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Resgate aeromédico

O helicóptero mostrou sua versatilidade salvando milhares de soldados durante a Guerra da Coreia

Eduardo Alexandre Beni
Coronel PMESP e Editor

De fundamental importância, especialmente em situações de urgências e emergências médicas, atualmente a atividade de resgate aéreo por meio de helicóptero é um serviço consolidado em muitos lugares do mundo.

Essas aeronaves de asas rotativas foram desenvolvidos e construídos durante a primeira metade de século XX, com alguma produção e alcance limitado, mas foi só em 1942 que o Sikorsky R-4, um helicóptero projetado por Igor Sikorsky atingiu a produção em larga escala, com 131 aeronaves construídas. Na Guerra da Coreia o Sikorsky H-5/HO3S-1 ganhou sua maior fama.

Em 1946, foi lançada a produção do Bell 47B, que atingia uma velocidade de 140km/h, com duas pessoas a bordo e também foi empregado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos na Guerra da Coreia como H-13 Sioux. Dai para frente os helicópteros iniciaram uma trajetória de especialização e desenvolvimento nas operações de resgate aéreo.

O emprego sistemático e decisivo de helicópteros em resgates começou exatamente durante Guerra da Coreia (1950-1953). Nesse conflito houve pela primeira vez o uso de helicópteros de forma organizada. O propósito do governo americano era, de fato, conseguir salvar o maior número possível de combatentes feridos no campo de batalha.

Segundo o historiador Lynn Montross, durante os primeiros 12 meses de operação em 1951, helicópteros do Exército transportaram 5.040 feridos. Em meados de 1953, apesar das deficiências dos primeiros helicópteros, foram evacuadas 1.273 vítimas em um único mês.

Na época, constataram que o principal problema clínico era a hemorragia por arma de fogo, evento que o sistema de saúde que estava em campo não era capaz de responder. Assim, os EUA entenderam que para evitar complicações e mortes, uma intervenção cirúrgica imediata era necessária.

As salas cirúrgicas das unidades do MASH (Mobile Army Surgical Hospital), com médicos e enfermeiros, tinham que ser alcançáveis ​​em um curto espaço de tempo, onde estavam os combatentes feridos. Já nesses tempos de guerra se sabia que o transporte de plasma sanguíneo também era muito importante para salvar soldados feridos. Isso só pôde acontecer graças ao uso dos helicópteros.

Assim, o primeiro resgate de helicóptero ocorreu durante o conflito coreano, onde as enfermeiras puderam cuidar da reposição volêmica por meio de gotejamento, e depois disso confiavam a vítima ao piloto e ao engenheiro de voo que realizavam o transporte para a unidade cirúrgica atrás das linhas de combate.

Primeiros testes, antes da Guerra da Coreia

Mas não foi na Coreia a primeira vez que aeronaves de asas rotativas foram usadas em combate. Os fuzileiros navais haviam testado e rejeitado o autogiro Pitcairn OP-1, uma aeronave híbrida com rotor de quatro pás, para missões de ligação e evacuação aeromédica em 1932, enquanto lutavam contra guerrilheiros na Nicarágua.

O Exército comprou seu primeiro helicóptero, um Vought-Sikorsky XR-4, em 10 de janeiro de 1941, e operou alguns modelos aprimorados dessa aeronave na Europa e na Ásia durante os estágios posteriores da Segunda Guerra Mundial.

O primeiro registro de uso de um helicóptero americano em combate ocorreu em maio de 1944, quando um helicóptero do Exército resgatou quatro aviadores abatidos atrás das linhas inimigas na Birmânia.

Um autogiro Pitcairn XOP-1 do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA foi enviado para a Nicarágua em junho de 1932. Embora tivesse um bom desempenho, seu alcance e pequena carga útil prejudicaram significativamente as aeronaves hybird. (História Naval e Comando de Patrimônio)

Evolução do emprego do helicóptero durante a Guerra

Conforme as funções dos helicópteros se diversificaram, suas tripulações implementaram uma variedade de modificações de campo durante a Guerra da Coreia. Quando solicitados a embarcar vítimas na retaguarda, os fuzileiros navais descobriram que uma maca não caberia dentro da pequena cabine do HO3S.

Então, eles removeram o vidro traseiro de um lado e colocaram a maca com o ferido, deixando seus pés expostos ao clima. Depois disso foram projetadas capsulas rígidas fixadas na parte externa do helicóptero, onde era colocada a vítima. Equipados apenas com os instrumentos mais básicos, os helicópteros não eram realmente certificados para voos noturnos. Mas com tantas vidas em jogo, os fuzileiros navais logo se viram evacuando as vítimas após o pôr-do-sol.

Os pilotos de outras forças também desafiaram a proibição de voos noturnos. No final, as tripulações de helicópteros conduziriam centenas de perigosas missões de evacuação aeromédica noturnas.

Durante os resgates no mar, os pilotos normalmente voavam com um tripulante que operava o guincho de resgate e frequentemente tinha que saltar na água gelada para ajudar os pilotos a se conectar no cabo.

Outro problema era o centro de gravidade dos helicópteros. Era tão sensível que os pilotos às vezes levavam barras de ferro, pedras pesadas ou botes salva-vidas para ajustar o equilíbrio quando não havia passageiros atrás.

No final de 1950, conforme o número de HO3Ss diminuía devido às perdas, o Esquadrão de Observação da Marinha (VMO-6) começou a transição para o Bell HTL-4s (H-13 Sioux). Os Bells podiam carregar duas vítimas em macas fixadas, uma em cada lado do helicóptero, o dobro do que poderia ser carregada por HO3Ss.

Depois da Guerra da Coreia

Após o conflito na Coreia, a ideia do resgate por meio de helicóptero evoluiu e a bordo, começou a ser empregada uma equipe de saúde especializada, com equipamentos médicos e insumos, tecnicamente mais avançados.

Por volta dos anos 60, os profissionais de saúde que voltavam da guerra pensaram em estender e estabelecer esse serviço para a população. Na Europa, a Holanda precisou do emprego de helicópteros após a grande tempestade de fevereiro de 1953, abrindo caminho para seu uso civil. A tempestade destruiu diques e centenas de vilas e cidades foram inundadas.

Nesse ínterim, a Suíça que permaneceu fora dos Conflitos Mundiais, desenvolveu o primeiro sistema de resgate aéreo eficiente, tanto que, em 21 de julho de 1931, o primeiro artigo importante sobre o tema apareceu no jornal “Neue Zurcher Zeitung”.

Em 27 de abril de 1952, a REGA (Swiss Air-Rescue Guard) foi fundada em Zurique, realizando inicialmente voos de resgate aéreo sobre geleiras, com lançamento de paraquedistas com seus cães.

Em 22 dezembro desse ano, o piloto Sepp Bauer realiza o primeiro resgate de helicóptero da REGA em Davos, usando um Hiller 360.

Em 1953 ela também participou dos resgates na Holanda. Uma aeronave especial da Swissair levou a equipe de resgate aéreo para a área do desastre. Com um helicóptero alugado, os pilotos e paraquedistas permanecem no Mar do Norte por três dias e três noites sem interrupção nas operações de resgate.

As primeiras experiências de resgate por helicóptero na Itália coincidem com situações de socorro em montanhas, com experiências pioneiras do Corpo de Bombeiros Provincial de Trento em 1957, de Sondrio em 1982 e de Aosta em 1983.

Desde então, o resgate por helicóptero, nascido no campo de batalha e depois desenvolvido no campo civil, tornou-se um meio fundamental para salvar inúmeras vidas no mundo.

Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros de Rondônia tem novo comandante

Rondônia – Na manhã de segunda-feira (14), o major BM Hugo Rios assumiu o Comando de Operações Aéreas (COA) do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia. O major BM Philipe Rodrigues Maia esteve à frente do comando por oito anos, e deixou o cargo para se dedicar a um novo projeto no Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

Nesse período Maia esteve a frente de mais de duas mil horas de voos, mais de dois mil pousos realizados. Para ele a pandemia foi marcante. Transportaram mais de 100 pacientes. Em apenas três meses foram mais de 600 horas de voos. “Tivemos a alegria de voltar com pacientes recuperados, mas também sentimos a tristeza de voltar com corpos daqueles que estavam em outros estados em tratamento’’, complementou.

O novo comandante, major BM Hugo Rios, que exerceu durante 10 anos a função de coordenador financeiro da Corporação e há oito é aviador, conta com orgulho o esforço realizado pelo estado em salvar vidas na pandemia. ‘‘O Comando de Operações Aéreas de Rondônia foi o grupamento que mais transportou pessoas com COVID-19 do Brasil e também transportou materiais necessários para o enfrentamento à pandemia. Foi assim que conseguimos ajudar o Estado a aumentar os testes rápidos e ampliar leitos de UTI’’.

Ele conta ainda que o serviço aeromédico feito diretamente pelo Comando de Operações Aéreas representou uma grande economia ao Estado. Calcula-se que em um ano a economia foi de R$ 4 milhões aos cofres públicos. A unidade possui quatro aeronaves, três aviões aptos para transporte aeromédico e um helicóptero para missões de resgate e combate a incêndios florestais.

Novos equipamentos

Durante a cerimônia houve a entrega de 18 Equipamentos de Proteção Respiratóia (EPRs) doado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e que serão distribuídas às unidades operacionais.

Ainda houve o reforço de materiais de salvamento, incluindo maca, cadeira e prancha de resgate, assim como capacetes específicos para salvamento em altura. O investimento foi superior a R$ 35 mil.

COA recebe equipamentos para as atividades desenvolvidas. Foto: Ésio Mendes.

Força Aérea Brasileira e Marinha realizam treinamento conjunto de içamento em convés

Rio Grande do Norte – O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado em Parnamirim (RN) e o 3º Distrito Naval, sediado em Natal (RN), realizaram o Exercício Técnico de Içamento em Convés, no Navio-Patrulha Graúna.

O treinamento foi realizado no período de 11 a 31 de maio e utilizou a aeronave H-36 Caracal. Durante o exercício foram realizadas técnicas de içamento com maca, quando há a necessidade de imobilização da vítima para sua retirada da embarcação; e içamento com alça, quando não há necessidade de imobilização, o que possibilita uma ação de resgate mais rápida.

O Comandante do Navio-Patrulha, Capitão-Tenente Rafael Gomes Morato, destacou a importância desse tipo de atividade. “Foi uma oportunidade de realizar exercícios operativos que contribuíram sobremaneira para elevar o nível do aprestamento do meio, no que tange às operações com aeronave, mais especificamente o exercício de evacuação médica aerotransportada”, disse.

Para o Comandante do 1º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira, o resgate de vítimas a bordo de navios mercantes, na costa da região Nordeste do País, está ocorrendo com muita frequência nos últimos anos. “Os Exercícios de Içamento em Convés, realizados com o apoio de navios da Marinha do Brasil, têm sido uma oportunidade de treinar essa atividade em situação bem próxima da realidade”, afirma.

Desde a chegada do Esquadrão Falcão ao Nordeste, em 2018, a Unidade Aérea já realizou 14 resgates em alto-mar.

Esquadrões da Força Aérea e Marinha realizam treinamento de içamento em convés. Foto: Cabo Simplício e Soldado Daniel Silva/BANT.

Força Aérea dos EUA realiza o primeiro exercício de evacuação aeromédica com eVTOL

Estados Unidos – AFWERX Agility Prime (programa da Força Aérea dos Estados Unidos com o objetivo de promover uma cultura de inovação dentro do serviço) e o novo parceiro Kitty Hawk alcançaram um marco em maio com seu primeiro exercício operacional utilizando o eVTOL Heaviside.

No primeiro exercício do programa com emprego de um eVTOL, um grupo diversificado de operadores da indústria e do governo, engenheiros e profissionais de teste avaliaram a capacidade de fazer evacuação aeromédica e recuperação de pessoal utilizando a aeronave.

A equipe multidisciplinar reuniu dados para informar a utilidade de uso duplo no estágio de protótipo para subsidiar futuras decisões de desenvolvimento e de campo. Além de avaliar diferentes cenários, a equipe também observou demonstrações de voos pilotados remotamente e totalmente autônomos com o eVTOL Heaviside.

AFWERX Agility Prime faz parceria com Kitty Hawk no primeiro exercício de evacuação aeromédica com aeronave elétrica. Foto: Divulgação

“O mundo vai precisar de novos meios de transporte e o Heaviside é um caminho para nos levar até lá”, disse Sebastian Thrun, CEO da Kitty Hawk. “Estamos entusiasmados em trabalhar com o Agility Prime e esperamos nossa colaboração contínua à medida que levamos eVTOLs para mais pessoas”.

Fundado em 2010, com sede na Califórnia, a Kitty Hawk desenvolveu o eVTOL Heaviside em homenagem ao engenheiro inglês Oliver Heaviside. Projetada para ser rápida, pequena, silenciosa e ecológica, a aeronave voa até 180 mph com um alcance potencial de 100 milhas com uma única carga.

Decola e pousa em um espaço de 30×30 pés, atinge níveis sonoros de 38 dBA a 1.000 pés, é 100x mais silencioso que um helicóptero e requer menos da metade da energia por quilômetro de um carro elétrico convencional.

AFWERX Agility Prime faz parceria com Kitty Hawk no primeiro exercício de evacuação aeromédica com aeronave elétrica. Foto: Divulgação.

O coronel Don Haley, comandante do Destacamento 62 do Comando de Educação e Treinamento Aéreo, que lidera uma equipe no desenvolvimento de programas de treinamento para essas novas aeronaves elétricas, observou: “esta exploração colaborativa de casos de uso comercial / DoD revelou atributos comuns que atendem à mobilidade aérea urbana e operações de busca e resgate: alta confiabilidade, lançamento e recuperação responsivos, pegada logística mínima, acessibilidade para deficientes físicos, baixa assinatura acústica e altos níveis de autonomia.”

O Laboratório de Pesquisa da Força Aérea é o principal centro de pesquisa científica e desenvolvimento do Departamento da Força Aérea. O AFRL desempenha um papel integral na liderança da descoberta, desenvolvimento e integração de tecnologias de combate a preços acessíveis para a força aérea, espacial e ciberespacial.

Com uma força de trabalho de mais de 11.000 pessoas em nove áreas de tecnologia e 40 outras operações em todo o mundo, o AFRL oferece um portfólio diversificado de ciência e tecnologia que varia de pesquisa fundamental a avançada e desenvolvimento de tecnologia.

AFWERX Agility Prime faz parceria com Kitty Hawk no primeiro exercício de evacuação aeromédica com aeronave elétrica. Foto: Divulgação.

Embraer converterá jato Phenom 300 para transporte aeromédico

Embraer anunciou contrato com a GrandView Aviation para a conversão de um jato Phenom 300MED (STC – Certificado de Tipo Suplementar) para transporte aeromédico. A aeronave será convertida no Centro de Serviços da Embraer em Fort Lauderdale, na Flórida, nos Estados Unidos, e operada pela empresa de fretamento de voos sob demanda GrandView Aviation.

“Originalmente, selecionamos o Phenom 300 como nossa plataforma de frota nacional devido à flexibilidade e elevada confiabilidade de utilização. O Phenom 300MED pode ser convertido de uma cabine de passageiros para uma de transporte aeromédico em questão de horas, permitindo máxima eficiência operacional”, disse Jassie Naor, COO da GrandView Aviation.

Embraer assina acordo para produção de primeiro Phenom 300 aeromédico para GrandView Aviation. Foto: Divulgação.

O Phenom 300MED é uma solução exclusiva de transporte aeromédico (MEDEVAC) para a série de jatos Phenom 300 e está disponível por meio de um STC desenvolvido e certificado pela Embraer e a umlaut, utilizando equipamentos da Aerolite. A solução MEDEVAC, que também está disponível para aviões novos, é instalada exclusivamente pela rede de Serviços e Suporte da Embraer.

Com altitude de cabine de 6.600 pés, passageiros e tripulação desfrutam de mais oxigênio na cabine. Esse recurso equivale a uma experiência de voo mais saudável, essencial para a equipe médica e para o atendimento ao paciente.

Outro diferencial do Phenom 300MED é a integração do kit aeromédico da Aerolite. A empresa é líder global em projeto, engenharia, produção e instalação de interiores de transporte aeromédico, com mais de 500 interiores do tipo entregues.

Recentemente, a Embraer anunciou a entrega da 600ª aeronave da série Phenom 300, que entrou no mercado em dezembro de 2009. Desde então, a série acumula mais de 1,2 milhão de horas de voo e está em operação em mais de 35 países.

Embraer assina acordo para produção de primeiro Phenom 300 aeromédico para GrandView Aviation. Foto: Divulgação.

Força Aérea Brasileira realiza treinamento de busca e salvamento no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A Força Aérea Brasileira (FAB) promoveu de 10 a 25 de maio o Exercício Técnico SAR na Ala 12, localizada no Rio de Janeiro (RJ). O Exercício teve por objetivo treinar os Esquadrões Aéreos da FAB na execução de técnicas de Busca e Salvamento.

Participaram do treinamento os Esquadrões Orungan (1º/7º GAV); Phoenix (2º/7º GAV); Netuno (3º/7º GAV); Puma (3º/8º GAV); Gordo (1º/1º GT); Pelicano (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS – PARA-SAR). O Exercício foi planejado tendo por base as recomendações dispostas no Manual Internacional Aeronáutico e Marítimo de Busca e Salvamento, o qual define que os países membros devem treinar e mensurar a eficiência, eficácia e aprestamento de suas unidades SAR.

As missões realizadas pelos Esquadrões consistiram em treinar e manter o preparo das Unidades de Busca e Salvamento com padrões de busca visando a encontrar alvos, destroços e até mesmo manequins simulando homem ao mar.

Foram realizados, ainda, treinamentos de içamento de tripulantes pelo 3°/8° GAV, a partir do convés de um navio. Na ocasião, foi utilizado o Navio Patrulha Amazônia da Marinha do Brasil (MB). Missões de busca na terra também foram contempladas.

Um dos objetivos do Exercício foi a troca de experiência entre os Esquadrões participantes, por meio de intercâmbios dos tripulantes. Essa vivência proporcionou aprendizagens sobre algumas peculiaridades, bem como a familiarização com as atribuições de cada posto, com foco nas incumbências dos Observadores SAR durante todas as etapas do voo.

“O Exercício Técnico (EXTEC) SAR é uma atividade que tem por objetivo adestrar os Esquadrões participantes na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da ação de Força Aérea de Busca e Salvamento, em Biomas como o da Floresta Amazônica e Mar, e foi dividido em duas fases para um completo aproveitamento dos tripulantes”, informou o Capitão Aviador Rosa, do Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV).

Participante do treinamento, a Sargento Bruna Borin falou do aprendizado. “O voo de intercâmbio na aeronave P3-AM do Esquadrão Orungan foi uma experiência enorme para mim, uma oportunidade ímpar de troca de informações e de agregar conhecimentos”, disse.

Força Aérea realiza treinamento de busca e salvamento (SAR) na Ala 12 no Rio de Janeiro. Foto: Sargento Neubar, Sargento Costa Ribas

Pessoas na luta para salvar uma vida

Suíça – Pouco antes das 13h do dia 23 de março de 2015, quando a equipe da Rega iniciava o almoço, um alarme soa e são acionados para uma missão aeromédica. O Hospital Cantonal de Baden solicita a transferência de uma mulher de 35 anos para o Hospital Universitário em Basileia (Basel).

A paciente tinha diagnóstico de dissecção aórtica, considerada uma emergência absoluta. A tripulação faz o trajeto mais rápido até o helicóptero EC145. Enquanto o piloto Alex Itin inicia a partida do helicóptero e Adrian Ferrari monitora o processo do lado de fora da máquina, o médico de emergência Christian Möhrlen já estuda os dados clínicos da paciente. O voo para Baden leva doze minutos.

“No voo para o hospital, discutimos o diagnóstico e tentamos nos preparar da melhor forma para a nossa paciente”, explica Adrian Ferrari. “Nesse caso, percebemos a idade da paciente. A dissecção da aorta ocorre principalmente em pessoas de 50 a 70 anos. Uma jovem paciente com uma doença tão grave é incomum”, complementou. O voo para Baden leva doze minutos e o transporte é realizado com sucesso.

O que aconteceu

Às 10 horas, Cindy Essl teve uma consulta com seu fisioterapeuta em Würenlos, Aargau, pois havia sofrido fratura no ombro após acidente de esqui durante suas férias de inverno na Áustria. Quando Cindy se levanta após a terapia, ela desmaia, sentindo muita dor no pescoço, tórax, costas e estômago. O fisioterapeuta suspeita que o ombro está quebrado novamente ou um nervo está comprimido.

Ele reage imediatamente, coloca sua paciente em seu carro e a leva algumas centenas de metros para o consultório de seu médico de família. Vai direto para a sala de tratamento. O médico de família examina Cindy e ao mesmo tempo avisa o marido. Como médico de família, ele conhece sua paciente, seu histórico familiar e isso provavelmente salvaria a vida dela.

Como as doenças cardíacas são mais comuns em sua família, o médico sabia que a mãe de Cindy teve um ataque cardíaco e dois tios morreram de doença cardíaca. Quando encontra uma grande diferença na medição da pressão arterial nas metades esquerda e direita do corpo, ele chama uma ambulância. Cindy Essl é levada ao Hospital Cantonal de Baden para confirmar o diagnóstico suspeito.

Após uma ultrassonografia do coração, fica claro que a aorta está rompida. A velocidade é essencial. É importante encontrar um lugar para Cindy Essl em um centro cardíaco especializado o mais rápido possível. Ela precisava de uma cirurgia urgente.

Vida Salva

Depois de tudo, parte dessa experiência traumática é a visita a Rega. Cindy Essl está ciente de que não apenas a tripulação, mas também o rápido transporte de helicóptero para um hospital adequado foram fundamentais para sua recuperação.

Em sua visita ao helicóptero na Base, Cindy Essl relembrou do momento do embarque. “Alex, antes de decolarmos, você me disse que teríamos um bom tempo de voo, quanto tempo seria e que eu deveria gostar. E eu com tanto medo de voar”, disse Cindy.

“Devo minha vida ao fato de que muitas pessoas fizeram a coisa certa, na hora certa. Do fisioterapeuta ao médico de família, ao ambulatório, ao hospital em Baden com tratamento inicial, a Rega e ao Hospital Universitário de Basileia (Basel). A interação entre os vários parceiros do sistema de saúde suíço funcionou perfeitamente”, disse Cindy Essl.

Aeronaves da Brigada Militar e da Polícia Civil transportam vacinas para o interior do Rio Grande do Sul

Rio Grande do Sul – O transporte aéreo das forças da Segurança Pública atuou em mais uma rodada de distribuição de vacinas contra a COVID-19 na manhã de quarta-feira (19).

As aeronaves da Brigada Militar e da Polícia Civil decolaram do Batalhão de Aviação (Bav-BM), ao lado do aeroporto Salgado Filho, na capital, com a maior parte das 251.200 unidades de Coronavac para segundas doses (D2), destinadas a 12 das 18 coordenadorias regionais de saúde (CRS), abrangendo 314 municípios do Estado.

Desse total, 188.800 doses chegaram ao RS na tarde desta terça-feira (18) e 62.400 são de lote enviado pelo Ministério da Saúde na semana passada. Também chegaram ao RS no início da tarde de terça-feira, no mesmo voo da remessa de Coronavac, mais 269.100 doses da Astrazeneca, que serão reservadas, por recomendação do Ministério da Saúde, para aplicação de D2.

As vacinas ficarão armazenadas na Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi) até o momento de enviá-las aos municípios. Não há atraso na D2 da Astrazeneca.

O helicóptero da BM partiu rumo a Caxias do Sul, na Serra, com a carga da 5ª CRS. Na sequência, o avião King Air da BM decolou para fazer um roteiro de cinco cidades: Erechim (11ª e 6ª CRS), Palmeira das Missões (15ª e 2ª CRS), Santo Ângelo (9ª, 12ª, 14ª e 17ª CRS), Bagé (7ª CRS) e Pelotas (3ª CRS). O helicóptero da Polícia Civil fez o transporte até Santa Maria, com doses para a 10ª CRS. As demais coordenadorias retiraram suas cargas na Ceadi, na capital, para o transporte rodoviário.

O transporte realizado pelas aeronaves das forças policiais representa ganho considerável de tempo em relação ao transporte rodoviário, além de mais segurança do deslocamento. Tudo é feito em cerca de quatro horas e meia, entre a primeira decolagem no Bav-BM e o pouso no último destino.

De acordo com o painel de vacinação, com atualizações diárias da Secretaria da Saúde (SES), até esta quarta-feira (19) já haviam sido aplicadas 3.960.195 vacinas (2.779.643 na primeira dose e 1.180.552 na segunda).

Equipes do CIOPAER e SAMU transportam vítima de acidente de trânsito de Brasileia para Rio Branco

Acre – O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) realizou na segunda-feira (17), em ação conjunta com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o transporte de um paciente oriundo do município de Assis Brasil.

Um homem de 64 anos, vítima de acidente de trânsito, diagnosticado com traumatismo de tórax, foi transferido de Assis Brasil para o município de Brasileia. Após avaliação médica, foi constatada a necessidade de deslocamento para Rio Branco. As equipes do SAMU e CIOPAER realizaram o transporte, e após 45 minutos de voo, o paciente foi recebido pela equipe de saúde do Pronto-Socorro de Rio Branco.

De acordo com o coordenador-geral do CIOPAER, Major PM Samir Freitas, somente em 2021, o centro já realizou aproximadamente 40 voos de remoção ou transferência de pacientes.

Corpo de Bombeiros e SAMU de SC apresentam novos equipamentos para operações aeromédicas

Santa Catarina – Em visita à 2ª Companhia do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar (BOA), com base em Blumenau, na quinta-feira (13), o governador Carlos Moisés conferiu os equipamentos adquiridos pelo Estado que passarão a integrar as aeronaves usadas pelos Bombeiros Militares, em parceria com o Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU/SAMU), na prestação de socorro e transporte de pacientes.

Com investimentos de R$ 462,5 mil na aquisição dos novos kits, as aeronaves terão o serviço aeromédico homologado pela ANAC, Ministério da Saúde e o que é mais importante: segurança e mais eficiência no atendimento às vítimas durante os trajetos.

Carlos Moisés destaca que a estrutura a ser utilizada, a partir de agora, nas ocorrências envolvendo as aeronaves oferece mais chance de sobrevivência aos pacientes e atende a uma das missões prioritárias do Estado que é a preservação da vida.

“Esses equipamentos trazem uma condição de sobrevida muito maior, além de mais segurança e conforto a quem opera e presta socorro. O resultado é um serviço de mais qualidade e a condição de salvarmos mais vidas”, ressalta o governador.

Equipamentos

Durante a visita, Carlos Moisés acompanhou a explicação técnica sobre os novos equipamentos, conduzida pelo comandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar e SAMU, tenente-coronel Sandro Fonseca.

Entre os itens, está um compressor torácico automatizado, no modelo Lucas 03, que realiza compressões para ressuscitação cardiopulmonar, atuando como um socorrista adicional, trazendo maior autonomia para as equipes de saúde trabalharem.

O BOA é uma das primeiras unidades aéreas a ter este equipamento nas aeronaves e foi o primeiro a adquirir este modelo no Brasil. “Este equipamento facilita o trabalho da equipe médica e amplia as chances de sobrevivência em um paciente em parada respiratória”, exemplificou o militar.

Duas macas-bolha para o transporte de pacientes com infecções respiratórias, muito utilizadas para transportes da COVID-19, também compõem os kits aeromédicos. “Ela ajuda a evitar o contágio e diminui as chances de contaminação da própria aeronave, facilitando a assepsia e trazendo segurança para todos”, explicou o comandante do BOA.

De acordo com o coronel BM Ricardo José Steil, que atualmente responde pelo comando-geral do CBMSC, a demanda crescente do serviço aeromédico, também em razão da pandemia, exige uma melhor estrutura do suporte avançado.

“Hoje a gente consegue trabalhar de forma homologada, garantindo uma melhor ergonomia da equipe de socorro e mais qualidade no atendimento do paciente”, afirma. Com a utilização dos equipamentos, é possível operar na modalidade single pilot, otimizando a gestão dos recursos humanos necessários para operar as aeronaves.

Novos itens

As aquisições para o serviço aeromédico, envolvendo esforço conjunto da Casa Civil, da Secretaria da Saúde e do Corpo de Bombeiros Militar contemplam:

  • Compressor torácico Lucas 3;
  • Kit aeromédico para o Arcanjo 02, com base em Florianópolis;
  • Kit aeromédico para o Arcanjo 03; com base em Blumenau;
  • 1 maca-bolha (cápsula de isolamento Covid) para Blumenau;
  • 1 maca-bolha para Florianópolis.

O primeiro simulador de voo completo do helicóptero H145 da América do Norte é inaugurado no Texas, EUA

Estados Unidos – O Helisim Simulation Center, localizado dentro das instalações da Airbus Helicopters, em Grand Prairie, Texas, inaugurou um novo simulador de voo da Thales. É o primeiro simulador do H145 desse tipo na América do Norte.

Desenvolvido pela Thales, o simulador de voo nível D do H145 é um dos simuladores mais avançados do mercado, graças à integração da aviônica e conjunto de software da Airbus Helicopters, um campo de visão maior, tecnologia de projeção 4K, sistema de movimento elétrico Hexaline e nova estação para o instrutor com tela de toque intuitiva.

Este simulador fornece experiência mais realista, ao mesmo tempo que permite treinar com segurança uma variedade de situações do mundo real. Esse é o segundo simulador de voo completo H145 da Airbus Helicopters. O primeiro encontra-se na Alemanha.

A Helisim já investiu US$ 22 milhões em seu novo centro de simulação. O simulador H145 oferecerá aos pilotos a possibilidade de realizar o treinamento inicial e recorrente do helicóptero nas Américas, com clientes já agendados para iniciar o treinamento ainda este mês. O Centro de Simulação Helisim também opera um simulador de voo completo H125/AS350 e um dispositivo de treinamento de voo EC135/EC145.

HELISIM é uma joint venture entre a Airbus Helicopters, Thales e DCI que fornece serviços de treinamento de simulação de ponta para pilotos. É um dos 18 centros administrados pela Airbus Helicopters em todo o mundo.

Leonardo inaugura Centro de Treinamento na Filadélfia, EUA

Estados Unidos – A nova instalação do Centro de Treinamento (US Academy) da fabricante Leonardo está localizada no campus da Filadélfia, onde a Leonardo monta o AW139, AW119Kx e AW609, e onde fornece suporte ao cliente na América do Sul e do Norte. Apesar dos desafios da COVID-19, o centro foi inaugurado no dia 29 de abril de 2021.

A US Academy permite o treinamento terrestre, em voo e virtual aos pilotos, disponibilizando cursos digitais, atividades de voo, simulação e treinamentos para atender a qualquer perfil de missão. O centro também oferece treinamento para pessoal de manutenção, com instrutores e ferramentas de manutenção.

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As principais características da US Academy:

  • 10 salas de aula multimídia, dimensionadas para treinamento de pequenos e grandes grupos, equipadas com a mais recente tecnologia, projetadas para fornecer conteúdo gráfico interativo 2D / 3D.
  • Três simuladores de manutenção, um AW139, um AW119 e em breve um AW609
  • Dois simuladores de movimento de voo completo, um AW139 e um AW169 / AW609 com capacidade roll-on / roll-off. A Rotorsim foi estabelecida em 2003 como uma joint venture entre a Leonardo e a CAE para fornecer soluções de treinamento sintético em simuladores, incluindo missões offshore, policiais, aeromédicas e transporte de passageiros.

Além disso, para a tender a demanda, existe um espaço disponível para a adição futura de um terceiro simulador de voo completo. O centro de treinamento possui locais para os alunos fazerem uma pausa, possibilitando momentos de meditação e descanso em uma sala tranquila ou realização de exercícios em uma academia, que inclui vestiários e chuveiros para a conveniência do cliente.

Equipes do Águia e do GRAU treinam profissionais do Hospital Regional de São José dos Campos, SP

São Paulo – Em abril, médicos e enfermeiros do Pronto-Socorro, bombeiros civis, vigilantes brigadistas da segurança patrimonial e técnicos de segurança do trabalho do Hospital Regional de São José dos Campos (HRSJC) participaram de treinamento sobre a dinâmica de recebimento de vítimas aerotransportadas até a definitiva entrega aos cuidados da equipe médica do hospital.

O exercício foi ministrado por tripulantes do Águia da Base de Aviação de São José dos Campos e pelo Grupo de Resgate (GRAU) da Secretaria de Saúde do Estado. O treinamento começou no auditório, com apresentação geral sobre o GRAU e, em seguida, foi finalizado no heliponto, com pouso do helicóptero Águia 23 e simulação de cuidados com manejo de paciente em situação de emergência.

Segundo o Comando de Aviação da PM, a possibilidade de contar com mais um hospital para atendimento das emergências é um avanço significativo para a região de São José. Ainda não há previsão para início das atividades de resgate aeromédico no hospital, com o uso do novo heliponto.

Esquadrão Pantera da FAB resgata marinheiro brasileiro em embarcação na costa do Rio Grande do Sul

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou no domingo (25), por intermédio do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), uma missão de Busca e Salvamento, a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk. Os militares resgataram um marinheiro brasileiro que estava com suspeita de infarto, com fortes dores no peito e nas pernas.

A embarcação estava a cerca de 130 milhas (240 km) da costa, nas proximidades da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A tripulação do helicóptero, juntamente com um médico e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), efetuaram o socorro e durante os procedimentos utilizaram em voo um ultrassom para melhor diagnóstico.

O paciente foi resgatado por meio da técnica de içamento tipo convés e transportado para o Aeroporto de Rio Grande, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardava para encaminhá-lo ao hospital. A equipe proveu apoio de UTI avançada na ambulância e coordenou um leito de Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande.

O Tenente Aviador Matheus da Rocha Machado contou que o resgate ocorreu em um momento com pouca visibilidade e por causa disso a missão foi mais difícil. “Após o acionamento, decolamos de Santa Maria (RS) para Canoas (RS), onde embarcaram dois militares do HACO, um Oficial e um Graduado, que dariam o suporte aeromédico ao paciente e auxiliariam no momento do içamento. Chegamos à embarcação por volta de 18 horas (horário de Brasília), muito próximo do pôr do sol, que seria às 18h05. Não tínhamos espaço para erro e a sinergia de toda a equipe foi muito importante”, lembra. O procedimento ocorreu em aproximadamente 15 minutos, sem uso de maca.

Serviço de Ambulância Aérea da Noruega expande acordo com a Babcock para atender a Europa

Noruega – O Serviço de Ambulância Aérea HF (Luftambulansetjenesten HelseForetak) está expandindo seu acordo com a Babcock Scandinavian AirAmbulance AS para entregar um avião a jato Cessna C680A Latitude, que transportará pacientes graves na Europa (UE).

A Babcock obteve um contrato para operações de ambulâncias aéreas de 1 de julho de 2019 com duração até 2025 e possibilidade de prorrogação até 2030. Babcock é um empresa líder em voos aeromédicos nos países nórdicos. A frota inclui 38 aeronaves, em 22 bases na Suécia, Finlândia e Noruega.

Como a missão é colocar uma ambulância aérea em operação até o final deste ano, foi considerada a realização de uma licitação seguindo os ritos normais, mas por uma questão de tempo, o Serviço de Ambulância Aérea HF optou por estender o acordo atual com a Babcock para se aplicar também às aeronaves a jato para a UE.

A contratante é o Serviço de Ambulância Aérea HF que pertence a quatro autoridades de saúde regionais da Noruega (Regionalt HelseForetak – RHF). Ela possui contrato com a Babcock para aviões e com a Norsk Luftambulanse AS para helicópteros. Nessa estrutura do Estado, cada uma das quatro regiões de saúde (RHF) da Noruega é responsável por garantir que a população receba serviços especializados de saúde.

O pano de fundo para a chagada da nova aeronave é o acordo celebrado entre a Noruega e a UE sobre o transporte de pacientes com doenças infectocontagiosas graves, como parte do RescEU, pelo período de 2021 a 2027. O investimento inicial foi de cerca de cinco milhões de euros. O acordo prevê investimentos de 60 milhões de euros para todo o período.

Babcock Scandinavian AirAmbulance expande acordo para entregar avião a jato ao serviço aeromédico da Noruega e atender a União Europeia. Foto: Divulgação. Cessna C680A Latitude. Johnny.

A Direção de Saúde da Noruega é uma parte contratante formal da UE

Através do Serviço de Ambulância Aérea HF, as quatro regiões de saúde (Helse Nord, Helse Midt-Norge, Helse Vest e Helse Sør-Øst) foram incumbidas para concretizar o acordo.

No dia-a-dia uma enfermeira comporá a tripulação do novo do jato Cessna C680A Latitude. Quando a aeronave for entregue para missões na UE, uma equipe de saúde será integrada na operação, em esquema de rodízio. Cada equipe (sete equipes no total) será composta por um médico, uma enfermeira e um paramédico / oficial de segurança.

Melhora do serviço de ambulância aérea

O contrato contempla operação completa de aeronaves, tripulação (pilotos), manutenção técnica, treinamento, etc. Isso inclui ambulâncias aéreas em regime de 24/7: 24 horas por dia, todos os dias, durante todo o ano. A nova aeronave Cessna C680A Latitude é o mesmo modelo do avião a jato usado em Gardermoen, e ficará baseada em Tromsø.

Quando o avião não for usado para missões sob os auspícios da UE, o serviço regular de ambulâncias aéreas na Noruega é implantado. Todas as operações de ambulâncias aéreas na Noruega são pagas e totalmente financiadas pelo setor público. No total, as autoridades regionais de saúde gastam mais de um bilhão de coroas em ambulâncias aéreas todos os anos e atendem quase 20.000 pacientes por ano.

Babcock Scandinavian AirAmbulance expande acordo para entregar avião a jato ao serviço aeromédico da Noruega e atender a União Europeia. Foto: Divulgação.

O serviço tem 14 helicópteros localizados em 13 bases: Arendal, Lørenskog (2), Ål, Dombås, Stavanger, Bergen, Førde, Ålesund, Trondheim, Brønnøysund, Evenes, Tromsø e Kirkenes. A Norsk Luftambulanse AS opera os helicópteros, principalmente em missões aeromédicas (ambulância aérea), mas também em buscas e resgates. Para o serviço de resgate, o Esquadrão 330 das Forças Armadas também realiza várias missões em parceria com o serviço.

Além dos helicópteros, há também 9 aviões-ambulância localizados em 7 bases: Gardermoen (2), Ålesund, Brønnøysund, Bodø, Tromsø, Alta (2) e Kirkenes. A Babcock Scandinavian AirAmbulance AS é a responsável por essa operação.

Este é o RescEU

O RescEU faz parte do programa de preparação civil para emergências da UE e visa reforçar a proteção dos cidadãos contra catástrofes, bem como a gestão de novos riscos (Reserva europeia de recursos – “reserva rescEU”).

Isso inclui uma frota de aeronaves e helicópteros de combate a incêndios, de evacuação aeromédica, bem como um depósito de equipamentos médicos e hospitais de campanha que podem ser usados ​​em emergências de saúde e em incidentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.

RescEU, um mecanismo que visa oferecer solidariedade numa situação de emergência para países europeus.

O que é preciso para ser um piloto aeromédico nos EUA

Mike Biasatti
Publicado originalmente em AirMed&Rescue

EUA – A aviação é uma daquelas indústrias que te possibilita realizar muitas atividades, desde combater incêndios, fazer voos panorâmicos, operações offshore, transportar pessoas e cargas e pilotar helicópteros aeromédicos. Cada vocação específica de voo exige um conjunto de habilidades aeronáuticas básicas necessárias para todos os pilotos de helicóptero e, então, requer talentos mais estreitamente definidos para desempenhar as funções da posição. Em todos os lugares há requisitos diferentes.

As empresas aeromédicas nos Estados Unidos têm seus próprios requisitos específicos para os candidatos. Quando eu era um aspirante a piloto de HEMS (Helicopter Emergency Medical Services), antes da designação ser alterada para HAA (Helicopter Air Ambulance), os mínimos para entrada, especialmente para pilotos civis treinados como eu, eram assustadores:

  • Licença comercial de helicóptero (preferencial ATP);
  • Bacharelado preferencial;
  • 3.000 horas de voo totais;
  • Categoria de 2.500 horas de piloto em comando (PIC);
  • 500 horas de tempo de asa rotativa;
  • 250 horas de voo noturno;
  • 100 horas Condições Meteorológicas por Instrumento (IMC).

Cada empresa definiu seus próprios mínimos e requisitos, além do requerido ao portador de uma Licença de Piloto Comercial de Helicóptero. Esses requisitos eram da principal empresa aeromédica daquela época e que eram meus objetivos, mas teria uma ampla exposição a outras formas de voo para acumular as horas necessárias.

Passados 20 anos, as coisas se afrouxaram um pouco. O serviço de ambulância aérea experimentou uma explosão de crescimento, e com isso, além de uma oferta finita de pilotos de helicóptero que poderiam atender os mínimos rigorosos, esses requisitos foram ajustados. Os mais comuns agora têm a seguinte aparência:

  • 2.000 horas de voo totais;
  • 1.000 horas PIC na categoria;
  • 500 horas de tempo de asa rotativa de motor a reação;
  • 100 horas noturnas em comando;
  • 50 horas IMC real ou simulado.
As seis subsidiárias aéreas da empresa e dezenas de ambulâncias terrestres fornecem transporte médico de emergência para 46 estados e o Distrito de Columbia. Foto: jerome.deulin-airbus.

Os tempos mudam

Em 2014, a Federal Aviation Administration (FAA) adicionou a seção 600 à parte 135 dos FARs (Federal Aviation Regulations), estabelecendo requisitos organizacionais para os pilotos que trabalham em operadores aeromédicos.

Desde 2017, todos os pilotos HAA devem possuir uma qualificação por instrumentos. A grande maioria dos helicópteros opera em uma configuração de regra de voo visual (VFR), mas um grande número dos acidentes que a indústria experimentou foram considerados, pelo menos em algum ponto, o resultado de voo VFR em condições meteorológicas por instrumentos (IMC).

Além disso, o FAR 135.00 estabelece condições meteorológicas mínimas em espaço aéreo Classe G (não controlado). Os requisitos de equipamento da aeronave foram introduzidos, assim como a maioria das mudanças, dando aos operadores a oportunidade de colocar sua frota e tripulação em conformidade.

Em 2016, as empresas que operam com 10 ou mais helicópteros foram obrigadas a criar um OCC (Centro de Controle de Operações) com pessoas para verificar o planejamento do piloto, verificar suas avaliações meteorológicas e monitorar seu progresso de voo.

Nenhum piloto poderia partir em uma solicitação de voo até que um membro do OCC tivesse revisado sua avaliação de risco submetida para incluir planejamento de combustível, rota, tipo de voo e muitos outros detalhes aplicáveis ​​à solicitação de voo proposta.

Os pilotos agora eram obrigados a determinar uma altitude mínima segura para o voo proposto e garantir que eles pudessem ultrapassá-la em 300 pés durante o dia e em 500 pés à noite. Em 2017, requisitos de planejamento de voo para auxiliar na redução do CFIT (Controlled Flight into Terrain or Obstacles), muitos dos operadores já haviam implementado a maioria desses mínimos em seu próprio manual de operações e, em certa medida, foram além do que estava sendo necessário, então a transição – para muitos – foi bastante tranquila, mas a partir de então, todos tiveram que operar sob as mesmas regras.

Realidade de voar um HAA

Portanto, levando em consideração a miríade de requisitos técnicos listados acima, o que é necessário para ser um piloto HAA nos EUA?

Você deve ter um certificado de piloto comercial de helicóptero com qualificação de instrumento. Você deverá obter e manter um exame médico de voo de segunda classe anualmente, embora alguns operadores exijam um exame de primeira classe (No Brasil é chamado de CMA – Certificado Médico Aeronáutico).

Você precisará atender, ou estar muito próximo, a experiência de tempo de voo necessária que cada empresa em particular tem, mas não desanime, muitos operadores farão algumas exceções se um dos requisitos estiver com menos tempo e o outra com mais. Muito de seu sucesso virá de suas habilidades interpessoais.

Trabalho em equipe

Para ter sucesso como piloto HAA nos EUA, você precisará trabalhar em equipe. Uma configuração comum para helicópteros aeromédicos nos EUA é um piloto, uma enfermeira e um paramédico. Todas as operações são conduzidas tendo como base o gerenciamento dos recursos da tripulação.

Embora sua equipe médica não seja aviadora, eles oferecem dois pares de olhos extras, que podem realmente ser úteis quando você está pousando em uma área restrita, residencial, com cabos de energia e árvores ao redor.

Aprender a solicitar sua opinião, especialmente quando se trata da deterioração do tempo, é essencial. Alguns helicópteros aeromédicos são classificados para voos IFR (Instrument Flight Rules). Normalmente, mas nem sempre, esses são helicópteros bimotores com sistemas redundantes para incluir um piloto automático. O trabalho em turnos não é para todos, mas tem seus benefícios!

Turnos de trabalho do piloto

Uma programação típica para o piloto é de sete turnos ativos, seguidos de sete turnos de descanso. São turnos de 12 horas e, em alguns programas – como o meu – os sete turnos são divididos entre dia e noite. Por exemplo, trabalho de quinta a domingo (das 07:00 às 19:00) e depois, após 24 horas de folga, trabalho de segunda a quarta à noite (das 19:00 às 07:00).

O horário mais comum é trabalhar sete turnos diurnos consecutivos, depois ficar sete dias de folga e, quando voltar, trabalhará sete turnos noturnos. Ao todo, você obtém metade do ano de folga.

Checklist

Um dia de trabalho típico envolve chegar à sua base designada, que pode ser em um aeroporto, heliporto de hospital ou local independente. A equipe de saúde normalmente trabalha em turnos de 24 horas.

Você se encontra com o piloto de plantão e informa sobre seu turno, quaisquer problemas com a aeronave ou manutenção planejada, o clima atual e quaisquer voos pendentes. Feito isso, ele ou ela vai embora, e seu dia realmente começa.

Inicie dando uma olhada no diário de bordo da aeronave para verificar se há trabalho feito, informe o mecânico que está no local e, em seguida, prossiga para a aeronave. Verifique o tempo atual e a sua previsão para ver como estão as condições e o que pode esperar durante o seu turno.

Um pré-voo permite que você verifique se tudo está em ordem, as luzes estão funcionando, nenhum óleo gotejando, quantidade de combustível, etc. Um helicóptero tem um milhão de peças, todas voando em formação e operando sob uma grande pressão de torque, portanto, é fundamental que você dê uma boa olhada em todos os componentes críticos.

Seu mecânico fará uma verificação de aeronavegabilidade a cada poucos dias, que é um exame mais detalhado da aeronave e qualquer manutenção programada (que é muito).

Preparados para a missão

A aeronave parece estar bem, você tem tudo que precisa para sua primeira solicitação de voo, agora é hora de informar a equipe de saúde. Eles podem muito bem ter estado na aeronave durante sua inspeção, verificando seus equipamentos e vários medicamentos que carregam.

Você discutirá com eles o clima, qualquer trabalho realizado ou esperado a ser feito na aeronave, quaisquer incidentes relacionados à segurança que ocorreram, quaisquer boletins de segurança e um briefing geral que inclui lembretes para proteger qualquer equipamento solto e permanecer vigilante, especialmente durante a decolagem e o pouso, mas na verdade, o tempo todo.

Gosto de lembrar à minha tripulação que cada assento da aeronave tem um ponto de vantagem que nenhum outro assento possui de forma idêntica. Pode haver alguma sobreposição, mas cada ângulo de visão é único, e eles precisam assumir a propriedade dessa área e garantir que o piloto não faça nada inesperado.

Um dos meus melhores amigos costumava dizer “se o voo não foi nada chato, fiz algo errado”. Embora o estresse de tratar os pacientes seja tudo menos enfadonho, o voo em si deve ser.

São várias as funções administrativas partilhadas pelos quatro pilotos da base, pelo que pode muito bem haver algumas para cuidar, assim como verificar no Centro de Comunicação e Regulação. Pense no Com Center como os despachantes do programa. Eles recebem ligações de várias agências ou hospitais solicitando o transporte de alguém. Suas responsabilidades são muitas.

E agora você espera. No início, para mim, não era incomum voar de dois a cinco pacientes em um turno. Com o passar dos anos, o número de helicópteros médicos cresceu tanto que um voo por turno não é incomum e, às vezes, você pode não receber nenhuma solicitação. Durante o turno, você fica de olho no tempo, pode estudar, é claro que tem televisão para assistir, uma pequena cozinha para preparar as refeições e cada tripulante tem seu próprio quarto com vários itens relacionados ao trabalho e uma cama.

Sabia os requisitos para se tornar um piloto aeromédico nos EUA. Foto: Divulgação.

Quando acontece o acionamento

Quando chega uma solicitação de voo, o piloto verificará o tempo. Se não for capaz de voar (tempestades na área, teto abaixo de VFR ou IFR dependendo do programa, condições de gelo, etc.), você terá que recusar esses voos. Se o tempo estiver aceitável, avise a equipe de saúde, reúna o que for necessário, e siga para a aeronave.

Sempre ande completamente ao redor da aeronave antes de entrar. Muitos pilotos, por um desejo de serem rápidos, passaram por cima de um cabo de alimentação conectado à aeronave ou de uma capota que foi deixada aberta. A tripulação médica deve estar chegando e dar uma volta também. A redundância ajuda na segurança.

Foi-lhe dada uma distância e um rumo, o que lhe permite traçar o seu curso e eles irão fornecer-lhe as coordenadas GPS para a localização. Cerca de metade das solicitações são de hospitais menores que precisam remover pacientes para hospitais maiores, onde há atendimento especializado disponível, e a outra metade é de agências de EMS (Emergency Medical Services) que respondem a acidentes de trânsito, pacientes com derrame cerebral, ferimentos por arma de fogo, entre outros.

Nesses casos, a unidade terrestre no local configurará uma zona de pouso e o informará sobre quaisquer perigos. Após o pouso, a equipe de saúde partirá da aeronave para a ambulância que o espera, ou para o hospital, e posteriormente retornará com o paciente.

Você é responsável por manter um controle sobre qualquer mudança nos padrões climáticos, requisitos de combustível para o próximo trecho de voo, calculando o maior obstáculo ao longo da próxima rota. O tráfego na comunicação de rádio pode ficar um pouco opressor às vezes.

Você deve manter uma escuta atenta nas frequências ATC (Controle de Tráfego Aéreo) para qualquer espaço aéreo em que esteja operando, ficar atento no rádio de despacho da empresa e ao canal ar-ar para acompanhar o tráfego local de helicópteros nas áreas em que você estará operando. Às vezes, parece que todo mundo quer falar ao mesmo tempo, então você precisará priorizar. O velho ditado vem à mente: Aviar, navegar, comunicar.

Não fique tão envolvido em conversas de rádio a ponto de se distrair de sua função principal de manter o nível da aeronave, voando na direção certa e longe de quaisquer alvos conflitantes. Pilote a aeronave primeiro, navegue na direção que ela precisa seguir e, em seguida, responda às chamadas de rádio.

Uma vez que o paciente esteja embarcado e você tenha chegado ao centro de trauma ou instalação de recebimento, a equipe de saúde irá desembarcar o paciente e levá-lo para o hospital e passar o caso para o médico ou enfermeiro receptor. Enquanto isso, não é incomum que o piloto voe para um local próximo para abastecer, de modo que, quando a tripulação voltar, estejam prontos para aceitar novo pedido.

No voo de volta, a equipe de saúde e o piloto terão que cumprir listas de verificação para tudo (checklist) e elas o mantêm longe de problemas. Siga-os. Depois que o corte do motor for concluído, execute outra caminhada completa ao redor da aeronave procurando por algo que não esteja certo, óleo ou fluido hidráulico escorrendo pela lateral, travas estouradas, apenas uma boa olhada.

Ao retornar ao escritório do piloto, você registrará os detalhes do voo, do combustível que adquiriu e enviará. Faça um debriefing com sua tripulação e especialista em comunicação para ver se houve algum problema durante qualquer parte do voo. Um processo contínuo de melhoria ocorre para garantir que estejamos cumprindo nossa missão de fornecer transporte aeromédico seguro, rápido e eficiente para pessoas com problemas de saúde.

O que mais importa é uma atitude positiva

Qualquer piloto que se candidate a um emprego aeromédico provavelmente terá as qualificações necessárias, mas o que diferencia um candidato de outro é a atitude. Uma atitude positiva, aberta a críticas, sugestões, sem perder a paciência é fundamental. Uma pessoa que gosta de trabalhar em um ambiente colaborativo, que vai acima e além do que se espera, com boa atitude mesmo depois de decorridas 11 horas do seu turno de 12 horas.

Os dias podem parecer longos; certifique-se de que está tudo bem com algumas horas de inatividade e, de repente, momentos de urgência. Aqueles que são mais bem-sucedidos nesta linha de trabalho podem realizar multitarefas com sucesso, evitando permitir que a suposta urgência do paciente altere sua responsabilidade e o resultado seguro de cada voo, e sinceramente, é ótimo estar por perto de alguém agradável e que gosta de fazer parte de um time de pessoas que gostam de ajudar os outros.

É um trabalho fantástico e vale a pena os sacrifícios que você terá que fazer para chegar lá.

Boa sorte!


Sobre o Autor – Mike Biasatti – Piloto de helicóptero e ambulância aérea (HAA) nos Estados Unidos há mais de 15 anos e piloto de helicóptero certificado desde 1989. Em 2008, o ano mais mortal já registrado na indústria de HAA dos EUA, ele fundou o EMS Flight Crew (AirMed & Rescue), um recurso online para equipes aeromédicas compartilharem experiências e aprenderem umas com as outras com o objetivo de promover a segurança no setor.


Texto traduzido e adaptado por Eduardo Beni, Editor do Resgate Aeromédico.

Equipes treinadas e modernos equipamentos têm papel fundamental em resgates difíceis na Nova Zelândia

Nova Zelândia – Em outubro de 2019 uma das chamadas de emergência mais desafiadoras ocorreu a 37 km de Cape Brett, não muito longe da Baía das Ilhas na Nova Zelândia. O helicóptero AW169 decolou para socorrer tripulação do iate SV Essence que havia naufragado após enfrentar ondas de até 10 metros.

As equipes de resgate lutaram contra ventos de 50 nós em busca de um bote salva-vidas onde estava a tripulação. Graças à persistência da equipe de resgate da Auckland Rescue Helicopter Trust (ARHT), os quatro membros da tripulação foram resgatados através do guincho elétrico. Tragicamente, um deles não sobreviveu. O iate voltava de Fiji quando atingiu o mau tempo. Essa ação foi reconhecida com o prêmio NZ Search and Rescue.

Com mais de 20.000 missões de resgate desde sua criação em 1970, quando iniciaram o serviço com um helicóptero Hiller 12E alugado, tornou-se o primeiro serviço de helicóptero de resgate civil do mundo. Iniciado pela Auckland Surf Life Saving Association, o serviço celebrou seu 50º aniversário em 2020.

Hoje, o serviço de resgate aéreo enfrenta novos desafios, como a pandemia de COVID-19, aproveitando todas as novas tecnologias e capacidades entregues pelos dois helicópteros Leonardo AW169 (Westpac Rescue 1 e 2) e pelo BK117 (Westpac Rescue 3) que compõem sua frota. Além disso, as equipes dispõe de sistema de óculos de visão noturna (Night Vision Google – NVG) para resgates em ambientes com pouca ou nenhuma luminosidade.

Durante a crise da COVID-19, operadores globais aeromédicos precisaram adotar medidas especiais de segurança para as tripulações e pacientes a bordo e essa situação desafiadora também exigiu mudanças no operador da Nova Zelândia.

“Adotamos algumas medidas para garantir que pilotos e tripulações do AW169 pudessem operar e voar com segurança. Isso incluiu máscaras e gel desinfetante, separação da cabine com a ajuda de uma cortina especial e um layout interno que oferecesse distanciamento social, aproveitando a versatilidade de configuração aeromédica da aeronave”, disse piloto-chefe da ARHT, Roger Hortop.

Com relação à disponibilidade da aeronave, o responsável pela manutenção, Fraser Burt, recebeu suporte de técnicos da Leonardo, que ajudaram na adaptação à pandemia com regras específicas para a limpeza e segurança das tripulações e pacientes a bordo.

ARHT é uma organização sem fins lucrativos, financiada através de doações e por sua loja de souvenirs. Em 2018 recebeu o prêmio de instituição beneficente mais confiável da Nova Zelândia.

“Resgate Aeromédico: modelos público e privado” será tema de debate no dia 21 de abril, às 19h30

Na quarta-feira, dia 21 de abril, às 19h30, o Coronel André Madeiro, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros de Alagoas; o médico Maurício Goldbaum, presidente da Associação Brasileira de Operadores Aeromédicos (ABOA) e o Coronel Falconi, conselheiro da ABOA serão protagonistas de live sobre “Resgate Aeromédico: modelos público e privado“.

Eduardo Beni, editor do Portal Resgate Aeromédico será o moderador do debate sobre as operações de resgate aeromédico no Brasil, que também abordará a criação do Comitê Técnico pela ANAC para estudar o Transporte Aeromédico e a última diretriz interpretativa emitida pela ANAC falando sobre pouso de helicópteros privados em rodovias para realização de resgates.

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SORTEIO

Durante a live será sorteado um torniquete T-APH Tático da DESMODUS (Envios somente no Brasil).

Para participar do sorteio, você precisará fazer um comentário na foto (banner) da live no Instagram: https://www.instagram.com/p/CNvRLnjLWFD/

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CIOPAER do MT aumentou em 150% a demanda na área da saúde e incluirá mais três aeronaves na frota

Mato Grosso – O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) do Mato Grosso aumentou em 150% as demandas na área da saúde, entre os anos de 2019 e 2021. Esse crescimento está relacionado a prestação de serviços de envio de vacinas contra a COVID-19 para o interior do estado e no transporte de pacientes por meio de UTI Aérea.

O coordenador do CIOPAER, coronel Juliano Chiroli, destacou que esse trabalho realizado pelas Operações Aéreas tem repercutido diretamente no dia-a-dia da população, com uma resposta rápida às demandas.

“Na área de transporte aeromédico, que coincidentemente iniciou-se antes da pandemia com a aquisição de duas aeronaves, além de uma destinada pela Justiça, trouxe muita celeridade neste momento de dificuldade”, destacou o coordenador.

De acordo com o coronel Chiroli, essa resposta rápida só está sendo possível, porque o Governo vem realizando uma revolução no setor. Atualmente a frota conta com 3 helicópteros, 6 aviões, sendo duas UTIs aéreas, e está conseguindo manter uma logística que permite a distribuição em tempo recorde das vacinas no interior do estado, além do transporte de pacientes. Os investimentos realizados nos últimos dois anos pelo Governo propiciaram, inclusive, economia para Mato Grosso.

Somente no transporte de pacientes e da entrega da vacina, Chiroli estima “uma economia para o estado de aproximadamente 40% no custo de horas voadas”, ao se comparar com o transporte realizado por empresas particulares de táxi aéreo.

Se de um lado o CIOPAER tem gerado economia aos cofres públicos na área da saúde, de outro, tem aumentado os resultados positivos nas estatísticas no combate à criminalidade. O CIOPAER conta com 101 servidores pertencentes aos quadros da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil e tem duas bases operacionais, uma em Várzea Grande e outra em Sorriso.

Ampliação da Frota

A frota ainda será ampliada com a aquisição de mais um avião (Jato Cessna Citation Bravo), que está sendo comprado com recursos provenientes de ações penais que tramitaram na justiça. Para a compra desse jato foi firmado um Protocolo de Intenções em 2020. Para se chegar até a destinação desse recurso foram dois anos de diálogo entre Judiciário e a Secretaria de Estado de Segurança Pública.

O Estado também está adquirindo mais um helicóptero (H125), com recursos destinados as ações de combate a incêndios florestais e um avião bimotor turboélice, para fortalecer as ações das Forças de Segurança.

Guarda Costeira da Noruega resgata 12 tripulantes de navio holandês que ficou à deriva no Mar do Norte

Noruega – Equipes dos serviços de emergência noruegueses se empenharam nesta terça-feira (06), para resgatar 12 tripulantes do navio cargueiro holandês Eemslift Hendrika que ficou à deriva no agitado Mar do Norte, na costa da Noruega.

Os tripulantes foram salvos em duas operações diferentes na noite de segunda-feira. Os oito primeiros foram içados do convés através de guincho elétrico do helicóptero da Guarda Costeira e os outros quatro foram retirados do mar, conforme mostram imagens divulgadas pelo Centro de Coordenação de Resgate da Noruega.

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Mesmo com ondas de 15 metros (49 pés) e ventos fortes, em condições climáticas extrema, os tripulantes foram resgatados com segurança pela Guarda Costeira. O navio de 111 metros (366 pés) registrado na Holanda transporta iates, bem como 350 toneladas métricas de óleo pesado e 50 toneladas de diesel em seus tanques.

Segundo informações preliminares, a carga mudou de posição e fez com que o navio começasse a adernar e, posteriormente, seus motores falharam.

Apesar do mar agitado, o Norwegian Coastal Administration (NCA) informou na quinta-feira (08) que conseguiram conectar o navio aos dois rebocadores, um na proa e outro na popa, e depois de muito trabalho das equipes chegaram com o navio no porto norueguês de Ålesund no final do dia.

Corpo de Bombeiros do MS receberá repasse anual de R$ 1,3 milhão da Secretaria de Saúde para serviço de resgate aéreo

Mato Grosso do Sul – O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul receberá, por ano, um investimento de R$ 1.320.000,00 que será destinado ao serviço de resgate aéreo, em atendimentos de urgência e emergência no Estado.

O Termo de Cooperação Técnica nº 003/2021 entre Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi publicado na segunda-feira (05) no Diário Oficial. O valor de repasse, que será feito pela SES, vai custear o pleno funcionamento da aeronave e o suporte às atividades de resgate.

Resgate Aéreo do Corpo de Bombeiros receberá repasse anual de R$ 1,3 milhão da Secretaria de Saúde do MS. Foto: Divulgação/ GOA.

Para o diretor de Saúde e Assessor Técnico do Corpo de Bombeiros, Marcelo Fraiha, o investimento vai possibilitar melhores condições de assistência no nível primário e secundário de atenção. “O recurso financeiro específico para essa atividade de resgate aéreo vai possibilitar mais atendimentos à população de maneira geral”, afirmou.

O avião bimotor, modelo Baron, já é utilizado em transportes de pacientes. O repasse, no entanto, formaliza o trabalho e garante melhoria na execução de suporte à vida. “Esse Termo de Cooperação vem para formalizar e possibilitar condições melhores de oferecer o suporte avançado”, explicou Fraiha.

Conforme o Termo de Cooperação, a aeronave será utilizada também para transporte de órgãos e tecidos humanos (transplantes), transportes de pacientes que precisem receber “Tratamento Fora Domicílio” (TFD), além do deslocamento de materiais. O serviço aéreo também poderá ser utilizado em apoio às missões do Corpo de Bombeiros e da SEJUSP.

Com a intervenção precoce, em casos onde o resgate aéreo é de fato necessário, é possível reduzir o índice de mortalidade, minimizar sequelas e aumentar as chances de sobrevida, como cita o Termo de Cooperação. De acordo com o protocolo de atendimento, a aeronave terá, além de piloto e copiloto, um médico e um enfermeiro, ambos bombeiros.

Resgate Aéreo do Corpo de Bombeiros receberá repasse anual de R$ 1,3 milhão da Secretaria de Saúde do MS. Foto: Divulgação/ GOA.

Para que o avião possa ser acionado, a distância de deslocamento precisa ser, no mínimo, de 500 quilômetros, conforme explicou o comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), coronel Luidson Borges Tenório Noleto.

“Entre ida e volta, a distância mínima para que a aeronave seja deslocada é de 500 quilômetros. Desta forma conseguimos viabilizar o serviço. Mas é claro que existem exceções que serão reguladas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde”, afirmou o coronel Noleto.

O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul foi criado em 2016 e intensificou suas ações em 2020, com a implantação do Serviço Aeromédico. Neste período o grupo também trabalhou no apoio às operações de combate a incêndios e ações de segurança pública. Transporte de tropas e materiais também estão entre os serviços desenvolvidos.

Atualmente, o GOA possui uma aeronave Baron B58 Beechcraft e Airtractor A802 fire. “Há possibilidade de aquisição de um Cessna 206 que poderá ser usado também no resgate aéreo”, ressaltou coronel Noleto.

Oferecendo continuamente preparação técnica para suas equipes, o GOA está qualificando pilotos que irão atuar em combate à incêndios florestais e que, futuramente, irão pilotar helicópteros da corporação.

Em parceria com o SAMU, CIOPAER do Acre transfere dois recém-nascidos de Brasileia para Rio Branco

Acre – Na manhã de sexta-feira (03), equipe integrada do CIOPAER e do SAMU foi acionada para mais uma missão de remoção aeromédica. Dessa vez, duas crianças recém-nascidas foram transferidas no helicóptero Harpia 04 de Brasileia para serem atendidas no Pronto-Socorro de Rio Branco.

A recém-nascida do sexo feminino deu entrada com peso de 1.600 gramas, ventilação espontânea, ativa e mantendo dados vitais dentro da normalidade. O recém-nascido do sexo masculino, com peso de 1.550 gramas, evoluiu com angústia respiratória. A criança foi intubada e mantida em ventilação mecânica. Seu estado é grave, porém, segue estável.

Para a enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), Solange Souza, a parceria com o CIOPAER (Centro Integrado de Operações Aéreas) beneficia os pacientes que precisam de atendimento rápido e especializado. “A agilidade com que as vítimas são transportadas para o centro especializado, bem como o resgate das vítimas em locais remotos e ou de difícil acesso, são de grande importância, pois sem essa parceria seria inviável ou pelo menos muito demorado o atendimento”, relatou a enfermeira do SAMU, Solange Souza.

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