São Paulo – O 3º Congresso Aeromédico Brasileiro (3º CONAER) será um evento presencial e acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2022, no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, Campus Vila Olímpia 07, Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia, São Paulo, SP.
A programação do 3º CONAER prevê a palestra sobre os desafios da logística do transporte aeromédico no território nacional. André Oliva Gonçalves, Analista de Operações de Transporte Aeromédico da Unimed Aeromédica, será o palestrante.
André Oliva Gonçalves é Mecânico de Manutenção de Aeronaves certificado pela ANAC. Graduado em Manutenção de Aeronaves pelo Centro Universitário UNA. Pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica pela Universidade PUC MG. Analista de Operações de Transporte Aeromédico e responsável pela Segurança Operacional e AVSEC na Unimed Aeromédica.
O evento está programado para começar às 11h30 do dia 17/11 e encerrar às 14h do dia 19/11. No dia 17/11 estão previstos cursos pré-congresso, das 08h30 às 11h30. A programação do evento prevê palestras, painel sobre medicina aeroespacial, painel sobre enfermagem aeroespacial e apresentação de trabalhos científicos, além da realização do 2º Encontro Nacional de Operadores de Suporte Médico.
Para saber mais sobre a programação do evento acesse a página do 3º CONAER ou entre em contato através dos seguintes canais:
Minas Gerais – O Simpósio das Unimeds do Estado de Minas Gerais (Suemg) foi realizado na última semana, de 7 a 9 de setembro, em Tiradentes, e reuniu mais de 600 dirigentes participantes, dentre executivos das 68 cooperativas médicas de Minas, Unimeds dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, além de autoridades como o presidente da Ocemg, Ronaldo Scucato.
O encontro, promovido pela Unimed Federação Minas, foi marcado pela inovação, alinhada ao tema Conectados com o Futuro. Por isso, nesta edição, o Suemg ganhou novo formato, com um palco 360 graus e transmissão simultânea, em alguns momentos, permitindo maior participação do público.
Além disso, durante o evento, foram discutidos assuntos relacionados à saúde, temas de conhecimentos técnicos sobre os desafios do Sistema Unimed, transformação digital, os impactos da judicialização na saúde suplementar, além de uma análise do atual cenário político e econômico do país. O cooperativismo também foi pauta do encontro. Durante o evento, João Caetano Muzzi Filho, ministrou a palestra Cooperativismo como estratégia de negócio.
Um dos pontos mais importantes do Suemg foi a construção de um manifesto, pela Unimed Federação Minas, que representa o compromisso do Sistema Unimed mineiro com a governança ambiental, social e corporativa (ESG – environmental, social, and corporate governance).
“O documento destaca o nosso compromisso de zelar pelo equilíbrio e proteção ambiental, pela responsabilidade social e pelos princípios de governança compatíveis com a agenda ESG”, afirmou o presidente executivo da Unimed Federação Minas, Luiz Otávio Fernandes de Andrade.
Experiências de Sucesso
Durante o Suemg, 14 Singulares apresentaram 27 trabalhos, nas categorias Inovação e Saúde – Experiência do Cliente, no Painel Experiências de Sucesso, uma iniciativa criada com o propósito de estimular a intercooperação e a multiplicação de ações de sucesso dentro do Sistema, reconhecer e premiar as práticas de excelência promovidas pelas cooperativas, além de gerar referências de ações para a gestão das Singulares.
Nesta edição, a Unimed Juiz de Fora foi premiada na Categoria Inovação, com o case O sistema Smart Track e seus resultados na qualidade assistencial e a Unimed São Sebastião do Paraíso na Categoria Saúde – Experiência do Cliente, com o case Programa UniTEA.
São Paulo – A Associação Brasileira de Operações Aeromédicas (ABOA) participa da terceira edição da HeliXP, que acontece nos dias 11 e 12 de maio no Helipark, município de Carapicuíba, São Paulo. A ABOA é apoio institucional do evento.
Trata-se de um dos eventos de maior relevância no segmento de asas rotativas da América Latina e oferece experiências para o mercado de helicópteros e possibilita novas oportunidades de negócios para os players do setor.
Durante o evento, a ABOA apresentará o Selo de Excelência, um reconhecimento da associação para as empresas que atuam direta ou indiretamente em operações aeromédicas e que estejam de acordo com o marco regulatório, com foco na excelência para o segmento no Brasil.
A ABOA participará na mediação de dois painéis durante a feira, um no dia 11/05 e outro no dia 12/05. Ambos acontecerão às 15h.
Associação Brasileira de Operações Aeromédicas participa da HeliXP que acontece no Helipark, em São Paulo. Foto: HeliXP.
O primeiro painel será sobre Operações Aeromédicas no Brasil – Infraestrutura e serão abordadas as dificuldades enfrentadas pelos operadores na realização de suas missões aeromédicas. Representantes da Unimed Aeromédica e da Unidade Aérea Pública da SESA/SAMU Paraná participarão dos debates.
O segundo painel será sobre o Avanço do Marco Regulatório da Aviação Aeromédica no Brasil, com a participação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), responsável pela edição e publicação da Instrução Suplementar Nº 135-005A, que tratou das operações aeromédicas realizadas por operadores aéreos regidos pelo RBAC nº 135. Representantes do setor também participarão do painel.
Sobre a ABOA
Criada em julho de 2018, a Associação Brasileira de Operações Aeromédicas é uma organização sem fins lucrativos, que visa orientar a modernização dos marcos regulatórios da aviação e da saúde e atuar como órgão certificador dos complexos processos que envolvem o setor aeromédico.
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Brasil – Pode ser uma transferência quando o local em que o paciente se encontra não possui os recursos para o tratamento, ou quando um paciente precisa retornar para sua cidade para continuar a recuperação. Pode ser, ainda, um recém-nascido precisando de transferência para um local com maior cuidado.
Em qualquer um destes casos, os clientes podem contar com os serviços e a segurança da Unimed Aeromédica, a maior empresa especializada em logística de transporte aéreo e terrestre de urgência médica do Brasil.
A Unimed Aeromédica atende diversos planos de saúde e neste ano, a instituição que conta com mais de 25 anos de atuação, ultrapassou uma marca histórica e se tornou segurança para mais de 6 milhões de clientes. Tudo isso foi possível com a atuação humanizada de profissionais qualificados, preparados para atender qualquer tipo de situação, com cuidado e segurança, conforme as necessidades de cada cliente.
“Nos últimos anos, temos ampliado nossa área de atuação, firmado novas parcerias e desenvolvido novas formas de atender nossos públicos cada vez melhor. Ultrapassarmos 6 milhões de clientes é, sem dúvida, o resultado de estratégias bem definidas e de uma equipe engajada e preparada para qualquer desafio”, afirmou o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos.
Minas Gerais – A Unimed Aeromédica declarou nesta sexta-feira (17), que recebeu a certificação da ISO 9001:2015, conhecida como um padrão internacional de garantia da qualidade de produtos e serviços.
O Sistema de Gestão de Qualidade da instituição foi submetido a auditoria de certificação entre os dias 23 e 24 de novembro. Realizado pela DNV GL – Business Assurance, o processo analisou o desempenho da alta direção e de todas as gestões da Aeromédica e a conformidade dos processos com os requisitos da norma.
Para o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos, é muito bom compartilhar esta notícia. “Desde 2019 nossas equipes têm se dedicado e se preparado para a implantação da norma. A certificação demonstra que temos um sistema de gestão da qualidade implantado, que busca a melhoria contínua dos processos com foco no cliente, garantido a qualidade do atendimento e a segurança do paciente”, completou Délio.
Unimed Aeromédica recebe certificação ISO 9001. Foto: Unimed.
Minas Gerais – A equipe de enfermagem da Unimed Aeromédica foi homenageada com uma das maiores honrarias aos profissionais da área: os enfermeiros de bordo foram agraciados com a medalha “Destaques da Enfermagem Mineira“.
A homenagem é concedida pelos órgãos de classe, Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e foi dada aos profissionais da Aeromédica como um reconhecimento pelo trabalho dos enfermeiros que estão na linha de frente no atendimento aos pacientes de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.
A condecoração foi realizada logo após a visita dos representantes do COREN-MG ao Hangar da Unimed Aeromédica, no dia 30 de agosto. Na oportunidade, Bruno Souza Farias, presidente da instituição; a vice-presidente, Maria do Socorro Pacheco Pena; a coordenadora da fiscalização, Tiziane Rogério Madureira e demais membros da comitiva conheceram a empresa.
Para o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos, é importante o reconhecimento do trabalho da equipe de enfermagem. “A nossa empresa tem tido um papel muito importante no combate à pandemia. Isso só foi possível, porque temos colaboradores engajados, que trabalham com foco em resultados e, principalmente, no bem-estar e saúde de nossos clientes”.
Colaboradores da Unimed Aeromédica recebem medalha “Destaque da Enfermagem Mineira”.
No último domingo (27), a Aeromédica, Unidade de Negócios da Unimed Federação Minas, celebrou 25 anos. Ao longo dos anos, a instituição vem ampliando, cada vez mais, seu escopo de serviços e se consolidando como a maior empresa de logística de transporte aeromédico.
Hoje a empresa conta com cerca de 6 milhões de clientes, em todo o país e atende, além de planos de saúde, autarquias, pessoas físicas e jurídicas. Ao todo, a instituição já realizou cerca de 40 mil transportes de pacientes no Brasil e fora dele, com 10 milhões de quilômetros voados, e cerca de 95% de clientes satisfeitos.
Para facilitar o atendimento em todo o país, além do hangar em Belo Horizonte, a Unimed Aeromédica conta com outras duas bases, em Belém (PA) e em Fortaleza (CE).
Realizaram em 25 anos 40 mil transportes de pacientes no Brasil e fora dele, com 10 milhões de quilômetros voados.
Além disso, começou a trabalhar recentemente com um Beechcraft King Air C90 e um Super King Air B200, duas aeronaves modernas, o que facilita o acesso aos pacientes, pois, é possível pousar em lugares com pistas menores, até mesmo sem asfalto, com o máximo de segurança.
A Unimed Aeromédica conta com profissionais bem preparados na área de saúde, com cursos de capacitação no Brasil e no exterior, além de treinamento em Medicina Aeroespacial e Suporte Avançado à Vida de acordo com padrões internacionais.
A equipe médica é formada por anestesiologistas, cirurgiões gerais, clínicos, especialistas em medicina aeroespacial, gastroenterologista, intensivistas (adulto, pediátrico e neonatal), médicos de urgência, médicos do tráfego, neonatologistas e pediatras, além de enfermeiros de bordo com especialização em cuidados intensivos de pacientes adultos, pediátricos e neonatais.
“É uma grande satisfação celebrar os 25 anos da Unimed Aeromédica, uma empresa que nasceu pequena, a partir do pensamento empreendedor da Unimed Federação Minas e do envolvimento e cooperação das Singulares mineiras. Em poucos anos, nos tornamos uma referência no transporte logística de transporte médico de urgência de pacientes, com números que nos enchem de orgulho”, afirmou Délio Pereira dos Santos, assessor da Unimed Aeromédica.
COVID-19
Desde o início da pandemia, a Unimed Aeromédica registrou um aumento de 300% em sua demanda, advinda de pacientes infectados pela doença. A maioria dos casos é de pacientes com sintomas graves que precisam se deslocar para localidades com estrutura mais adequada e têm a Unimed Aeromédica como uma opção para fazer um transporte seguro até o destino, seguindo todos os padrões necessários.
Neste mês, a empresa realizou, pela primeira vez, uma missão com o transporte de paciente utilizando ECMO (Equipamento de Oxigenação Extracorpórea por Membrana). Por meio dele, o sangue do paciente passa por uma membrana que faz a troca do oxigênio e gás carbônico e envia de volta através de uma bomba
Campanha de Comunicação
Para comemorar os resultados alcançados pela Unimed, a empresa está lançando um selo especial de 25 anos que acompanhará todas as publicações realizadas pela empresa ao longo deste ano. Além disso, estão sendo produzidos uma série de vídeos especiais que apresentarão ao mercado um pouco mais sobre a Unimed Aeromédica.
Era mais um dia comum, com um grande número de solicitações de missões de Norte a Sul do país, quando a área de atendimento da Unimed Aeromédica recebeu mais uma demanda. Do outro lado da linha, uma equipe médica, em Teófilo Otoni, buscava ajuda para o transporte de um paciente com COVID-19, que havia conseguido uma vaga em Belo Horizonte.
Durante o protocolo de triagem médica, reconfirmação, preparação de equipamentos para decolagem, a equipe foi informada que o paciente estava utilizando o ECMO (Equipamento de Oxigenação Extracorpórea por Membrana).
Trata-se de um aparelho de oxigenação extracorpórea, que por meio dele o sangue do paciente passa por uma membrana que faz a troca do oxigênio e gás carbônico e envia de volta através de uma bomba. Começava então um grande desafio para as equipes, já que esta seria a primeira experiência em um transporte de paciente utilizando este equipamento.
Para o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos, a qualidade técnica da equipe fez toda a diferença para que este transporte fosse executado com sucesso. “Um dos diferenciais da nossa empresa é a capacitação dos profissionais. Nossa equipe técnica é formada por um médico e um enfermeiro, selecionados de acordo com as suas especialidades e as necessidades de cada paciente”, completou Délio.
Neste ano, Unimed Aeromédica completa 25 anos de atuação e conta com mais de 4,9 milhões de clientes, mais de 40 mil transportes realizados e segundo dados da empresa, possui cerca de 95% de clientes satisfeitos.
Unimed Aeromédica realiza o primeiro transporte de paciente com ECMO
Pará – Após um ano do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, o cenário da pandemia tem piorado em muitas cidades. A nova fase da pandemia, considerada ainda mais perigosa que a primeira, apresenta um crescimento expressivo nas remoções aeromédicas na região do Oeste do Pará. Um cenário novo tanto para os planos de saúde como para as empresas de transporte aéreo.
A opção de UTI aérea é primordial para cidades menores do interior, que não dispõem de suporte médico adequado. Beneficiários de planos de saúde de cidades do Oeste do Pará são normalmente levados para Santarém, Itaituba ou outras cidades maiores. Assim como pacientes de Santarém, que precisam de atendimento mais especializado, também são transferidos para outros hospitais.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Para.
Na Unimed Oeste do Pará, por exemplo, no mês de fevereiro deste ano as remoções aeromédicas apresentaram um aumento maior que 1000%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. No transporte realizado em aeronaves com suporte de UTI, uma equipe médica avalia o estado do paciente e a partir da auditoria, libera para a remoção, que é realizada com todo monitoramento do paciente no percurso entre o hospital de origem até o hospital de destino.
“Este grande aumento deve-se a nossa atual situação da pandemia, o que acarretou também um custo altíssimo para a operadora, pois temos pacientes distribuídos em 19 municípios do Oeste do Pará”, relatou a médica auditora da Unimed, Dra. Maria de Fátima Coelho. Segundo ela, as remoções são necessárias devido principalmente à falta de UTIs e atendimentos mais especializados para o tratamento de Covid-19 no interior.
A médica afirmou ainda que nos primeiros meses de 2021 as cidades de Porto Trombetas e Juruti foram as que mais apresentaram demandas de transporte aeromédico.
Reajuste do serviço
Para as empresas de táxi-aéreo que prestam esse serviço, houve um aumento de 60% nos voos somente esse ano. Apesar do quantitativo, as empresas já estavam preparadas para atender essa demanda. “Nós já tínhamos esse suporte, a empresa estava estruturada, pois a ANAC exige um número mínimo de tripulantes, independente da demanda”, disse o piloto, proprietário e diretor de operações da Opalair Táxi Aéreo, Aldair da Silva. De acordo como ele, as operações foram fragmentadas e cinco empresas de táxi-aéreo estão atuando em Santarém para suprir a demanda de voos aeromédicos.
Com relação ao reajuste de valores do serviço, ele explicou que o aumento no preço de combustível, insumos e medicamentos foi muito expressivo no país todo. “Teve medicamento que aumentou 300%, por exemplo, fora os insumos – luvas, máscara, higienização da aeronave e o risco de contágio, isso faz com que o preço do serviço aumente”, disse o empresário.
Vantagens do serviço no plano de saúde
O custo de contratação de uma UTI aérea é bastante alto quando realizado na modalidade particular e, mesmo com o aumento no valor do serviço por parte das empresas aéreas que prestam o serviço na região, a Unimed Oeste do Pará, único plano de saúde na região que comercializa esse produto, não repassou o aumento aos clientes.
Os beneficiários da Unimed local que tiverem o serviço aeromédico contratado no plano têm o transporte realizado em aeronaves homologadas, remoção disponível para todo território nacional com toda a segurança no trajeto entre os hospitais. Além disso, a Central de Atendimento fica disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para solicitação do transporte de urgência.
Transportes realizados pelo Governo do Pará
Entre os dias 18 de janeiro e 16 de março, a Secretaria Estadual de Saúde já transferiu 309 pacientes com COVID-19 para conter o avanço da doença em 14 municípios da região Oeste, a mais afetada nesta segunda onda da pandemia. Desse total de remoções, 295 ocorreram por via aérea e 14 por via fluvial. Todas as transferências foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Sespa.
A Secretaria de Saúde utiliza as aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP) e de empresas de táxi-aéreo contratadas para o transporte aeromédico.
Amazonas – Em despacho emitido na noite de quinta-feira (14), a juíza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas, determinou que a União transfira imediatamente todos os pacientes da rede pública de Manaus que possam morrer por conta da falta de oxigênio.
O despacho atende a um pedido do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual e das Defensorias Públicas. A capital amazonense enfrenta colapso no sistema de saúde devido ao aumento das internações por COVID-19 e falta de oxigênio. Nesta quinta, o governo estadual informou que 235 pacientes começaram a ser transferidos para outros Estados.
Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas vai transferir para outros estados brasileiros bebês prematuros internados em maternidades públicas amazonenses, por conta da falta de oxigênio dos hospitais. São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Maranhão ofereceram leitos.
Até o momento, mais de 223 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no Amazonas e mais de 5,9 mil morreram devido à doença. O Estado tinha um saldo de 1.581 pacientes internados, sendo 518 em leitos de UTI.
Remoções de pacientes
A Força Aérea Brasileira (FAB) já iniciou o transporte de pacientes, acompanhados de equipes de saúde, de Manaus (AM) para outros estados do País. Duas aeronaves C-99 do Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) foram deslocadas para realizar os transportes.
O planejamento é de que partirão voos de Manaus (AM) com destino a São Luís (MA), Teresina (PI), Natal (RN), João Pessoa (PB), Brasília (DF) e Goiânia (GO), transportando pacientes e profissionais de saúde.
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FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil. Foto: Laura Moura/G1
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil. Foto: Reprodução/TV Clube
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil. Foto: Laura Moura/G1
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil. Foto: João Allbert/Agif/Estadão Conteúdo
Empresas de táxi aéreo que realizam transporte aeromédico de pacientes críticos também estão sendo muito demandadas. Não se tem números consolidados das quantidades de transportes de pacientes com COVID-19 realizados pelas operadores aeromédicos.
Empresas como Uniair, Brasil Vida, Abelha, Sete, Líder, Helisul, AllJet, Unimed Aeromédica, AirJet estão realizando essas remoções desde o ano passado e muitas tiveram um aumento exponencial nas operações.
No Brasil existem cerca de 40 empresas que fazem esse tipo de transporte, porém, além do grande número de pedidos, para realizar a remoção de pacientes com COVID-19 são exigidos equipamentos como cápsulas de isolamento e vestimentas especiais, além de protocolos rígidos, o que dificulta ainda mais essa atividade que já é complexa.
Transporte de oxigênio
Além dos transportes de pacientes, duas aeronaves C-130 Hércules da FAB decolaram da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), na quinta-feira (14), com mais de 18 toneladas de cilindros de oxigênio líquido, que serão utilizados por hospitais no atendimento a pacientes da COVID-19, no estado do Amazonas.
Na quarta-feira (13), uma aeronave multimissão KC-390 Millennium da FAB já havia transportado oito toneladas de equipamentos para Manaus. Levaram material hospitalar, camas, cilindros de oxigênio, macas e barracas, totalizando 8.820 quilos de materiais que irão equipar o Hospital de Campanha (HCAMP).
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FAB transporta toneladas de equipamentos para Manaus
FAB transporta toneladas de equipamentos para Manaus
FAB transporta toneladas de equipamentos para Manaus
FAB transporta toneladas de equipamentos para Manaus
FAB e empresas de Táxi Aéreo transportam pacientes com COVID-19 de Manaus para outros estados do Brasil
Minas Gerais – Assim que foram identificados os primeiros casos de COVID-19 no país, a Unimed Aeromédica começou a se preparar para realizar o transporte aeromédico dos pacientes contaminados com o coronavírus.
A Unimed Aeromédica já realizou transportes de pacientes com casos confirmados de COVID-19. As equipes realizam todas as missões utilizando equipamentos de proteção individual, conforme a necessidade do caso, estendendo esse cuidado para os pilotos e colaboradores que recebem os pacientes na estrutura física da empresa.
Também investiram na compra de EPIs especiais para oferecer ainda mais segurança às equipes como os macacões impermeáveis e capsulas de isolamento de pacientes. Além disso, passou a enviar o prontuário de forma eletrônica, ao final da missão.
Os cuidados durante o transporte se estendem, também, após o desembarque. Por isso, as aeronaves estão estacionando em áreas descobertas do hangar, onde existe maior circulação de ar, evitando contato com as equipes que trabalham na área administrativa da empresa. Além disso, tem sido feito um reforço adicional de descontaminação em todos os locais do hangar.
O trabalho desenvolvido pela Unimed Aeromédica tem se tornado uma referência na área de saúde. Por isso, a instituição tem participado de fórum de discussão sobre a COVID-19 envolvendo representantes de órgãos governamentais e outras empresas aeromédicas públicas e privadas.
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Unimed Aeromédica treina equipes e investe em equipamentos para transportar pacientes com COVID-19
Unimed Aeromédica treina equipes e investe em equipamentos para transportar pacientes com COVID-19
A Unimed Aeromédica inaugura, no dia 30 de agosto, uma base no hangar solar do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE). Referência em transporte aeromédico de urgência no Brasil, a empresa vai atender seus clientes do Sistema Unimed e demais clientes, viabilizando o acesso ao transporte aeromédico ao maior número de pessoas.
Fundada em 1996 pela Unimed Federação Minas, essa é mais uma base da Unimed Aeromédica fora de Belo Horizonte (MG). “A parceria com a Federação das Unimeds do Estado do Ceará e a Unimed Fortaleza vai permitir a expansão e o fortalecimento da atuação da empresa nas regiões Nordeste e Norte do país, além de melhorar o atendimento aos nossos clientes do Sistema Unimed que estão nas regiões, como Central Nacional Unimed (CNU) e Unimed Seguros”, afirma Luiz Otávio Fernandes de Andrade, presidente da Unimed Federação Minas.
A parceria operacional com a Executive Air, empresa de serviços de táxi aéreo e locação de aeronaves com tripulação, também permitiu viabilizar esse projeto. “Esta nova base da Aeromédica representa uma expansão dos nossos serviços em uma região estratégica e com grande potencial de crescimento. A partir de Fortaleza, conseguimos cobrir com bastante eficiência todo o Nordeste e parte da região Norte”, afirma Dilson Lamaita Miranda, diretor de Controle da Unimed Federação Minas.
Hangar da Unimed Aeromédica em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Medicina aeroespacial
Com mais de 3,8 milhões de clientes e mais de 8,2 milhões de quilômetros voados, a Unimed Aeromédica conta com uma equipe de profissionais bem preparados na área de saúde, com cursos de capacitação no Brasil e no exterior, além de treinamento em Medicina Aeroespacial e Suporte Avançado à Vida de acordo com padrões internacionais. Médicos e enfermeiros estão aptos a atender qualquer patologia e os voos são adequados à necessidade de cada paciente.
A equipe médica é formada por anestesiologista, cirurgião geral, cirurgião pediátrico, clínico, especialista em medicina aeroespacial, gastroenterologista, intensivistas (adulto, pediátrico e neonatal), médico de urgência, médico do tráfego, neonatologista, pediatra e pneumologista.
Todas as aeronaves da Unimed Aeromédica são equipadas com recursos de UTI de última geração: marca-passo, ventilador, eletrocardiograma, bomba de infusão, respirador, incubadora, desfibrilador, analisador de sangue, monitor e outros equipamentos necessários ao atendimento.
Serviços oferecidos
Para garantir a segurança no atendimento a pacientes criticamente enfermos, neonatos e pediátricos, a Unimed Aeromédica só programa o transporte a partir do momento da confirmação da vaga hospitalar.
A base no hangar em Fortaleza vai oferecer transferências aéreas de urgência (quando o local em que o paciente se encontra não possui recursos para o tratamento adequado), repatriamento (retorno ao local de domicílio) e transporte neonatal. O transporte terrestre de urgência é adequado a cada tipo de situação, sempre oferecendo segurança na remoção básica (ambulância de suporte básico) e remoção UTI (ambulância de suporte avançado).
A Unimed Aeromédica realiza uma média de 750 voos por ano, além de remoções terrestres. Mas o papel da empresa ultrapassa o transporte de pacientes. O cuidado com o cliente está em cada ação das equipes, desde a análise da melhor rota até o repasse de informações às famílias, passando pela experiência na atenção integral à saúde, revelando o jeito de cuidar Unimed.
Inauguração da Base Hangar da Unimed Aeromédica em Fortaleza
Dia: 30/08/2019
Horário: 9h30
Endereço: Praça Brigadeiro Eduardo Gomes, S/N – Hangar Solar | Aeroporto Internacional Pinto Martins – Vila União | Fortaleza (CE)
Minas Gerais – Diversos fatores contribuem para que uma missão de transporte aeromédico seja bem-sucedida, incluindo a preparação adequada da aeronave, a definição de uma logística acertada e a escolha dos equipamentos que podem ser necessários durante a operação. Outro fator de extrema relevância para o transporte é a presença de uma equipe de bordo multidisciplinar, especializada e capacitada para atender pacientes em diversas situações clínicas, em condições inerentes ao voo — como as alterações da fisiologia durante a missão, por exemplo.
Além dos tripulantes da aeronave, a equipe de bordo é composta por um médico e um enfermeiro, que atuam antes, durante e depois do voo, envolvidos em questões relacionadas à triagem médica, o preparo dos materiais e equipamentos necessários para a missão e o atendimento ao paciente durante o transporte, entre outras ações.
Vale ressaltar que o nível de especialização e capacitação dessa equipe na área de transporte aeromédico é fundamental para o sucesso da operação, tendo em vista que um atendimento médico durante uma remoção aérea de pacientes conta com algumas particularidades que não podem ser desprezadas.
O papel fundamental do enfermeiro de bordo na equipe multiprofissional envolvida no transporte aeromédico. Foto: Divulgação
O protagonismo do enfermeiro
Antes de mais nada, é preciso deixar claro que o enfermeiro de bordo é protagonista em uma missão de transporte aéreo, pois esse profissional é responsável pelo cumprimento de importantes etapas nas fases pré, per e pós-voo.
Pré-voo — Trata-se da fase que compreende o preparo de todos os materiais e equipamentos necessário para a viabilidade da missão. É nessa etapa em que a equipe médica (médico e enfermeiro envolvidos na missão) discutem o caso clínico do paciente, planejando o tratamento mais adequado durante o voo. Nessa fase, é responsabilidade do enfermeiro a montagem e a conferência da aeronave que será utilizada no transporte, garantindo que todos os materiais e equipamentos que possam ser necessários durante a missão sejam embarcados. Vale ressaltar que na etapa pré-voo, o enfermeiro, assim como os demais profissionais envolvidos na missão, participa de um briefing para o voo, onde se discute todas as particularidades da operação.
Per-voo — Fase que diz respeito ao voo propriamente dito, essa etapa também exige um envolvimento muito significativo do enfermeiro de bordo, que fica responsável por funções como: avaliar e sistematizar as prioridades do paciente; realizar assistência integral durante o atendimento; zelar pela integridade física e psíquica do paciente, prezando pela sua segurança; e orientar os acompanhantes sobre o atendimento realizado durante o voo. O enfermeiro também fica envolvido na observação das condições clínicas e nos parâmetros de monitoramento do paciente, fazendo anotações de enfermagem, administrando medicamentos e assistindo ao médico de bordo durante os procedimentos que se fizerem necessário durante o transporte. O enfermeiro de bordo também deve garantir que o caso seja repassado de maneira adequado para o profissional que irá dar prosseguimento ao atendimento do paciente no local de destino.
Pós-voo — Fase final da missão, a etapa de pós-voo diz respeito ao retorno à base operacional, que também exige do enfermeiro uma atuação relevante. Nesta fase, o profissional fica responsável por realizar o preenchimento da ficha de gasto, repor os materiais e equipamentos nos locais de acondicionamento dos mesmos, realizar a desinfecção dos materiais e equipamentos conforme Diretrizes Operacionais Padrão, entre outras funções administrativas relativas ao encerramento da missão.
Nível de especialização
O enfermeiro de bordo presta atendimento de urgência e emergência, em ambulância aérea e/ou terrestre e para o exercício da função precisa ter especializações específicas. É exigido desse tipo de profissional ter formação superior, preferencialmente em mais de uma especialidade (emergência, terapia intensiva, enfermagem de bordo, entre outras); nível de inglês intermediário; no mínimo cinco anos de experiência em atendimento de emergência e/ou terapia intensiva; e capacidade para atender pacientes criticamente enfermos, sejam eles neonatais, pediátricos ou adultos.
A Unimed Aeromédica, maior empresa de transporte aeromédico do Brasil, entende a importância da equipe de bordo e conta, atualmente, com 14 enfermeiros em sua equipe médica. Vale ressaltar que a instituição é a única empresa de transporte aeromédico do Brasil que conta com equipe médica própria, ou seja, os profissionais são colaboradores da Unimed Aeromédica e estão, diariamente, envolvidos nas missões realizadas pela empresa.
O nível de especialização da equipe de enfermeiros da Unimed Aeromédica é mais um ponto de destaque, tendo em vista que 57% dos profissionais são mestres, 78,6% são docentes em cursos de graduação e/ou especialização e 14% são doutorandos. Além disso, é importante ressaltar que todos os enfermeiros da empresa são treinados para atender a pacientes críticos, das mais diversas modalidades e de todas as faixas etárias.
Palavra de quem é especialista no assunto
Vânia Paula de Carvalho é coordenadora da equipe de enfermagem da Unimed Aeromédica e fala com orgulho sobre a missão da sua profissão.
“Ser reconhecida como profissional de práticas avançadas no cenário da saúde terciária em nosso país é um privilégio, pois é uma área recente e com grandes desafios a serem superados. É uma receita infalível para o sucesso: conseguir unir o trabalho em um ambiente diversificado, cuidar dos pacientes com excelência, fazendo parte de uma equipe altamente qualificada, em uma empresa visionária que oferece segurança e alta tecnologia para os profissionais e para os pacientes”.
Apesar de ser legalmente inserida no setor de táxi-aéreo, o exercício da atividade de transporte aeromédico exige o cumprimento de uma série de requisitos que fazem do segmento uma unicidade no setor. Mesmo diante de toda essa especificidade, no entanto, a legislação que trata da jornada de trabalho e outras questões operacionais aeromédicas não diferencia as tripulações que atuam nesse segmento.
Entendendo a necessidade de debater esse tema e apontar a importância do gerenciamento da fadiga das tripulações aeromédicas, convidamos o gestor de Operações da Unimed Aeromédica, Wagner Cláudio Teixeira, para falar sobre o assunto.
Entenda por que a fadiga das tripulações aeromédicas precisa entrar na pauta dos órgãos reguladores
Confira!
Por Wagner Cláudio Teixeira
O transporte aeromédico por empresas privadas no Brasil teve início na década de 1990 e, de lá para cá, várias delas se qualificaram para atender às exigências desse segmento. A falta de uma regulamentação própria, seja nas questões operacionais, seja nas questões de jornada de trabalho e gerenciamento da fadiga, faz com que essas empresas sejam consideradas, para efeitos legais, como um táxi-aéreo convencional, não se levando em conta diversas especificadas inerentes ao setor.
Antes de mais nada, é preciso pontuar que a jornada de trabalho estabelecida pela legislação que se aplica aos pilotos em geral está prevista na Lei 13.745, de 28 de agosto de 2017. A nova lei trouxe mudanças em alguns aspectos da jornada de trabalho das tripulações, especialmente àquelas empregadas na aviação regular. As jornadas de trabalho das tripulações de táxi-aéreo — categoria na qual o transporte aeromédico se insere —, no entanto, não foram impactadas pela lei.
Ao se falar em regulamentação da jornada de trabalho do piloto de aeronave empregado nas missões aeromédicas, não existe tratamento diferenciado, ou seja, cumpre-se a regra geral aplicada a profissionais que exercem atividade em empresas de táxi-aéreo. A regulamentação da atividade como um todo é limitada e pouco estudada, servindo como referência a Instrução de Aviação Civil (IAC) 3134 e os Regulamentos Brasileiros de Aviação Civil (RBAC) 91 e 135. Essa limitação deixa lacunas no entendimento da matéria e exige que os profissionais que atuam no setor ajam proativamente na discussão de um tema que atinge diretamente a rotina das operações e o dia a dia das tripulações: a fadiga.
Médico preenchendo prontuário digital do paciente durante transporte aeromédico. Foto: Unimed Aeromédica.
Fadiga na atividade aérea
A atividade aérea, por sua essência, implica em longos deslocamentos, ainda mais em um país continental como o Brasil. Dessa forma, torna-se necessária uma jornada de trabalho que permita ao piloto de aeronave cumprir suas rotinas com eficiência e segurança. Por outro lado, para que a segurança e a eficiência sejam plenamente atendidas, os períodos de descanso e folga devem ser observados rigorosamente. Vale lembrar, no entanto, que além da jornada de trabalho, diversos outros fatores devem ser considerados quando o assunto é fadiga.
É importante pontuar que a fadiga atua diretamente no organismo humano, provocando sintomas que inibem a capacidade de reação dos pilotos diante de situações críticas. A fadiga é capaz de reduzir os níveis de alerta e a habilidade de execução de certas tarefas relacionadas à segurança operacional, o que, por si só, deve ser motivo de preocupação de todos os envolvidos com as atividades de voo. Ressalta-se que esses sintomas são mais comuns e intensos quando os voos são de longa duração, pois, nesses casos, o descanso só ocorre após longos períodos de trabalho.
Particularidades das tripulações aeromédicas
As tripulações aeromédicas, quase sempre, estão sujeitas a um tempo de espera maior do que normalmente se observa em outros segmentos do táxi-aéreo. Além disso, as tripulações precisam estar próximas à aeronave para continuidade da missão, haja vista que, enquanto a equipe médica prepara o paciente para o transporte, a aeronave e a tripulação permanecem a postos para decolar o mais rápido possível. Exatamente por isso, geralmente não há como proporcionar às tripulações aeromédicas local apropriado para espera e descanso, pois a expectativa do momento da decolagem não permite o afastamento da tripulação do aeródromo.
Pacientes geralmente com risco de morte, interferência de familiares para que a missão ocorra o mais rápido possível, falta de infraestrutura aeroportuária, e condições meteorológicas desfavoráveis também são fatores que geram um ambiente de desgaste aos pilotos, que precisam administrar esses conflitos sem prejuízos à segurança da missão como um todo. Todas essas variáveis influenciam no nível de estresse da tripulação no momento do planejamento da missão e da execução da operação.
Diante dessa complexidade da atividade, todos os fatores que se aplicam ao voo aeromédico fazem necessária a realização de estudos dos meios para mitigação da fadiga, levando-se em conta essa especificidade da atividade e suas implicações nessas tripulações. Uma logística eficiente e rigorosa no controle da jornada de trabalho e na observância dos descansos e folgas é essencial para que os riscos de um acidente sejam razoavelmente reduzidos.
Gerenciamento da fadiga das tripulações aeromédicas
Como pôde ser constatado nesse artigo, a questão do gerenciamento da fadiga nas tripulações aeromédicas não pode se restringir à questão do descanso e da reparação do sono. Muito além de apenas proporcionar um descanso adequado aos tripulantes, seja através da quantidade e qualidade do sono e também lhes permitindo o gozo das folgas sociais previstas em escala, é importante discutir o tema sob a ótica das particularidades da atividade de transporte aeromédico.
Já que as tripulações aeromédicas estão sujeitas a toda a carga de estresse e fadiga acima elencados, sugere-se que o programa de gerenciamento da fadiga seja aplicado a essas tripulações independentemente de sua jornada de trabalho, uma vez que atuam em ambientes suscetíveis a situações de pressão emocional e conflitos. É preciso entender, definitivamente, que a aviação civil apresenta segmentos específicos, que impactam de formas diversas os envolvidos nas atividades. Não há dúvidas que uma missão de transporte de passageiros ou carga difere, em muito, de um transporte aeromédico.
Como forma de disciplinar o transporte aeromédico e tratar o segmento com a devida especificidade que lhe é peculiar, a ANAC poderia pensar em publicar uma emenda ao RBAC 135, que trate especificamente sobre o transporte aeromédico, dando tratamento adequado a esse segmento particular. A emenda poderia tratar, por exemplo, de questões relacionadas a treinamento, qualificação e jornada de trabalho, além de outros fatores pertinentes ao segmento.
Além disso, seria imprescindível que a Agência Nacional de Aviação Civil realizasse estudos sobre a necessidade de maior descanso para as tripulações aeromédicas e, se necessário, rever a jornada de trabalho de pilotos que atuam nesse segmento. Por fim, a ANAC poderia considerar a possibilidade de implementar para esses profissionais o sistema de gerenciamento do risco de fadiga, levando em conta todas as questões apresentadas nesse texto.
Nota: O texto completo sobre o assunto de autoria do gestor de Operações da Unimed Aeromédica foi publicado no livro “Direito Aeronáutico”, lançado em setembro de 2018, pela Comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB/MG).
Minas Gerais – A utilização da tecnologia em saúde traz diversos recursos, possibilidades e benefícios para o dia a dia das instituições e dos pacientes. A Unimed Aeromédica desenvolveu com a Makem uma solução tecnológica inédita no transporte aeromédico no Brasil, o Prontuário Digital Open, que promete mais eficiência no atendimento médico e mais segurança e agilidade na gestão das informações.
Trata-se do prontuário digital de bordo, que por meio de papel e caneta especiais é capaz de reconhecer os dados escritos manualmente no prontuário e realizar a conversão do conteúdo para a plataforma digital, permitindo acesso dos profissionais de saúde por meio da internet, de forma rápida e integral. Desde que foi lançada, a iniciativa já foi utilizada em 515 missões.
Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil. Foto: Unimed Aeromédica.
Normalmente, os prontuários dos pacientes, durante as remoções, são preenchidos manualmente e tem os dados posteriormente transferidos para as planilhas nos computadores.
“Essa nova tecnologia nos proporciona um tempo precioso, permitindo que a situação do paciente seja de conhecimento de todos os atores do processo quase que em tempo real. E as informações ainda podem ser atualizadas e corrigidas”, explica Flávio Lopes, gestor médico da Unimed Aeromédica. Ele conta que a caneta tem uma capacidade de acerto próxima a 100% para letra de fôrma e de 80% a 90% para letra cursiva.
Lopes informa que em 2017 foi iniciado o projeto piloto e as equipes da Unimed Aeromédica, que é uma empresa da Unimed Federação Minas, testaram o prontuário digital de bordo em cem missões. “Depois que os profissionais aprovaram a ferramenta, passamos a adotá-la de forma definitiva e abolimos o prontuário de papel comum. Hoje, cada enfermeiro e médico é responsável pelas informações de seu prontuário digital”, diz.
Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil. Foro: Unimed Aeromédica.
A solução desenvolvida
Essa solução utiliza uma caneta digital fabricada pela empresa sueca Anoto e um software desenvolvido no Brasil pela empresa Makem. Essa caneta faz o reconhecimento inteligente de caracteres (ICR), que permite que fontes e estilos diferentes de manuscritos sejam aprendidos por um computador durante o processamento.
Segundo Ronicarlos Pereira, Engenheiro de Desenvolvimento da Makem, “desenvolvemos soluções customizáveis às necessidades do cliente. A caneta digital pode ser comprada ou alugada e o software é um serviço (SaaS) que oferecemos.”
“Você consegue integrar a caneta digital com smartphone e tablet e potencializar o uso do equipamento, como leitura de QRCode, biometria, foto, GPS, vídeo e reconhecimento facial”, complementou.
Além disso, por ser uma solução de inteligência artificial, se uma pessoa utilizar a caneta sem autorização, pode ser identificada a inconsistência através de auditoria, pois ela não lê apenas caracteres e traços, mas também velocidade e pressão.
Obedecendo a legislação
A tecnologia da Unimed Aeromédica vem ao encontro da nova legislação de guarda de prontuários, já que facilita o processo de armazenagem. “Hoje, os prontuários dos pacientes devem ser guardados por 15 anos. Em caso de crianças, são 15 anos após atingirem a maioridade. Por isso, o volume de papel é muito grande. Com o prontuário digital, o armazenamento acontece em ambiente nuvem com informações criptografadas”, esclarece Flávio Lopes.
Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil. Foto: Unimed Aeromédica.
A caneta digital, que tem funcionamento de 18 horas (se devidamente carregada), possui um GPS embarcado, o que garante, ainda mais, a segurança do processo. Em caso de furto ou adulteração, por exemplo, o equipamento é capaz de fornecer dados como a data da inserção da informação e a localização geográfica.
Eficiência em primeiro lugar
Com 23 anos de atuação na prestação de serviços de transporte aeromédico, a Unimed Aeromédica é uma empresa da Unimed Federação Minas que busca na tecnologia o auxílio para se manter à frente do mercado. “Somos uma instituição com o DNA inovador. Surgimos há mais de duas décadas em um mercado completamente desconhecido para a época e ajudamos a criar uma realidade que hoje beneficia milhares de pessoas em todo o país”, afirma o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos.
A empresa é referência em transporte aeromédico de urgência no Brasil e expandiu seu atendimento a clientes que não estejam ligados ao Sistema Unimed, com a possibilidade de contratação de voos particulares, plano anual de remoção aeromédica e atendimento a auto-gestões. Atualmente a instituição conta com mais de 3,5 milhões de clientes, mais de 21.200 transportes realizados e mais de 93% de clientes satisfeitos.
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Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil
Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil
Prontuário digital inteligente é usado pela primeira vez em transportes aeromédicos no Brasil