Amapá – Na sexta-feira (30), o Grupo Tático Aéreo (GTA) completou 17 anos de existência, como uma das principais unidades especializadas da segurança pública do estado do Amapá. Nos seis meses deste ano, fortalecido com novos equipamentos, principalmente de salvamento, já atuou em 128 operações policiais e de resgate. Desde sua criação em 30 de junho de 2006, foram 5.979 missões operacionais.
O GTA é formado por 40 profissionais oriundos da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil. Juntos compõem a Coordenadoria de Operações Aéreas (COPAER). A Unidade Aérea Publica opera um helicóptero (Gavião 01), um avião Cessna T210N (Gavião 02), um caminhão tanque que comporta até 4 mil litros de combustível e dois veículos operacionais.
O GTA se transformou em braço forte das missões humanitárias, busca e salvamento, defesa civil, prevenção e resposta a acidentes ambientais. Durante o período crítico da pandemia da COVID-19, o GTA atuou em mais de 500 operações, principalmente em atendimentos de saúde, com transporte de diversos equipamentos, respiradores, oxigênio e insumos para os municípios do interior do estado.
Ainda em 2020, durante o resgate de vítimas do naufrágio do navio Anna Karoline 3 que naufragou no dia 29 de fevereiro, no Sul do Amapá, as aeronaves do GTA fizeram parte da estrutura montada para o resgate de sobreviventes, buscas por desaparecidos e translado de corpos. Na época a segurança pública contou com 5 aeronaves: 2 do Grupo Tático Aéreo, 2 cedidas pelo Executivo paraense; e um helicóptero de grande porte da Marinha do Brasil.
Parto nas alturas
Entre tantas ocorrências, uma das primeiras que marcou a equipe do GTA aconteceu no dia 6 de junho de 2017. O helicóptero do grupamento foi acionado para socorrer uma mulher em trabalho de parto, no distrito do Arquipélago do Bailique. A paciente precisava de transferência urgente para o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), em Macapá, pois apresentava complicações em decorrência de hipertensão.
O Arquipélago do Bailique fica a 180 quilômetros da capital. A viagem em embarcação para a capital poderia durar de 12 a 15 horas e com o GTA o translado da paciente caiu para 40 minutos de voo, o socorro rápido aumentava as chances de vida para mãe e bebê. Porém, 15 minutos antes do pouso, Sibele Vitória, que recebeu esse nome em homenagem ao GTA, chegou ao mundo de maneira bem peculiar, nas alturas.
O parto improvisado foi feito pela equipe do GTA e por uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). No dia seguinte, mãe e filha, saudáveis, receberam a visita da equipe que as acolheu e prestou socorro.
