Dois homens foram mortos e outros dois foram presos suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em roubo a bancos em uma modalidade conhecida como novo cangaço, ou seja, quando os assaltantes fortemente armados invadem uma cidade e aterrorizam a população enquanto roubam as agências bancárias. O novo cangaço atuou pela última vez em Goiás no município de São Domingos, a 599 quilômetros de Goiânia, no dia 2 de fevereiro deste ano, quando foram feitos vários reféns.
Desde a ocorrência em São Domingos que o Comando de Missões Especiais (CME) vem monitorando a ação de quadrilhas em Goiás, conforme disse ontem o comandante da unidade, tenente-coronel Wellington de Urzêda Mota.
Na última sexta-feira, o CME recebeu informações de que o bando estaria em Goiânia se reunindo para roubar um banco em Querência (MT). Ontem à tarde, a partir das investigações, as equipes do CME invadiram uma casa nas proximidades da GO-040, onde foram apreendidas 3 escopetas, 76 munições de calibre 12, duas pistolas 9 milímetros, 1 submetralhadora Uzi, 1 colete antibalístico, 7 carregadores, 5 máscaras de palhaço, 2 jaquetas (gandolas) do Exército Brasileiro, balaclavas e uma camionete S-10 usada pelos assaltantes em fuga.
Dois deles, ainda não identificados, que fugiram na caminhonete até uma estrada próxima do local da abordagem, trocaram tiros com uma equipe do Grupo de Patrulhamento Aéreo (Graer), da Polícia Militar, e acabaram morrendo com tiros no tórax. Como estavam sem documentos pessoais, permanecem sem identificação no Instituto Médico-Legal. “Eles estavam usando uma submetralhadora Uzi que dispara 600 tiros por minuto e duas pistolas, de calibre ponto 40 e outra, 9 milímetros”, afirmou o tenente-coronel Urzêda.
Logo depois do confronto, outra equipe do CME, com a ajuda de policiais federais, fizeram a abordagem e a prisão de dois integrantes do bando em um lavajato na Avenida Leopoldo de Bulhões, no Setor Pedro Ludovico. Segundo a PM, o local era usado para reuniões da quadrilha.
Foram presos um indivíduo de 25 anos, natural de Goiânia, que usava nome falso ; e outro de 31, que também usava uma identidade falsa. Ele é maranhense e já foi condenado por roubo a banco no Maranhão.
Tenente-coronel Urzêda revelou que Goiânia servia de base para a quadrilha por causa da posição central no País. O grupo de criminosos é formado por goianos, maranhenses e paulistas. Cerca de seis ainda estão soltos.
Fonte: O Popular / GRAer-GO