O homem que ficou ferido quando seu carro invadiu o canteiro central da Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, na Zona Sul de São Paulo, foi socorrido pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. O acidente aconteceu pouco antes das 15h desta quinta-feira (10) na pista sentido Interlagos. O motorista teve o braço esquerdo fraturado.
O carro ficou destruído. Cinco equipes da corporação estiveram no local para prestar os primeiros socorros à vítima e retirá-la das ferragens. No porta-malas do veículo havia uma lata de cerveja. Segundo o Corpo de Bombeiros, o condutor não apresentava sinais evidentes de embriaguez. Ele foi encaminhado, consciente, para o Pronto-Socorro do M’Boi Mirim.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) precisou interditar o acesso da pista expressa para a local, na área do acidente, para que fosse feito o resgate. Por volta das 16h, o trecho já havia sido liberado. O congestionamento na via, segundo a CET, se estendia por cerca de 1 km.
Presidente Prudente – Na proposta de apresentar os diferentes tipos de transportes para as crianças que integram a oficina de Educação no Trânsito do programa Cidadescola, a Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública (Semav), levou cerca de 30 alunos da Escola Municipal Antonio Moreira Lima para conhecerem o helicóptero Águia, da Polícia Militar, e o trabalho realizado pela Radiopatrulha Aérea em Presidente Prudente. A atividade ocorreu na tarde desta sexta-feira (30/09), no hangar da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
Segundo o secretário municipal da Semav, Luiz Abel Gomes Brondi, o programa trabalha os conhecimentos em relação às modalidades de transportes, entre eles o aéreo, ferroviário, aquático e viário. Ele lembrou, que os alunos da Antonio Moreira Lima já conheceram o a estação ferroviária, agora estão conhecendo o aéreo. E para o mês de novembro está previsto um passeio em Presidente Epitácio para apresentar o transporte marítimo. “A administração municipal está investindo na educação no trânsito de crianças e adolescentes, principalmente nesta faixa etária, onde podemos contribuir na formação do caráter”, comentou.
Em relação ao passeio no hangar, o secretário pontua que quase todas as crianças estão conhecendo um helicóptero pela primeira vez. “É importante também que os alunos conheçam todos os meios utilizados pela Polícia Militar”, apontou. De acordo com a professora da oficina, Nilza de Almeida Bino, o assunto já é abordado em sala de aula, a atividade externa é para mostrar na prática o trabalho da Radiopatrulha Aérea. Na ocasião, os dispositivos do helicóptero foram apresentados pelo 1º sargento Levi Leiva Pereira, e pelo atual comandante da aeronave, o 1º tenente Alexandre da Silva Costa.
O cabo PM Valdemir Mendes de Souza, mostrou aos alunos os equipamentos operacionais que podem ser utilizados pelo Águia nas diferentes situações, como o Bambi Bercket, equipamento que tem capacidade para armazenar 545 litros de água para apagar incêndios, e o cesto utilizado para resgate de pessoas em locais de risco.
Para a aluna Ana Paula Moreira de Oliveira, 8 anos, o passeio foi especial. “Nunca tinha visto um helicóptero de perto. Foi muito legal”, disse. A aluna Maria Eduarda da Silva Teixeira Sabino, 8 anos, revela que ficou emocionada. “Eu sempre tive vontade de entrar num helicóptero, e hoje tive a oportunidade. Além disso, aprendi o trabalho que a Radiopatrulha realiza para salvar vidas. Nunca vou esquecer desse passeio”, afirmou.
Depois de um ano de instituição do Serviço de Resgate Aeromédico em Campinas há muito o que comemorar, foram 227 acionamentos: 127 vítimas atendidas pela equipe médica do GRAU – Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências e transportadas pela aeronave; 60 vítimas atendidas pela equipe e removidas por viaturas terrestes e mais 40 ocorrências em que não houve necessidade de atendimento médico.
Este é um caso de sucesso, o convênio das Secretarias de Segurança Pública (Policia Militar: Bombeiros e Grupamento de Radiopatrulha Aérea) e da Saúde (GRAU), permitiu ações que atendem a uma população de aproximadamente 3 milhões de pessoas, num dos maiores conglomerados urbanos do país, atingindo 49 municípios, um raio de 20 minutos de voo a partir da Base de Radiopatrulha Aérea de Campinas.
Integrando os mais diversos atores (serviço público estadual de saúde, serviços públicos municipais de saúde, concessionárias das rodovias, guardas municipais, Polícia Militar, Bombeiros, etc…) o serviço tem proporcionado atendimento médico de urgência em variados cenários e no mais diversificado rol de ocorrências: queimados, afogados, acidentes automobilísticos, vítimas de acidentes com animais peçonhentos, eletrocutados, dentre muitos outros, inclusive casos clínicos (AVC, PCR).
O serviço, que no primeiro momento pretendia trazer o Águia para a atividade aeromédica, acabou agregando uma equipe que atua também no período noturno, estendendo pelas 24 horas do dia, o atendimento emergencial, tanto com helicóptero, quanto com viatura terrestre.
Ação integrada entre helicóptero Águia e viaturas terrestres possibilita a prisão de três pessoas
Hoje (29MAR10), por volta das 13:46 horas, 03 (três) indíviduos invadiram para furtar uma residência no Jardim Mediterrâneo, em Presidente Prudente, a Polícia Militar foi acionada através do telefone de emergência 190 e imediatamente viaturas fizeram o cerco ao local.
Em 26/03/2010, foi inaugurada a Base de Radiopatrulha Aérea de Presidente Prudente. Na ocasião, houve a entrega oficial do Águia 16 ao GRPAe. O evento ocorreu na sede do Comando de Policiamento do Interior (CPI-8), com a presença do governador de São Paulo.
Bauru, que há dias vem enfrentando uma série de incêndios, ontem (10/03/2010) registrou um, de proporções ainda maiores. Desta vez, o fogo destruiu cerca de três dos cinco alqueires de pasto nas imediações da Vila Nova Esperança e colocou em risco casas das proximidades. Sete famílias acompanharam o trabalho dos bombeiros ansiosas, com medo de que as chamas chegassem às suas residências.
São Paulo – O Policial Militar identificado como Sidney foi atropelado quando trafegava pela na estrada de Itapecerica à Campo Limpo, por uma lotação do município do Embu que fazia a linha do Santo Eduardo.
São Paulo – Se acha aberta, no GRPAe da PMESP, licitação na modalidade PREGÃO, a ser realizada por intermédio do sistema eletrônico de contratações denominado “Bolsa Eletrônica de Compras do Governo do Estado de São Paulo – Sistema BEC/SP”, com utilização de recursos de tecnologia da informação, denominada “PREGÃO ELETRÔNICO”, nº GRPAe-018/400/09, do tipo MENOR PREÇO GLOBAL – Processo nº GRPAe-192/400/09, objetivando a contratação por período de 12 (doze) meses de Seguro do Ramo Aeronáutico para a Frota do Grupamento de Radiopatrulha Aérea, conforme Projeto Básico (Anexo I) do Edital.
A data de início do prazo para envio da proposta eletrônica iniciou em 21/01/2010, sendo que a sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou www.bec.fazenda.sp.gov.br, em 03/02/2010, às 09:00h e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.
A presente licitação tem por objeto a contratação de seguros do ramo aeronáutico, com seguro de franquia, conforme especificações constantes do PROJETO BÁSICO, que integra este Edital, conforme o Anexo 01, a saber:
1) 18 (dezoito) helicópteros nos modelos Helibrás HB350B, AS350BA, AS350B2, Schweizer 269C-1 e Sikorsky S 76 A; sendo:
16 (dezesseis) helicópteros de patrimônio da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
01 (um) helicóptero cedido através de Convênio pela Prefeitura do Município de São Paulo; e
01 (um) helicóptero de patrimônio do Estado de São Paulo, através de Termo de cooperação celebrado entre Casa Militar do Gabinete do Governador e a SSP pela PMESP (GRPAe).
2) 06 (seis) aviões, modelos: King Air B200GT, 2 Cessna 210 L, Embraer Sêneca II e Beech Aircraft Bonanza e Beech Aircraft 58 , sendo, respectivamente:
04 (quatro) aviões de propriedade da Polícia Militar;
02 (dois) aviões que a Polícia Militar detém na condição de depositária judicial.
No dia 1º de janeiro de 2010, na região de São Luiz do Paraitinga, em razão das fortes chuvas, o nível dos rios começaram a subir. Num primeiro momento não houve muita preocupação da população, pois nessa época do ano é normal a elevação dos rios pelas fortes chuvas. A região possui a seguinte hidrografia: Rio Paraitinga, Rio Paraibuna e Ribeirão Chapéu (estes foram os rios mais afetados pela enchente) e, rapidamente, as águas começaram a invadir as ruas, nas zonas urbanas e os campos e casas, nas zonas rurais.
O acidente aconteceu por volta das 17hs, horário de pico na Avenida Paulicéia. Segundo informações o garoto de apenas 6 anos, havia acabado de comprar linha para seu pipa em uma loja localizada no Shopping Laranjeiras e ao atravessar a movimentada avenida, acabou sendo atropelado por um veículo siena que seguia pela via.
Os bombeiros de Marília, a 435 km de São Paulo, se mobilizaram nesta segunda-feira (11) para resgatar um homem de 58 anos que caiu em um vale na Vila Real. Eles demoraram quatro horas e meia para encontrá-lo.
São Paulo – Em Cunha o Exército resgatou uma vítima de soterramento, em São Luiz e Lagoinha a Polícia Militar utilizou dois Águias.
As fortes chuvas que atingem a região do Vale do Paraíba deixaram as cidades de São Luiz do Paraitinga, Cunha e Lagoinha isoladas. Todos os acessos às cidades estão interditados por quedas de barreira ou transbordamento de rios.
Santos – Sob um forte sol e muito calor, o Governo do Estado lançou, no início da tarde de quinta-feira (24), em Santos, a Operação Verão 2009/10, que visa garantir a segurança de moradores e turistas que estiverem no litoral do Estado. A operação teve início nesta segunda-feira (28) e tem término previsto para o final da semana após o Carnaval.
Como, a partir do zero, iniciou-se um policiamento inédito no Brasil. Conheça o valor histórico de formação do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
No ano em que comemoramos o Jubileu de Prata do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar é importante fazer um passeio ao passado, não muito distante, para conhecermos as condições que propiciaram a implementação daquele então novo meio de policiamento, as adversidades encontradas, e outras nuances que não podem e não devem ser nunca esquecidas.
Em 1983, depois de um longo período em que os governadores dos Estados eram indicados e nomeados pelo Governo Federal, tivemos a primeira eleição para este cargo, tendo vencido e assumido o cargo o Governador André Franco Montoro.
Junto com a eleição seguiram-se uma série de manifestações que, sob a bandeira da então “conquistada liberdade”, promoviam uma baderna generalizada, com ênfase às depredações e saques, principalmente de supermercados e outros tipos de comércio.
O pânico tomava conta da população e a polícia, apesar de todo o seu empenho, não conseguia acompanhar o ritmo das manifestações que “pipocavam” em todos os pontos da nossa maior metrópole.
As autoridades decidiram por bem alocar helicópteros utilizados pela CESP – Centrais Elétricas de São Paulo – no trabalho de inspeção de linhas, à Polícia Militar, a fim de serem utilizados como plataformas privilegiadas de observação e acompanhamento de movimentação anormal e suspeita da população, para otimizar o emprego das tropas em terra e, assim, conseguir restabelecer a ordem pública.
A iniciativa foi tão bem sucedida que a ela se seguiu a locação de helicóptero para continuar aquela atividade e ajudar no policiamento. Até então, tais helicópteros eram pilotados por civis e tinham em sua tripulação, como observadores, policiais militares do Comando de Policiamento de choque. Missões bem sucedidas ensejaram que o Governo do Estado adquirisse dois helicópteros, sendo um para a Polícia Militar, que ganhou o designativo operacional de “Águia Uno” (designativo que se mantém até hoje) e outro para a Polícia Civil, com designativo operacional de “Pelicano”.
A data de entrega de tais aeronaves, já caracterizadas com as cores e logomarcas de suas instituições, foi em 15 de agosto de 1984, no heliponto do Palácio dos Bandeirantes.
Antes mesmo da entrega, a Polícia Militar já se antecipara na preparação de pessoal e na estruturação, ainda experimental, da nova Unidade que, por ter abrangência estadual, subordinava-se diretamente ao Subcomandante da Polícia Militar.
Pessoal e formação
Para a função de pilotos, inscreveram-se mais de 600 Oficiais. Como não haveria tempo hábil para submeter todos aos longos e exaustivos exames, optou-se por uma pré-seleção, em que cerca de 40 Oficiais foram submetidos a exames tanto no âmbito da Polícia Militar como pelo pessoal do Centro de Seleção da Força Aérea.
Os Oficiais selecionados iniciaram o Curso Teórico de Piloto de Helicópteros na Escola Superior de Aviação, no Campo de Marte, com cerca de 45 dias de atraso em relação aos demais alunos. No decorrer desse curso, surgiu a oportunidade de três Oficiais fazerem o Curso de Piloto de Helicópteros na Marinha do Brasil, na Base Aeronaval de São Pedro D’Aldeia. Alguns Oficiais, já concursados anteriormente, e mais outros participantes deste novo concurso, sendo que três deles acabaram fazendo o curso na Marinha.
Desta forma, o grupo inicial de pilotos, ficou constituído de sete Oficiais, sendo três formados na Marinha e quatro formados em escola particular, passando posteriormente por um curso de padronização na Força Aérea Brasileira, na Base Aérea de Santos.
Ten Cel PM Ubirajara com o Águia Uno em operação policial no interior do Estado. Primeiro Comandante do GRPAe da PMESP
Assim sendo, o primeiro grupo de pilotos de helicópteros da Polícia Militar ficou composto pelos seguintes Oficiais, com suas respectivas patentes à época : Ten Cel PM Ubirajara Guimarães (primeiro Comandante da Unidade); Capitães PM Gérson Vitória, Sérgio Luchesi, Marco Antônio Visconti e Waldir dos Santos; 1º Ten PM Irineu Mota Filho e Otacílio Soares de Lima.
Para as demais funções, aos poucos foram sendo selecionados Praças que apresentavam perfil aparentemente adequado para ser Tripulante Operacional. E por que aparentemente ? Simplesmente porque não se sabia até então qual era esse perfil, daí o bom número de Tripulantes Operacionais serem oriundos do COE (Comando de Operações Especiais), que era a tropa da Polícia Militar com mais familiarização com voos em aeronaves de asas rotativas.
Até que os Oficiais estivessem prontos para o desempenho pleno de suas funções, os helicópteros eram pilotados por civis, tendo como segundos pilotos os Oficiais já selecionados e em curso prático de pilotagem.
Aniversário de 5 anos do GRPAe de São Paulo – 15 de agosto de 1989 – Aeroporto Campo de Marte.
Diversidades iniciais
Inúmeras foram as adversidades encontradas no início deste desafio de se implantar e mostrar, em pouco tempo, eficiência numa nova modalidade de policiamento. Destacaremos algumas delas :
→ Afora algum resquício existente, não havia no Brasil, em qualquer Estado, uma unidade independente sequer de policiamento com emprego de helicópteros que pudesse nos fornecer algum parâmetro para implantação, carecendo a autorização de todas as decolagens de governadores de Estado, o que inviabilizava o emprego do helicóptero, com uma de suas maiores vantagens, qual seja, a rapidez;
→ Incompreensão inicial de diversos setores da sociedade, como a imprensa e as associações representativas dos pilotos de helicópteros, a tal ponto de um jornal de grande respeitabilidade e circulação em São Paulo, e no Brasil, estampar em manchete :“Helicóptero, o novo brinquedinho de luxo do governo paulista”; as associações representativas dos pilotos civis mobilizavam-se tentando evitar que os integrantes da Corporação pudessem pilotar e cuidar de suas aeronaves, para não perder postos de trabalho para a categoria;
→ Posicionamento pessoal de integrantes da Força Aérea Brasileira, o que não representava o pensamento daquela instituição, que se colocavam contra a possibilidade dos helicópteros da Polícia Militar serem pilotados por seus próprios Oficiais;
→ O espaço reservado à nova Unidade : duas salas sob o alojamento de Praças do 2º BPChq (em que o teto das salas e o piso de assoalho do alojamento eram a mesma coisa) e mais um “porão” com cerca de dois metros de altura, com porta para o pátio da mesma Unidade, que servia como Sala de Operações e permanência dos Tripulantes;
→ Alguns posicionamentos internos na Corporação que não vislumbravam, na nova modalidade de policiamento, mais um eficiente meio de combate as crime, além de outros tipos de missão, o que representava um avanço tecnológico, até com certo atraso. E tanto isso é verdade que, ao verificarmos o crescimento da nova Unidade, constatamos que se transformou no que hoje é de sobejo reconhecido por todos aqueles que, no momento inicial, mostraram-se contrários.
Águia 02, PT-HLB, sendo inspecionado pelos mecânicos na sede do GRPAe no Aeroporto Campo de Marte/SP. Atualmente é o Águia 12 e possui novo grafismo.
Considerações finais
Apesar das adversidades apontadas, é justo que também se faça referência a pessoas que, nada tendo a ver diretamente com a criação da nova Unidade, empenharam-se sobremaneira para que os objetivos pudessem ser alcançados e, até correndo riscos pessoais inerentes às suas funções à época, deram sua desinteressada contribuição.
Outros houveram, mas os mais significativos foram o então Ajudante Geral da Polícia Militar, o saudoso Cel PM Francisco Antônio Coutinho e Silva, que garantiu a possibilidade de quatro Oficiais fazerem o Curso de Piloto de Helicóptero em escola civil e o Chefe do então Centro de Suprimento e Manutenção de Material Bélico da Polícia Militar, Ten Cel PM Dalmiro Gomes, que forneceu todo o suporte logístico que envolvia desde a aquisição de combustível de aviação até o fardamento especial utilizado pelo pessoal.
Estas duas pessoas mencionadas, juntamente com outras que por questão de tempo não estão sendo citadas, fizeram com que houvesse certo equilíbrio na balança dos “a favor” e “contra” a criação da inédita Unidade da Polícia Militar.
Apesar da data de criação oficial por Decreto do Grupamento de Radiopatrulha Aérea não ser 15 de Agosto, a Corporação, após estudo e levando em consideração que esta data coincidia com o recebimento oficial e permanente de um helicóptero para todas as atividades possíveis de serem desempenhadas por este eficiente meio de policiamento, na história da Polícia Militar esta é a data escolhida como o ponto de partida deste bem sucedido empreendimento.
Este artigo é uma homenagem aos que plantaram em terreno tão árido um novo tipo de vegetal e que dele cuidaram com tanto amor, que as gerações que os sucederam entenderam tão bem seu espírito empreendedor e de servir toda a comunidade: ele cresceu, reproduziu-se e hoje se espalha por boa parte da terra paulista.
Duas crianças foram retiradas de dentro de uma casa no início da noite desta quarta-feira (16/12/09) na região do Jaraguá, na Zona Norte de São Paulo. Elas foram colocadas dentro de uma cesta e içadas pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar.
Segundo conta a história, esta técnica tem sua origem no nome de um militar americano, que, durante a guerra do Vietnã, utilizando-se de sua criatividade, retirando militares que se encontravam no meio da floresta, através de cordas fixadas no helicóptero.
Essa técnica é utilizada para resgatar vítimas em locais de difícil acesso (matas, telhados, torres, encosta de montanha, etc) onde outra técnica não seria possível ser empregada, visto o risco que esse tipo de operação apresenta. A técnica consiste no lançamento de dois tripulantes através de cordas, perfazendo-se do rapel para a descida (infiltração), e posteriormente na exfiltração, através do içamento e deslocamento desses tripulantes pelas cordas, variando o seu comprimento conforme a missão. A novidade é que todo este conjunto fica acoplado em um sistema de ancoragem instalado no piso e também no gancho da aeronave, denominado “Mcguire” com exfiltração pelo gancho.
A aeronave utilizada no caso é um AS 350 B2, peso máximo de decolagem de 2.250 kg, peso máximo de decolagem com carga externa de 2.500 kg. Sabendo-se que a maioria das polícias no Brasil utilizam-se desse modelo de helicóptero e fazem da técnica do “Mcguire” um dos meios para a resolução de problemas, essa técnica, ora apresentada, visa aprimorar o sistema, minimizando os riscos.
“Aranhas” confeccionadas com “fitas tubulares” em conjunto a uma “placa de ancoragem” ou argola de aço utilizadas pelo GAvOp do CBM/DF.
Vale lembrar que há várias formas de ancoragem das cordas no piso da aeronave, no caso apresentado, a “aranha” é confeccionada com cabos de aço, mas existem outras possibilidades, como a utilização de “fitas tubulares” ou cordas, em conjunto a uma “placa de ancoragem” ou argola de aço, pois, para essa técnica, o mais importante é o tipo de ancoragem realizada no gancho da aeronave, pois é ele que suportará a carga e minimizará o pêndulo.
Um dos maiores temores esta alicerçado no pêndulo que as cordas apresentam durante o deslocamento da aeronave e para evitar e/ou minimizar o efeito deste pêndulo dessincronizado (eixo longitudinal ou transversal da aeronave) e, por vezes acentuado, foi testada uma nova maneira de executar a amarração no piso e no gancho da aeronave (este modelo suporta 750 kg de carga), e, ao invés das cordas passarem por cima dos esquis, como o habitual, elas passam pela parte interna deles e têm seu “ponto bomba” (local de ancoragem na aeronave que surporta niveis elevados de carga) no gancho da aeronave, como se fosse um deslocamento com carga externa pelo guancho.
Assim, as cordas são ancoradas no gancho e a força a ser exercida estará no centro de gravidade (CG) do helicóptero, melhorando a performance e facilitando as manobras realizadas pelo piloto, reduzindo sobremaneira o pêndulo, além de ser simples a sua redução se porventura vier a ocorrer.
Este tipo de sistema foi realizado com a “Aranha” confeccionada com cabos de aço e é distribuída da seguinte forma:
Sistema com 05 (cinco) mosquetões de aço para ancoragem.Mosquetão 01 (um) permeio da Corda a ser utilizada.Os Mosquetões 02 (dois) e 03 (três) serão fixadas às cordas de “backup” do “Mc Guire”. Nesse momento, após fixadas, deverá ser feita uma medida de tamanho condizente para fazer a conexão no gancho da aeronave, sendo utilizado um mosquetão de aço para cada corda, lembrando que as travas de rosca destes devem estar em direções opostas entre si, para que eles, com o atrito, não venham a abrir.Após a fixação no gancho o “vivo” de cada corda deverá voltar ao sistema da aeronave para que seja feita a amarração do rapel. As cordas utilizadas no rapel deverão ser fixada nos mosquetões 04 (quatro) e 05 (cinco) e com os seus devidos “backups”, como mostra a figura.
O sistema esta montado como mostra a figura acima, lembrando que após a realização do rapel, o tripulante lançador deve retirar as cordas que foram utilizadas para a descida de rapel, desfazer os nós e liberá-las entre os esquis para que possam ficar no sistema de “Mcguire” pelo gancho e realizá-lo, conforme fotos abaixo:
Operação de salvamento realizada em 2007 utilizando essa técnica desenvolvida pelo Grupamento de Radiopatrulha Aérea de São Paulo.Observe as cordas fixadas ao gancho da aeronave e seus respectivos “backups” conectados à “aranha” no piso do helicóptero.
Fonte: Esse texto foi escrito por Eduardo de Moraes Gomes (tripulante operacional), entretanto, essa técnica foi desenvolvida por tripulantes operacionais e pilotos do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo, após muitos debates e testes e, atualmente, é procedimento adotado por essa Unidade de Aviação.
Fotos: Edmar Félix Ambrósio, Eduardo Alexandre Beni e GRPAe.