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Rio de Janeiro – A cerca de 50 quilômetros da costa de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, o maior navio da esquadra brasileira desloca-se pelo Oceano Atlântico. No céu aberto, helicópteros se aproximam da embarcação de 204 metros de comprimento, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico.

Esse foi o cenário de uma das atividades da Operação Poseidon 2021, treinamento conjunto das Forças Armadas que aconteceu no período de 28 de agosto a 04 de setembro, com o emprego 830 militares.

Nesta edição, a Operação Poseidon 2021 contou com exercício inédito: pousos e decolagens de helicópteros com o navio em movimento. A atividade reúne as aeronaves Pegasus, da Marinha; Jaguar, do Exército; e Caracal, da Aeronáutica; todas do modelo H225M, projeto estratégico do Ministério da Defesa.

Helicópteros das três Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) durante a Operação Poseidon 2021. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

O Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, lembrou que, em 2020, ocorreu treinamento semelhante, porém, com o navio fundeado no mar. “Agora, nós passamos para uma nova fase, com o navio navegando. Isso tem uma diferença sensível para os pilotos, que precisam se qualificar. Teremos outras fases a serem cumpridas nos próximos anos”, esclareceu.

Dois pilotos do Exército e três da Aeronáutica, com suas respectivas tripulações, participaram da Operação Poseidon 2021. Durante cerca de 90 minutos, cada equipe pousou sete vezes no Navio. No convés de voo, chamado convoo, local do navio onde os helicópteros pousam, há demarcações denominadas pontos de pouso.

“Cada um deles tem uma peculiaridade. O que fica mais à frente, por ser uma área mais aberta, recebe ventos de todos os lados e dificulta um pouco o nosso pouso, enquanto, nos intermediários, são mais tranquilos de pousar”, explicou o Tenente Aviador Victor Gaia Cardoso, da FAB.

Além dos pousos, os militares praticaram exercícios de infiltração de Mergulhadores de Combate, Evacuação Aeromédica (EVAM) de feridos e tiro real sobre alvo à deriva. Na primeira atividade, chamada Homem ao Mar, houve a simulação de um náufrago, em determinado ponto do oceano.

Na demonstração, os pilotos da aeronave de busca e salvamento recebem a informação, deslocam-se ao local e dois mergulhadores saltam para iniciar o procedimento. “O enfermo é colocado em uma maca, que é içada pelos integrantes da equipe de busca e salvamento, e a aeronave retorna para o ponto de apoio, que é o navio”, detalhou o Sargento Rômulo Monteiro, da Marinha.

O NAM Atlântico foi adquirido pela Marinha do Brasil em 2018, da Marinha Real do Reino Unido. O Navio tem capacidade para deslocar, estrategicamente, uma Força de helicópteros para atuar em diversos cenários, como em missões de paz. Transporta até 16 helicópteros e pode receber o pouso de até sete aeronaves simultaneamente, e transportar até 12 em seu hangar.

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