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Pará – No auge da pandemia provocada pelo novo coronavírus, entre os meses de março e maio, praticamente toda a frota aérea do Brasil parou por conta da restrição de circulação de pessoas. O diferencial foi a atuação do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP).

Não houve um dia, nesse período, sem que pelo menos uma aeronave decolasse, e no mínimo uma vez ao dia. Os voos cobriram todas as regiões do Pará no transporte de profissionais de saúde, além de insumos como álcool em gel, equipamentos de proteção individual (EPIs), medicamentos e respiradores.

Coronel Armando Gonçalves, diretor do Graesp, destaca a capacidade do Grupamento de viabilizar deslocamento de carga

“A nossa capacidade de viabilizar deslocamento de carga pesou muito durante os momentos mais críticos da pandemia. Os respiradores, por exemplo, que chegavam ao Aeroporto Internacional de Belém, éramos nós que distribuíamos para hospitais de campanha e hospitais regionais em Marabá, Santarém, Redenção, Breves e Parauapebas. E ainda auxiliamos no transporte intermunicipal. À medida em que uma cidade precisava menos do equipamento, levávamos para uma que estivesse precisando mais. Isso ocorreu em Juruti, Oriximiná, Almeirim, Porto de Moz, Itaituba, Tucuruí, Capanema e Paragominas”, conta o coronel Armando Gonçalves, diretor do GRAESP.

Tão logo o governado decretou a suspensão das férias, o efetivo foi comunicado sobre a medida, afastando somente os que faziam parte do grupo de risco para COVID-19. Segundo o diretor do GRAESP, foi formada uma força-tarefa para garantir a continuação das demandas na crise sanitária e o atendimento rotineiro, como a necessária vigilância nos balneários, principalmente durante o mês de julho.

O empenho dos integrantes da unidade aérea pública foi decisivo para o cumprimento das missões em um momento tão peculiar. “Foi quando vi que realmente estava todo mundo unido. O vírus assustou todo mundo, mas cabia a nós garantir que não faltasse o que fosse necessário”, ressaltou o coronel Armando Gonçalves.

Metade do efetivo acabou sendo contaminado. Dois chegaram a ficar em estado grave, mas não houve baixas. “Ainda bem que todo mundo se recuperou, e os dois até já voltaram a voar. No pior momento da crise nós não tínhamos folga. Lembro de um domingo, 19h30, que eu estava me arrumando para voar porque tinha chegado respirador e precisava ir para o interior”, lembra.

Criado em 2003, o Grupamento atua em missões policiais, de resgate, fiscalização ambiental e também realiza transportes diversos. Em 2019, o GRAESP atingiu 2,6 mil horas de voo, sendo que a maior parte desse tempo foi dedicada a operações.

De 1º de janeiro a 1º de agosto deste ano já são 1,2 mil horas acumuladas, sendo que 520 foram dedicadas somente às missões relacionadas à COVID-19. “Então, se a gente comparar, voamos muito mais nesses sete primeiros meses do ano em relação a esse mesmo período do ano passado”, afirmou o oficial da PM.

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