que a gente faça a captura de imagem com muita discrição.
Por meio desse levantamento de imagens é possível planejar a operação antes e também durante a ocorrência, pois é possível observar a movimentação em tempo real. Isso garante a segurança da equipe que está na frente e não sabe o que tem depois de alguma barreira”, explicou.
Segundo o sargento, quatro policiais do batalhão participaram de um treinamento em abril deste ano no GRAER da Bahia (Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia). “Na primeira fase eles realizaram testes teóricos à distancia durante quatro semanas. Os policiais que passaram foram fazer aulas práticas na Bahia, com treinamento de pilotagem e instruções sobre a legislação”, apontou. Ele explicou que isso permitirá que o BPMOA seja o disseminador desse treinamento no Paraná.
No caso da Polícia Federal, a ferramenta tem sido muito utilizada pela delegacia de Foz do Iguaçu e de Guaíra (Oeste), na fronteira com outros países. O Paraná possui uma área de fronteira de 239 km com o Paraguai e de 208 km com a Argentina. Isso faz com que a ação da PF necessite de equipamentos que possibilitem a observação dessa extensão de território com segurança e, ao mesmo tempo, com velocidade e economia.
Segundo o agente da PF Jadiel Oliveira, o uso de drones é estratégico. “A importância dessa ferramenta é que ela tem nos auxiliado na localização, observação e vigilância de alvos cometendo atividades ilícitas. Iniciamos o uso dos drones em nossas operações há cinco ou seis anos e a experiência é positiva, porque evita desgaste do policial de observar determinado local. Além disso, o uso dele torna a operação mais segura para a sociedade que está em volta”, apontou.
Oliveira explica que a pequena aeronave controlada remotamente tem sido utilizada em algumas operações feitas no lago Itaipu e em rodovias da região. “O combate ao tráfico de drogas é o carro-chefe de nossas operações por aqui, mas temos outros tipos de delitos como o tráfico de armas, veículos roubados, vigilância específica de pessoas procuradas e também vigilâncias de imóveis”, citou.
AMBIENTAL
O 4º Pelotão de Polícia Ambiental Força Verde de Jacarezinho (Norte Pioneiro) também conta com um drone, doado pela Cooperativa Integrada – unidade de Andirá.
O equipamento auxilia nos trabalhos da equipe, cuja área de responsabilidade é de aproximadamente 8 mil km² em 28 municípios. “Para cada levantamento de localização de aterro e lixões irregulares ou intervenção em área de preservação permanente utilizamos o equipamento”, ressaltou o comandante do pelotão, subtenente Claudio Henrique Cavazzani.
Ele explicou que o equipamento já auxiliou, por exemplo, a fiscalizar uma grande área de desmatamento na zona rural em São José da Boa Vista.
“O ser humano continua sendo uma parte importante no processo, mas o uso de drones contribui bastante para a segurança policial, consegue encurtar o tempo de ação, e gera economia de material e de recursos humanos”, apontou o subtenente. “O georreferenciamento, por exemplo, pode ser feito de maneira bem mais rápida com o drone.”
O drone utilizado pelo pelotão pode atingir 500 metros de altura e seu rádio possui alcance de até cinco mil metros. “A câmera pode registrar fotos de 20 megapixels e os vídeos podem ser registrados 4k. É um equipamento bem avançado”, observou.
Paraná – A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil realizou entre os dias 24 e 25 de julho o 2º Curso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA), conhecidas como Drones. A Defesa Civil do Paraná já vem utilizando as aeronaves para mapear áreas de risco do Estado e agora elas serão utilizadas também em operações policiais.
19 equipamentos doados pela Receita Federal já foram distribuídos para todas as regionais da coordenadoria no Paraná, sendo que cada uma delas possuí 2 pilotos certificados que ficaram responsáveis por disseminar o conhecimento para o restante dos militares lotados em sua unidade.
O treinamento ocorreu em duas etapas, teórico e prático com um total de 29 participantes, entre profissionais da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do DETO – (Departamento de Gestão do Transporte Oficial).
No curso é apresentada a legislação para operar RPA no território aéreo brasileiro. Também abrange rotinas para cadastro dos equipamentos nos órgãos responsáveis pela fiscalização área e como operar o drone e incluir as informações coletadas no sistema do Estado, bem como aulas práticas.
Espírito Santo – A Polícia Militar do Espírito Santo está fazendo o uso drones em operações policiais há cerca de uma semana. São três equipamentos, que custaram R$ 8 mil cada. Uma demonstração foi feita no Morro da Piedade, nesta quarta-feira (4).
Além de serem usado nas operações policiais nos morros, os drones serão úteis em outras operações, como em praias e blitz, por exemplo.
“O drone ou RPA é a possibilidade da ampliação do campo de visão policial. Então, em uma operação corriqueira, essa plataforma possibilidade de gerar imagens online para que o operador possa instruir a tropa”, explica o tenente-coronel Novaretti, sub-comandante do Comando de Polícia Ostensiva Especializada.
Para fazer os voos, a polícia tem uma autorização especial, que pode ser usada a qualquer momento. Na primeira turma, 11 policiais foram treinados. “Nós fizemos essa primeira etapa. A partir daí, já estamos operando”, diz o tenente-coronel.
Os drones estão disponíveis nos grandes comandos de policiamento, mas não vão substituir os helicópteros que são usados pela polícia. “Cada um tem seu emprego garantido e específico. O drone tem campos de visão muito bons, mas ainda limitados”, afirma o sub-comandante.
Bahia – No dia (10), o Grupamento Aéreo (GRAER) da Polícia Militar (PMBA) concluiu mais uma missão com o uso de drone em apoio às atividades de policiamento e demais órgãos públicos que prestam serviços para a comunidade.
As ações do final de semana começaram na sexta-feira (08), com o emprego da aeronave não tripulada no Arraiá do Galinho 2018, um evento junino bastante concorrido que tradicionalmente marca o início dos festejos na cidade.
No Arraiá, o drone se firmou como uma poderosa ferramenta para orientar a distribuição do efetivo, interna e externamente, no extenso local de realização do evento, o Parque de Exposições Agropecuárias.
Denominado operacionalmente como “GUARDIÃO REMOTO 01”, o drone operado pelo GRAER já voou mais de 70 (setenta) horas e cumpriu dezenas de missões, desde o dia 29 de janeiro deste ano de 2018, quando passou a integrar a frota de aeronaves do Grupamento Aéreo.
A aeronave remotamente pilotada (RPA) simboliza muito bem os novos tempos em que as polícias buscam se manter modernizadas se unindo a essa ferramenta de última geração para aumentar a efetividade dos serviços públicos prestados à comunidade.
A PMBA, por meio do seu Sistema de Operações Aéreas (SIOPAER), reúne toda a operação aérea institucional de forma tecnicamente estruturada e, hoje, dispõe de 11 (onze) drones na sua frota que têm sido empregados pelas Unidades Operacionais em todo o Estado e nas mais diversas missões.
Com isso, os resultados operacionais tendem a aumentar ainda mais, pois faz parte do planejamento deste ano a aquisição institucional de drones para expandir o número de Unidades da PMBA que passarão a operar aeronaves remotamente pilotadas, por meio do SIOPAER.
Uma demonstração clara da capacidade exponencial de aumento da efetividade da atividade policial pôde ser vista hoje, das 8h às 18h, com o emprego do drone GUARDIÃO REMOTO 01, que participou da Operação Paz no Trânsito, em alguns pontos da Cidade de Salvador.
A exemplo de toda grande cidade, Salvador apresenta uma demanda por serviços públicos de segurança que somente uma Corporação altamente qualificada, como a PMBA, e que está caminhando solidamente rumo ao seu bicentenário pode atender. De forma representativa, essa ação revela como se dá o aumento das capacidades humanas quando se aplica a terceira dimensão no policiamento.
As imagens gravadas a partir do drone revelam veículos que sistematicamente tentam burlar a blitz e que, muito provavelmente, teriam êxito caso o GUARDIÃO REMOTO 01 não estivesse presente no teatro de operações.
Pará – A cerimônia de encerramento do curso que capacitou outros 45 agentes de segurança foi realizada na manhã do dia 28/05, no auditório do Comando Geral da PM.
“Agora eu tenho maiores possibilidades de atuar dentro da polícia como agente facilitador em operações e eventos”, conta o cabo Wilson Sidônio, que atua no Centro Integrado de Psicologia e Assistência Social da PM (CIPAS) e ficou em 1º lugar no I Curso de Operador de RPA em Atividade de Segurança da PMPA.
O curso de operador de RPA foi ministrado em uma semana e teve como objetivo capacitar profissionais da área de segurança pública e forças armadas para atuarem em diversas atividades por meio da operacionalização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (em inglês, RPA), conhecidas popularmente como drones.
Além do cabo Wilson Sidônio, que garantiu a primeira colocação, o soldado Carlos Reinanderson e o cabo Dilson Campos Junior, ambos da Assessoria de Comunicação Social da PM, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Entre os 51 alunos que iniciaram o curso, 46 concluíram com aproveitamento as 50 horas/aula de instruções e a prova final. Entre os órgãos participantes estiveram o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), Polícia Civil, Polícia Militar do Piauí, Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), Corpo de Bombeiros Militar e Força Aérea Brasileira (FAB), além de policiais militares da capital e do interior do estado.
Para a major do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Mônica Veloso, a oportunidade de participação de outros órgãos de segurança é uma necessidade. “O Corpo de Bombeiros vai poder trabalhar com um leque de operações em que o drone só vai somar no salvamento e no resgate”, afirmou. Ainda segundo a major, a disciplina “segurança de voo” merece destaque por reforçar para o operador de drones a necessidade de prevenção de riscos de acidentes.
Durante a cerimônia de conclusão do curso, o coronel Marcello Leão, chefe da Diretoria de Ensino e Instrução da PM (DEI) ressaltou: “a iniciativa é uma inovação que trará benefícios não só para a PM, mas também para outros órgãos do sistema de segurança”. Os concluintes e instrutores do curso foram agraciados com o certificado de conclusão e participação.
Perspectivas
De acordo com o cabo Antônio Donato, coordenador operacional do curso, ainda não há previsão para a formação de uma nova turma, mas como experiência inédita na PMPA o curso deixa novas perspectivas para a instituição e para os demais órgãos participantes, como a diminuição de gastos e melhor posicionamento do policiamento em prol da segurança pública.
“O Curso surgiu de uma necessidade. A Polícia Militar está evoluindo no quesito policiamento e a atividade com RPA facilitou a execução de várias situações, principalmente em relatórios de inteligência, controle de distúrbios civis e análise de periculosidade”, completou o cabo.
São Paulo — Com mais de 40 mil drones registrados nos órgãos reguladores e outros 60 mil voando sem registro (a maioria de uso recreativo), a indústria de drones comerciais no Brasil emergiu do marasmo e, depois da regulamentação em maio do ano passado, está crescendo rapidamente.
Em 2017, a cadeia produtiva de drones no país movimentou R$ 300 milhões, 50% a mais que no ano anterior. Hoje, já são mais de 700 empresas, aí incluídos fabricantes, importadores e fornecedores de componentes e serviços. A previsão é dobrar de tamanho nos próximos dois anos. “Até 2017, o mercado estava retraído porque não havia segurança jurídica. Grandes empresas públicas e privadas deixavam de utilizar drones por falta de regulamentação”, diz Emerson Zanon Granemann, diretor da MundoGeo, organizadora da Droneshow, feira anual do setor, que aconteceu esta semana, em São Paulo.
Para o executivo, é consenso que os drones estão trazendo melhorias em praticamente todas as áreas e deixando o segmento recreativo para crescer nas aplicações empresariais e de segurança. No feriado de 1º de Maio, quando um incêndio de grandes proporções fez ruir o edifício Wilton Paes de Almeida, no Centro da capital paulista, os drones entraram em ação sobrevoando os escombros atrás de sobreviventes. Eles também foram usados pelos engenheiros na avaliação externa dos prédios vizinhos ao Wilton Paes, que foram afetados pelo fogo.
“Foi uma forma de avaliar com segurança se não houve danos estruturais aparentes nos prédios afetados pelo calor antes que as equipes técnicas entrassem nos locais”, disse o guarda-civil metropolitano Richard Mariano, diretor da DronePol, departamento para gerenciar os drones criado no ano passado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo para apoiar as ações da Guarda Civil Metropolitana (GMC) na cidade.
Salvamento
O departamento recebeu o primeiro kit com cinco drones, em uma parceria com a chinesa Dahua, ao custo de R$ 650 mil. Nesta semana, outros dois também foram doados pelas empresas. Um deles, da gaúcha SkiDrone, equipado com um sistema de boia que infla no contato com a água, será usado nas ações de salvamento nas represas da cidade. O outro, também da Dahua, carrega uma câmera com reconhecimento facial com a função de identificar criminosos em áreas públicas, além de ser utilizado em operações da GCM na “cracolândia paulistana”, local com grande concentração de usuários de drogas no centro de São Paulo.
A chinesa Dahua chegou ao Brasil há dois anos como fornecedora de equipamentos e soluções de segurança eletrônica. Durante a Olimpíada do Rio, a empresa forneceu duas mil câmeras ao governo brasileiro para monitoramento dos jogos. A área de drones é uma nova aposta da companhia, que espera comercializar pelo menos 50 unidades no mercado brasileiro em 2018. Os equipamentos têm preços a partir de US$ 100 mil A experiência em São Paulo abriu as portas em outros estados como Rio Janeiro, Minas Gerais e Brasília, onde foram abertas negociações.
“Brinquedo”
A maior aceitação dos drones no cotidiano das empresas é o que tem movido a Santos Lab, que há 10 anos vem atendendo empresas comerciais e agrícolas nas atividades de mapeamento e imagens aéreas. A empresa nasceu de projeto de faculdade de seu fundador, Gabriel Klabin, que “gostava (e ainda gosta) de tudo que voa”.
Durante teste de voo de um de seus drones, no Rio de janeiro, um oficial da Marinha se interessou pelo “brinquedo” e pediu para ele fazer uma demonstração para outros oficiais. Depois da apresentação aos militares, saiu com três pedidos e a promessa de que iria montar uma empresa para formalizar a parceria com a Marinha.
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Em pouco tempo, o “Carcará”, nome dado ao primeiro equipamento da Santos Lab, já fazia parte dos treinamentos dos marinheiros brasileiros no litoral Rio de Janeiro e, mais recentemente, das operações contra o tráfico de drogas nas favelas cariocas. Ainda na fase pré-regulamentação do setor, e já com 30 pessoas trabalhando na empresa, Klabin percebeu que era hora de expandir os negócios e tirar o foco da área militar.
“A área militar nos deu muitas horas de voo. Há dois anos começamos a adaptar as plataformas de software e hardware para a área civil. Aproveitamos também para nos reestruturarmos”, contou ele, lembrando que, no ano passado, foi inaugurado o laboratório de pesquisa e desenvolvimento para apoiar as aplicações com algoritmos próprios que serão utilizados em equipamentos para o mundo empresarial.
“Tudo que estamos fazendo é para dar informações e resultados para os clientes. Tem muita gente comprando drone sem nem saber como será usado”, reforça o CEO da Santos, Bruno Teixeira, salientando que o foco será atender clientes dos setores da agricultura e de óleo e gás, que estão vivendo um bom momento.
A SkyDrones também quer aproveitar a nova onda. Com fabricação própria de drones e parcerias com grandes multinacionais como a gigante chinesa DJI, a empresa tem planos de desenvolver uma rede de franquias para atender esse mercado em todo o país.
Com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ela quer crescer criando soluções alternativas que serão levadas pelos drones e aplicadas no mundo real, como o caso da boia desenvolvida para equipar drones no socorro a vítimas de afogamentos. “O drone já é uma commodity. O interessante será criar e desenvolver soluções que atendam às necessidades de uma sociedade cada vez mais tecnológica”, afirma Francisco Nogara, sócio da SkyDrone.
Paraná – A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil da Casa Militar recebeu a título de doação da Delegacia Regional da Receita Federal de Cascavel – PR vinte e uma RPAs (aeronaves remotamente pilotadas), mais conhecidas como drones.
Para a Defesa Civil são múltiplas as aplicações, mas essencialmente os equipamentos serão utilizados para o mapeamento de áreas de atenção com levantamento de aerofotogrametria facilitando a gestão do risco de áreas de alagamento, deslizamento e inundação.
Poderão também ser utilizados para o levantamento de áreas afetadas por eventos de desastres, colaborando com a elaboração dos documentos necessários para a obtenção de recursos para resposta e recuperação.
Para o Corpo de Bombeiros, além das ações de Defesa Civil, existe um vasto campo de missões constitucionais nas quais as RPAs podem ser perfeitamente utilizadas com excelentes resultados práticos facilitando as operações a nível técnico e gerencial.
Estes equipamentos serão recebidos, testados, patrimoniados e distribuídos para todas as Regionais de Defesa Civil do Estado do Paraná sediadas nas unidades dos Corpos de Bombeiros. Antes da distribuição existe a necessidade da realização de uma capacitação teórica e prática que deverá envolver instrutores de órgãos externos especialistas no assunto.
Segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil da Casa Militar, o trabalho dos Delegados da Receita Federal, Paulo Sérgio Cordeiro Bini e Felisberto Mioto, além de funcionários do barracão da Receita Federal do município de Cascavel, foi fundamental, pois compreenderam o projeto, e acima de tudo, foram sensíveis em disponibilizar equipamentos de qualidade com mesma marca e modelo, padronizando a operação e o treinamento.
Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil/PR.
Brasil – Aprimorar, refinar, avançar. Longe da métrica parecer repetitiva, as palavras sinônimas servem para ilustrar a complexidade e o tempo de maturação necessários para se alcançar a perfeição de um sistema, ou pelo menos, chegar o mais próximo deste ideal.
Tem sido assim com o Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por RPAS (SARPAS), lançado em dezembro de 2016, para trazer agilidade à tramitação dos pedidos de autorização de voo para aeronaves remotamente pilotadas (RPA), os drones.
Na prática, não basta comprar um equipamento e, em seguida, fazer um teste de funcionamento, alcance e altura. Para acessar o espaço aéreo, o piloto de uma aeronave remotamente pilotada deve estar atento às regras que devem ser seguidas.
Tanto as RPA, quanto os aeromodelos são considerados aeronaves, e por esta razão, devem seguir as regras previstas em legislação definida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização militar da Força Aérea Brasileira, responsável pelo controle e gerenciamento do espaço aéreo brasileiro.
Quanto ao cadastro, todas as aeronaves de uso não recreativo devem ser cadastradas no DECEA. Para aquelas que forem de uso exclusivamente recreativo, só é necessário fazer este cadastro no DECEA se existir a pretensão de voar um aeromodelo fora das áreas consideradas adequadas.
Adicionalmente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabeleceu regras para as operações civis de aeronaves não tripuladas, o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94 (RBAC-E nº 94), complementar à regulamentação do DECEA. É obrigatório cadastrar todas as aeronaves não tripuladas no Sistema de Aeronaves não Tripuladas (SISANT), da ANAC.
O proprietário de uma aeronave remotamente pilotada também precisa homologar seu equipamento junto à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A medida serve para impedir que os transmissores de radiofrequência, presentes nos controles remotos dos equipamentos, gerem interferências em outros serviços, como as comunicações via satélite, por exemplo.
Assim, o usuário dessas aeronaves deve possuir uma certidão de cadastro emitida pelo SISANT ou documentação equivalente para outras Classes, emitidos pela ANAC, além de ter seu equipamento homologado pela ANATEL e uma autorização ou notificação do DECEA para acessar o espaço aéreo.
A ideia é possibilitar a entrada destas aeronaves de forma coordenada e segura. É preciso saber que trafegam pelos céus do Brasil aeronaves de companhias aéreas, a chamada aviação regular, aviões de médio e pequeno porte da aviação geral, helicópteros, e, em lugares previamente autorizados e estabelecidos, asa-delta, parapentes e afins.
Além disso, o Brasil é signatário de acordos internacionais para garantia da segurança na aviação. Deste modo, para possibilitar o acesso à informação ou solicitação de voo, o DECEA definiu a necessidade de comprovação, em seu domínio, dos cadastros já realizados na ANAC, tanto de pilotos, quanto de aeronaves. Com o SARPAS, o DECEA faz o controle do que é de sua responsabilidade: a exploração do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
Com diligência, o DECEA trabalha para trazer melhorias aos usuários que acessam o espaço aéreo brasileiro, independentemente se o serviço é ou não tributado, por este motivo nasceu a versão 1.7 do SARPAS. Entre as novidades, é possível cadastrar pessoas jurídicas, compartilhar aeronaves, definir antecipadamente o tipo de operação requerida e muito mais.
Confira as principais mudanças:
definição preliminar de análise do voo – alguns perfis de operação não sofrerão análise, uma vez que o usuário se compromete em cumprir todos os parâmetros previstos, mantendo a segurança do espaço aéreo, das pessoas, propriedades e animais no solo;
consulta de operações por protocolo, facilitando a consulta dos usuários e a fiscalização pelos órgãos competentes;
atualização das normas em vigor;
parâmetros ajustados para flexibilizar o voo desejado;
revisão de cadastros de aeronaves, para estar de acordo com as normas dos demais órgãos reguladores. Aeronaves que tenham sido cadastradas mais de uma vez com códigos SISANT diferentes, devem ser apagadas no SARPAS e reinseridas com um código SISANT único;
autorização automática, com parâmetros de distância diferentes para aeródromos e helipontos.
As alterações já foram reconhecidas por usuários cadastrados no SARPAS, como a Fundação do Meio Ambiente (FATMA), que possui um grupo de técnicos treinados na operação dessas aeronaves.
A equipe, que faz o licenciamento, fiscalização contra crimes ambientais, identificação e monitoramento de áreas de incêndio em unidades de conservação, encaminhou uma mensagem reconhecendo o aperfeiçoamento do Sistema.
“Parabéns pelo trabalho, evoluindo cada vez mais no trato do tema e fazendo do Brasil uma referência (séria) na segurança de operações com RPAS. Muito orgulho deste órgão”. A mensagem foi encaminhada ao DECEA pelos membros da Câmara Técnica RPAS da FATMA.
A Diretoria do Departamento de Modernização e Tecnologia (DMT) da Polícia Militar da Bahia e a equipe do projeto SARP da instituição, que realiza atividades de monitoramento aéreo no policiamento ostensivo, escreveu: “parabenizamos o DECEA por mais este marco regulatório”.
Não esqueça, a segurança é fundamental para qualquer sobrevoo de aeronaves não tripuladas. Certifique-se: antes de iniciar um voo esteja ciente das informações necessárias para planejar este deslocamento, conhecendo previamente as características do equipamento e seu manual de operação.
Também avalie as condições meteorológicas dos aeródromos envolvidos e a rota a ser voada, faça um cálculo adequado da autonomia de bateria e o tempo previsto para o voo, principalmente, se o ponto de decolagem e pouso estiverem na mesma posição geográfica. Outra dica: tenha um planejamento alternativo para o caso de não ser possível completar o percurso inicial.
De acordo com o Chefe da Divisão de Planejamento do Subdepartamento de Operações do DECEA, o Tenente Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas Rainho, é preciso certificar-se de atender todos os pré-requisitos previstos na legislação dos órgãos reguladores.
“Acessar o espaço aéreo sem a homologação da ANATEL (todos os casos), sem a documentação prevista pela ANAC (todos os casos) e sem a uma mensagem de autorização ou notificação do DECEA (exceção feita aos voos de aeromodelos dentro de áreas adequadas à prática) é um ato ilícito e pode gerar consequências civis e criminais”, alertou o Tenente Coronel Vargas.
Para saber que implicações podem ser ocasionadas pelo acesso não autorizado ao espaço aéreo basta consultar os Art. 132 e Art. 261 do Código Penal, e o Art. 35 da Lei das Contravenções Penais. “Obviamente ninguém quer isso. Portanto, voe de forma regular, procure as autoridades, tire suas dúvidas, pergunte. Estamos à disposição no DECEA para quaisquer situações e, se desejar, venha nos visitar. Bons voos em segurança a todos. Um dia nos encontramos pelas aerovias”, completou o oficial.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) publicou nova regulamentação contendo os procedimentos e responsabilidades necessárias para o acesso ao espaço aéreo brasileiro para as aeronaves remotamente pilotadas.
As novas regulamentações são voltadas para as aeronaves remotamente pilotadas de recreação – Aeromodelos (AIC N 17), para aquelas destinadas às operações dos Órgãos ligados aos Governos Federal, Estadual ou Municipal (AIC N 23) e àquelas utilizadas nas operações dos Órgãos de Segurança Pública (OSP), da Defesa Civil (DC) e de Fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB) (AIC N 24).
As novas regulamentações passarão a vigorar a partir do dia 02 de janeiro. A AIC está disponível no site do DECEA para consulta. As regras da Circular serão aplicadas para as RPA que possuam Peso Máximo de Decolagem (PMD) igual ou inferior a 25 Kg.
As novas AIC N 17/18, AIC N 23/18 e AIC N 24/18, substituem respectivamente as AIC N 17/17, emitida pelo DECEA, em 10 de julho de 2017, a AIC N 23/17 e a AIC N 24/17, ambas de 28 de agosto.
A AIC N 17/18, com uso exclusivamente voltado à recreação, os chamados Aeromodelos, inova ao definir novos limites de voo e afastamentos, em especial em operações proximas de aeródromo e helipontos, bem como da proibição de voo em locais onde esteja ocorrendo a operação de aeronaves de Órgãos de Segurança Pública (OSP), da Defesa Civil (DC) e de Fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB).
A AIC N 23/18, com uso exclusivamente voltado às operações dos Órgãos ligados aos Governos Federal, Estadual ou Municipal, inova ao definir critérios de coordenação de operações em a partir de aeródromos a serem comparilhados entre aeronave tripuladas e não tripuladas, a operação FPV (First Person View) em caráter excepcional, bem como da obrigatoriedade de cadastrastramento de aeronaves ôrganicas militares (Forças Armadas) junto ao DECEA, através do sistema SARPAS.
A AIC N 24/18, com uso exclusivamente voltado às operações dos Órgãos de Segurança Pública (OSP), da Defesa Civil (DC) e de Fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB), inova ao definir critérios de coordenação de operações em a partir de aeródromos a serem comparilhados entre aeronave tripuladas e não tripuladas, a possibilidade de utilização de códigos de chamadas fictícios em caso de necessidade operacional e a operação FPV (First Person View) em caráter excepcional.
Importante ressaltar que as atividades de treinamento devem ser executadas à luz da ICA 100-40, devendo as AIC N 23/18 e AIC N 24/18 somente serem aplicadas a operações reais.
O DECEA vem atualizado seus regulamentos e a atenção dada pelo órgão às operações realizadas pelo Estado propicia o emprego seguro dessa nova tecnologia em prol da segurança das pessoas e do patrimônio.
Brasil – O Sistema SARPAS ficará FORA DO AR entre as 23h59 min de hoje, 26 de dezembro de 2017 até às 23h59 min do dia 27 de dezembro de 2017. Serão realizadas atualizações e melhorias no SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas – RPAS) do DECEA. O Sistema é utilizado para solicitar o acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro para as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS/DRONES).
Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), as principais melhorias são:
Possibilidade de cadastro de pessoa jurídica (CNPJ);
Possibilidade de compartilhamento de aeronaves, tanto por pessoa física, como por pessoa jurídica;
Definição antecipada, por parte do usuário, do tipo de operação desejada;
Definição preliminar se é necessária análise do voo – alguns perfis de operação não sofrerão análise, uma vez que o usuário se compromete em cumprir todos os parâmetros previstos, mantendo assim, a segurança do espaço aéreo, das pessoas, propriedades e animais no solo;
Total alinhamento com a legislação vigente;
Possibilidade de consulta de operações apenas por protocolo, facilitando a abordagem de fiscalização;
Outra melhoria será a possibilidade de autorização automática de acordo com parâmetros de distância diferentes para aeródromos e helipontos que os RPAs devem respeitar, ou seja, antigamente os parâmetros eram até 100 ft, 5 Km de aeródromos, helipontos e rotas conhecidas, agora será até 100 ft, ≥5 Km de aeródromos, ≥2 Km de helipontos e não há mais restrição para rotas conhecidas.
Isso porque, mesmo atingindo os 400 ft, o aeromodelo ou a RPA (em área urbana) não vai interferir no corredor e o próprio Sistema vai diferenciar aeródromo de heliponto.
Além das atualizações no sistema, o DECEA prevê também a atualização das normas em vigor e pede que o setor fique atento às mudanças que serão consideradas para as operações. As normas editadas não sofrerão mudanças em sua numeração inicial, porém em 2018, ao ser editada a AIC N 17/17, ela passará a ser chamada de AIC N 17/18.
“Graças à maturidade atingida pelo setor, alguns parâmetros sofreram ajustes, flexibilizando mais o voo desejado, porém os pilotos remotos devem ficar atentos às mudanças, a fim de não praticarem infrações”, comentou o Ten Cel Av Jorge Humberto Vargas do DECEA.
Alguns cadastros de aeronaves deverão ser revistos, a fim de estabelecer o completo alinhamento com as normas dos demais órgãos reguladores. Aeronaves que tenham sido cadastradas mais de uma vez com códigos SISANT (ANAC) diferentes, deverão ser removidos do SARPAS e reinseridas com um código SISANT único, pois agora haverá a possibilidade de cadastro de pessoa jurídica (CNPJ) e compartilhamento de aeronaves.
Portugal – A presença de um drone nas proximidades do Aeroporto de Lisboa obrigou, no domingo (6), dois voos a abortarem o pouso, tendo um deles divergido para o Aeroporto do Porto, confirmou nesta terça-feira a agência Lusa, ANA – Aeroportos.
“Confirmamos que recebemos informações, onde vários comandantes reportaram à NAV [entidade responsável pela gestão do tráfego aéreo] a existência de um drone na aproximação da pista 03, fora do alcance visual a partir do aeroporto. A situação foi comunicada à PSP”, disse a ANA – Aeroportos de Portugal em comunicado.
O Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse que recebeu uma chamada às 18h45 de domingo, sobre a presença de um ‘drone’ (veículo aéreo não tripulado) sobrevoando a Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa, acrescentando que, quando os policiais chegaram ao local, “já não encontraram nada”.
A ANA diz que não foi necessário fechar o aeroporto, mas a ocorrência afetou vários voos.
“O aeroporto não esteve fechado, no entanto, de forma preventiva, duas aeronaves foram instruídas pela torre de controle interromper a aproximação, uma das quais decidiu divergir para o Porto”, sublinha a gestora dos aeroportos nacionais.
Fonte oficial da NAV explicou que um avião da companhia aérea Ryanair, proveniente de Marselha, “foi instruído” pela torre de controle a abortar uma primeira aproximação quando já estava na fase final da mesma, tendo pousado uns minutos depois sem qualquer problema.
O segundo voo trata-se de um avião da Easyjet, proveniente de Paris, que, depois de também ter abortado o pouso, seguindo instruções dadas pelos controladores de voo, optou por divergir para o Aeroporto do Porto.
A NAV acrescenta que os pousos no Aeroporto de Lisboa “estiveram suspensas entre as 18h40 e as 18h52” e que o incidente com o ‘drone’ “atrasou o pouso de outros cinco voos”.
Na resposta escrita, a ANA – Aeroportos reconhece que estas ocorrências devem ser analisadas com “a máxima seriedade”.
“Todas as situações que podem representar um risco para a segurança dos voos são consideradas com a máxima seriedade. Tratando-se de um incidente no espaço aéreo, sugerimos o contacto com a NAV e com a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] para coleta de informação mais pormenorizada sobre o incidente”, salienta a ANA – Aeroportos.
A aviação civil reportou até esta terça-feira, 17 ocorrências com ‘drones’ desde a entrada em vigor do regulamento (13 de janeiro), que proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem dos aeroportos.
Estes incidentes com ‘drones’, quase todos registados nas proximidades dos aeroportos de Lisboa e do Porto, acontecem quando estes aparelhos violam o regulamento e aparecem na vizinhança, nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de aterragem, a 400, 700, 900 ou a 1.200 metros de altitude, segundo alguns destes relatos.
Dois dos últimos incidentes com ‘drones’ aconteceram na tarde de 10 de julho, no Porto, e na manhã seguinte, em Lisboa: Em 10 de junho um Airbus 320 da Brussels Airlines “passou por um ‘drone’ que estava à sua direita”, a 1.800 metros de altitude, pelas 13h45, pouco depois de ter descolado do Aeroporto do Porto, disse fonte aeronáutica à Lusa.
Pelas 08h de 11 de julho, na zona de Alcântara, um Embraer 190 da TAP, proveniente de Nice, em França, reportou um ‘drone’ a 600 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.
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