Estados Unidos – O Helisim Simulation Center, localizado dentro das instalações da Airbus Helicopters, em Grand Prairie, Texas, inaugurou um novo simulador de voo da Thales. É o primeiro simulador do H145 desse tipo na América do Norte.
Desenvolvido pela Thales, o simulador de voo nível D do H145 é um dos simuladores mais avançados do mercado, graças à integração da aviônica e conjunto de software da Airbus Helicopters, um campo de visão maior, tecnologia de projeção 4K, sistema de movimento elétrico Hexaline e nova estação para o instrutor com tela de toque intuitiva.
Este simulador fornece experiência mais realista, ao mesmo tempo que permite treinar com segurança uma variedade de situações do mundo real. Esse é o segundo simulador de voo completo H145 da Airbus Helicopters. O primeiro encontra-se na Alemanha.
A Helisim já investiu US$ 22 milhões em seu novo centro de simulação. O simulador H145 oferecerá aos pilotos a possibilidade de realizar o treinamento inicial e recorrente do helicóptero nas Américas, com clientes já agendados para iniciar o treinamento ainda este mês. O Centro de Simulação Helisim também opera um simulador de voo completo H125/AS350 e um dispositivo de treinamento de voo EC135/EC145.
HELISIM é uma joint venture entre a Airbus Helicopters, Thales e DCI que fornece serviços de treinamento de simulação de ponta para pilotos. É um dos 18 centros administrados pela Airbus Helicopters em todo o mundo.
Itália – Um estudo financiado pela Sociedade Italiana de Anestesia, Analgesia, Reanimação e Terapia Intensiva (SIAARTI) foi publicado no Journal of the American Medical Association – JAMA.O ensaio coordenado por Domenico Luca Grieco, com participação de diversos especialistas, analisou os efeitos da ventilação não invasiva com capacetes especiais versus oxigenoterapia de alto fluxo, denominado Helmet Noninvasive Ventilation Versus High-Flow Oxygen Therapy in Acute Hypoxemic Respiratory Failure (HENIVOT), e apresentou resultados interessantes e promissores.
O ensaio clínico multicêntrico randomizado envolveu 109 pacientes e aconteceu em 4 unidades de terapia intensiva (UTI) na Itália entre outubro e dezembro de 2020, com o final do acompanhamento em 11 de fevereiro de 2021.
O estudo concluiu que entre os pacientes com COVID-19 e hipoxemia moderada a grave, o tratamento com ventilação não invasiva com capacete, em comparação com oxigênio nasal de alto fluxo, considerando em 28 o número de dias sem suporte respiratório, a media foi de 20 dias no grupo de capacete e 18 dias no grupo de oxigênio nasal de alto fluxo.
Além disso, a pesquisa apontou serem necessários mais estudos para determinar os efeitos em outros resultados, incluindo a necessidade de intubação endotraqueal, embora o estudo tenha apresentado um taxa de intubação significativamente menor no grupo de capacete do que no grupo de oxigênio nasal de alto fluxo: 30% vs 51%, com uma redução de risco absoluto de 21%.
Os sistemas de emergência em saúde dos países mais avançados têm se alinhado progressivamente a um princípio formulado em 1938, que estabelece que mais importante do que levar o paciente ao médico, é levar o médico ao paciente, tão rápido quanto for possível.
Num sistema moderno e eficaz de resposta às urgências e emergências médicas, a intervenção do helicóptero é, de fato, um dos meios mais eficientes, pois permite que a equipe de saúde acesse o paciente com todo o equipamento necessário, ainda no local dos fatos, antes que a situação se agrave.
Hoje, esses helicópteros são verdadeiros “hospitais voadores”. Suas tripulações podem iniciar o tratamento médico dos pacientes com os equipamentos a bordo, estabilizar as condições clínicas em voo e enviar parâmetros em tempo real, via datalink, para o hospital de destino, que pode não ser necessariamente o mais próximo.
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Dessa forma, a equipe de saúde em solo que aguarda terá todas as informações para agir imediatamente após o pouso, economizando tempo e garantindo aos pacientes uma maior chance de sobrevivência ou evitando danos permanentes.
Ao longo dos anos, os helicópteros, cada vez maiores, foram modernizadas para atender as necessidades de equipes de saúde e dos pacientes. As capacidades dessas aeronaves também mudaram: elas devem ser capazes de voar e realizar missões em todas as condições climáticas, em qualquer ambiente, no mar ou em altas montanhas, sete dias por semana, 24 horas por dia.
As cabines foram projetadas com a ajuda de profissionais que trabalham a bordo de helicópteros aeromédicos. Esses desenvolvimentos incluem mudanças nos requisitos dos interiores das cabines devido à tendência global de aumento de peso e altura da população. Além disso, os avanços tecnológicos que impactam nosso dia-a-dia também mudaram. A fabricante Leonardo, por exemplo, possui uma posição muito competitiva neste setor.
As cabines dos helicópteros Leonardo têm um perfil regular e com espaço para equipamentos médicos. Bons exemplos são o AW139 e o AW169, que apresentam cabines amplas e regulares onde o paciente é colocado no centro, permitindo às equipes de saúde acesso 360 graus, além da possibilidade de utilizar o espaço disponível para equipes e equipamentos.
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Essas aeronaves também permitem uma reconfiguração rápida, de acordo com a missão. Por exemplo, é possível instalar a tecnologia de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), necessária em alguns pacientes com insuficiência cardíaca ou respiratória grave, ou a bomba de balão intra-aórtico (BIA), que permite ao coração bombear mais sangue e oxigênio aos tecidos do corpo.
O transporte e resgate de recém-nascidos também é facilitado pela possibilidade de instalação de incubadoras neonatais a bordo, como a Babypod. Está em andamento o desenvolvimento, para um futuro não muito distante, de um tomógrafo portátil que possa ser usado para dar um quadro clínico mais completo do paciente antes de sua chegada ao hospital. Esses helicópteros também contribuíram recentemente para o transporte de pacientes com COVID-19.
Além disso, o treinamento é fundamental para as atividades de resgate com helicópteros. A Leonardo está desenvolvendo um simulador para treinar todo o pessoal engajado nas missões: médicos, tripulantes e pilotos. É chamado de Simulador de Operações de Resgate de Helicóptero (HeROS), que ocupa um hangar inteiro e é dividido em três seções.
A primeira representa a cabine de um helicóptero aeromédico para exercícios de familiarização e interação entre médicos, pilotos e atividades de coordenação durante as operações reais de voo. A segunda seção é uma cabine suspensa em um guindaste, para a simulação segura das atividades de voo. A terceira simula missões de resgate com uso de guincho elétrico em montanha.
Diante dessas atualizações, o AW109 Trekker merece uma menção separada. Seu interior aeromédico foi recentemente certificado pela Federal Aviation Administration (FAA) e pela European Aviation Safety Agency (EASA). O Trekker é usado principalmente em mercados onde a necessidade de helicópteros maiores não é tão grande, como nos Estados Unidos, onde a prioridade é atender o paciente no local e transportá-lo ao hospital mais próximo. Nesse helicóptero também é possível a realização de procedimentos como ECMO, BIA ou massagem cardíaca.
Alemanha – A operadora alemã DRF Luftrettung está expandindo sua frota com helicópteros de resgate Airbus H145 com cinco pás e, segundo a organização sem fins lucrativos, é um marco na história do resgate aéreo dentre os países de língua alemã e também em toda a União Europeia.
Com este investimento, a DRF está expandindo ainda mais sua frota, pois além de aprimorar o serviço prestado, deseja permanecer como uma das melhores organizações de resgate aéreo do mundo. O preço unitário do helicóptero, incluindo equipamento médico, é de cerca de nove milhões de euros. (Saiba mais sobre a compra)
Os técnicos da DRF começaram a equipar o primeiro dos cinco helicópteros que serão entregues este ano. O trabalho no hangar de manutenção da operadora no Aeroporto Baden Baden, em Rheinmünster, durará aproximadamente um mês, seguido de voos de teste e treinamento da tripulação, antes que a aeronave inicie sua missão em Abril.
A quinta pá do rotor – uma grande vantagem para o resgate aéreo
Graças ao novo sistema, o novo H145 é 50 quilos mais leve e oferece um desempenho ainda melhor, pois foi aumentado o peso máximo de decolagem em cerca de 100 quilos. Assim, as tripulações podem levar até 150 quilogramas (330 libras) de carga útil a bordo. Isso permite melhores respostas às necessidades da missão, como levar pessoal médico adicional a bordo.
Além disso, devido às cinco pás, o helicóptero tem uma estabilidade de voo ainda melhor, o que aumenta o conforto para a tripulação e para os pacientes. Também possui outra inovação técnica, com WiFi integrado ao cockpit, por meio do qual os pilotos podem importar dados importantes diretamente de um tablet para o computador de bordo.
Retrofit para o novo sistema no hangar de manutenção da DRF
No primeiro trimestre de 2021, a DRF Luftrettung também se tornará o primeiro cliente da Airbus em todo o mundo a realizar conjuntamente o retrofit das aeronave H145 para cinco pás. Para isso acontecer ainda devem ser finalizadas aprovações e autorizações necessárias junta a Airbus e Agência Reguladora.
A operadora planeja reformar todos os seus helicópteros H145 existentes de quatro para cinco pás nos próximos dois anos. No futuro, a DRF Luftrettung também poderá oferecer essa adaptação a clientes externos, se houver capacidade sobressalente disponível.
Suíça – Pesquisadores e equipes de resgate na Suíça fazem progresso no campo de drones autônomos. A polícia e os serviços de emergência em países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália estão confiando cada vez mais em aeronaves não tripuladas, equipados com câmeras térmicas e outros sensores de alta tecnologia para monitorar suas costas, encontrar pessoas perdidas ou até mesmo resgatar animais em situações de risco, como incêndios florestais.
Na Suíça, a operadora de resgate aéreo Swiss Air-Rescue Rega já vem testando um drone que é capaz de encontrar pessoas desaparecidas ou em dificuldade nos Alpes. (Leia a matéria).
A Rega, organização sem fins lucrativos, sustentada por 3,5 milhões de doadores, é amplamente utilizado na Suíça e está cada vez mais sendo empenhada na medida em que as pessoas se aventuram nas montanhas. Ano passado realizaram o resgate de 31 pessoas por dia e que receberam assistência médica.
O novo drone de dois metros de comprimento da Rega está equipado com câmeras, sensores para detectar telefones celulares, sistema anticolisão e um algoritmo desenvolvido pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), que permite que o drone vasculhe amplas áreas e reconheça autonomamente pessoas no solo.
Operadores treinados pela Rega determinam a área exata onde o drone deve procurar e iniciam o aparelho manualmente. Assim que o drone detecta um humano no solo, ele manda um sinal aos operadores a quilômetros de distância, que decidem se mandam uma equipe de resgate.
A Rega é discreta sobre o custo do investimento e insiste que o aparelho não vai substituir seus serviços existentes. Ao contrário, servirá para expandir as operações convencionais. Por exemplo, será utilizado em casos em que o helicóptero precise permanecer em solo por causa de má visibilidade, ou então apoiar buscas realizadas por cães.
Vale dos Drones
A máquina voadora da Rega é um dos últimos – e mais concretos – exemplos de um drone que voou dos laboratórios para as operações do dia a dia. Ao longo dos últimos 15 anos a Suíça se tornou líder em pesquisa e desenvolvimento de drones. Um assim chamado “vale dos drones” emergiu entre Lausanne e Zurique, com mais de 80 empresas gerando mais de 2.500 empregos.
Para agregar as pesquisas suíças nessa área, foi fundado em 2010 o Centro Nacional de Competência em Pesquisa Robótica (NCCR na sigla em inglês), estabelecido pela Fundação Nacional Suíça de Ciências para desenvolver “tecnologia robótica nova, orientada aos humanos, para melhorar nossa qualidade de vida”.
Davide Scaramuzza da Úmbria, Itália, lidera as pesquisas do NCCR sobre robótica de resgate. A equipe dele na Universidade de Zurique criou algoritmos e desenvolveu drones autônomos equipados com câmeras e sensores muito menores do que os do drone da Rega e que não utilizam GPS. Isso significa que podem ser utilizados em situações como terremotos, onde podem entrar e rapidamente explorar prédios em busca de sobreviventes, tudo operado à distância.
Mas para que os drones de resgate se tornem mais amplamente utilizados, seus criadores ainda precisam solucionar alguns problemas-chave: como fazer que voem autonomamente mesmo sem ter a referência de uma linha de visão, serem mais reativos a obstáculos e também serem menos volumosos, enquanto carregam câmeras e sensores, o que consome muita energia.
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Mais rápidos e ágeis
Um dos maiores desafios é criar drones rápidos que cobrem longas distâncias, diz Scaramuzza, que coordena o grupo de robótica e percepção da universidade.
Drones tem uma bateria de vida limitada – de 20 a 30 minutos de tempo de voo – assim quanto mais área eles conseguem cobrir, maior a chance de sucesso da missão, ele explica. “Se você quer que um drone explore a usina nuclear de Fukushima, por exemplo, você provavelmente precisaria de um drone com uma bateria que durasse de três a quatro horas”.
Resistência e alcance ainda são um problema para o novo drone da Rega. O robô voador de 17 quilos é alimentado por uma bateria de duas horas de duração. Logo será substituída por um mecanismo interno de combustão, permitindo voos mais longos, e deverá estar operacional em 2021.
Para tentar melhorar a velocidade e agilidade dos drones, Scaramuzza e o seu time, baseado em Zurique, equiparam seus aparelhos com câmeras que percebem eventos, que são úteis para evitar obstáculos. Ao invés de gravar imagens ou vídeos em quadros, uma “câmera de eventos” produz um fluxo de pontos de dados sempre que um pixel da câmera detecta uma mudança na luminosidade do ambiente. Essas alterações correspondem a movimentos ou outras inquietações nos arredores.
E os resultados são ultrarrápidos. Nesse verão um pequeno drone com uma câmera de percepção voando à velocidade de dez metros por segundo conseguiu desviar de um objeto em apenas 3.5 milésimos de segundo.
“Câmeras de percepção podem ver as coisas 10.000 vezes mais rápido do que uma câmera padrão”, disse Scaramuzza. “A princípio isso significa que você pode voar dez vezes mais rápido do que com uma câmera padrão”.
Sua equipe desenvolve a agilidade dos drones de outras maneiras. Eles trabalharam com a gigante de tecnologia norte-americana Intel para construir um drone com um algoritmo de navegação que permite a ele fazer em alta velocidade retornos e truques usando apenas as referências dos sensores de bordo.
Os pesquisadores criaram até mesmo drones autônomos capazes de se “dobrarem” para passarem espremidos por espaços pequenos. “Tivemos um drone que era capaz de entrar em um quarto pequeno, parcialmente destruído, entrando pelo lado de fora através de uma pequena fresta e achar a saída usando câmeras”, disse. Esse equipamento foi demonstrado à Cruz Vermelha e a times de busca e resgate em Berna no começo do ano.
Como um pássaro e portátil
No Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne (EPFL) cientistas também estão trabalhando para melhorar a agilidade, tempo de voo e velocidade dos drones das próximas gerações.
Pesquisadores da EPFL recentemente apresentaram um drone com formato de pássaro inspirado no falcão açor, com asas móveis com penas e cauda, que permitem ao robô virar ou voar mais rápido e lentamente.
“Essa enorme agilidade permitiria voar em cidades e rapidamente ao redor de prédios ou em florestas. Isso é muito importante para missões de resgate ou de inspeção”, explicou Dario Floreano, chefe do laboratório de Sistemas Inteligentes da EPFL. No próximo estágio, o time planeja incorporar inteligência artificial para permitir que o drone voe parcialmente autônomo.
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Uma outra linha de pesquisa busca melhorar a utilização e segurança dos drones para mitigar acidentes. “Drones-gaiola” resistentes a colisões – comercializados pela Flyability, firma que surgiu da EPFL – já foram utilizados em operações de busca e resgate. Outra empresa, a Dronistics, está desenvolvendo drones como o “PackDrone”, que pode ser dobrado e carregado em uma mochila. Eles testaram-no nas montanhas da República Dominicana.
“Com o PackDrone comprovamos a capacidade de entregar um kit de emergência a alguém isolado no topo de um prédio”, disse Floreano, que também é diretor da NCCR robótica.
Da moda à aplicação
Em 12 anos, o programa da NCCR já investiu cerca de CHF 10 milhões (USD 11 milhões) em robôs de resgate desde o seu lançamento. Isso é dinheiro “bem gasto” se você olhar o número de subprodutos e de cientistas envolvidos, gerando “pelo menos cinco vezes mais dinheiro e empregos”, argumenta Floreano.
Mas especialistas reconhecem que por hora o mercado de drones de resgate permanece sendo um nicho complicado de se entrar. Apesar do grande número de novas companhias na Suíça, poucas se especializam em drones de resgate.
“O mercado mais rentável para os drones é primeiramente o de inspeção de pontes e linhas de transmissão elétrica, depois o de agricultura e segurança e vigilância – do qual busca e resgate é um subsetor – e entretenimento”, explicou Scaramuzza. “Nenhuma empresa se especializa em busca e resgate. É um projeto lateral para eles”.
Flyability se destaca nesse campo de especialidade. Ela se especializa na inspeção e exploração de espaços fechados e inacessíveis e tem centenas de clientes em mais de 50 países. A tecnologia drone recentemente ajudou cientistas a alcançar as profundezas de algumas das cavernas de gelo na Groenlândia. “Eles têm o produto mais apropriado para busca e resgate, mas é pilotado por humanos”, disse Scaramuzza.
Outra empresa suíça que alcançou sucesso comercial é a parceria suíço-americana sem fins lucrativos WeRobotics. Lançada em 2015, a rede de pesquisa Flying Labs auxilia comunidades de países de baixa-renda a obter acesso à tecnologia e ao treinamento necessários para utilizar drones em operações de defesa civil e esforços de desenvolvimento sustentável. A rede, que está presente em vários países da África, bem como da América Latina e Ásia, usa drones para mapear e monitorar território, entregar mantimentos e medicamentos e ajudar em esforços de busca e resgate.
O projeto Rega pode ser uma exceção, até porque, como Floreano admite, equipes de emergência e especialistas ainda não compreendem completamente a utilidade dos robôs de resgate, que podem parecer excessivamente complexos.
“Equipes de resposta a desastres têm que lidar com tantas coisas em um pouco espaço de tempo quando acontece um desastre, então ainda não é tão óbvio para eles utilizar drones, o que adiciona ainda mais complexidade”, complementou.
Ele também vê muita modinha e desinformação ao redor do que robôs podem fazer. “Busca e resgate e operações de defesa civil são aspirações nossas, certamente algo que almejamos até mesmo quando estamos desenhando os robôs. Mas é algo muito desafiador. Há uma grande lacuna e muito trabalho a fazer” ele adiciona.
Alemanha – “O resgate aéreo com multicópteros tripulados (eVTOL) é possível, sensato e melhora o atendimento médico emergencial da população“. Este é o resultado do primeiro estudo de viabilidade do mundo sobre o uso de multicópteros tripulados no serviço de resgate, publicado em outubro de 2020.
O estudo de aproximadamente 130 páginas foi iniciado no final de 2018 pelo ADAC Air Rescue, financiado pela Fundação ADAC. O foco do projeto de pesquisa em cooperação com a empresa Volocopter tinha como questão: O sistema de serviço de resgate pode ser melhorado e preparado para o futuro com o uso de multicópteros como um atendimento médico de emergência rápido?
Multicópteros são novas aeronaves de decolagem vertical com múltiplos rotores elétricos, também denominados de eVTOL (electric – Vertical Take-Off and Landing). Até agora, as aeronaves foram desenvolvidas principalmente como táxis voadores no setor civil. Para o estudo, o multicóptero não se destina expressamente a substituir o helicóptero de resgate, mas atua como complemento na operação.
Depois de quase um ano e meio de pesquisas, foi comprovada vantagem tática dos multicópteros no serviço de resgate. Segundo o estudo, melhorias significativas ocorrem no atendimento de emergência em um raio operacional de 25 a 30 quilômetros.
Nesse caso, a velocidade de voo ideal do multicóptero deve ser de 100 a 150 km/h e o alcance mínimo em torno de 150 quilômetros. Essas condições ideais seriam tecnicamente possíveis em cerca de quatro anos.
Com os multicópteros apropriados, os médicos de emergência podem não apenas estar no local mais rápido, mas também alcançar um número significativamente maior de pacientes em uma área de atendimento mais ampla. O trabalho do médico torna-se mais eficaz e o multicóptero passa a ser um meio adequado no combate à escassez de profissionais de saúde especializados em emergência em muitos locais. Este foi o achado mais importante para os autores do estudo.
No contexto, o tempo de chegada do médico de emergência se deteriorou em quase 40% em média nacional nos últimos 20 anos. Um efeito colateral positivo: o helicóptero de resgate também pode ser usado de forma ainda mais eficaz, porque em cerca de 60% dos casos ele funciona puramente como um serviço médico de emergência e pode ser utilizado como meio de transporte para hospitais mais distantes.
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Resultados das simulações computacionais do INM Munique promissor
Para o estudo, o Instituto de Medicina de Emergência e Gestão Médica da Ludwig Maximilians University em Munique (INM) realizou mais de 26.000 operações de emergências simuladas no computador, com diferentes cenários.
O eVTOL utilizado nos testes simulados foi o VoloCity da Volocopter. Este multicóptero deverá estar pronto para o mercado em um estágio inicial e com 18 rotores instalados, é particularmente seguro contra falhas. Segundo o estudo, sua vantagem é maior no campo do que na cidade. Comparado a um helicóptero de resgate, o multicóptero é mais silencioso e tem emissões mais baixas.
Projeto de pesquisa com a empresa Volocopter entrará em operação de teste em 2023
A operação de teste está planejada para 2023 e deve ocorrer nos Estados da Baviera e de Renânia-Palatinado. Além dos requisitos médicos e técnicos para uma operação de teste, a eficiência econômica também foi examinada. Os fabricantes do estudo acreditam que uma operação econômica é possível. Os custos para isso são bastante baixos em comparação com os requisitos de investimento geralmente elevados no sistema de saúde.
O estudo também examinou a viabilidade jurídica. Não observaram obstáculos intransponíveis sob a lei da aviação ou serviços de resgate. O estudo mostra os ajustes necessários. Para poder melhorar o serviço de resgate de uma forma relevante para o sistema, as questões legais devem ser esclarecidas em um estágio inicial, conforme apontaram os gerentes do projeto aos políticos e autoridades da aviação.
Do ponto de vista social, as novas tecnologias podem ajudar a expandir ainda mais a Alemanha como um local para inovação, dizem os especialistas. A utilização de multicópteros no serviço de resgate pode servir de incubadora para outros possíveis usos dessa tecnologia.
Na Alemanha, com base nos resultados da pesquisa e no status dos desenvolvimentos técnicos, uma rede nacional de até 250 bases de multicópteros (eVTOL) pode ser criada até o ano 2050, de acordo com a previsão otimista do gerente do projeto.
China – Organizado pela Aviação Civil da China, o Aeroporto Internacional de Pudong (Xangai) realizou exercícios de emergência nesta sexta-feira (16). Sem interferir na operação de pousos e decolagens e serviços de passageiros, o aeroporto testou sua capacidade de resposta em meio à nova pandemia de coronavírus.
O exercício abrangente ocorreu no pátio nº 6 do aeroporto. O regulador da Administração de Aviação Civil da China enviou uma equipe de supervisão para orientar o exercício. Ao todo foram 12 situações de emergência simuladas, incluindo uma ameaça de bomba, um avião saindo da pista durante o pouso e um incêndio a bordo de uma aeronave devido a um vazamento de bateria de lítio.
A autoridade do aeroporto, equipes de resgate, funcionários participaram dos exercícios simulados. As equipes de resgate também praticaram medidas de quarentena e prevenção do novo coronavírus, incluindo a administração de testes de ácido nucleico, verificações de temperatura, investigação epidemiológica e transferência em quarentena.
“O exercício foi altamente abrangente e mostrou totalmente as capacidades de gerenciamento de emergência do aeroporto em meio à pandemia”, disse a Autoridade do Aeroporto de Xangai.
Mais de 800 pessoas de 14 organizações, incluindo o aeroporto, a companhia aérea China Eastern, a polícia do aeroporto, bem como as autoridades de prevenção de incêndio, saúde e policiais da cidade participaram do exercício. Entre outros veículos, um avião Airbus A330, três helicópteros e mais de 100 viaturas de bombeiros e ambulâncias foram usadas no exercício.
Rússia – O Ministério da Defesa Civil, Emergências e Eliminação de Consequências de Desastres Naturais, conhecido como “Emergency Control Ministry” – EMERCOM da Rússia investiu no emprego de drones para apoiar situações de emergência e mitigar suas conseqüências.
Em 2019, as aeronaves não tripuladas da EMERCOM realizaram mais de 7,7 mil voos, para 2.100 horas de voo em quase 12 mil quilômetros quadrados. Foram avaliados mais de 90 incêndios com uma área superior a 2 mil quilômetros quadrados.
Durante as operações de busca usando aeronaves não tripuladas, 37 pessoas perdidas foram encontradas em florestas e áreas de difícil acesso, incluindo 16 pessoas no Delta do Rio Volga. O uso de drone pelo Ministério de Emergências da Rússia começou em 2009 com uma base na Unidade Centrospas em Zhukovsky, próximo de Moscou.
Nesse período, os sistemas aéreos não tripulados (UAS) foram usados para apoiar a aviação na prevenção de emergências e mitigar suas conseqüências associadas a grandes incêndios, inundações, acidentes industriais, resgates e outros trabalhos.
No momento, a estrutura para a operação dessas aeronaves não tripuladas é formada por 80 Bases com 170 unidades operacionais incluídas nelas. O número de funcionários é superior a 800 pessoas. Atualmente, a frota departamental possui cerca de 400 drones, entre equipamentos de asa fixa e rotativa.
O Ministério tem como objetivo a atualização da frota para 2025, incluindo equipamentos multifuncionais, além de veículos off-road para dar mais mobilidade e autonomia às operações. Com a capacidade de ser usado em várias condições climáticas, permite executar tarefas de reconhecimento, transporte e fotografia aérea.
Essa abordagem tornará possível fornecer cobertura confiável, em larga escala, para os territórios da Federação Russa, rodovias, instalações de infraestrutura potencialmente perigosas e importantes, suporte aéreo eficaz a fim de evitar situações de emergência e poder mitigá-las.
Para o uso efetivo dos drones no Ministério, foi formado um sistema de gerenciamento e manutenção dos equipamentos, além de treinamento de especialistas em drones, incluindo reciclagem profissional na Academia de Proteção Civil do EMERCOM da Rússia.
São Paulo – A Embraer divulgou que está se unindo a empresas e centros de pesquisas no País para colaborar com tecnologias que possam aumentar a disponibilidade de equipamentos e soluções para o combate à COVID-19 no Brasil.
As ações, desenvolvidas em conjunto com a cadeia de fornecedores da Embraer, englobam a fabricação de peças para a indústria de ventiladores e respiradores, a substituição de componentes importados para ventiladores, o desenvolvimento de sistemas de filtros de alta eficiência para transformação de leitos regulares em tratamento intensivo, e estudos para o desenvolvimento de respiradores simples, robustos e portáteis visando a rápida implementação e disponibilidade.
Em nota, a empresa explica que um grupo de trabalho já tem conduzido iniciativas em apoio a uma fábrica nacional de respiradores, com previsão de início de produção de peças a partir da próxima semana, em atendimento ao aumento emergencial da demanda por esses equipamentos. “A empresa, em cooperação com os parceiros, já concluiu as análises técnicas e de capacidade produtiva para o atendimento das necessidades identificadas”.
Em parceria com o hospital Albert Einstein, a Embraer está propondo também o fornecimento de apoio técnico para o desenvolvimento de sistemas de exaustão para controle biológico, que pode converter leitos regulares em áreas de tratamento intensivo. “Por meio da tecnologia de filtros de alta eficiência de absorção de partículas de ar, já existentes nos sistemas de ar condicionados das aeronaves, o objetivo é levar esta solução para os hospitais que precisam deste tipo de solução de forma imediata”, explica a empresa.
Outra frente de trabalho está dedicada à análise de fabricação de válvulas de controle e sensores de fluxo que permitam ampliar a capacidade de produção de outra indústria nacional de respiradores, além da adaptação de um modelo de respirador para uso no combate à COVID-19.
Minas Gerais – A utilização da tecnologia em saúde traz diversos recursos, possibilidades e benefícios para o dia a dia das instituições e dos pacientes. A Unimed Aeromédica desenvolveu com a Makem uma solução tecnológica inédita no transporte aeromédico no Brasil, o Prontuário Digital Open, que promete mais eficiência no atendimento médico e mais segurança e agilidade na gestão das informações.
Trata-se do prontuário digital de bordo, que por meio de papel e caneta especiais é capaz de reconhecer os dados escritos manualmente no prontuário e realizar a conversão do conteúdo para a plataforma digital, permitindo acesso dos profissionais de saúde por meio da internet, de forma rápida e integral. Desde que foi lançada, a iniciativa já foi utilizada em 515 missões.
Normalmente, os prontuários dos pacientes, durante as remoções, são preenchidos manualmente e tem os dados posteriormente transferidos para as planilhas nos computadores.
“Essa nova tecnologia nos proporciona um tempo precioso, permitindo que a situação do paciente seja de conhecimento de todos os atores do processo quase que em tempo real. E as informações ainda podem ser atualizadas e corrigidas”, explica Flávio Lopes, gestor médico da Unimed Aeromédica. Ele conta que a caneta tem uma capacidade de acerto próxima a 100% para letra de fôrma e de 80% a 90% para letra cursiva.
Lopes informa que em 2017 foi iniciado o projeto piloto e as equipes da Unimed Aeromédica, que é uma empresa da Unimed Federação Minas, testaram o prontuário digital de bordo em cem missões. “Depois que os profissionais aprovaram a ferramenta, passamos a adotá-la de forma definitiva e abolimos o prontuário de papel comum. Hoje, cada enfermeiro e médico é responsável pelas informações de seu prontuário digital”, diz.
A solução desenvolvida
Essa solução utiliza uma caneta digital fabricada pela empresa sueca Anoto e um software desenvolvido no Brasil pela empresa Makem. Essa caneta faz o reconhecimento inteligente de caracteres (ICR), que permite que fontes e estilos diferentes de manuscritos sejam aprendidos por um computador durante o processamento.
Segundo Ronicarlos Pereira, Engenheiro de Desenvolvimento da Makem, “desenvolvemos soluções customizáveis às necessidades do cliente. A caneta digital pode ser comprada ou alugada e o software é um serviço (SaaS) que oferecemos.”
“Você consegue integrar a caneta digital com smartphone e tablet e potencializar o uso do equipamento, como leitura de QRCode, biometria, foto, GPS, vídeo e reconhecimento facial”, complementou.
Além disso, por ser uma solução de inteligência artificial, se uma pessoa utilizar a caneta sem autorização, pode ser identificada a inconsistência através de auditoria, pois ela não lê apenas caracteres e traços, mas também velocidade e pressão.
Obedecendo a legislação
A tecnologia da Unimed Aeromédica vem ao encontro da nova legislação de guarda de prontuários, já que facilita o processo de armazenagem. “Hoje, os prontuários dos pacientes devem ser guardados por 15 anos. Em caso de crianças, são 15 anos após atingirem a maioridade. Por isso, o volume de papel é muito grande. Com o prontuário digital, o armazenamento acontece em ambiente nuvem com informações criptografadas”, esclarece Flávio Lopes.
A caneta digital, que tem funcionamento de 18 horas (se devidamente carregada), possui um GPS embarcado, o que garante, ainda mais, a segurança do processo. Em caso de furto ou adulteração, por exemplo, o equipamento é capaz de fornecer dados como a data da inserção da informação e a localização geográfica.
Eficiência em primeiro lugar
Com 23 anos de atuação na prestação de serviços de transporte aeromédico, a Unimed Aeromédica é uma empresa da Unimed Federação Minas que busca na tecnologia o auxílio para se manter à frente do mercado. “Somos uma instituição com o DNA inovador. Surgimos há mais de duas décadas em um mercado completamente desconhecido para a época e ajudamos a criar uma realidade que hoje beneficia milhares de pessoas em todo o país”, afirma o assessor da Unimed Aeromédica, Délio Pereira dos Santos.
A empresa é referência em transporte aeromédico de urgência no Brasil e expandiu seu atendimento a clientes que não estejam ligados ao Sistema Unimed, com a possibilidade de contratação de voos particulares, plano anual de remoção aeromédica e atendimento a auto-gestões. Atualmente a instituição conta com mais de 3,5 milhões de clientes, mais de 21.200 transportes realizados e mais de 93% de clientes satisfeitos.
Estados Unidos – O primeiro órgão transportando por drone foi transplantado para um paciente com insuficiência renal no Centro Médico da Universidade de Maryland. É resultado de mais de três anos de trabalho para mostrar que aeronaves não tripuladas podem transportar com segurança órgãos e tecidos que salvam vidas.
O esforço começou quando o cirurgião de transplante Dr. Joseph Scalea, frustrado pelo ritmo complexo dos voos comerciais e pelo alto custo dos transportes, começou a explorar meios mais rápidos de fornecer rins, fígados e outros órgãos que podem se deteriorar rapidamente.
“Esta nova tecnologia tem o potencial de ajudar a ampliar o pool de órgãos de doadores e o acesso ao transplante”, disse Scalea durante uma coletiva de imprensa anunciando o sucesso do transporte. “Entregar um órgão de um doador para um paciente é um dever sagrado com muitas partes envolvidas. É fundamental que encontremos maneiras de fazer isso melhor”.
Scalea começou a trabalhar com drones e em outros lugares também exploraram esse modelo de transporte para fornecer todo tipo de suprimentos médicos. Este é o primeiro esforço para transportar órgãos.
O transporte há tempos impõe desafios para o sistema de doação de órgãos que já não consegue atender a demanda. Nos EUA, há 113.702 pessoas na lista nacional de espera por órgãos, e 18 pessoas por dia morrem à espera de um transplante, segundo a United Network for Organ Sharing, a organização sem fins lucrativos do sistema de transplante de órgãos.
Alguns órgãos foram desperdiçados devido a atrasos e contratempos no transporte, como em dezembro do ano passado, quando um coração humano foi deixado em um avião da Southwest Airlines. Válvulas do coração ainda eram utilizáveis.
A paciente de Maryland era uma mulher de 44 anos de idade, de Baltimore, que passou oito anos em diálise antes de seu transplante. “Essa coisa toda é incrível”, disse a mulher recém-dispensada, que preferiu não ser identificada. “Anos atrás, isso não era algo que você pensaria.”
O órgão voou 2,6 milhas em 10 minutos em Baltimore pelo St. Agnes Hospital até o hospital de Maryland no início da manhã de 19 de abril para o transplante, de acordo com a AiRXOS, uma unidade da GE Aviation que participou da demonstração. Essa viagem leva 15-20 minutos de carro, dependendo do tráfego.
Funcionários da Universidade de Maryland ainda enfrentam problemas logísticos no desenvolvimento de um amplo sistema de distribuição de órgãos. Primeiro, a Federal Aviation Administration (FAA) deve aprovar tais usos, embora as autoridades tenham indicado que estão interessadas e já aprovaram programas-piloto envolvendo drones em vários estados.
Esta é uma mudança para a FAA, que tem se preocupado principalmente com os amadores que ainda dominam o uso de drones nos Estados Unidos em quase um milhão de usuários registrados. Existem, no entanto, 290.000 drones registrados para uso comercial, como mapeamento de incêndios florestais, monitoramento agrícola e meteorológico, gerenciamento de desastres, aplicação da lei, inspeção de serviços públicos, telecomunicações e fotografia imobiliária.
Outros países com lacunas na infraestrutura de transporte exploraram o uso de drones para fornecer suprimentos médicos, incluindo sangue.
Para tornar a entrega de órgão possível, seriam necessárias autorizações para voar à noite, em áreas populosas e fora da visão do piloto, a mais de 100 mph ou acima de 400 pés. A agência anunciou planos para mais mudanças permanentes.
Outro obstáculo é que os drones capazes de voar pelo país ainda não estão comercialmente disponíveis. Os engenheiros de Maryland disseram que precisariam que os drones possuíssem motores a combustão, ao invés de motores elétricos a bateria, e precisariam da capacidade de evitar a colisão com obstáculos.
É aí que entra o AiRXOS da GE. A empresa está desenvolvendo uma plataforma de mobilidade aérea para drones para resolver esses problemas.
Scalea, professor assistente de cirurgia na Escola de Medicina de Maryland, juntamente com especialistas em engenharia aeronáutica, já havia projetado um refrigerador de papelão com sensores para monitorar os órgãos pelo celular. Eles também criaram seu próprio drone.
“Tivemos que criar um novo sistema que ainda estava dentro da estrutura regulatória da FAA, mas também capaz de suportar o peso adicional do órgão, câmeras e sistemas de rastreamento, comunicações e segurança de órgãos em uma área urbana densamente povoada – para uma distância maior”, disse Matthew Scassero, diretor do Programa de teste de UAS da universidade do condado de St. Mary’s, que faz parte da Clark School of Engineering em College Park. “Há uma tremenda pressão sabendo que há uma pessoa esperando por esse órgão.”
Mas há apoio para o fornecimento de drones, inclusive na rede nacional de órgãos, que enfrentou críticas e um desafio no tribunal para tornar o desembolso de órgãos mais geograficamente equitativo.
Há também resíduos – cerca de 14% dos órgãos doados são descartados, em parte devido à redução da qualidade. Alguns órgãos, como os rins, podem durar no gelo para um voo comercial em todo o país. Mas outros, como corações, pulmões e fígados, duram menos tempo. Uma mão ou rosto não pode esperar mais do que algumas horas.
Alguns órgãos, cerca de 1,5%, nunca chegam ao seu destino. Quase 4% tiveram um atraso imprevisto de duas ou mais horas.
Estados Unidos – A Airbus Helicopters e a Swiss Rotor Service (SRS) assinaram um Memorando de Entendimento para cooperar na promoção do Kit Maximum Pilot View (MPVK) para o H125 e variantes do helicóptero monomotor AS350 (versões B2 e B3). Isso permitirá que os clientes tenham o MPVK instalado diretamente pela Airbus Helicopters no H125.
Projetado especificamente para o H125, o MPVK consiste em uma grande abertura de visualização inferior e carenagem transparente na fuselagem, que multiplica por dez o campo de visão dos pilotos durante operações, fornecendo uma visão ao piloto sem restrições abaixo e do lado direito da aeronave.
O kit melhora a capacidade de missão do H125 e aumenta a segurança para pilotos e equipes de terra em operações carga externa, guincho, combate a incêndios, operações em áreas confinadas, busca e salvamento e serviços aeromédicos, bem como quaisquer tarefas que exijam a operação perto do solo e obstáculos.
“Estamos nos esforçando para melhorar constantemente a segurança, o desempenho e a versatilidade do H125, a fim de melhor atender às expectativas de nossos clientes”, disse Axel Aloccio, chefe do programa Light Helicopters da Airbus Helicopters. “Com o MPVK, que estará disponível este ano em novos helicópteros, mas também no retrofit, o H125 aumentará ainda mais sua capacidade de missão em importantes segmentos de mercado e proporcionará maior segurança para a missão”.
A Swiss Rotor Solutions AG foi fundada em 2013 com o objetivo de oferecer serviços e produtos para a indústria de helicópteros. O MPCK STC já é homologado pela EASA, FAA, TCCA, ANAC Brasil e DGAC México.
“Estamos muito felizes por iniciar esta cooperação com a Airbus Helicopters para promover ainda mais o uso do MPVK entre as operadoras H125”, disse Thomas Bolzli, CEO da SRS. “Atualmente, existem cerca de 30 aeronaves equipadas com o kit, mas com há uma frota de cerca de 2000 H125 / AS350 dependendo da alta visibilidade vertical do piloto, estamos muito otimistas com o sucesso deste kit”.
Santa Catarina – Para agilizar o atendimento das ocorrências catarinenses, a Divisão de Tecnologia da Informação (DiTI) do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina está investindo cada vez mais na inovação por meio de aplicativos desenvolvidos dentro da própria corporação. Com os sistemas FireCast CBMSC e FireCast Comunidade o tempo de resposta para atendimento a ocorrências foi reduzido em cerca de dois minutos.
A capitão Juliana Kretzer explica que o app interno, o FireCast CBMSC, faz integração direta com o sistema de emergência 193, permitindo que a guarnição receba todas as informações da ocorrência por meio de um dispositivo móvel. Em um momento anterior, eram recebidas apenas por rádio. “Trouxemos com isso uma diminuição no tempo de atendimento à comunidade porque antes diversas informações precisavam ser repetidas e algumas acabavam se perdendo.”
Juliana Kretzer, que trabalha há cinco anos na DiTI, destaca que, atualmente, pelo menos 60% das viaturas de serviço dos bombeiros já utiliza os aplicativos para a comunicação interna. Para a população, o aplicativo FireCast Comunidade está ativo e disponível gratuitamente para usuários de Android.
Os aplicativos desenvolvidos no Estado foram criados a partir de softwares livres e com códigos abertos para que outros locais possam se beneficiar da tecnologia catarinense. Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe, atualmente, também utilizam o app para o atendimento de ocorrências, com suporte da equipe de tecnologia da informação do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.
Firecast CBMSC
Com o aplicativo, a equipe de plantão faz o cadastro, tornando a viatura disponível para os atendimentos. Quando é solicitada para a Central de Operações do Bombeiro Militar (Cobom), a ocorrência é gerada automaticamente no sistema e imediatamente soa um sinal sonoro, informando no aplicativo todos os dados, além do mapa indicando o caminho mais rápido até o local.
A equipe também informa pelo aplicativo a situação da ocorrência, como os deslocamentos feitos durante o atendimento. Esta versão é a operacional, de uso exclusivo dos Bombeiros Militares.
FireCast Comunidade
O aplicativo alerta sobre as ocorrências que estão em atendimento ou foram atendidas. Basta o usuário escolher a região de interesse e verificar as informações. “Este app também é integrado ao sistema de emergência e ele permite que a comunidade seja notificada em tempo real de todos os chamados de emergência do Corpo de Bombeiros de SC. O que pretendemos, com isso, é que o compartilhamento da informação permita a prevenção de outros acidentes e até mesmo que as pessoas possam se ajudar”, justifica Kretzer.
O Firecast Comunidade rendeu para a corporação um prêmio de Boas Práticas, em 2016, com a primeira colocação na categoria “Tecnologia da informação para a comunidade”.
Tecnologia presente também no ar
A rotina do trabalho do Corpo de Bombeiros inclui situações de grandes proporções e que exigem estratégias precisas, rápidas e confiáveis, criadas a partir da análise da dimensão da ocorrência e de um mapeamento prévio. Para isso, Santa Catarina utiliza as aeronaves remotamente pilotadas (RPA), conhecidas popularmente como drones.
O estudo de viabilidade da utilização foi o tema do trabalho de conclusão do curso de formação de oficiais do Tenente Pedro Cabral Reis, em 2015, e passou a ser aplicado na prática. “Além de resguardar, em muitas situações, a integridade física dos próprios bombeiros, os drones têm um custo operacional baixo quando comparado a outros equipamentos e permitem acessar e visualizar com agilidade as áreas de difícil acesso”, diz.
Pioneiro
Os primeiros testes com aeronaves remotamente pilotadas começaram em 1999, com uso de um aeromodelo particular criado pelo Subtenente BM RR Ben-Hadade Farias e seu irmão Benoni Farias. À época, o Subtenente utilizava aeromodelos de asa fixa para patrulhar e monitorar, de forma preventiva, praias de Florianópolis que não dispunham do serviço de guarda-vidas, em um projeto chamado “test fly”.
Hoje, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina é uma das primeiras instituições a utilizar estes equipamentos. Conta com 17 drones e 15 bombeiros militares capacitados para pilotar remotamente. Os equipamentos são utilizados na busca e resgate, mapeamento de áreas em situações de risco ou levantamento de informações para ocorrência, trazendo um panorama preciso por meio de imagens.
Inspecionar áreas confinadas, como um prédio danificado depois de um terremoto, um desabamento, soterramento ou durante um incêndio é exatamente o tipo de trabalho que os socorristas gostariam que os drones fizessem por eles.
Um drone poderia procurar pessoas presas dentro e guiar a equipe de resgate em direção a elas. Mas o drone muitas vezes teria que entrar no prédio através de uma rachadura ou buraco na parede, uma janela parcialmente aberta ou através de grades – algo que o tamanho típico de um drone não permite.
Para resolver esse problema, pesquisadores do Grupo de Robótica e Percepção da Universidade de Zurique e do Laboratório de Sistemas Inteligentes da EPFL criaram um novo tipo de drone.
Ambos os grupos fazem parte do Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR) Robótica, financiado pela Fundação Nacional de Ciências da Suíça. Inspirado por pássaros que dobram suas asas no ar para atravessar passagens estreitas, o novo drone pode se espremer para passar através das aberturas e voltar à sua forma anterior, enquanto continua a voar. E pode até segurar e transportar objetos pelo caminho.
Braços são móveis e podem dobrar em torno do quadro principal
“Nossa solução é bastante simples do ponto de vista mecânico, mas é muito versátil e muito autônoma, com sistemas de controle e percepção a bordo”, explica Davide Falanga, pesquisador da Universidade de Zurique e primeiro autor do estudo. Em comparação com outros drones, este pode manobrar em espaços apertados e garantir um voo estável em todos os momentos.
As equipes de Zurique e Lausanne trabalharam em colaboração e projetaram um quadrirrotor que giram independentemente, montados em braços móveis que podem dobrar em torno do quadro principal graças aos servo-motores. O ás no buraco é um sistema de controle que se adapta em tempo real a qualquer nova posição dos braços, ajustando o empuxo das hélices à medida que o centro de gravidade se desloca.
“O drone pode adotar diferentes configurações de acordo com o que é necessário no campo”, acrescenta Stefano Mintchev, co-autor e pesquisador da EPFL. A configuração padrão é em forma de X, com os quatro braços estendidos e os hélices na maior distância possível um do outro. Quando confrontado com uma passagem estreita, o drone pode mudar para a forma de “H”, com todos os braços alinhados ao longo de um eixo ou em forma de “O”, com todos os braços dobrados o mais próximo possível do corpo. Uma forma em “T” pode ser usada para colocar a câmera onboard montada na estrutura central o mais próximo possível dos objetos que o drone precisa inspecionar.
Primeiro passo para buscas em missões de resgate totalmente autônomas
No futuro, os pesquisadores esperam melhorar ainda mais a estrutura do drone para que ele possa dobrar em todas as três dimensões. Mais importante, eles querem desenvolver algoritmos que tornem o drone verdadeiramente autônomo, permitindo que ele procure por passagens em um cenário de desastre real e escolha automaticamente a melhor maneira de passar por elas.
“O objetivo final é dar ao drone uma instrução de alto nível, como ‘entre naquele prédio, inspecione todos os cômodos e volte’ e deixe-o descobrir por si mesmo como fazê-lo”, diz Falanga.
Estados Unidos – A Federal Aviation Administration (FAA) americana certificou o sistema de combustível e o tanque de combustível anti-choque (CRFT) das empresas Robertson Fuel Systems e StandardAero (Vector Aerospace) como opção de modernização (retrofit) para a família de helicópteros Airbus AS350 e EC130.
A certificação é o passo final para iniciar as entregas aos clientes Air Methods Corporation e WeatherTech Aviation. O CRFT foi desenvolvido para ser utilizado em todos os modelos AS350, incluindo o AS350C, AS350D / D1, AS350B / B1 / B2 / BA / B3 e AS350B3e (H125), bem como o EC130B4.
O tanque tem um reservatório de combustível resistente ao choque com a mesma capacidade que a célula de combustível original e usa uma tecnologia de medição de combustível por sensor de campo magnético. O CRFT é compatível com os mais recentes requisitos de resistência a falhas do sistema de combustível constantes na FAR Part 27.952, mesmo quando usado em conjunto com o gancho de carga externa.
Elvis Moniz, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da StandardAero para soluções de aeronaves, disse: “Estamos muito satisfeitos por termos desenvolvido um conjunto de sistema e tanque de combustível anti-choque e torná-lo opção real de retrofit para operadores civis, governamentais e militares em todo o mundo”.
Para Newman Shufflebarger, presidente da Robertson Fuel Systems esse sistema aumentará a segurança operacional para o setor. A certificação da Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA) da CRFT deverá ser obtida em breve.
O operador alemão, DRF Luftrettung, que realiza operações aeromédicas começou a utilizar tablets nos cockpits de suas aeronaves.
O operador utiliza tablets que contêm toda a rota, o planejamento do voo, documentos, mapas e os manuais de voo. Atualmente, a DRF usa um total de sete Electronic Flight Bags (EFB) para três de seus aviões aeromédicos e a empresa está estudando para que os helicópteros também tenham, no futuro, seus cockpits livres de papeis e manuais pesados.
Os EFBs tem ajudado as operações de resgate aeromédico da DRF, reduzindo os custos devido à redução do peso dos manuais de voo de papel, além da liberação de mais espaço, disse a empresa.
“Se extrapolarmos isso para a nossa utilização média anual, os tablets irão poupar cerca de 7.000 euros por ano de querosene”, disse Udo Kordeuter, comandante da frota DRF Luftrettung.
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