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Goiás – Um navio de cruzeiro não pode sair do Puerto Montt, no Chile, devido à possível exposição de turistas ao novo coronavírus (COVID-19). Por isso, alguns turistas que estavam a bordo precisaram ser repatriados aos seus respectivos países, utilizando transporte aeromédico.

Algumas empresas de UTI aérea ao redor do mundo foram procuradas para efetuar a operação e a empresa Brasil Vida Táxi Aéreo foi uma das selecionadas. Foram realizadas cinco operações pela empresa do final de março ao início de abril em aeronaves configuradas como UTI aérea.

A equipe utilizou equipamentos de proteção individual (EPIs), dentre eles o macacão impermeável, protetor facial (faceshield), máscara própria, luvas de procedimento dupla, botas impermeáveis, capsula de isolamento, etc., seguindo protocolos brasileiros e internacionais da Organização Mundial de Saúde.

As operações de transporte dos pacientes e seus acompanhantes tiveram como destino a América do Norte e a Europa. A cada vez que chegavam em Puerto Montt, a aeronave, a tripulação e a equipe médica permaneciam no aeroporto El Tepual.

O governo do Chile, em razão da pandemia, definiu que toda e qualquer ação, incluindo o serviço local de ambulância terrestre, só poderia ser feita na madrugada, entre meia-noite e seis da manhã. Por isso, só puderam ser realizadas duas operações de remoção por dia. “Foram várias aeronaves e equipes no processo. Foi uma operação de altíssima complexidade, marcando a história do transporte aeromédico no mundo”, ressaltou o Diretor Internacional James DeSouza.

Durante toda a operação, algumas fronteiras estavam sendo fechadas, fato que exigiu esforços de diplomacia internacional, ressaltando aos governos a importância do transporte, a cautela da logística e todas as peculiaridades das remoções para que tudo ocorresse da maneira certa.

Apesar de todas as restrições, desde o enfrentamento de neblina durante o pouso e decolagem até questões burocráticas características da repatriação de pessoas, as cinco missões foram realizadas com sucesso e, cada paciente, junto ao seu acompanhante, foi repatriado e seguiu para atendimento médico local.

“Nós chamamos essa operação de Repatriações COVID-19, pois foi um marco para a história da nossa empresa e para o transporte aeromédico no mundo”, relatou James. A empresa relatou que houve muita emoção envolvida no processo. Equipe médica, tripulação e os administrativos que, da sede em Goiânia, cuidavam de detalhes para que tudo ocorresse conforme o planejado.

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