MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
Capitão da Polícia Militar de São Paulo
Para as OASP (Organização Aérea de Segurança Pública), fiz uma proposta de dimensionamento da força de trabalho, como forma de minimizar os impactos da falta de efetivo (comum nesse setor) e dinamizar o serviço operacional e administrativo.
Dimensionar a atuação de seus colaboradores, significa ter a pronto emprego, funcionários que são capacitados a contribuir com os processos de apoio e os processos operacionais, portanto, seria interessante contar com um profissional que consegue trabalhar no setor operacional e no setor administrativo, por exemplo.
Essa proposta encontra sustentação quando percebemos que em geral, não se voa 100% do horário de trabalho, nessas Instituições, possibilitando envolver seus integrantes com os processos produtivos de forma a incentivar a gestão participativa.
Dentro dessa ideia, pode-se aplicar a rotação dos colaboradores (funcionários), nos setores da OASP. Significa que será oferecido a todos, a oportunidade de trabalhar nas diversas áreas, fazendo com que aprofundem o conhecimento em cada setor e compreendam como funciona a Corporação que integram e como podem cooperar para a realização dos objetivos organizacionais.
Essa prática também favorece a sinergia entre os setores da OASP, e cada integrante passa a reconhecer a importância de todos os serviços que são realizados, tornando-os mais eficientes e adequados às necessidades da Organização Pública, além de promover o entendimento comum em torno do papel individual dentro dos planos e projetos em desenvolvimento.
Ter a chance de trabalhar nas diversas áreas de uma OASP beneficia a inovação de ideias, onde cada integrante se vê motivado a melhorar o processo e contribuir com o crescimento e desenvolvimento organizacional. Dessa forma possibilita-se a preparação da liderança, ampliando o conhecimento dessas pessoas para que gerenciem melhor os recursos e processos sob sua tutela.
Não se tem um tempo definido para promover a rotatividade nas funções, mas acredito que a cada dois anos, seja um período adequado para que as pessoas conheçam o setor em que estão trabalhando, contribuam com suas ideias e estejam prontas para novos desafios. Fica para cada Gestor definir esse prazo, conforme entenda oportuno para sua OASP.
A prática tem mostrado que a permanência de pessoas na mesma área por muitos anos, leva a uma estagnação do setor, esvaziando a possibilidades de empreender e bloqueando as iniciativas, quando ocorrem, no sentido de promover mudanças. Tudo isso leva a uma onda de desmotivação que contamina o trabalho e compromete a eficiência, logo, chegando ao desalinhamento institucional.
Promova a melhoria contínua de seus processos e incentive a rotatividade de pessoas nos setores da OASP.
Bons voos, com boa gestão!