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Michele Mamprim Grippa

Operadores de Suporte Médico participarão de painel sobre treinamento e CRM no 3º CONAER

O 3º Congresso Aeromédico Brasileiro (3º CONAER) será um evento presencial e acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2022, no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, Campus Vila Olímpia 07, Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia, São Paulo, SP.

O evento está programado para começar às 11h30 do dia 17/11 e encerrar às 14h do dia 19/11. No dia 17/11 estão previstos cursos pré-congresso, das 08h30 às 11h30. A programação do evento prevê palestras, painel sobre medicina aeroespacial, painel sobre enfermagem aeroespacial e apresentação de trabalhos científicos, além da realização do 2º Encontro Nacional de Operadores de Suporte Médico.

Clique na imagem e acesse a página do 3º CONAER.

A programação do 3º CONAER prevê o 2º Encontro Nacional de Operadores de Suporte Médico com o tema treinamento e gerenciamento de equipes aeromédicas (CRM). As médicas Fabiana Maria Ajjar (CAv PMESP) e Michele Mamprim Grippa (SIATE/BPMOA PR) e os enfermeiros José Lucio de Souza Macêdo (SAMU/CIOPAER CE) e Herberth Jessie Martins (SAMU/GAVOP CBMDF) serão os protagonistas do painel.

A mediação do encontro será realizada pelo Médico Maurício Lemos, operador de suporte médico da SESA/SAMU PR. A proposta do encontro é reunir os operadores de suporte médico que desempenham suas funções nas Unidades Aéreas Públicas do Brasil e poderem debater sobre a função criada pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 90 (RBAC 90) da ANAC, que definiu, dentre outras, as operações aéreas de urgência e emergência médica realizadas pelo Poder Público.

O treinamento e capacitação vem sendo um tema muito debatido no setor e também o gerenciamento das equipes em missões complexas, como regates e salvamentos realizados por esses profissionais de saúde. Será um oportunidade de conhecer esses profissionais e entender quais são os caminhos para estar apto a realizar essa função a bordo de aeronaves de resgate.

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Informações

Para saber mais sobre a programação do evento, currículo dos painelistas, acesse a página do 3º CONAER ou entre em contato através dos seguintes canais:

O papel das Mulheres na Aviação Aeromédica será tema de mesa redonda no 2º CONAER

O 2º Congresso Aeromédico Brasileiro (CONAER On-Line) acontecerá nos dias 20, 21, 22 e 23 de Setembro de 2021, das 18h00 às 22h00. Poderá participar do evento qualquer profissional com interesse no resgate aéreo ou no serviço aeromédico.

As palestras, oficinas, estandes virtuais, apresentações dos trabalhos científicos e o 1º Encontro Nacional de Operadores de Suporte Médico, acontecerão no formato virtual e serão realizados através da plataforma Doity Play. Os participantes poderão assistir todo o conteúdo do evento, além de poder interagir com os palestrantes, empresas, autores dos trabalhos e profissionais do setor.

Durante o evento acontecerá mesa redonda sobre O papel das Mulheres na Aviação Aeromédica e terá a participação de três profissionais que se destacam no setor: a pilota Capitão PM Elizabeth Bergamin do NOTAER do Espírito Santo; a médica Michele Grippa do SIATE/BPMOA do Paraná e a enfermeira Nadia Bender do SARA/SAERFRON de Santa Catarina.

Bettyna Beni, consultora e especialista em desenvolvimento humano, facilitará o bate papo com as especialistas da Aviação Aeromédica. Nesse momento em que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), essas profissionais estão na linha de frente e durante o 2º CONAER haverá um momento para conversar sobre o tema e saber um pouco mais do dia-a-dia dessas supermulheres.

Quem são elas

Submissão de trabalhos

A submissão de trabalhos científicos já se encontra disponível na plataforma Doity. Para saber mais acesse a página do evento.

Inscrições

Para mais esclarecimentos acesse a página do CONAER ou entre em contato através dos seguintes canais:

Com vagas limitadas, estão abertas inscrições do 2º lote para o Ground School Aeromédico, inédito no setor

Esgotadas as vagas do 1º lote para o curso Ground School Aeromédico, estão disponíveis mais algumas vagas para o curso de familiarização do serviço aeromédico, que inclui consultoria de carreira. Os profissionais que fazem parte do time de facilitadores são especialistas em suas áreas de atuação.

Poderá participar do curso qualquer profissional com interesse na área e as aulas serão gravadas para que aluno que não pode assistir tenha 100% de aproveitamento. Cada participante receberá certificado de conclusão do curso.

O curso é estruturado com base no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Nº 135 (RBAC 135), Instrução Suplementar Nº 135-005A (IS Nº 135-000A), Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Nº 90 (RBAC 90 – Subparte C e O), bem como na Portaria Nº 2048 de 2002, além das normas estabelecidas pelo CFM (Resolução Nº 2.221/18) e Cofen (Resolução Nº 551/17).

Os encontros virtuais (ao vivo) do módulo teórico são realizados às terças e quintas-feiras, das 19h00 às 21h30, através da ferramenta ZOOM, com fornecimento de Certificado emitido pela Evoluigi Treinamento e Desenvolvimento. No certificado é incluída a grade curricular do curso. As aulas são GRAVADAS e podem ser assistidas depois.

Consultoria de Carreira

Além do curso, os participantes terão acesso à ferramenta de assessment Perfil APOGEO (análise de perfil) e receberão feedback individual sobre seu perfil durante conversa com a especialista em carreira, Bettyna Gau Beni.

Conteúdo

a. Consultoria de carreira;
b. Legislação especial;
c. Formação e capacitação das equipes aeromédicas;
d. Legislação Aeronáutica – Operações Aéreas;
e. Fisiologia de voo;
f. Segurança Operacional – Operações Aéreas;
g. Sobrevivência na selva e/ou mar;
i. Segurança Operacional – Equipe de Saúde e Paciente;
j. Estudo de Caso.

Palestra

Palestra (Meetup) com o Professor Nelson Augusto Mendes, coordenador o curso de pós-graduação em Enfermagem Aeroespacial, Transporte e Resgate Aéreo da Faculdade CENSUPEG no dia 14/10/2020, das 19h00 às 21h30 – “Transporte Aeromédico de paciente crítico em aeronave de asa fixa“.

Prêmio – Sorteio

Será sorteada uma bolsa de 50% entre os profissionais de nível superior que participarem do Ground School Aeromédico, para o curso de pós-graduação em Enfermagem Aeroespacial, Transporte e Resgate Aéreo da Faculdade CENSUPEG, nas turmas de Curitiba ou Rio de Janeiro de 2020.

Vítima de queda é resgatada por bombeiros e equipe aeromédica do BPMOA em Campo Magro, PR

Paraná – Na tarde de quinta-feira (06), equipe aeromédica do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) foi acionada para socorrer vítima de queda de plano elevado na cidade de Campo Magro. No local, um homem de 63 anos apresentava Traumatismo Cranioencefálico (TCE) grave.

A vítima foi atendida pela equipe de Operadores de Suporte Médico (OSM) do helicóptero Falcão 08 do BPMOA, em conjunto com bombeiros do 7° Grupamento de Bombeiros. Uma vez estabilizada, a vítima foi encaminhada de helicóptero ao Hospital do Rocio, em Campo Largo.

Antes desse atendimento, a equipe foi acionada para resgate aeromédico na cidade de Colombo. No local havia ocorrido um acidente de trânsito envolvendo dois veículos. As vítimas foram atendidas e encaminhadas de ambulância ao hospital.

Resgate Aeromédico realizará no dia 15 de julho Meetup sobre Treinamento de Tripulação Aeromédica

O portal Resgate Aeromédico realizará no dia 15 de Julho, das 19h30 às 21h00, mais um Meetup Resgate Aeromédico voltado ao mercado da aviação. A ideia é conversar com especialistas do setor sobre temas escolhidos pelos participantes e aproximar as pessoas.

O tema do próximo Meetup será “Treinamento de Tripulação Aeromédica”. Será uma conversa com a médica Michele Grippa do SIATE e do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) do Paraná e a enfermeira Nadia Bender do SAMU 192 e do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico (SARA) de Chapecó, SC.

O professor Eduardo Beni será o facilitador do encontro. Ideias e demandas de encontros com outros temas e para outros segmentos podem surgir ao longo do tempo, oferecendo a experiência da Evoluigi em gestão, desenvolvimento humano e liderança.

Orientações Importantes:

  1. Clique aqui e faça sua inscrição.
  2. As inscrições são GRATUITAS.
  3. As vagas são LIMITADAS em 100 participantes.
  4. As 100 primeiras pessoas que iniciarem a conexão no ZOOM poderão participar do Meetup.
  5. Poderão participar do Meetup apenas os participantes com inscrição realizada através do Doity.
  6. A transmissão será feita através da ferramenta ZOOM.
  7. Para ter uma conexão mais estável sugerimos baixar e registrar-se no aplicativo do ZOOM (celular e/ou notebook).
  8. Quando ingressar na sala do ZOOM utilize o NOME DE SUA INSCRIÇÃO.
  9. Confirmada a sua inscrição você receberá, através do e-mail cadastrado, o link e senha para participar da conversa.
  10. Se não puder participar, na área de inscrição, você poderá trocá-la com outra pessoa.
Resgate Aeromédico realizará em julho oficina virtual sobre Treinamento de Tripulação Aeromédica

Médica e operador aerotático descem de rapel e socorrem homem ferido após queda no Salto dos Macacos, PR

Paraná – Na manhã de sábado (29), equipe do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) da Base Litoral foi acionada pelo Corpo de Bombeiros de Matinhos para  resgate de homem de 23 anos de idade, que teria caído do Salto dos Macacos, em Morretes.

Foi informado diagnóstico preliminar de trauma raquimedular seguido de afogamento. O homem foi socorrido por populares que estavam no local. Estava consciente, porém, sem movimentos nos membros inferiores.

YouTube player

Quando a aeronave chegou ao local da queda, a vítima já estava sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros de Morretes. O Salto dos Macacos é uma cachoeira em área remota, de difícil acesso em uma região montanhosa e bastante aclive. Devido a dificuldade de acesso da aeronave, um Operador Aerotático e uma Operadora de Suporte Médico (médica) foram infiltrados por rapel para avaliação e preparação da vítima ao transporte.

A vítima estava orientada e consciente, com os movimentos das pernas e braços, porém com contusão na coluna torácica, com suspeita de fratura na região de T10 à T12. Devido a dificuldade de remoção da vítima do local, foi necessária sua extração através da técnica Mcguire. A vítima e os tripulantes da aeronave foram transportados até um local seguro, onde foi possível embarcar todos no helicóptero.

Na sequência, a vítima foi transportada no Falcão 03 até o Aeroporto de Paranaguá, onde uma ambulância do SAMU aguardava para transporte até o Hospital Regional do Litoral.

Ação pioneira

Essa não é a primeira vez que um Operador de Suporte Médico desce de rapel no Paraná para socorrer uma vítima. No dia 25 de Janeiro a médica Michele Mamprim Grippa fez o socorro de uma mulher no mesmo local. (Saiba mais)

Em ação pioneira, Operadora de Suporte Médico desembarca de rapel e socorre vítima de queda em cachoeira, PR

Paraná – No início de sábado (25), por volta das 13 horas, a equipe do helicóptero Falcão 03 do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), foi acionada pelo 8º Grupamento de Bombeiros (8º GB) para realizar a retirada de uma mulher da cachoeira do Salto dos Macacos, Morretes, que havia sofrido um queda de aproximadamente dois metros, próximo à cachoeira principal.

Para efetuar a extração da vítima do local foram lançados, por meio de rapel, o Operador Aerotático (OAT) e a Operadora de Suporte Médico (OSM). Uma vez acessado o local, a médica Michele Mamprim Grippa (Saiba mais sobre a médica) e o tripulante Sd Matias realizaram a abordagem da vítima e sua estabilização em maca.

O Sgt Panzarine foi o tripulante que coordenou o desembarque da Dra Michele e do Sd Matias e a retirada da vítima pelo mcguire, orientando os pilotos Ten Cel Adilar e Ten Fernandes.

Em virtude das características do relevo e ser de difícil acesso, foi realizada a técnica de extração através do Mcguire, em que a vítima é içada do local do acidente até um local em que possa ser embarcada na aeronave.

A vítima de 34 anos teve náusea e tontura, apresentava cervicalgia a nível de C2 e ferimento corte-contuso em face. Através de coordenação da Regulação Médica SAMU Operação Verão Maior, foi encaminhada de helicóptero ao Aeroporto de Paranaguá, onde uma ambulância do SIATE do 8º GB aguardava para o embarque. Ela foi transportada ao Hospital Regional Litoral para avaliação, exames e tratamento intra-hospitalar.

Ação pioneira

Foi a primeira infiltração por meio de rapel de um Operador de Suporte Médico (OSM) do BPMOA e Secretaria da Saúde (SESA) em local de difícil acesso para uma missão de resgate.

A pioneira nessa ação foi a Dra. Michele Mamprim Grippa. Ela é médica do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE) há quase 10 anos e tripula as aeronaves do BPMOA em missões de resgate aeromédico.

Operadora de Suporte Médico do Falcão 03 desembarca de rapel e socorre vítima de queda em cachoeira, PR.

Nessa missão, a Dra. Michele colocou em prático todo seu treinamento e habilidade para acessar a vítima através do rapel. Além disso realizou em equipe a estabilização da vítima e seu preparo para a retirada pela técnica do mcguire. Depois disso fez seu embarque e transporte até a viatura do SIATE em Paranaguá.

“Fique muito feliz em pode ajudar. Confesso que fique apreensiva, mas a experiência do comandante e dos tripulantes, o trabalho em equipe e muito treinamento, deram a mim confiança em realizar a descida com segurança. Tive a oportunidade de participar dos treinamentos realizados pelo BPMOA e isso me ajudou muito.”, disse Michele depois do resgate.

“O trabalho em equipe é fundamental para que tudo ocorra bem.”, complementou.

Saiba mais como foram os treinamentos:

Premiada, médica conta histórias emocionantes de resgates e perdas

Por Maria MiquelettoGazeta do Povo.

Paraná – “Me olham como a última esperança”, diz médica premiada em desafio de resgate. Cirurgiã plástica de formação, Michele Mamprim Grippa trabalha há nove anos com atendimento pré-hospitalar no Siate de Curitiba.

Entre uma cirurgia plástica e outra, a médica Michele Mamprim Grippa tem uma missão especial. Às quintas-feiras veste seu uniforme impecável e chega logo cedo, às 7 horas, ao Quartel Central do Corpo de Bombeiros ou ao Aeroporto do Bacacheri, dependendo da escala.

Sempre que possível Michele visita os pacientes que atendeu ou tenta conseguir notícias do estado de saúde deles com colegas nos hospitais. Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo.

A cirurgiã faz parte do corpo clínico do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) e atua como socorrista em resgates médicos terrestres e aéreos. Esse é seu trabalho, mas descrevê-lo como uma missão representa muito melhor o espaço que o atendimento pré-hospitalar ocupa em sua vida — uma paixão que faz seus olhos ora brilharem, ora conterem as lágrimas.

“Todo resgate que nós fazemos eu tenho a certeza de que faria tudo de novo. Poder entregar uma vítima com vida, estabilizada, muitas vezes em casos em que sei que, se a gente não estivesse ali, ela morreria, isso não tem preço”, conta, emocionada.

Além de fazer parte do Siate há nove anos, Michele decidiu se lançar em uma nova empreitada: participar da competição que reúne os melhores profissionais da área, o Desafio Mundial de Resgate. Ela e sua dupla, o enfermeiro Luis Gaudêncio, também do Siate de Curitiba, venceram por dois anos consecutivos a etapa nacional.

Michele conta que a vontade de trabalhar com atendimento pré-hospitalar tomou forma quando fez residência em cirurgia geral no Hospital Cajuru. Ao ver seus colegas chegarem ao pronto-socorro com vítimas, soube que queria estar na rua trazendo pacientes.

O sonho se concretizou logo após terminar uma especialização em cirurgia plástica — área em que atua até hoje.

“Convivo com dois extremos que se completam — de um lado, na cirurgia plástica, eu quero rotina, quero tudo certinho, mas do outro lado, no resgate, tenho zero rotina e adoro”, compara e se diverte com o aparente antagonismo, deixando de lado a formalidade realçada pelo uniforme militar que usa.

Ao redor do mundo

O enfermeiro Luis Gaudêncio é a dupla de Michele nas competições. Foto: acervo pessoal.

Quando participou do Desafio Mundial de Resgate em 2016, Michele não imaginou que nos anos seguintes seria a vencedora da prova nacional e viajaria pelo mundo representando o Siate e o resgate médico brasileiro — mas o tempo só fez aumentar o entusiasmo pela prova.

“O mais legal é que muito do que fazemos na competição, a gente consegue transferir para os nossos atendimentos do dia a dia. Em relação à agilidade, definição de diagnóstico precoce e, especialmente, o trabalho em equipe”. Esse último item é, para a médica, o alicerce mais importante para os salvamentos, pois nos resgates “não se faz nada sozinho”.

A competição é organizada pela ONG World Rescue Organization (WRO), sediada no Reino Unido, como uma das ações promovidas para o aperfeiçoamento do atendimento pré-hospitalar. O desafio é composto por duas etapas, nacional e mundial.

O primeiro resultado da dupla, em 2016, foi o 9º lugar na competição. No ano seguinte, na Romênia, subiram para a oitava posição depois de vencer a etapa nacional. Em 2018, após vencer novamente o nacional, foram para a África do Sul e voltaram com o 11º lugar na prova.

Ganhar conhecimento e crescimento pessoal é parte do prêmio, mas o que mais motiva Michele a participar dos desafios é tornar o Siate conhecido internacionalmente: “Queremos mostrar que temos um serviço de excelência no Brasil e não estamos perdendo em nada para os países de primeiro mundo nesta área”. O Siate foi pioneiro ao inaugurar, em 1990, um novo modelo de atendimento pré-hospitalar no país.

A rotina na 1133 e no Falcão 03 e 04

O primeiro atendimento pré-hospitalar de Michele, com a ambulância de intervenção rápida 1133, foi em uma colisão entre um caminhão, dois carros e uma moto. Eram oito vítimas, com quatro óbitos — dois deles crianças.

“Aquele dia foi um teste de fogo e eu nunca tive tanta certeza de que era aquilo que eu queria fazer. Depois daquele dia eu falei: ‘eu tenho que ser melhor nisso aqui, quero ser a melhor”, recorda, com um mix de pesar e orgulho.

Apesar dos desafios da profissão, como a falta de rotina e as dificuldades específicas de cada atendimento, Michele mantém o mesmo fascínio do início. Para a médica, o encanto com o trabalho está justamente na preparação constante para atender todos os tipos de emergência.

A médica integra a equipe de atendimento aeromédico do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) desde dezembro de 2017. Com o atendimento aéreo, os riscos ficaram maiores, mas nem por isso seu marido Adriano, e seus três filhos — a Sofia de 7 anos e os gêmeos Antonio e Gabriel, de 3 — deixaram de apoiá-la e oferecer todo o suporte.

“Os riscos são grandes, por isso existe muito treinamento e estudo. Se eu vou pra uma situação pode ameaçar nossa integridade, aguardamos até o risco ser eliminado para atender a vítima”, garante.

Resgate Aeromédico BPMOA

Um aspecto do trabalho não se alterou com a mudança: o controle emocional necessário em cada atendimento. Um dos casos mais difíceis para Michele foi o atendimento de três crianças — de 9, 10 e 11 anos —, afogadas em uma cava na região rural de Colombo. Depois de duas horas e meia de reanimação, todas faleceram.

“A gente sofre calado, evita transparecer as emoções, mas tem vezes que é muito difícil. Já fechei a porta da ambulância e chorei muito por me sentir impotente, mas por outro lado muitas vezes nos abraçamos e comemoramos por salvar uma vida”, pondera.

Quando perguntada sobre as histórias mais marcantes, Michele garante que poderia passar o dia falando sobre elas — mas a primeira que lhe vêm à cabeça é a de um atendimento que fez há três anos.

Um menino de 13 anos tinha sido atropelado por um ônibus biarticulado. O adolescente, ainda com a mochila do colégio, estava inconsciente, com a respiração muito difícil devido à hemorragia e perda encefálica.

Michele viu que a lesão era grave e ele poderia morrer em minutos, mas conseguiu estabilizar a situação e levá-lo com vida ao hospital, onde ficou internado por dois meses. Aí vem a parte inesquecível da história: meses depois ele foi visitá-la no quartel. “Ele não teve sequelas e estava super bem, esse é o tipo de coisa que não tem como mensurar, nem como descrever”, relembra, sorrindo.

“Tem um capitão que fala que quando a aeronave chega para socorrer as vítimas, os familiares olham com os olhos da esperança, porque acreditam que somos o último recurso que pode reverter aquela situação.”

Aeronaves H130 do BPMOA

O fator humano além do protocolo

A duras penas Michele entendeu que o fator humano é tão importante nos atendimentos quanto as técnicas e protocolos. A médica perdeu sua mãe em um acidente de carro em 2011, quando estava grávida de seis meses e já incorporava o time de resgate do Siate.

A tragédia fez sua perspectiva sobre os atendimentos mudar – depois disso, Michele agarra qualquer fio de esperança, mesmo em casos gravíssimos, para que o coração da vítima continue batendo por mais algum tempo.

“Eu preferiria muito mais ir para Maringá ver minha mãe na UTI e ter uma semana para me despedir do que ir para o velório. Então é nessa posição que me coloco: se eu posso dar uma chance para a família se despedir, eu vou tentar fazer com que eles tenham esse tempo”.

“Quem perdeu um parente de forma trágica tem a sensação de que aquela pessoa foi arrancada de você. Agora, se você tem dias para assimilar aquilo, mesmo com a pessoa inconsciente, acho que fica mais fácil para fechar esse ciclo.”

Outros casos a fizeram aplicar a filosofia na prática. Certa vez atendeu um rapaz que teve uma queda de 40 metros em uma pedreira desativada em Campo Magro. Ao chegar, já sabia que as chances de sobrevivência da vítima eram raríssimas, mas ao ver que os pais estavam por lá também, sabia o que devia ser feito: tentou reanimá-lo durante 30 minutos até que o inevitável aconteceu.

“O papel do pré-hospitalar é poder fazer com que a vítima sobreviva, mas também estar lá para dar uma resposta e conforto aos parentes – e isso está fora dos livros, só se aprende com a experiência”, analisa.

Missão de remoção aeromédica de neonato com o avião Falcão 06 do BPMOA. Foi em 2016, de Cornélio Procópio para Curitiba.

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