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São Paulo – Anunciada logo após os protestos de junho pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como uma das medidas para compensar o recuo no aumento das tarifas de trem e metrô, a venda do helicóptero usado pelo tucano fracassou.

Nenhuma proposta pela aeronave Sikorsky, modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, foi apresentada na última quarta-feira (16) na abertura dos envelopes da concorrência internacional feita pela Casa Militar. O valor mínimo do helicóptero (ano 1983) fixado pelo governo era de US$ 1,02 milhão, ou R$ 2,21 milhões.

Helicóptero do Governador Geraldo Alckmin.

Se a venda tivesse sido realizada, o governador iria se deslocar com o helicóptero Águia, da Polícia Militar. Alckmin usou o helicóptero do governo do Estado para buscar o filho, a nora e os dois netos no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, em dezembro do ano passado, gerando polêmica.  O tucano não tinha compromisso oficial no local naquele dia.

A aeronave partiu do Palácio dos Bandeirantes rumo ao aeroporto de Guarulhos. Lá, a aeronave teve autorização para pousar no pátio 6, chamado de pátio vip do aeroporto.

O governador e a primeira-dama, Lu Alckmin, foram então ao encontro da família, que vive no México. Depois de aguardarem os trâmites de alfândega e imigração, voltaram todos para o Palácio dos Bandeirantes.

O governo estadual afirmou que o tucano tinha o direito de usar a aeronave para buscar a família porque se tratava de um veículo de representação à disposição do governador, que se “destina a qualquer dos seus deslocamentos enquanto ele estiver no exercício do cargo, 24 horas por dia”.

O Palácio dos Bandeirantes citou ainda como exemplo decreto do governo federal que trata do uso dos veículos pelo presidente, o vice-presidente e ministros de Estado Não há uma lei estadual que trate do uso das aeronaves. Há normas colocadas pela Casa Militar, que é subordinada ao gabinete do próprio governador.

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