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Servico aeromedico

Governo do Amapá anuncia implantação do serviço aeromédico para atender regiões ribeirinhas e isoladas do estado

Amapá – Com o objetivo de aprimorar o acesso à saúde, o Governo do Amapá anunciou a implantação do Serviço Aeromédico no estado, avanço que representa um marco no atendimento, de forma ágil e eficiente, das populações de regiões ribeirinhas e isoladas em situações de urgência e emergência. A iniciativa é resultado da integração das secretarias de Saúde (Sesa) e Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

A tarefa é incluir nos resgates já realizados pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA), uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para iniciar as primeiras ações em saúde, reduzindo o tempo de resposta em urgências médicas nas áreas mais remotas.

De acordo com Donato Farias, diretor do Samu, a geografia do Amapá exige soluções ágeis e eficazes devido à carência de especialidades em municípios mais distantes, como cirurgiões gerais e ortopedistas, além de procedimentos cirúrgicos complexos que só são realizados na capital, Macapá.

Equipe do Samu inicia treinamento para atender regiões isoladas nas ações de resgate do GTA.
Equipe do SAMU inicia treinamento para atender regiões isoladas nas ações de resgate do GTA.

“Regiões ribeirinhas e isoladas, com baixa capilaridade do sistema de saúde, agora contam com uma solução que reduz o tempo de resposta no atendimento às urgências, salvando vidas. O Serviço Aeromédico é um marco para a saúde do Amapá, promovendo qualidade de vida e acesso igualitário aos cuidados médicos”, destacou Farias.

A missão é prevenir o agravamento de condições clínicas, cirúrgicas, traumáticas ou psiquiátricas, minimizando o sofrimento e salvando vidas. O serviço aeromédico tem como base a portaria nº 2.048/2002 do Ministério da Saúde, que regulamenta o atendimento pré-hospitalar, e a portaria nº 1.010/2012, que define a Política Nacional de Atenção às Urgências.

Capacitação das equipes

Onze médicos e enfermeiros do SAMU estão recebendo treinamento específico, abordando técnicas como reanimação cardiopulmonar, uso do desfibrilador externo automático, imobilização de fraturas e resgate em situações adversas.

Por sua vez, o Grupo Tático Aéreo desenvolveu treinamentos voltados à segurança e eficiência das operações aéreas, como salvamento aquático, salvamento em altura, resgate veicular e protocolos de abastecimento de aeronaves.

Atualmente, o GTA dispõe de três aeronaves prontas para atender às demandas de saúde em todo o estado, seguindo protocolos integrados de acionamento e comunicação. O serviço não apenas representa um avanço técnico, mas também uma ferramenta de inclusão e equidade, garantindo atendimento às populações mais distantes.

Serviço aeromédico do SAMU resgata operário que sofreu descarga elétrica em Cruzeiro do Oeste, PR

Paraná – Na segunda-feira (06), um rapaz de 18 nos sofreu uma descarga elétrica em Cruzeiro do Oeste, região noroeste do estado. Segundo a Polícia Militar, ele estava instalando um equipamento quando houve o acidente.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e a Defesa Civil realizaram o primeiro atendimento, mas como o estado de saúde do trabalhador era grave foi preciso o acionamento do serviço aeromédico da Unidade Aérea Pública SESA/SAMU PR, base de Maringá.

O rapaz, com mais de 120 quilos, foi atendido pelos operadores de suporte médico do helicóptero do SAMU e depois de estabilizado foi encaminhado ao hospital em Londrina, no Norte do Estado.

UTIs aéreas: Goiânia se torna referência em serviços aeromédicos

Goiás – Com aumento pela procura de transporte aéreo de pacientes, a capital goiana, que já é referência nacional em assistência médica de alta complexidade, recebe polo aeronáutico que irá agregar ainda mais a essa importante cadeia de serviços.

Tempo, um recurso valiosíssimo e ao mesmo tempo sempre escasso quando falamos em assistência médica de alta complexidade ou de urgência. Por isso, não é a toa que durante o atual período pandêmico os serviços de transportes e assistência aeromédica registram um salto gigantesco. Para se ter uma ideia, empresas especializadas como a Air Jet Táxi Aéreo chegaram a registrar em 2020 um aumento de 500% em sua demanda, em comparação a 2019.

A goiana Brasil Vida Táxi Aéreo, com 17 anos de mercado, registrou só entre os meses de janeiro e maio de 2021 um número de pacientes transportados maior do que todo o ano de 2020, quando a procura já havia crescido exponencialmente.

Empresa de Táxi Aéreo de Goiânia é referência no serviço aeromédico. Foto: Brasil Vida.

“Já são 1.165 voos para pacientes com Covid-19 realizados neste ano. No total, a empresa já realizou 1.891 voos em 2021, contra 1.841 voos feitos em todo o ano de 2020”, destaca Arédio Bernardes Júnior, presidente da Brasil Vida Táxi Aéreo, companhia que tem homologação para atuar em qualquer parte do mundo e, atualmente, possui seis bases operacionais em cinco estados: Goiás, São Paulo, Pará, Bahia e Tocantins.

Goiânia já é referência nacional na procura por serviços médicos e já possui um heliponto no Órion Complex para atender demandas de saúde. E em breve pode se tornar um importante polo de assistência médica de alta complexidade, uma vez que abriga infraestrutura e condições geográficas favoráveis para atrair empresas deste setor.

“Goiânia está numa região muito privilegiada em relação ao Brasil e também a América Latina, o que facilita muito a chegada de pessoas que precisam de tratamento de alta complexidade, sendo que muitas delas vêm das regiões Norte e Nordeste, pois o tempo de voo é menor”, destaca o incorporador Rodrigo Neiva, diretor da Innovar Construtora.

Antares Polo Aeronáutico

A Innovar é uma das cinco empresas que integram o grupo empreendedor responsável pelo Antares Polo Aeronáutico, que está sendo construído em Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia, um projeto que vai fortalecer ainda mais a prestação dos serviços aeromédicos no Estado.

Empresa de Táxi Aéreo de Goiânia é referência no serviço aeromédico. Foto: Brasil Vida.

Com 209 hectares de área, o Antares será voltado exclusivamente para aviação executiva, manutenção de aeronaves e operações de logística. O empreendimento privado terá pista de 1,8 quilômetros, terminal de embarque e desembarque, posto para abastecimento, pista de acesso aos hangares, área para Fixed Base Operator (FBO), estacionamento para visitantes e área para helicentro, além de outros serviços relacionados direta e indiretamente à aviação geral.

Além da Innovar Construtora, o grupo empreendedor responsável pelo Polo Aeronáutico Antares, inclui as empresas Tropical Urbanismo, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações.

Arédio Bernardes Júnior, presidente da Brasil Vida Táxi Aéreo, destaca que ter um polo aeronáutico localizado no Centro do País, como o Antares, pode contribuir para empresas que prestam serviços aeromédicos, especialmente porque Goiânia está a poucas horas de voo de importantes centros urbanos do País, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. “Sem dúvidas, a infraestrutura e a geolocalização privilegiada são um ponto muito importante para a otimização de tempo e para possibilitar que mais vidas sejam salvas. Para se ter ideia, em 2021, já tivemos 443 voos da base de Goiânia”, informa o executivo.

Empresa de Táxi Aéreo de Goiânia é referência no serviço aeromédico. Foto: Brasil Vida.

Tempo

O médico gastro cirurgião Adilon Cardoso, que atende no centro clínico Orion Complex e opera no Hospital Israelita Albert Einstein – Unidade Goiânia, lembra que o tempo, dentro da assistência médica de alta complexidade, é um recurso sempre vital e ao mesmo tempo escasso.

Ele destaca que, embora uma porcentagem muito grande dos municípios brasileiros possua uma boa assistência primária à saúde, são poucos aqueles que contam com uma infraestrutura completa e adequada para os atendimentos de alta complexidade. “Nessa situação é que a medicina lança mão do transporte aeromédico, para encaminhar esse paciente grave a uma unidade melhor preparada e melhor equipada”, afirma o médico.

Adilon Cardoso lembra que esse transporte especializado não é simplesmente colocar um paciente em um avião e levá-lo para outro hospital. “Trata-se de um serviço de saúde de altíssima complexidade, que envolve vários fatores fundamentais, como o tipo de aeronave a ser usada, a altura do voo, a capacitação da equipe médica e de enfermagem especializada. Isso porque uma coisa é tratar uma intercorrência de saúde em solo, num centro cirúrgico convencional, outra é atendê-la numa aeronave em pleno voo”, ressalta.

Para o cirurgião, os serviços aeromédicos salvaram, salvam e salvarão inúmeras vidas e ele destaca que Goiânia é reconhecidamente um importante centro de referência para esse tipo de serviço médico. “Nossa capital, historicamente, é um grande receptor de pacientes graves provenientes de todo o País, mas especialmente das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, esclarece o médico.

Serviço de Ambulância Aérea da Noruega expande acordo com a Babcock para atender a Europa

Noruega – O Serviço de Ambulância Aérea HF (Luftambulansetjenesten HelseForetak) está expandindo seu acordo com a Babcock Scandinavian AirAmbulance AS para entregar um avião a jato Cessna C680A Latitude, que transportará pacientes graves na Europa (UE).

A Babcock obteve um contrato para operações de ambulâncias aéreas de 1 de julho de 2019 com duração até 2025 e possibilidade de prorrogação até 2030. Babcock é um empresa líder em voos aeromédicos nos países nórdicos. A frota inclui 38 aeronaves, em 22 bases na Suécia, Finlândia e Noruega.

Como a missão é colocar uma ambulância aérea em operação até o final deste ano, foi considerada a realização de uma licitação seguindo os ritos normais, mas por uma questão de tempo, o Serviço de Ambulância Aérea HF optou por estender o acordo atual com a Babcock para se aplicar também às aeronaves a jato para a UE.

A contratante é o Serviço de Ambulância Aérea HF que pertence a quatro autoridades de saúde regionais da Noruega (Regionalt HelseForetak – RHF). Ela possui contrato com a Babcock para aviões e com a Norsk Luftambulanse AS para helicópteros. Nessa estrutura do Estado, cada uma das quatro regiões de saúde (RHF) da Noruega é responsável por garantir que a população receba serviços especializados de saúde.

O pano de fundo para a chagada da nova aeronave é o acordo celebrado entre a Noruega e a UE sobre o transporte de pacientes com doenças infectocontagiosas graves, como parte do RescEU, pelo período de 2021 a 2027. O investimento inicial foi de cerca de cinco milhões de euros. O acordo prevê investimentos de 60 milhões de euros para todo o período.

Babcock Scandinavian AirAmbulance expande acordo para entregar avião a jato ao serviço aeromédico da Noruega e atender a União Europeia. Foto: Divulgação. Cessna C680A Latitude. Johnny.

A Direção de Saúde da Noruega é uma parte contratante formal da UE

Através do Serviço de Ambulância Aérea HF, as quatro regiões de saúde (Helse Nord, Helse Midt-Norge, Helse Vest e Helse Sør-Øst) foram incumbidas para concretizar o acordo.

No dia-a-dia uma enfermeira comporá a tripulação do novo do jato Cessna C680A Latitude. Quando a aeronave for entregue para missões na UE, uma equipe de saúde será integrada na operação, em esquema de rodízio. Cada equipe (sete equipes no total) será composta por um médico, uma enfermeira e um paramédico / oficial de segurança.

Melhora do serviço de ambulância aérea

O contrato contempla operação completa de aeronaves, tripulação (pilotos), manutenção técnica, treinamento, etc. Isso inclui ambulâncias aéreas em regime de 24/7: 24 horas por dia, todos os dias, durante todo o ano. A nova aeronave Cessna C680A Latitude é o mesmo modelo do avião a jato usado em Gardermoen, e ficará baseada em Tromsø.

Quando o avião não for usado para missões sob os auspícios da UE, o serviço regular de ambulâncias aéreas na Noruega é implantado. Todas as operações de ambulâncias aéreas na Noruega são pagas e totalmente financiadas pelo setor público. No total, as autoridades regionais de saúde gastam mais de um bilhão de coroas em ambulâncias aéreas todos os anos e atendem quase 20.000 pacientes por ano.

Babcock Scandinavian AirAmbulance expande acordo para entregar avião a jato ao serviço aeromédico da Noruega e atender a União Europeia. Foto: Divulgação.

O serviço tem 14 helicópteros localizados em 13 bases: Arendal, Lørenskog (2), Ål, Dombås, Stavanger, Bergen, Førde, Ålesund, Trondheim, Brønnøysund, Evenes, Tromsø e Kirkenes. A Norsk Luftambulanse AS opera os helicópteros, principalmente em missões aeromédicas (ambulância aérea), mas também em buscas e resgates. Para o serviço de resgate, o Esquadrão 330 das Forças Armadas também realiza várias missões em parceria com o serviço.

Além dos helicópteros, há também 9 aviões-ambulância localizados em 7 bases: Gardermoen (2), Ålesund, Brønnøysund, Bodø, Tromsø, Alta (2) e Kirkenes. A Babcock Scandinavian AirAmbulance AS é a responsável por essa operação.

Este é o RescEU

O RescEU faz parte do programa de preparação civil para emergências da UE e visa reforçar a proteção dos cidadãos contra catástrofes, bem como a gestão de novos riscos (Reserva europeia de recursos – “reserva rescEU”).

Isso inclui uma frota de aeronaves e helicópteros de combate a incêndios, de evacuação aeromédica, bem como um depósito de equipamentos médicos e hospitais de campanha que podem ser usados ​​em emergências de saúde e em incidentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.

RescEU, um mecanismo que visa oferecer solidariedade numa situação de emergência para países europeus.

Ozz Saúde será responsável pela operacionalização do serviço aeromédico no Sul Catarinense

Santa Catarina – A empresa Ozz Saúde foi declarada vencedora do pregão realizado no dia 30 de novembro para executar o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul (SARASUL). Isso aconteceu após análise do recurso apresentado pela segunda colocada. “A pregoeira e equipe técnica decidiram manter a decisão que declarou a Ozz vencedora”, afirmou o advogado Giovanni Dagostin Marchi, que responde pelo departamento jurídico do Consórcio Intermunicipal Multifinalitario (CIM-AMREC).

A decisão foi publicada no Diário Oficial dos Municípios no dia 04 de dezembro. A comissão responsável pela organização do serviço SARASUL, CIM-AMREC e prefeitura de Criciúma realizarão reunião na próxima quarta-feira (09) com a empresa vencedora, para definir a parte técnica e início do funcionamento do serviço. No dia deve ser feito a assinatura do contrato, além da forma de avaliação e monitoramento do serviço.

Sobre o SARASUL

O serviço terá contrato de 12 meses, onde a empresa fornecerá o pessoal e os materiais médicos e medicamentos. Estão previstos na operação um médico e um enfermeiro que ficarão de prontidão por 12 horas na base do SAER, sete dias por semana. O contrato ainda prevê um farmacêutico disponível por 20 horas semanais. O SARASUL vai atender toda a Mesorregião Sul Catarinense, assegurando serviços de urgência e emergência gratuita exclusiva aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre a OZZ

Com um faturamento estimado superior a R$ 450 milhões, a OZZ Saúde é uma empresa especializada na terceirização da gestão de hospitais e serviços de emergência médica, contando atualmente com mais de 3.800 funcionários, com sedes operacionais no Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

A empresa faz a gestão de 183 ambulâncias, 3 aeronaves UTI Aérea, 30 motolâncias, além de outras unidades de suporte e ainda 10 Centrais de Regulação de Urgência, 3 oficinas mecânicas exclusivas para as ambulâncias que realizam mais de 3.000 atendimentos mensais.

Ozz Saúde vence licitação para administrar o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul, em SC

Santa Catarina – Na sexta-feira (20), no salão Ouro Negro, da Prefeitura de Criciúma, aconteceu a abertura de licitação para contratação da empresa que vai disponibilizar os profissionais que irão executar o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul (Sarasul). O pregão contou com a participação de quatro empresas e foi vencido pela empresa Ozz Saúde.

Ozz Saúde vence licitação para administrar o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul, em SC. Foto: Divulgação.

A segunda colocada, Madeira Prestação de Serviços à Saúde, manifestou interesse em ingressar com recurso e assim, a homologação do resultado se dará após a sua analise. Todo o processo está sendo feito via Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da AMREC (CIM-AMREC). O edital iniciou com valor de R$ 128.094,65, encerrou com o preço de R$ 81.175,66 mensais.

“Este custo será dividido entre os 12 municípios da AMREC de forma proporcional. Os que possuem maior população pagam mais, os que possuem menos, pagam um valor menor. O investimento ainda ficou acima do que as prefeituras projetavam, que era R$ 65 mil, mas acreditamos que ainda tenha ficado em um valor razoável”, explicou o secretário executivo da AMREC, Giovanni Dagostin Marchi.

O serviço terá contrato de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 60 meses, onde a empresa fornecerá o pessoal e os materiais médicos e medicamentos. Estão previstos na operação um médico e um enfermeiro que ficarão de prontidão por 12 horas na base do Serviço Aeropolicial Sul (SAER) da Polícia Civil, 07 dias por semana.

O contrato ainda prevê um farmacêutico disponível por 20 horas semanais. O Sarasul vai atender toda a Mesorregião Sul Catarinense (AMREC, AMESC e AMUREL), assegurando serviços de urgência e emergência gratuita exclusiva aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ozz Saúde vence licitação para administrar o Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul, em SC. Foto: Divulgação.

Publicada licitação para contratação de profissionais de saúde para o aeromédico do Sul Catarinense

Santa Catarina – Na terça-feira (20), o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da AMREC (CIM-AMREC) publicou aviso de licitação (Pregão Presencial Nº. 263/CIM-AMREC/2020) para atender as demandas do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul (SARASUL), criado recentemente em Criciúma, SC (saiba mais).

A abertura do edital de licitação para a contratação da empresa responsável pela operação do SARAUL está prevista para acontecer em 30 de outubro. O Edital precisou ser retificado e com isso a data de abertura foi alterada para 20 de novembro. A previsão é que o funcionamento do serviço tenha início em dezembro deste ano.

A empresa contratada deverá disponibilizar profissionais de saúde especializados na área de serviços de suporte avançado aeromédico, incluindo o fornecimento de medicamentos e materiais médicos. O serviço será realizado em conjunto com a equipe do SAER da Polícia Civil no período das 7:00h às 19:00h (do nascer ao pôr do sol).

Conforme o Acordo de Cooperação Técnica nº 2020TN001230 o Serviço Aeropolicial (SAER) é responsável pelo atendimento de voo, aeronave, tripulantes, pilotos, operadores de pista e apoio aéreo necessário para o atendimento pré-hospitalar e remoções aeromédicas de pessoas no âmbito dos municípios que integram a Mesorregião Sul Catarinense (AMREC/ AMESC/AMUREL).

Comissão retoma ações para implantação do serviço aeromédico no sul de Santa Catarina

Santa Catarina – A implantação do Serviço Aeromédico em parceria com o SAER da Polícia Civil no sul do Estado voltou à pauta nas agendas das autoridades nesta semana. O projeto que estava a todo vapor ganhou uma pausa por conta da chegada do novo coronavírus na região de Criciúma.

A comissão de lideranças da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) encaminhou a minuta dos convênios para a Secretaria de Saúde, Secretaria de Segurança e para o Chefe da Casa Civil. O documento havia sido solicitado na reunião realizada no dia 03 de março, em Criciúma.

Conforme o presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma, Tita Belloli, o documento deve ser assinado e retornará para a Amrec, que lançará o edital, para posteriormente, ser conhecida a empresa vencedora. Com a implantação do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico do Sul (SARA Sul), cerca de 50 municípios serão atendidos na região.

Nova Base

Projeto para as novas instalações do Serviço Aeropolicial (SAER SUL) também foi retomado. O projeto de construção da nova base em um terreno da prefeitura ao lado do Parque dos Imigrantes, no Rio Maina, está adiantado e será possível através de emenda individual do deputado federal, Daniel Freitas (PSL), no valor de R$ 730 mil.

“Os projetos já estão sendo feitos. O Arquitetônico está pronto e agora está no estrutural. A emenda foi empenhada, mas ainda não veio”, comenta o presidente da Câmara de Vereadores, Tita Belloli (PSDB), também envolvido nas conversas de mudança do SAER. “Estando perto do parque vai dar mais segurança para o pessoal do Rio Maina”, conclui.

Além de um local apropriado para o serviço, o Governo do Estado economizaria com aluguel do atual espaço onde o SAER SUL funciona desde 2016.

Comissão retoma ações para implantação do serviço aeromédico no sul de Santa Catarina. Foto: SAER Sul.

Serviço Aeromédico de Cascavel completa 6 anos com mais de 2.300 atendimentos realizados, PR

Paraná – Responsável por iniciar um novo modelo de atendimento primário e secundário pela Rede Paraná Urgência (RPU), a primeira base aeromédica exclusiva da saúde no Estado, localizada em Cascavel, completou seis anos de funcionamento na quarta-feira (22).

“Para nós é uma grande alegria acompanhar o crescimento desse serviço de referência na região de Cascavel, e que auxilia na melhoria do atendimento na rede de urgência e emergência do Paraná, salvando vidas de forma efetiva”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Segundo ele, o êxito do serviço faz parte da proposta de regionalização e agilidade na saúde. “Seguimos com a orientação do governador Ratinho Junior, de aproximar o serviço de saúde das pessoas e diminuir ao máximo o tempo de espera de um usuário até o atendimento”, completou.

DADOS

Desde sua inauguração em 2014, o serviço já atendeu mais de 2.400 acionamentos, sendo 2.327 missões realizadas com pacientes, somando 3.675 horas de voo. A base abrange a Macrorregião Oeste e é composta pela 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 20ª Regionais de Saúde, atendendo 94 municípios. Atualmente a equipe é formada por médicos, enfermeiros, pilotos e mecânicos. Diariamente, equipes de quatro integrantes se revezam para atender o serviço aeromédico.

“Realizamos transferências inter-hospitalares para centros de referência, atendimentos de acidentes em rodovias e também apoiamos o Sistema Estadual de Transplantes, realizando o translado de órgãos até uma equipe transplantadora”, explicou o diretor da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, João Gabriel Avanci.

“A agilidade no transporte está totalmente ligada com a diminuição da taxa de mortalidade e morbidade, pois possibilita que o paciente receba um atendimento em um curto período de tempo, o que é crucial para salvar vidas”, finalizou.

Serviço Aeromédico de Cascavel completa 6 anos com mais de 2.300 atendimentos realizados, PR. Foto: Divulgação.

REDE PARANÁ URGÊNCIA 

A RPU desenvolve ações com o objetivo de garantir pontos de atenção à urgência e emergência, fixo e móvel, no menor tempo e distância possíveis em todas as regiões do Estado.

A Rede inclui desde equipes multiprofissionais treinadas para acolher os cidadãos nas unidades de saúde equipadas nos municípios onde moram, transporte de urgência (Samu/Siate/Aeromédico) ou atendimento hospitalar de urgência organizado por centrais macrorregionais de regulação até acompanhamento domiciliar no pós-alta.

São componentes da rede: Promoção, Prevenção e Vigilância; Atenção Primária em Saúde; Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/Siate); Atendimento Aeromédico; Sala de Estabilização; Unidades de Pronto Atendimento (UPA) / Unidades 24 horas; Hospitais/Portas de Urgência Hospitalares; Atenção Domiciliar; Complexo Regulador e Telemedicina – Linhas de Cuidado Cardiovascular, Cerebrovascular e Trauma.

Serviço Aeromédico de Cascavel completa 6 anos com mais de 2.300 atendimentos realizados, PR. Foto: Divulgação.

Desde sua implantação, o serviço foi responsável pela redução de cerca de 25% de mortalidades decorrentes de acidente de trânsito e 21,5% na mortalidade por doenças cerebrovasculares e cardiovasculares.

“Contamos com cinco bases de helicópteros atendendo todo o Estado do Paraná, abrangendo todos os municípios para realização dos atendimentos de emergência e transporte de pacientes críticos”, comenta o diretor de Gestão em Saúde (DGS) da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Filipak.

“A base de Cascavel foi a primeira do Estado implantada neste modelo assistencial com processo de trabalho definido pela Sesa e apoiado pelo Samu Regional. Esse processo contínuo é essencial para que mais pacientes tenham chance de sobrevida com menos dor e sofrimento”, completou o diretor.

Serviço Aeromédico de Cascavel completa 6 anos com mais de 2.300 atendimentos realizados, PR. Foto: Divulgação.

Prefeitos aprovam a instalação do serviço aeromédico em Criciúma e região

Santa Catarina – Na tarde de quinta-feira (17), os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) aprovaram, por unanimidade, o repasse de recursos para a instalação do serviço aeromédico em Criciúma e região. O serviço tem data prevista para iniciar em novembro.

Eles receberam a comissão de instalação do serviço que apresentou a proposta aos chefes dos executivos dos 12 municípios. O valor é limitado em R$ 60 mil por mês, dividido entre os municípios de forma per capita, conforme a população. O serviço deve atender a população dos municípios de Imbituba até Passo de Torres, uma população estimada de 1 milhão de pessoas e algo em torno de 45 municípios (AMREC, AMESC e AMUREL).

Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) aprovam repasse de recursos para a instalação do serviço aeromédico na região. Foto: Divulgação

“Nós acabamos, por decisão unânime, de decidir por custear a contratação deste serviço. Vai ser um rateio per capita, mas o valor é insignificante perto do resultado que vai trazer para a pessoa que precise do atendimento rápido. Alguns segundos fazem a diferença entre a vida e a morte”, afirmou o presidente da AMREC e prefeito de Criciuma Clésio Salvaro.

A Comissão de instalação do Serviço Aeromédico ainda deve visitar as regiões da AMUREL e da AMESC, para dividir os custos, o que deve diminuir ainda mais o valor rateado para manter o serviço.

O médico emergencista Alexandre Costa, esteve presente na reunião na AMREC e disse aos presentes que o diferencial do atendimento é de salvar vidas, no tempo resposta de atender essa vítima. “Com uma aeronave, a gente consegue chegar a locais remotos que demorariam horas com outro tipo de resgate. Pode fazer uma diferença gigante”, declarou Alexandre.

Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) aprovam repasse de recursos para a instalação do serviço aeromédico na região. Foto: Divulgação

RBAC 90 e as operações aéreas para preservação do patrimônio indígena

Cel PMESP Eduardo Alexandre Beni
Idealizador e coordenador do projeto do RBAC 90

Recentemente escrevi um artigo falando sobre o novo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 90 (RBAC 90) e seus efeitos no serviço aeromédico. Dessa vez vou abordar sobre o impacto desse regulamento nas operações aéreas para preservação do patrimônio indígena, assim chamado pelo regulamento e que seguiu conceitos estabelecidos pela Lei Nº 5.371/1967, que instituiu a FUNAI.

Em 2008, foram criados no âmbito da SENASP/MJ, a Comissão e o Conselho Nacional de Aviação de Segurança Pública (CONAV), com 92 representantes designados de todos os Estados e órgãos da Aviação Pública, sob a coordenação do então Maj PMDF Josilei Gonçalves e Cleverson Lautert Cruz.

Pataxós e pesquisadores na Aldeia de Barra Velha, 1978, decolando em avião da Funai para realizar um voo sobre a área da reserva. Foto: ANAÍ.

Essa ação contou com a participação inédita de outros órgãos, como a Receita Federal, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN/DF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

O ingresso desses órgãos aconteceu porque eles não estavam abarcados pela Subparte K do RBHA 91, que tratava exclusivamente da Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil. Esses órgãos precisavam de segurança jurídica para suas operações. Com exceção da aviação da FUNAI que foi extinta, todos os outros realizam suas operações aéreas atualmente e estão abrangidos pelo RBAC 90.

Desse trabalho na SENASP /MJ que perdurou até 2011, alguns legados foram deixados. Um deles foi o regulamento da ANAC. O artigo 90.5 do RBAC 90 publicado recentemente delimitou os serviços alcançados pela norma e dentre eles estão as operações aéreas para preservação do patrimônio indígena – 90.5 (7). Essa atividade engloba a proteção ao índio, prestação de assistência médico-sanitáriagestão do patrimônio indígena, etc.

A aviação da FUNAI iniciou suas operações aéreas em 1970 e teve mais de 40 anos de atividade, com aproximadamente 90.000 horas de voo. Embora o piloto chefe do setor de transporte aéreo da Fundação, Paulo Renato Pires Fernandez, tenha participado ativamente da construção do RBAC 90 e ter seu pleito atendido, o serviço foi extinto.

Um dos pontos discutidos à época sobre a inclusão da Fundação no regulamento estava muito relacionado à possibilidade de aeronaves da FUNAI realizarem pousos e decolagens em locais não cadastrados pela ANAC. Isso traria reflexos relevantes para o seguro dos aviões, custos, redução de burocracia e daria mais agilidade e segurança à operação.

Existiam nessa época cerca de 1100 pistas em áreas indígenas, sendo que mais de 600 não tinham ou haviam perdido a homologação da ANAC. Até hoje discute-se a regularização dessas pistas. Pois bem, o artigo 90.301 do RBAC 90 criou requisitos gerais para pouso ou decolagem nessas áreas, de forma a garantir a segurança, sem inviabilizar a operação especial de aviação pública.

Pataxós e os pesquisadores na Aldeia de Barra Velha, 1978, em frente ao avião da Funai, planejando um voo sobre a área da reserva. Foto: ANAÍ.

Em 2011, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi criado o programa Espaço Livre – Aeroportos, cujo objetivo era a remoção de aeronaves sob custódia da Justiça de diversos pátios de aeroportos nacionais. Eram dezenas de aeronaves deterioradas ou em processo de deterioração, estacionadas em aeroportos brasileiros. Em abril de 2012 a FUNAI ingressou no programa com suas aeronaves e o Setor de Transporte Aéreo (STA) foi extinto.

Porém, em 2015, com parecer da Corregedoria Nacional de Justiça pelo distrato do termo de cooperação técnica firmado, o CNJ encerrou o programa Espaço Livre – Aeroportos e as aeronaves que eram da FUNAI permaneceram paradas.

Apesar do tempo decorrido e dos fatos que geraram sua extinção, como houve a publicação do regulamento em 2019, a FUNAI adquiriu segurança jurídica para realizar suas atividades aéreas próprias, mesmo que para isso busque parcerias que atendam os requisitos específicos da norma.

Atualmente, o Governo Federal contrata empresas de táxi aéreo para realizar o transporte de índios, funcionários, pesquisadores, além do serviço aeromédico. Com essa nova normativa, foram criadas condições especiais para as operações que envolvam o cumprimento da política indigenista no Brasil.

Avião da Funai, na Aldeia de Barra Velha, 1978, decolando com pesquisadores e Pataxós para realizar um voo sobre a área da reserva. Foto: ANAÍ.

Se quiser saber mais sobre o tema acesse:

Projeto de implantação do Serviço Aeromédico do Sul catarinense é apresentado em Criciúma

Santa Catarina – O projeto do Serviço Aeromédico do Sul catarinense foi apresentado na tarde de sexta-feira (9/8) na Sala dos Municípios da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma), para a comissão de implantação, formada por representantes de instituições e do poder público da Amesc, da Amrec e da Amurel. Os participantes fizeram apontamentos e deram contribuições com o objetivo de alinhar o projeto para posteriormente, ser apresentado para os prefeitos das três microrregiões.

Antes de apresentar aos representantes do executivo, a comissão definiu que o seu presidente, o vereador Tita Belloli e o coordenador do Serviço de Urgência e Emergência de Criciúma e membro da comissão, Fabiano Armando, irão dialogar sobre o projeto com o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.

O modelo do Serviço Aeromédico foi inspirado no trabalho desenvolvido na região de Chapecó e tem entre seus objetivos diminuir o tempo resposta de chegada ao atendimento da ocorrência e manter a organização no atendimento, estabilizar a vítima no local do evento, diminuir sequelas relacionadas ao evento e realizar transporte de pacientes graves entre as instituições.

Projeto de implantação do Serviço Aeromédico do Sul catarinense é apresentado na Unesc. Foto: Milena Nandi

A ideia uma cobertura de Passos de Torres a Imbituba, totalizando 50 municípios do Sul de Santa Catarina. “O serviço resultará em qualidade de vida para a população e um tempo menor de resposta para urgências e emergências. O objetivo agora é sensibilizar os prefeitos para que o projeto de implantação saia do papel”, comenta Belloli.

O projeto de implantação foi apresentado pela secretária da comissão e coordenadora do CER (Centro de Referência em Reabilitação), Mágada Tessmann, com a contribuição do Serviço de Urgência e Emergência de Criciúma. Segundo ela, na Amesc, Amrec e Amurel, uma população de quase 1 milhão de pessoas terá cobertura do Serviço Aeromédico e poderá inclusive colaborar em situações de calamidade ou acidentes que coloquem em risco a população e o paciente precise ser estabilizado para ser transportado.

“O atendimento médico móvel também poderá colaborar em emergências clínicas, cirúrgicas, traumáticas e psiquiátricas. A rede de urgência e emergência é transversal às demais redes e poderá atuar em situações que envolvam gestantes, pessoas em surtos psiquiátricos, infartos, AVC, por exemplo. A atuação do aeromédico pode ser um fator determinante para que o paciente não venha a participar da rede com deficiência ou participe apenas de forma temporária”, comenta.

Projeto de implantação do Serviço Aeromédico do Sul catarinense é apresentado na Unesc. Foto: Milena Nandi

De acordo com o médico Vanderlei Damin, representante dos hospitais na comissão, a otimização do tempo de resposta em casos de urgência e emergência faz toda a diferença para o paciente. “Estamos em uma região de geografia e tempo que muitas vezes não colaboram e transporte feito basicamente por via rodoviária. Esses são pontos que geralmente trabalham contra a agilidade na hora do atendimento. O Serviço Aeromédico vai otimizar o trabalho dos profissionais de saúde, já que o paciente começará a ser atendido em uma UTI móvel, o que colabora com a estabilização do quadro. E isso, com certeza, faz a diferença entre a vida e a morte”.

A comissão de implantação do Serviço Aeromédico é formada por representantes da: Unesc, Câmara de Vereadores de Criciúma, Corpo de Bombeiros, Amrec, Amesc, Amurel, Acic, Samu e prefeitura de Criciúma. O Saer (Serviço Aeropolicial), também participa da elaboração do projeto. Esse serviço da Polícia Civil chegou ao Sul catarinense em novembro de 2016 e atua em questões plenas de segurança e situações emergenciais de saúde.

Surge uma nova Aviação com o RBAC 90 e seus desdobramentos alcançarão os serviços aeromédicos

Cel PMESP Eduardo Alexandre Beni
Idealizador e coordenador do projeto do RBAC 90

Antes de iniciar, não pretendo abordar neste texto a legalidade ou legitimidade da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) regulamentar atividade do Estado através de instrumento normativo não primário (Resolução). O objetivo é demonstrar o “efeito dominó” e alguns desdobramentos que esse regulamento pode gerar.

Adianto que o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 90 (RBAC 90) é tão importante, que além de criar um novo mercado na Aviação Civil, possibilitará desdobramentos que somente entenderemos daqui há alguns anos.

Sabemos que precisarão ocorrer ajustes ao longo do tempo e para isso precisamos contextualizar, pois esse regulamento não fala mais só de segurança pública ou defesa civil, ele foi muito além. Criou uma nova aviação – A Aviação Pública.

Desde 2005, a ANAC é a detentora da competência legal para regular os serviços aéreos públicos e privados e recentemente avançou para regulamentar também as atividades realizadas pelo Poder Público (Estado), através do RBAC 90, intitulado “Requisitos para Operações Especiais da Aviação Pública”.

Em abril de 2019, a ANAC publicou o RBAC 90 e a partir de 11 de julho muitas atividades serão implementadas e/ou alteradas, muito embora já comece a gerar efeitos de imediato. O serviço aeromédico é uma delas. A ANAC deu o primeiro passo com a publicação do RBAC 90 e com o tempo talvez tenhamos um modelo aeromédico assemelhado ao prestado nos EUA e na Europa.

Diante disso, quando falamos de serviço aeromédico, falamos em salvar vidas humanas. Sendo a vida, a dignidade da pessoa humana e a saúde, direitos fundamentais, percebemos que se trata de algo muito mais amplo do que limitar o debate sobre quem deva realizar a prestação de socorro.

Para deixar mais claro o entendimento sobre o tema, há definição legal muito relevante, cujo significado era pouco valorizado até agora. Trata-se da classificação de aeronaves dada pelo artigo 107 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). Lembro que o projeto do novo CBA manteve o mesmo significado, qual seja, utiliza a palavra “integrante” para aeronave militar e “destinada” para a aeronave civil pública.

No primeiro caso possibilitou a Polícia Militar e a Polícia Civil do Rio de Janeiro possuírem aeronaves de versão militar (Bell Huey II), pois, por não integrarem as Forças Armadas, não são consideradas aeronaves militares, à luz do CBA.

No segundo caso, temos alguns aspectos, pois, em princípio, bastaria a destinação da aeronave ao serviço do Poder Público (Estado) para que ela fosse considerada aeronave pública, entretanto, sabemos que essa destinação necessita de indicação da Administração Pública como operadora da aeronave, ou seja, o CBA e a Resolução nº 293/13 da ANAC vinculou a classificação da aeronave ao serviço realizado ou prestado.

Assim, como regra geral, são consideradas aeronaves privadas as que realizam serviços aéreos públicos e são aeronaves públicas as destinadas ao serviço do Poder Público, inclusive as requisitadas na forma da lei.

Aliás, aqui é um ponto importante, pois o atual CBA fala somente dos Serviços Aéreos realizados por aeronaves privadas e é omisso sobre a estruturação da Aviação do Poder Público (Estado). Por isso o RBAC 90 tornou-se o marco regulatório dessa atividade.

O artigo 90.1 do regulamento limitou sua aplicabilidade aos órgãos e entes da Administração Pública que possuem as atribuições legais para realizarem as operações aéreas especiais descritas no artigo 90.5, como de segurança pública; de urgência e emergência médica; promoção e proteção à saúde; segurança viária; alfandegária; meio ambiente; preservação do patrimônio indígena, etc.

Segundo o RBAC 90, os serviços aéreos públicos (Táxi-Aéreo e Serviços Especializados) seguirão regulamentos próprios, entretanto, não proibiu o Poder Público de contratar uma empresa para realizar uma operação aérea especial, desde que o Estado assuma a sua operação e possua atribuições legais para sua realização, como acontece no Paraná e em Tailândia (PA) com o serviço aeromédico. O regulamento proporcionou segurança jurídica às operações que já são realizadas no Brasil.

Na prática a aeronave muda para a categoria da Administração Pública, o Estado passa a ser o operador e, cumprido os requisitos operacionais do regulamento, estará sob a égide do RBAC 90. Com isso, havendo interesse do mercado, poderemos ter modelos que integrem o público e o privado, além do serviço realizado por cada um.

A norma possibilitou o ingresso de vários serviços realizados pela Administração Pública e que até então não eram abrangidos pela Subparte K do RBHA 91. Além disso, o regulamento criou precedente para que outros sejam adequados ou criados, como, por exemplo, uma norma específica para tratar do serviço aeromédico realizado pelas empresas aéreas, como acontece com a aviação agrícola (RBAC 137).

Outra possibilidade seria, seguindo o modelo americano, incluir uma subparte no RBAC 135, tratando especificamente dos requisitos operacionais para o serviço aeromédico dessas empresas.

Hoje, as 45 empresas de Táxi Aéreo autorizadas a prestar serviço aeromédico estão sob a tutela do RBAC 135 e IAC 3134 (Transporte Aéreo de Enfermos). Com a publicação do RBAC 90 poderão, sob o manto da natureza da atividade, pleitear prerrogativas assemelhadas para suas operações aeromédicas. Afinal, a missão delas também é salvar vidas.

Outro precedente criado pelo RBAC 90 foi a criação das funções de operador de suporte médico, profissional de saúde embarcado e operador aerotático e que pode ensejar mudanças em regulamentos dos serviços aéreos. Com a extinção da figura do Operador de Equipamentos Especiais (OEE), o regulamento além de melhorar os conceitos, individualizou-os.

Muito embora não sejam considerados legalmente como tripulantes, esse novo regulamento definiu o médico, o enfermeiro e o operador aerotático como profissionais que integram a operação e que poderá gerar efeitos, inclusive, nas normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e quem sabe no próprio CBA e Lei do Aeronauta.

Saindo do âmbito da ANAC, outra publicação que deverá ser alterada é a AIC-N 27 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que estabelece procedimentos específicos para as “Operações Aéreas de Segurança Pública e/ou de Defesa Civil”, pois, como dito, o RBAC 90 distinguiu as operações conforme as atribuições legais dos órgãos ou entes públicos e revogou a subparte K do RBHA 91. Agora não é mais só a segurança pública e defesa civil que realizam operações aéreas especiais.

Na saúde, o regulamento que estabelece regras para os serviços de urgência e emergência é a Portaria Nº 2048 de 2002 do Ministério da Saúde. Ela define, entre outras coisas, requisitos básicos para aeronaves, equipamentos e qualificação de tripulações. Essa portaria já foi alvo de revisão por comissão formada no âmbito da Ministério, porém não foi adiante. Com o RBAC 90 talvez tenha que ser retomada essa proposta.

Assim, a publicação desse regulamento gerou muitos desdobramentos e aqui abordamos somente aspectos relacionados à aplicabilidade, especialmente sobre a criação de um marco regulatório para a Aviação Pública, pois definiu o que é serviço do poder público; e a possibilidade das empresas aéreas aumentarem sua abrangência de serviços, pois, cumprindo os requisitos do RBAC 90, também podem ser contratadas pelo Estado para realizarem algumas operações aéreas especiais, como de urgência e emergência médica, de promoção e proteção à saúde ou preservação do patrimônio indígena.

Como destacamos, é um processo complexo, e vai ensejar, ao longo do tempo, mudanças em outros regulamentos da ANAC, do Ministério da Saúde, dos Conselhos Federais e do DECEA. Diante disso, ações precisarão acontecer de forma integrada para que os serviços sejam realizados com segurança e eficiência, atendendo ao interesse público.

Se quiser saber mais sobre o tema acesse:

Aeromédico do Brasil: Conheça o serviço aeromédico da Air Jet Táxi Aéreo

Aeromédico do Brasil – O portal Resgate Aeromédico iniciou uma série de entrevistas com os protagonistas do aeromédico brasileiro para conhecer melhor o funcionamento dos operadores aeromédicos públicos e privados.

No Brasil, segundo a ANAC, o serviço aeromédico privado é explorado por cerca de 39 empresas de táxi-aéreo. A Air Jet Táxi Aéreo é uma delas. Nesse setor há também operadores públicos. Os Corpo de Bombeiros Militares, Polícias Militares, Polícias Civis, Polícia Rodoviária Federal e Secretarias de Segurança Pública realizam atividades de resgate e transporte aeromédico.

Helicóptero AS365N2 (Dauphin) da Air Jet habilitado para operações aeromédicas.
Helicóptero AS365N2 (Dauphin) da Air Jet habilitado para operações aeromédicas.

Dessa vez vamos falar sobre a operadora aeromédica Air Jet Táxi Aéreo. O piloto Marcelo Jorge Graciotti, Gerente de Operações, e equipe, nos ajudaram com as respostas e com a matéria.

A Air Jet Táxi Aéreo, habilitada pela ANAC, atua desde 2012 sob nova direção e além de seguir rigorosamente as normas da ANAC, mantém equipe capacitada para transporte aéreo executivo, aeromédico e serviços aéreos especializados. Cada detalhe é cuidadosamente planejado para proporcionar a melhor experiência de voo, de acordo com as necessidades do cliente.

A empresa dispõe de modelos de aeronaves capazes de atender a diferentes missões e são homologados para a prestação dos serviços de táxi aéreo (TPX), transporte aeromédico e serviço especializado (SAE). Os comandantes são experientes e treinados anualmente em simuladores homologados no exterior.

Vamos conhecer a Air Jet Táxi Aéreo!

RA: Quais aeronaves vocês operam? Quantas estão destinadas ao transporte aeromédico?

Air Jet: Atualmente, a Air Jet opera seis helicópteros e um jato, sendo um helicóptero AS365N2 (Dauphin) já habilitado para operações aeromédicas.  Em breve, mais dois helicópteros e um jato vão ingressar no serviço aeromédico, pois estão em fase final de certificação. A frota atual é composta por um Bell 206 Jet Ranger, um AS350B3, um AS350B2, um AS365N2, um EC135, um EC155 e um avião Learjet 31.

RA: Como é a seleção e formação das tripulações?

Air Jet: A seleção é baseada na experiência necessária para o desempenho seguro de cada função. Todo tripulante admitido passa por uma série de treinamentos de voo e de solo antes de entrar em operação. Envolvem, inclusive, treinamentos em simuladores de voo fora do país para garantir a segurança e a excelência dos serviços prestados.

Equipamentos aeromédicos do helicóptero AS365N2
Equipamentos aeromédicos do helicóptero AS365N2.

RA: Vocês possuem contratos com outros Estados para realizar a atividade aeromédica?

Air Jet: Realizamos voos por demanda, que são solicitados pelos próprios clientes.

RA: Vocês realizam atendimento aeromédico privado e/ou público? Como funciona?

Air Jet: No momento, realizamos apenas atendimento privado, que é solicitado pelo médico, familiar ou responsável pelo paciente em contato direto com a Air Jet. O processo é rápido e simples para que a agilidade no atendimento seja garantida, bem como a segurança.

RA: Como é feita a regulação do transporte aeromédico na Air Jet?

Air Jet: O médico responsável da Air Jet entra em contato com o médico responsável pelo paciente no hospital de origem, que realiza uma triagem para o estabelecimento dos protocolos, garantindo, assim, um atendimento focado nas necessidades daquele paciente durante o transporte.

RA: Vocês seguem a regulamentação da ANAC? Para voar na modalidade aeromédica é preciso autorização?

Air Jet: Sem dúvida. Seguimos rigorosamente as regulamentações da ANAC, até mesmo porque, para prestar serviço aeromédico, a empresa tem que estar certificada pela ANAC.

RA: Como é formada a equipe aeromédica da aeronave?

Air Jet: A equipe é formada por um médico, um enfermeiro e até dois pilotos.

RA: Pretendem ampliar a frota de aeronaves?

Air Jet: Estamos prontos para isso, até mesmo como consequência do crescimento da demanda.

RA: Pretendem ampliar o serviço?

Air Jet: A Air Jet já possui em seu portfólio outros serviços, além do aeromédico, como táxi-aéreo, voo panorâmico e os Serviços Aéreos Especializados (SAE). A ampliação dos serviços é consequência da demanda de mercado.

RA: Onde fica a base de operações? São quantas bases?

Air Jet: A base da Air Jet Táxi Aéreo está localizada no Aeroporto Campo de Marte, em frente ao Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. Sua localização permite fácil acesso à Marginal do Tietê e ao corredor norte-sul, uma das mais importantes vias de trânsito da cidade. Possui estacionamento próprio, com segurança 24 horas e sala VIP climatizada, com TV a cabo, Wi-Fi e banheiro privativo.

Equipamentos aeromédicos do helicóptero AS365N2.
Equipamentos aeromédicos do helicóptero AS365N2.

RA: Quais equipamentos aeromédicos possuem na aeronave? Pretendem adquirir algo específico?

Air Jet: As aeronaves adaptadas para o serviço aeromédico possuem todos os equipamentos avançados necessários para prestar um atendimento com toda a qualidade e segurança, como ventiladores, cardioversor, bomba de infusão adulto e pediátrica, incubadora e autopulse.

RA: Vocês fazem treinamento de CRM ou algum voltado para a segurança das operações?

Air Jet: Sempre! Nossa prioridade é a segurança; e os treinamentos constantes servem para garantir a segurança e a excelência dos nossos serviços.

RA: Vocês voam sempre com dois pilotos no aeromédico, por quê?

Air Jet: Sim. Seguimos rigorosamente às regras da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. Atualmente, a regra não permite que se faça voos por instrumento com apenas um piloto, com passageiros a bordo. O voo com apenas um piloto é realizado estritamente em condições visuais.

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Implantação do serviço aeromédico no sul catarinense emperra e gera revolta

Santa Catarina – Com alegação da falta de recursos e profissionais para serem remanejados pelo Governo do Estado, a implantação do serviço aeromédico no sul catarinense segue emperrada. A situação, cujo pleito é solicitado há tempos pelo Serviço Aeropolicial (Saer) da Polícia Civil na região, tem gerado revolta, quando comparada aos investimentos feitos na mesma área, só que no Oeste de Santa Catarina.

Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna
Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna

No último mês de maio, o Governo do Estado anunciou que o serviço aeromédico para o sul catarinense seria implantado de forma parcial, utilizando-se a aeronave do Serviço Aeropolicial e profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) quando fosse necessário. No entanto, a ideia se mostrou inviável na prática, após testes da equipe de voo do Saer Sul, por conta do tempo de resposta demorar mais que o ideal para atendimentos aéreos de urgência e emergência.

De acordo com o coordenador do Saer Sul, delegado Gilberto Mondini, para ser devidamente implantado e viabilizado, o aeromédico precisa de uma equipe funcionando todos os dias na base do Serviço Aeropolicial, para que consiga sair rapidamente quando for acionada, em uma aeronave já equipada. Para tanto, é preciso um investimento de aproximadamente R$ 80 mil por mês, que servirá para custeio da equipe de médico e enfermeiro, insumos e auxílio no combustível do helicóptero.

No entanto, o Governo do Estado segue afirmando que, no momento, não possui recursos para disponibilizar mensalmente ou profissionais do Samu para serem remanejados para as funções. Tal posicionamento é que o gerou a revolta de Mondini, uma vez que, segundo a autoridade policial, a região Oeste já possui o serviço aeromédico funcionando juntamente ao Saer e, mesmo assim, recebeu investimentos na área nos últimos meses.

“O principal argumento de não se instalar o aeromédico como precisamos é que não tem como fazer o remanejamento de equipes nem dinheiro para colocar uma nova aqui. Só que nesse mesmo período, em Chapecó, onde já há atendimento aeromédico bancado pela Administração Municipal, o Estado colocou profissionais para atuarem com uma aeronave do Corpo de Bombeiros. Não consigo entender isso e é ai que não dá de aceitar. Eles aumentam gastos e ampliam o serviço onde já existe, e nos locais onde não tem, alegam que não há dinheiro”, desabafa.

Na região Oeste, o Saer/Fron atende os municípios que compõe a fronteira do estado, tanto na área policial, quanto nos acionamentos aeromédicos. “Como arrumaram dinheiro e fizeram remanejamento de pessoal para atender lá com o Corpo de Bombeiros, onde já existe com o Saer e custeado pelo município? O Estado não precisaria, até porque ninguém reclamava e a aeronave da Polícia Civil que faz o serviço estava dando conta e deixando a população satisfeita”, completa Mondini.

Proposta inviável

Em relação a ideia de manter uma equipe do Samu de sobreaviso e buscar os profissionais em algum ponto pré-determinado em situações necessárias, o delegado afirma que torna o serviço aeromédico inviável. “Do acionamento, até chegar no local combinado, colocar todos os equipamentos dentro do helicóptero, embarcar médicos e enfermeiros e levantar voo novamente, daria mais de dez minutos, o que já é tempo demais, porque o principal ponto do resgate aeromédico é justamente a agilidade. Se tivéssemos uma equipe no hangar do Saer Sul, a aeronave já ficaria configurada para atendimento médico e quando precisasse, seria só embarcar e sair”, explica.

Nesse caso, somente quando fosse necessário participar de alguma operação policial é que os equipamentos médicos seriam retirados da aeronave. “Porque a parte policial é muito rápida, já que os equipamentos vão com os policiais. É na área da saúde que demora mais esse trabalho de preparação, para colocar todas as malas necessárias dentro do helicóptero”, ressalta.

Novos debates na próxima semana

O secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, argumenta que a proposta do Governo do Estado busca tornar os serviços públicos mais eficientes, nesse caso, na tentativa de deixar a equipe que já atua no Samu à disposição para eventuais acionamentos. “É uma questão de logística. O delegado do Saer entende que geraria transtornos e, por isso, o assunto acabou engalhando. Só que destinar uma equipe somente para isso também geraria certo conflito. Agora estamos tentando contornar esse ponto, de repente mudar a logística, para acontecer de uma forma que dinheiro público não seja desperdiçado”, aponta.

Em relação ao investimento em Chapecó, Casagrande assegura que trata-se de um avião de pequeno porte, que serve apenas para transportar pacientes, e não para o socorro de emergências. “Conseguimos a aeronave com a Receita Federal e é uma distância totalmente diferente da região Sul. A equipe destinada para o serviço já fazia a mesma coisa em Florianópolis, só houve um remanejamento, também por questão de logística, para não usar tanto o helicóptero do Saer nessas questões”, frisa.

Para que a implantação do serviço aeromédico no Sul volte a ser pauta de debates, uma reunião deve ser agendada para a próxima semana, com lideranças estaduais e regionais. “Atualmente, o helicóptero do Saer custa R$ 12 mil a hora, somente de aluguel. É um investimento alto que já fazemos. Mas se não for possível viabilizar a área de saúde de outra forma, vamos buscar esse recurso para contratar a equipe nova”, reforça o secretário.

Outras possibilidades na mesa

Um outro viés que deve ser colocado novamente em pauta para encaminhar o impasse, segundo o coordenador médico regional do Samu, Vanderlei Damin, é montar uma equipe exclusiva para o serviço aeromédico, com profissionais contratados especificamente para a função, por meio da Administração Municipal de Criciúma. “Seria um atendimento de sol a sol, melhor do que a ideia emergencial proposta anteriormente pelo Estado. Isso porque o Samu não consegue aumentar sua grade de profissionais e, pela proposta, precisaria deixar de atender com uma ambulância em solo para suprir o aeromédico”, observa.

Uma reunião sobre o assunto, inclusive, já foi realizada com o prefeito Clésio Salvaro. “Nesse encontro, ouvimos que a Prefeitura precisa que o Estado assuma a gestão do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, que é muito onerosa, para estudar a possibilidade de contratar esses médicos e enfermeiros”, finaliza Damin.

Fonte: 4oito, Por Francine Ferreira.

Prefeitura de Juruti publica licitação para contratar serviço de transporte aeromédico

Pará – A Prefeitura de Juruti, localizada na divisa com o Estado do Amazonas, publicou licitação para contratar empresa especializada em transporte aeromédico para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde.

A licitação é na modalidade pregão presencial e a abertura dos envelopes das empresas interessadas está marcada para o dia 19 de Março. Segundo o Termo de referência, essa contratação visa atender as solicitações de transporte aéreo de pacientes graves e gravíssimos do Hospital Municipal de Juruti, garantindo o acesso a assistência especializada em média e alta complexidade, em municípios de referência – Santarém e Belém.

A licitação pretende contratar empresa que forneça aeronaves (aviões) com equipamentos necessários para transportar paciente de média e alta complexidade (adulto, criança e neonatos) com equipe aeromédica para 01 (um) Médico; 01 (um) Enfermeiro; 01 (um) Paciente; 01 (um) Acompanhamento e tripulação para voos diurnos e noturnos no trecho Santarém/Juruti/Santarém, além de um serviço de 24h para atender os trechos entre as cidades Juruti/Belém e Juruti/Manaus.

Em 2017, a Prefeitura de Juruti firmou contrato por 6 meses com a empresa Piquiatuba Táxi Aéreo para realização do mesmo serviço, pelo valor de R$ 791.250,00. Nessa licitação foram contratados mais voos do que prevê a licitação atual. O serviço de transporte foi finalizado no dia 31 de dezembro.

Acidente com helicóptero aeromédico em Albuquerque/EUA – atualizado com o vídeo do acidente

Um helicóptero aeromédico sofreu uma acidente no heliponto elevado do hospital da Universidade do Novo México, em Albuquerque/EUA, logo após a decolagem a tentativa de decolagem.

acidente novo mexico 2

Segundo informações do hospital, havia três pessoas a bordo da aeronave no momento do acidente, sendo que os dois passageiros estavam sob observação e o piloto foi considerado em condição estável. Não havia vítima a bordo da aeronave no momento do acidente.

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Helicopter crashes atop of uNM Hospital

Segundo declarações do porta-voz do hospital, o helicóptero estava decolando após ter deixado um paciente no hospital. Imediatamente após a decolagem, a aeronave começou a girar e, em seguida, caiu, disse ele. O acidente ocorreu em 09/04/2014 por volta das 17h45 (local).

Fonte: ABQ

Serviço aeromédico do Estado do Paraná ganha reforço de um avião UTI e um helicóptero

Paraná – A população paranaense contará com mais duas aeronaves exclusivas para atendimentos na área da saúde. Um novo helicóptero, que ficará baseado em Cascavel, atuando em conjunto com o Samu Oeste para fortalecer a Rede Paraná Urgência na região, e um avião de UTI Móvel, que ficará em Curitiba, à disposição de todas as regiões do Estado. O contrato de prestação de serviços com a empresa vencedora da licitação foi assinado pelo governador Beto Richa nesta quarta-feira (15/01/14), em Curitiba.

Serviço aeromédico do Estado ganha reforço de um avião UTI e um helicóptero

“É a modernização e humanização de um serviço essencial para a população, prestado com agilidade e qualidade”, afirmou o governador na solenidade, realizada no hangar da Casa Militar do aeroporto do Bacacheri. Participaram o chefe da Casa Militar do Paraná, coronel Adilson Castilho Casitas, e o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno.

“Cumprimos um compromisso com os paranaenses de instalar bases para resgate aéreo de pessoas em situação de urgência e para transporte de órgãos a serem transplantado. Todos sabemos que para uma pessoa em situação de urgência cada minuto é precioso”, disse Richa. O governador informou que além de Cascavel e Londrina, que foi o primeiro município a receber aeronave para prestar os serviços aeromédico e de segurança pública, outras cidades terão esse serviço para a área da saúde. “Muitas vidas foram preservadas nos últimos três anos com a utilização da frota aérea do Estado”, disse Richa.

MAIS AGILIDADE – Atualmente, os serviços aeromédicos (transporte de pacientes e órgãos) são realizados pelos três aviões e um helicóptero do Governo do Estado. O governador destacou que cerca de 70% dos deslocamentos destas aeronaves são para o atendimento de situações de emergência na área da saúde. Quando necessário, são utilizados também os quatro helicópteros do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA, antigo Graer). “Colocamos este serviço a disposição dos paranaenses”, acrescentou o governador. As duas aeronaves agora contratadas pelo governo irão reforçar o atendimento.

Serviço aeromédico do Estado ganha reforço de um avião UTI e um helicóptero

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, disse que o avião está em operação há uma semana e já transportou neste período oito pacientes. O serviço de UTI aérea funcionará 24 horas. “Esse serviço significa a qualificação do sistema de saúde no Paraná, uma assistência com segurança para os pacientes que mais precisam”, afirmou Caputo.

O secretário lembrou, ainda, que o Samu Oeste, em funcionamento há dois meses em Cascavel, já realizou mais de seis mil atendimentos. “Com o auxílio do helicóptero, vamos dar ainda mais agilidade ao atendimento à população da região”, ressaltou o secretário.

O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, disse que a instalação da base aérea no município demonstra respeito à população e a preocupação com a qualidade do serviço. “A saúde pública da região Oeste vai melhorar e vamos ter condições de salvar muitas vidas, principalmente em pequenos municípios”, disse o prefeito.

Serviço aeromédico do Estado ganha reforço de um avião UTI e um helicóptero

MAIS QUALIDADE – A empresa que prestará o serviço é a Helisul Táxi Aéreo Ltda. O avião, modelo King Air 200, terá base em Curitiba para fazer o transporte aéreo de pacientes críticos, que necessitem de transferência para centros médicos especializados. O serviço é 24 horas e atenderá todo o Paraná. Se necessário, poderá, inclusive, fazer transferências de pacientes para todo o território nacional e no Mercosul. A aeronave tem capacidade para transportar até duas macas com mais quatro lugares, além de piloto e co-piloto.

O helicóptero, modelo Esquilo AS 350, operará com o Samu Oeste, em Cascavel, e vai atender um raio de 250 quilômetros em operações diurnas. Abrange as regiões de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo, Umuarama, Guarapuava, Campo Mourão, Cianorte, Pato Branco e Francisco Beltrão, totalizando 171 municípios. A configuração do helicóptero é para um paciente, médico, enfermeiro e piloto. Os dois serviços irão atender a demanda exclusiva de pacientes cadastrados no serviço público de saúde, gerenciados pela Central Estadual de Regulação.

Participaram da solenidade de assinatura de contrato com a empresa prestadora do serviço o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor do Detran, Marcos Traad; o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputador Ademar Traiano, e os deputados estaduais Alexandre Curi, André Bueno, Leonaldo Paranhos; o gerente de contratos da Helisul, Edgar Nunes.

Confira as fotos:

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Governo do Piauí lança Samu Aéreo como referência nacional

Portal Só Notícias
Fotos: Thiago Amaral – CComPI

O governador do Piauí, Wilson Martins, e o secretário de Estado da Saúde, Ernani Maia, lançaram, oficialmente, na manhã desta terça-feira (28/05), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Aéreo, que já inicia os trabalhos no próximo mês e se torna uma referência nacional nesse tipo de assistência em saúde, já que o Piauí é o primeiro estado do país a utilizar aviões como meio de transporte de pacientes, enquanto em outros estados, a exemplo de Pernambuco, o serviço é feito com helicópteros.

Lançamento SAMU - Piauí

O Samu Aéreo do Piauí também já se tornou uma referência em saúde pela qualidade na equipe de profissionais e na estrutura montada – UTI completa – nas duas aeronaves que foram destinadas para o serviço.

Inicialmente, sete médicos e sete enfermeiros – que foram capacitados por profissionais que são referência na área, vindos de Brasília (DF), realizarão os serviços em regime de plantões diários de 12h, das 6h às 18h, numa rede organizada que garantirá a melhor e mais eficiente assistência ao usuário. Esse, por sua vez, terá seu atendimento iniciado ainda em sua cidade de origem, que analisará a necessidade do transporte aeromédico e acionará o serviço em Teresina, garantindo o atendimento adequado nos hospitais de referência em média e alta complexidade da capital, após o voo da cidade-polo para Teresina.

Secretários de Estado, deputados, prefeitos e profissionais de saúde compareceram ao evento, que aconteceu no Hangar do Governo. O governador realizou um voo-teste a bordo de uma das aeronaves, acompanhado da coordenadora estadual do Samu, Christianne Rocha, e do superintendente de Relações Institucionais e Sociais, Pompílio Evaristo, ilustrando o funcionamento interno do serviço durante o sobrevoo.

“Aos moldes do Piauí, não existe nenhum Samu Aéreo no Brasil. Este nosso novo serviço foi criado pela inteligência da nossa equipe, que lutou por esta realização, a fim de salvar a vida das pessoas de uma forma mais ágil, seguindo um protocolo necessário e toda a segurança estabelecida pelo serviço. É como se tivéssemos um plano de saúde particular para todos os piauienses que precisarem de uma UTI no ar”, enfatizou o governador durante a solenidade.

Foram investidos pelo Governo do Piauí cerca de R$200 mil, entre a locação da aeronave, capacitação dos profissionais, aquisição de materiais, equipamentos e uniformes. O Samu Aéreo contará com duas aeronaves, sendo que, inicialmente, apenas uma delas será utilizada, além de uma ambulância de suporte básico, que fará o apoio em terra, para receber os pacientes que virão através do transporte aéreo.

O avião, tipo Seneca, é equipado com desfibrilador automático, oxímetro de pulso, ked para imobilização da coluna cervical, talas de imobilização, colares cervicais, pranchas com imobilizadores laterais, além de cardioversor, ventilador mecânico com monitor cardíaco, bomba de infusão, Sonar (para detecção dos batimentos cardio fetais) e incubadora de transporte.

Para o secretário da Saúde o lançamento do Samu Aéreo preenche um dos itens mais importantes que dão sustentação ao Sistema Único de Saúde (SUS): a integralidade na assistência. “O Samu compõe essa integralidade na parte pré-hospitalar nos casos em que o tempo é o definidor entre a vida e a morte. Com este novo serviço teremos outro ganho importante: além de salvar vidas e acudir, também promoveremos uma educação e uma conscientização voltada para a população”, frisou.

A vice-prefeita do município de Curimatá, Maria das Neves Jacobina, participou do lançamento do Samu Aéreo e fez questão de ressaltar a importância do novo serviço. “Esta é, de fato, uma conquista definitiva, um avanço muito importante. Nós moramos a cerca de 800 quilômetros da capital: imagina ter que socorrer uma vítima em estado gravíssimo e ainda transportar para Teresina de carro ou de ambulância! Agora, felizmente, temos essa importante alternativa para salvar vidas. Ao voltar para Curimatá vou fazer questão de repassar aos nossos moradores essa grande e feliz notícia”, disse.

Ainda durante a solenidade, o governador e o secretário assinaram os termos de posse dos novos médicos que atuarão no Samu Aéreo. Os profissionais são oriundos do concurso público da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realizado em 2012.

Acidente com Bell 407 aeromédico em Iowa/EUA

Três pessoas morreram devido a queda de um helicóptero Bell 407 em um campo nevado no norte do estado de Iowa, nos Estados Unidos. O helicóptero caiu por volta das 21h de quarta-feira(2/1/13), logo depois de decolar do Mercy Medical Center-North Iowa, na cidade de Mason, para uma missão de remoção aeromédica de um paciente em Emmetsburg, cerca de 78 quilômetros a oeste do local da queda.

Entre as vítimas fatais estavam a enfermeira de voo Shelly-Toca Langenbau, o paramédico Russell Piehl e o piloto Gene Grell. Funcionários de Mercy Medical Center North Iowa e Med-Trans Corporation (operadora da aeronave) realizaram uma coletiva de imprensa para divulgar informações sobre o acidente.

Segundo a Med-Trans, o helicóptero, que era um Bell 407, estava com todas suas inspeções em dia. O helicóptero também era equipado com vários dispositivos de segurança, incluindo óculos de visão noturna e sistemas de alerta do terreno.  As causas do acidente ainda são desconhecidas. O FAA e o NTSB estão no local participando da investigação.

Gregg Piehl, irmão do paramédico falecido, divulgou um comunicado para a imprensa, dizendo:

“Meu irmão Russ morreu ontem à noite fazendo o que ele mais gostava de fazer neste mundo. 

Ele estava a bordo de um helicóptero aeromédico a caminho para ajudar alguém em necessidade, quando a aeronave caiu. 

Quantos de nós deixa de viver nossas vidas fazendo o que amamos? 

Ele me disse mais de uma vez que este era o plano de Deus para ele, enquanto nesta terra.

Fonte: WHOtv.com

Serviços aeromédicos: História dos Serviços Aeromédicos nos Estados Unidos – Parte 2

Em 1926, o Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos usou um aeroplano convertido para transportar pacientes da Nicarágua até um hospital do Exército no Panamá, a 150 milhas de distância. O uso militar de aeronaves no resgate aeromédico data da Segunda Guerra Mundial, pois fez a primeira evacuação aérea de soldados norte-americanos do local, em Burma.

A missão de evacuação médica de rotina de helicópteros, no entanto, surgiu não intencionalmente durante o conflito com a Coréia nos anos 50. Em razão das estradas na área de combate da Coréia serem freqüentemente desordenadas e indiretas, não se podia confiar nelas para a rápida e segura evacuação das tropas para as unidades cirúrgicas de campo. Ao invés disso, helicópteros em outras missões podiam ser redirecionados para pegar os criticamente feridos e voar rápida e tranqüilamente, freqüentemente em tempo de beneficiar-se do atendimento cirúrgico, salvando vidas ou membros do corpo.

O Exército, vendo esta vantagem sobre o transporte aéreo, rapidamente começou a testar helicópteros médicos dedicados. Durante o curso da guerra, mais 22.000 tropas foram evacuadas por helicóptero. É observado que a rápida e tranqüila evacuação e a habilidade especializada oferecida por cirurgiões visitando centenas de pacientes nos hospitais de campo, contribuiu para uma taxa de mortalidade reduzida de soldados feridos, hospitalizados, comparado com guerras anteriores.

O conflito no Vietnã trouxe mais sofisticação ao mesmo conceito geral; evacuação aérea rápida e tranqüila dos feridos  para a cirurgia de campo e para estabilização. A aeronave mudou, conforme mudaram as capacidades médicas. O atendimento de emergência em campo e a rápida evacuação para mais e 800.000 tropas reduziram ainda mais a mortalidade em guerras longas.

Um tema da Primeira Guerra Mundial até o Vietnã começou a repetir: estabilizar os soldados criticamente feridos no campo, proporcionar atendimento avançado em rota, e levar o paciente a um cirurgião qualificado em trauma em menos de uma hora, e a extensão e impacto do ferimento, incluindo a proximidade da morte, podem ser reduzidos.

Em 1966, o documento de referência da Academia Nacional de Ciências Morte Acidental e Incapacidade: A Doença Negligenciada da Sociedade Moderna destacou o profundo impacto da morte e incapacidade causadas por ferimento, particularmente acidentes automobilísticos. É ainda descrita uma falta de resposta coordenada ao ferimento, incluindo a observação que os “Helicópteros ambulância não foram adaptados às necessidades dos civis em tempos de paz”.

O documento da Academia Nacional de Ciências contribuiu substancialmente para o desenvolvimento do moderno Sistema EMS (Serviço Médico de Emergência) e seu subsistema de atendimento de trauma. Seu impacto foi composto pela influência de unidades militares em retorno e pilotos de helicóptero e médicos militares liberados da execução da lei e outros cargos de vôo com segurança.

Isto levou à adaptação de dupla finalidade de helicópteros militares e públicos para a evacuação de civis feridos, tais como o programa de Assistência Militar à Segurança e Tráfico (MAST), estabelecido em 1970, e o programa de aviação da Polícia do Estado de Maryland que, em março de 1970, tornou-se “a primeira agência civil a transportar paciente com trauma criticamente ferido por helicóptero”. O primeiro serviço de helicóptero médico baseado em hospital civil foi estabelecido em 1972, no Hospital St. Anthony, em Denver, Colorado.

Em 1980, cerca de 32 programas de serviços médicos de emergência por helicóptero (HEMS) com 39 helicópteros estavam voando, atendendo mais de 17.000 pacientes por ano. Em 1990, isto cresceu para 174 serviços com 231 helicópteros voando, transportando cerca de 160.000 pacientes.

Dez anos mais tarde, 231 serviços de helicóptero com 400 aeronaves estavam voando, com 203.000 pacientes por ano. Em 2005, 272 serviços operando 753 helicópteros e 150 aviões dedicados estavam em operação. Há agora aproximadamente meio milhão de helicópteros e transportes por avião a cada ano.

Historicamente, o serviço de EMS típico por helicóptero tem sido operado por uma afiliada a um hospital com uma ou duas aeronaves. Na década passada, muitos destes serviços se tornaram recursos independentes baseados na comunidade, com afiliações a hospitais.

O rápido crescimento do AMS, particularmente no final dos anos 80, e novamente nos últimos cinco anos, pode ser atribuído a mudanças no sistema de assistência médica geral. A necessidade de transportar com rapidez pacientes criticamente feridos para atendimento cirúrgico, colocou o AMS em evidência (principalmente helicópteros dedicados).

Em anos mais recentes, o fechamento de hospitais rurais em razão de reembolso e outras pressões financeiras, ou sua conversão em Hospitais de Acesso Crítico (CAHs) com serviços reduzidos e poucos médicos especialistas, criou grandes lacunas geográficas na disponibilidade de recursos cirúrgicos especializados. Infelizmente, estas áreas rurais são também o local dos acidentes automobilísticos mais sérios e são onde ocorrem 60% dos acidentes fatais nos EUA, uma taxa de quase o dobro de acidentes similares em áreas suburbanas ou urbanas.

O uso de avião com equipes médicas qualificadas ajuda a preencher estas lacunas e melhorar o acesso à assistência especializada. Como os tratamentos médicos mais dependentes do tempo (por ex., medicamentos para “eliminação de coágulo”, angioplastia ou cirurgia para ataques cardíacos ou derrames) mostraram melhorar os resultados do paciente, a ausência de assistência e médicos especialistas nas mesmas áreas continua a contribuir para o aumento do uso de aviões para levar pacientes rapidamente para estes tratamentos de salvamento de vida em hospitais de especialidade.

Fonte: MedEvac

Serviços aeromédicos: acesso ao futuro da assistência de saúde – Parte 1

O uso de serviços médicos aéreos (AMS) tornou-se um componente essencial do sistema de assistência médica. O transporte aeromédico, adequadamente usado, salva vidas e reduz o custo da assistência médica.

Isso é feito pela minimização do tempo gasto com doenças e ferimentos críticos fora de um hospital, trazendo mais capacidade médica ao paciente do que o normalmente proporcionado pelo serviço médico de emergência terrestre, e levando rapidamente o paciente aos cuidados da especialidade certa.

Helicópteros e aviões de resgate são unidades móveis de cuidados intensivos de emergência utilizados para os pacientes cujas vidas dependem do rápido atendimento e transporte.

Embora o AMS possa parecer caro em comparação ao serviço de ambulância terrestre, os benefícios por trás dos custos, em uma base individual e ampla do sistema, mostra que ele tem boa relação custo-benefício. A imagem de um helicóptero na cena de um acidente automobilístico evoca visões não apenas do poder de salvar vidas dos serviços aeromédicos, mas também dos riscos do ambiente no qual eles voam. Ainda o atendimento médico ao paciente e transporte, realmente, prometem menos riscos ao paciente que a estada do paciente no hospital.

“Tempo é tecido humano” é um ditado que significa que a morte e incapacidade por ferimentos graves, ataques do coração, derrames, complicações médicas e cirúrgicas, e outras condições dependentes do tempo, freqüentemente,  podem ser evitadas se o atendimento certo for fornecido rapidamente.

O AMS é um meio para unir a geografia e o tempo. Conforme a tecnologia fornece novo atendimento sensível ao tempo, aumentará a necessidade de AMS. Como os custos do sistema de atendimento médico continuam a subir, e a disponibilidade do atendimento médico de rotina em comunidades rurais é colocada em risco, o AMS terá um papel cada vez mais importante na entrega de atendimento médico.

Nestes dias de grande preocupação sobre segurança e prontidão para emergência, os serviços médicos aéreos fornecem um recurso médico valioso que pode transportar pacientes e equipe médica em longas distâncias, e também transportar equipamentos e suprimentos médicos da(s) área(s) afetada(s).

A recente experiência dos furacões Ivan, Katrina e Rita ilustra o papel essencial do AMS na avaliação de crianças e adultos criticamente doentes e feridos em hospitais e instalações de enfermagem, assim como o fornecimento de suporte direto in loco às equipes de gerenciamento de desastre. Sem uma resposta imediata e massiva do AMS, tanto dos helicópteros e aviões aeromédicos na Costa do Golfo, centenas de vidas adicionais seriam colocadas em risco ou mesmo perdidas.

Os recursos médicos aéreos integrados são um componente essencial dos sistemas EMS (Serviço Médico de Emergência) contemporâneos. Atualmente, pressões financeiras, questões de seguro, mudança nos regulamentos federais e concorrência estão forçando mudanças, consolidação e em muitos casos, serviços reduzidos ou encerramento de departamentos de emergência, centros de trauma, hospitais e médicos especialistas.

Estes fatores contribuíram para o aumento do uso de AMS para mover pacientes a centros de especialidade, particularmente das áreas remotas. Como com o EMS em geral, houve uma falta geral de planejamento do sistema de supervisão e projeto para guiar o desenvolvimento e implementação de AMS necessário.

Mecanismos que podem fornecer tal orientação, tais como o EMS estadual ou regulamentos de saúde, certificado de processos de necessidade (CON) e regulamentos da aviação e assistência médica, algumas vezes, conflitam um com o outro, estabelecendo uma mistura de obstáculos não coordenados aos fornecedores de AMS.

Este papel estabelece o desenvolvimento histórico e a prática contemporânea de medicina aérea, servindo como uma estrutura de recursos para os fazedores de política e agências regulatórias encarregadas da garantia de fornecimento de serviços médicos aéreos de alta qualidade ao público.

Fonte: Texto adaptado pelo site Resgate Aeromédico de MedEvac.

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