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Portugal

Minutos que salvam vidas: a bordo dos helicópteros de emergência médica do INEM de Portugal

SIC Notícias e INEM

Portugal – Uma Reportagem Especial do Jornal da Noite (SIC Notícias) de domingo (19) e uma matéria do INEM mostrou o serviço realizado pelas equipes aeromédicas do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Portugal. Os números de 2018 e 2019 foram divulgados.

Apresentaram uma atividade complexa e que mudou muito depois do acidente com o helicóptero da base de Macedo de Cavaleiros, ocorrido no final do ano passado na serra de Valongo. O acidente chocou o país e mudou o serviço.

Na emergência pré-hospitalar um minuto pode fazer a diferença entre a vida e a morte e os helicópteros são meios rápidos e eficientes, que podem fazer a diferença para salvar uma vida. Assista à matéria feita pela SIC:

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Números do INEM de 2018 e 2019

O SHEM composto por quatro helicópteros foi acionado em 2019 para 47 acidentes de trânsito. Em 2018 este número foi de 161 acionamentos. A intervenção destes meios diferenciados proporciona a prestação de cuidados de Suporte Avançado de Vida (SAV) no local e durante o transporte e evacuação para o hospital mais adequado.

As suspeitas de politraumatismos, traumatismos torácicos, abdominais, cranioencefálicos, dos membros ou vértebro-medulares provocados por acidentes de trânsito, são a principal causa para acionamento direto das equipas do SHEM.

Em 2018 há registo de um total de 328 missões de transporte primário. Até ao dia 30 de abril deste ano, o SHEM conta já 101 acionamentos para situações em que a intervenção direta dos helicópteros do INEM nos locais das ocorrências foi determinante para o sucesso da missão.

Para além das missões primárias, os quatros aparelhos do SHEM são utilizados no transporte de doentes críticos entre unidades de saúde e transporte de órgãos – transporte secundário. Até ao final de abril deste ano, os helicópteros do INEM contabilizavam 224 missões de transporte entre unidades de saúde. Em 2018, esse número reporta 692 ocorrências.

Minutos que salvam vidas: a bordo dos helicópteros de emergência médica do INEM de Portugal. Foto: INEM.

Atualmente o INEM dispõe de um dispositivo permanente e exclusivo de quatro helicópteros, composto por dois helicópteros médios e dois leves. Os helicópteros médios permitem o transporte de dois doentes simultaneamente, ou em casos de situações de transplante, até uma equipe de cinco profissionais de saúde, num só equipamento.

Os helicópteros de emergência médica do INEM funcionam 24 horas por dia, 365 dias por ano, estando dedicados exclusivamente a missões de emergência médica. O acionamento do SHEM é efetuado pelos Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), após triagem clínica da ocorrência e quando garantidas as condições de segurança para a operação.

O serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi criado em 1997, tendo desde essa data sido acionados para um total de 16.540 missões.

O presidente da Aliança, ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, sendo transportado de maca do helicóptero para uma ambulância do INEM no Hospital da Universidade de Coimbra, depois de sofrer acidente de trânsito na Autoestrada 1. Foto: Paulo Novais.

Força Aérea Portuguesa recebe dois dos cinco helicópteros AW119 Koala que substituirão os Alouette III

Portugal – Os novos helicópteros da Força Aérea foram oficialmente apresentados no dia 18 de fevereiro na Base Aérea N.º 11, em Beja. A cerimônia de recepção dos AW119MKII “Koala”, que serão operados pela Esquadra 552 – “Zangões”, foi presidida pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Atualmente a Esquadra 552 – “Zangões” é responsável pela formação de pilotos de helicópteros da Força Aérea e Marinha, com uma base permanente no Aeródromo de Manobra nº 1 (Ovar) para operações de Busca e Salvamento (SAR) e Evacuações Médicas (MEDEVAC)

Alouette III (ALIII) da Força Aérea que será substituído pelos Koala. Foto: Emfa.

Os primeiros dois helicópteros Koala – de um total de cinco, substituirão os Alouette III. Estes cinco novos helicópteros garantirão melhor operabilidade e segurança.

O Koala é um helicóptero monomotor, extremamente versátil, capaz de operar em ambiente noturno com a utilização de óculos de visão noturna. Cumpre missões como instrução básica e avançada de voo, busca e salvamento, evacuação aeromédica e combate a incêndios florestais. Possui capacidade de instalação de flutuadores para missões de busca e salvamento em ambiente marítimo. Para este tipo de missão ainda pode ser equipado com guincho e farol de busca.

Tem a capacidade de transportar até sete passageiros – além do piloto – ou uma maca e cinco passageiros. Suporta também 1.400Kg em carga externa, onde se inclui um balde para o combate a incêndios florestais.

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Esquadra 751 da Força Aérea Portuguesa realiza resgate em alto mar com condições metrológicas adversas

Portugal – A Força Aérea resgatou na tarde sábado (23) o comandante do navio grego “MINERVA GLORIA”, que navegava a 420 quilômetros a sudoeste da Ilha Terceira. O homem de nacionalidade grega de 47 anos apresentava estado clínico grave e precisava de assistência médica urgente. Foi resgatado do navio pela tripulação de alerta nos Açores da Esquadra 751 – “Pumas”, que opera o helicóptero EH-101 Merlin.

O EH-101 Merlin descolou da Base Aérea Nº 4 (BA4), nas Lajes. Para esta operação e devido às condições meteorológicas muito adversas no local, onde se registavam ondas de 12 metros e ventos de 74 km/h, foi também empenhada uma aeronave P-3C CUP +, operada pela Esquadra 601 – “Lobos”, que descolou da Base Aérea N.º 11 (BA11), em Beja.

O comandante do navio foi resgatado com sucesso e transportado até ao Aeroporto João Paulo II de Ponta Delgada, de onde foi encaminhado para o Hospital do Divino Espírito Santo.

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Devido a problemas de certificação de heliponto, helicóptero do INEM pousa em estádio para socorrer idoso queimado

Com informações de CM Jornal, por Patrícia Moura Pinto

Portugal – Por volta da 17h30 de sábado (16), o helicóptero do INEM baseado em Macedo de Cavaleiros foi acionado para fazer o transporte de um homem de 80 anos com queimaduras graves de Lamego para o Porto. Inicialmente o helicóptero deveria pousar no heliponto do Hospital de Lamego, porém o heliponto não está operacional e a equipe decidiu embarcar o doente no Estádio do Peso da Régua.

A vítima precisava ser transportado para uma unidade hospitalar com especialidade em queimados. Por indicação do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), os bombeiros tiveram que transportar a vítima até Peso da Régua, porque o helicóptero não podia realizar o pouso no heliponto de Lamego (está com problemas de certificação). Para pousar no Estádio do Peso da Régua, o bombeiro solicitou a ligação da iluminação do Estádio.

Só após a ligação da iluminação é que o helicóptero pousou, transportando a vítima para o Hospital da Prelada, na cidade do Porto, a 75 quilômetros de distância por via aérea.

O INEM explicou “que os comandantes das aeronaves decidem qual o local mais próximo do doente e que simultaneamente reúna as condições de segurança necessárias para pousar a aeronave e que todas as questões relacionadas com a operação aeronáutica são responsabilidade da empresa contratada para o serviço”, remetendo assim a responsabilidade para o piloto da aeronave e para a empresa Babcock (INEM).

Hospitais avançam com certificação dos helipontos

Os hospitais que tinham problemas com a certificação dos helipontos já avançaram com o processo. Alguns aguardam a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Além disso há helipontos que só podem receber pousos e decolagens durante o dia.

O heliponto do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real) já está operacional. Já o do Hospital de Lamego ainda está sob estudo. A cidade de Lamego dispõe, além do heliponto situado no hospital, de outro no Centro de Tropas de Operações Especiais do Exército Português. As instalações estão localizadas no centro da cidade.

Em Portugal, há 33 unidades hospitalares que dispõem de instalações para receber helicópteros de emergência médica, porém segundo a Agência Nacional de Aviação Civil existem helipontos com problemas nos processo de certificação. Veja o mapa:

Helicóptero do INEM é mobilizado para socorro de vítima de acidente de trânsito no distrito da Guarda, Portugal

CMJornal

Portugal – Na quinta-feira (07), um homem de 34 anos ficou ferido com gravidade em um acidente de carro contra uma casa em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda. A vítima ficou encarcerada e foi mobilizado o helicóptero do INEM e uma equipe dos bombeiros de Almeida para prestar assistência.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, o acidente aconteceu por volta das 20h00 na localidade de Mata de Lobos. Outros dois ocupantes do veiculo ficaram feridos, mas sem gravidade. A vítima mais grave seguia no lugar do passageiro, parte do carro que ficou mais danificado na colisão com a casa, após a derrapagem.

Às 21h00, o ferido grave ainda estava sendo desencarcerado pelas equipas dos bombeiros de Figueira de Castelo Rodrigo, numa operação que se revelou bastante demorada. Fonte dos bombeiros locais revelou que o homem foi retirado do veículo já perto das 22h00, sendo então assistido pelo pessoal do INEM.

Conheça a Esquadra 751 – “Pumas” da Força Aérea de Portugal responsável pelas operações SAR

Portugal – A Esquadra 751 “Pumas” foi criada em 28 de abril de 1978. No início foram utilizados os SA-330 PUMA em missões de Busca e Salvamento nas áreas de responsabilidade atribuídas a Portugal.

As regiões de responsabilidade de salvamento atribuídas a Portugal, coincidentes com a Região de Informação de Voo (FIR) de Lisboa e Sta. Maria, representam a maior área de responsabilidade da Europa. Além de Busca e Salvamento (SAR) a Esquadra 751 executa outras missões, no âmbito estritamente militar, o apoio tático e outras missões de interesse público, como é o caso das missões de vigilância marítima.

Em 2005 a Esquadra 751 passou a contar com o AgustaWestland EH-101 Merlin que substituiu o consagrado SA-330 PUMA. Este foi um marco extremamente significativo pois permitiu à Esquadra ficar dotada de tecnologia de ponta e também aumentar a sua capacidade de operação.

Esquadra 751 – “Pumas” da Força Aérea de Portugal responsável pela operação SAR

Após a introdução do EH-101 “Merlin” existiu uma reestruturação do dispositivo SAR (busca e salvamento) nacional e assim os cerca de 100 militares que compõem a Esquadra 751 trabalham para que a mesma tenha, 24 horas por dia, 365 dias por ano, uma tripulação de alerta permanente na Base Aérea N.º 6, Montijo, uma tripulação e aeronave no AM3 Porto Santo e duas tripulações e duas aeronaves na Base Aérea N.º 4, Lajes.

Ao longo de mais de 40 anos de história, a Esquadra 751 já executou mais de 60.000 horas de voo (mais de 25.000 horas com a aeronave EH-101 Merlin) e salvou mais de 4.000 vidas, continuando no seu dia a dia a honrar o seu lema “Para que outros vivam“!

Saiba mais sobre o EH-101 MERLIN

O EH-101 MERLIN é um helicóptero de transporte médio, trimotor, com trem de pouso triciclo, semi-retrátil, com rodas duplas em cada unidade e rotor principal de 5 pás. A Força Aérea adquiriu 12 EH-101 em três variantes distintas para três tipos de missões diferentes. A frota consiste em 6 de variante SAR (Busca e Salvamento), 2 de variante SIFICAP (Sistema de Fiscalização das Pescas) e por 4 de variante CSAR (Busca e Salvamento em Combate).

Possui flutuadores de emergência, 2 barcos internos para 20 pessoas, 1 guincho primário e um guincho secundário, NITESUN e FLIR. É equipado com um RADAR de busca da GALILEO com capacidade de identificar e monitorizar 32 alvos de superfície em simultâneo. Todas as aeronaves têm a capacidade para operarem em ambiente NVG.

A variante CSAR está equipada com “Defensive Aids Suite” (DAS), que consiste num sistema integrado de autoproteção eletrônica, formado pelos seguintes subsistemas: um “Radar Warning Receiver” (RWR), um “Missile Warning System” (MWS) e um “Counter Measures Dispensing System” (CMDS). Tem a capacidade para reabastecimento “Hovering In Flight Refueling” (HIRF) e “Air to Air Refueling” (AAR).

Força Aérea resgata passageiro no navio “Marco Polo”. Foto: Divulgação

Resgates recentes

No dia 27 de janeiro a Força Aérea de Portugal resgatou duas pessoas numa ravina em São Miguel, nos Açores. Os dois homens estavam perdidos numa área de difícil acesso e foram salvos pela Esquadra 751 – Pumas, que opera o helicóptero EH-101 Merlin, e tem um destacamento permanente na Base Aérea N.º 4, nas Lajes.

Outro resgate foi de um lenhador ferido, em Nisa. O homem teria caído numa zona de difícil acesso e, após ser assistido pelos bombeiros locais, foi socorrido pelo helicóptero. O apoio foi solicitado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A missão foi realizada pela tripulação do EH-101 Merlin de alerta na Base Aérea N.º 6, Montijo. Após o resgate, o homem, de nacionalidade portuguesa, foi transportado pela Esquadra 751 – “Pumas” até ao Aeródromo de Trânsito N.º 1, em Figo Maduro, e encaminhado para uma unidade hospitalar.

Força Aérea Portuguesa resgatou lenhador em Nisa. Foto: Divulgação

Conselho de Ministros de Portugal aprovou proposta de regulação do uso de drones

Gov. de Portugal e Diário de Notícias

Portugal – O Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei que regula a utilização de aeronaves não tripuladas (drones) e estabelece as regras de operação e de autorização quanto à sua utilização civil no espaço aéreo nacional. A proposta será enviada à Assembleia da República.

Perante o fácil acesso a estas aeronaves e o potencial de risco a ele associado, impunha-se a criação de um quadro normativo de fácil entendimento que determinasse as regras de operação no espaço público, sem inibir o potencial desenvolvimento de atividades econômicas, de inovação e de atração de investimento.

Governo aprovou proposta de regulação do uso de drones. Foto: © Ivan del Val / Global Imagens

Nesse sentido, além de definir regras claras de operação, esta proposta de lei consagra a adoção de mecanismos de prevenção que mitiguem o risco associado ao uso destes equipamentos, assim como a capacitação das entidades com competência de fiscalização.

O objetivo é garantir um controlo eficaz sempre que a operação de drones possa constituir uma ameaça para a segurança pública ou para o patrimônio.

Em 5 de julho, o Conselho de Ministros já tinha aprovado um decreto-lei que estabeleceu o sistema obrigatório de registo e de seguro de responsabilidade civil obrigatório para os drones.

A aviação civil reportou, entre janeiro e setembro de 2018, 43 incidentes com drones, segundo a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), 27 dos quais no verão, o que representa mais de 60% das ocorrências naquele período.

Em 2017, a ANAC registou 37 incidentes com drones – 36 pela aviação civil e um por um avião militar – e instaurou 17 processos e apresentou nove denúncias junto do Ministério Público.

Em 2013 e 2014 o regulador do setor da aviação não teve relatos deste tipo de incidentes, enquanto em 2015 a ANAC recebeu reportes de cinco ocorrências, número que mais do que triplicou para 17 em 2016.

O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de janeiro de 2017, proíbe o voo de drones (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos.

Em 28 de julho passado entrou em vigor o decreto-lei n.º 58/2018, que torna obrigatórios o registo destes aparelhos com mais de 250 gramas, a contratação de um seguro de responsabilidade civil para drones acima dos 900 gramas e estipula “um quadro sancionatório aplicável a quem violar estas obrigações, de forma a dissuadir e censurar adequada e proporcionalmente condutas de risco que podem colocar em causa a segurança de todos”.

O documento estabelece que a violação das regras no uso dos drones pode ser punida com multa entre 300,00 e 7.500,00 euros, além da suspensão temporária ou apreensão dos aparelhos.

O regulador nacional da aviação salienta que o diploma do Governo “vem complementar” o regulamento da ANAC n.º 1093/2016, “dado que este regulamento estabelece apenas as condições de utilização do espaço aéreo (regra do ar para pilotos de drones)”.

Força Aérea de Portugal resgata passageiro no navio de cruzeiro “Marco Polo”

Portugal – A Força Aérea de Portugal resgatou na madrugada do dia 3 de dezembro um passageiro do navio de cruzeiro “MARCO POLO”, que navegava a 185 quilômetros a norte de Porto Santo, no Arquipélago da Madeira.

Para a extração do homem, de 80 anos e que necessitava de cuidados médicos urgentes, foi empenhado um helicóptero EH-101 Merlin, operado pela Esquadra 751 – “Pumas”, que descolou do Aeródromo de Manobra N.º 3 à meia-noite, com uma equipe de saúde a bordo.

A aeronave chegou ao local de operações à 01h00, tendo resgatado o tripulante de nacionalidade britânica com sucesso. O passageiro foi transportado para o Aeroporto Cristiano Ronaldo, no Funchal, onde já se encontrava uma ambulância para o encaminhar a uma unidade hospitalar. A missão teve a duração de 2h45m.

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Relatório Final de investigação aponta “falta de preparação” do piloto instrutor que se acidentou em praia de Portugal

Público PT

Portugal – Falhas na gestão da emergência e quebra de procedimentos pelo piloto instrutor levaram ao pouso do Cessna 152 na praia de São João da Caparica, Almada, em Agosto de 2017, causando a morte a duas pessoas, concluiu uma investigação.

No dia 02 de Agosto de 2017 um avião Cessna 152 descolou do Aeródromo de Cascais com destino a Évora, para um voo de instrução, mas depois de reportar uma falha de motor, cerca de cinco minutos após a descolagem, fez um pouso de emergência na areia da praia de São João, durante a qual atingiu mortalmente uma menina de 8 anos e um homem de 56.

Acidente com Cessna que matou duas pessoas na praia: relatório aponta “falta de preparação” do piloto instrutor. Foto: Miguel Manso.

“Após a falha de motor, ficou claro que o piloto instrutor não efetuou uma gestão apropriada da emergência, onde deveria ter seguido os procedimentos básicos de emergência, e não procurado apenas uma solução para o problema da falha do motor”, diz o relatório final do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a agência Lusa teve acesso.

Apesar das horas de voo e experiência (mais de 5.000 horas de voo, das quais 3.930 em Cessna 152), ficou claro para os investigadores “a falta de preparação” e “falhas na formação aeronáutica” do piloto instrutor, à data com 67 anos, “tendo a escola um papel chave, não criando as devidas barreiras para evitar o acidente”.

A falha do motor em voo, gerida “de forma inadequada pelo piloto instrutor”, culminou na perda de controlo da aeronave, por perda aerodinâmica, admitindo o GPIAAF “que a perda de potência do motor” tenha tido origem numa falha detectada no carburador, que impediu o fornecimento de combustível suficiente ao motor.

Acidente com Cessna que matou duas pessoas na praia: relatório aponta “falta de preparação” do piloto instrutor. Foto: Miguel Manso.

A investigação efetuou três voos de simulação com uma aeronave semelhante e em condições atmosféricas também “muito semelhantes”, partindo sempre do ponto estimado da falha de motor.

“No terceiro voo, foi seguida a opção tomada pelo piloto instrutor de voar em frente, atravessando o rio, e mostrou-se viável ao nível operacional, tendo o vento de cauda empurrado a aeronave, sem problemas no cruzamento do rio Tejo, onde foram visualizadas pelo menos três opções para um eventual pouso de emergência”, relata o GPIAAF.

A aeronave, propriedade do Aeroclube de Torres Vedras, estava sendo operada pela Escola de Aviação Aerocondor (GAir).

As escolas, através dos pilotos instrutores, devem garantir que as aeronaves que sobrevoem zonas de água, possam ter condições para fazerem uma amaragem forçada. “Não foi recebido [da escola] qualquer documento que comprovasse que tenha sido realizado pelos instrutores da escola o treino para adquirir competências na manobra de amaragem (amerissagem). Não foi demonstrado que o piloto instrutor tenha participado no treino de amaragem de emergência. A não existência a bordo de dispositivos de flutuação, associado à falta de treino da tripulação na manobra, poderá ter levado a que a opção de amarar o avião não tenha sido considerada”, frisa o GPIAAF.

O relatório salienta que, decorrente da falha na gestão de emergência pelo piloto instrutor, o aluno, com 27 anos, “teve um papel passivo e apenas reativo”, voando a aeronave em frente, conforme lhe ordenou o instrutor.

.Acidente com Cessna que matou duas pessoas na praia: relatório aponta “falta de preparação” do piloto instrutor Foto: EPA/ANDRE KOSTERS

“Inúmeras tentativas de reiniciar o funcionamento do motor foram feitas até pouco antes de a aeronave colidir com a areia da praia. Segundo o aluno piloto, durante todas essas tentativas, o piloto instrutor não usou a lista de verificação conforme definido no manual de operações de voo da escola, realizando todos os procedimentos de memória”, indica o relatório.

O piloto instrutor assumiu ter voado em frente, pois, “no procedimento da falha do motor, que afirmou ter de memória, deveria escolher um lugar que estivesse dentro do ângulo de 30 graus para cada lado da rota”.

“No entanto, esse procedimento é previsto para as falhas após a descolagem, onde se deve procurar um lugar para aterrar dentro dessa margem que compreende 60 graus, sendo 30 para cada lado. No caso de falha em voo cruzeiro, essa regra não é aplicável, não existindo angulação predefinida para se procurar um lugar para aterrar em emergência”, esclarece o GPIAAF.

.Acidente com Cessna que matou duas pessoas na praia: relatório aponta “falta de preparação” do piloto instrutor Foto: EPA/ANDRE KOSTERS

Apenas quando o Cessna 152 voava entre os 120 e os 150 metros de altitude, empurrado pelo “forte vento de cauda” que o ajudou a atravessar o rio Tejo, é que o piloto instrutor decidiu procurar um lugar para aterrar, “deixando pouco tempo para análise do risco, e fez diminuir drasticamente as suas opções na escolha do local da aterragem”.

Falta de preparação

“As ações do piloto instrutor não foram realizadas de acordo com os procedimentos de emergência e lista de verificação aplicáveis. As ações do piloto instrutor e as declarações no pós-evento indicaram inadequado conhecimento e compreensão da emergência. O desempenho inadequado do piloto instrutor evidencia falta de preparação adequada para a emergência”, sublinham os investigadores.

Helicóptero do INEM acidentou-se com quatro tripulantes em Valongo, Portugal

Portugal – O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), através de seu Twitter, informou há cerca de duas horas que iniciaram buscas para localizar equipe do helicóptero Augusta AW109S, operado pela empresa Babcock, de emergência médica. As buscas foram dificultadas pelo nevoeiro e chuva na região, além do fato de estar acontecendo durante a noite.

A bordo do helicóptero de emergência médica seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeiro. O último contato com o helicóptero foi registado por volta das 18h30m, na Serra de Valongo. Morreram as quatro pessoas a bordo.

Augusta AW109S Foto: INEM.

A aeronave em questão regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, após ter realizado transporte aeromédico de uma paciente para o Hospital de Santo António, no Porto.

O transporte teve início às 15h13 horas, quando o helicóptero decolou da sua base para o hospital onde se encontrava a doente. Ela foi entregue aos cuidados das equipas médicas do hospital de Santo Antônio por volta das 18h10m. A paciente era uma mulher de 76 anos de idade, com problemas cardíacos graves.

Depois do transporte iniciou-se o regresso à base e o último registo do helicóptero teria ocorrido às 18h30 próximo a Serra de Valongo.

Foi instalada um base de comando para a realização das buscas e briefing com as equipes de socorro e buscas. No terreno estão várias equipes dos bombeiros, INEM e a Polícia de Segurança Pública Portuguesa (PSP). Um helicóptero da Força Aérea também foi mobilizado para a operação. A empresa Babcock, uma multinacional britânica, trabalha para o INEM desde 2000.

O serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi criado em 1997, tendo desde essa altura efetuado cerca de 16.370 transportes de doentes urgentes, sem que se tenha verificado qualquer incidente grave como o agora verificado.

Helicópteros pousados no Hospital de Santa Maria, Foto: INEM.

Acompanhe o caso pelo Twitter oficial do INEM:

Polícia Judiciária de Portugal prende homem por atirar pedra em helicóptero e impedir combate ao fogo

Portugal – A Polícia Judiciária, através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, procedeu à identificação e detenção de um homem, suspeito de ter impedido o abastecimento de água de um helicóptero que combatia um incêndio florestal.

Os fatos ocorreram no dia 06 de agosto de 2017, por volta das 09h20, na freguesia de Cerva, em Ribeira de Pena, mas a detenção ocorreu apenas um ano depois do ocorrido.

Foto: Pedro Noel da Luz.
Foto: Pedro Noel da Luz.

O suspeito, inicialmente, teria arremessado uma pedra contra o helicóptero, que se encontrava a uma altitude de cerca de 5 metros do nível do solo, em abastecimento de água num tanque, atingindo-o no vidro. O piloto da aeronave teve necessidade de realizar uma manobra para estabilizar o aparelho, com vista a evitar uma eventual queda.

Depois, o mesmo suspeito teria aberto a torneira do referido reservatório esvaziando-o, obrigando o helicóptero a deslocar-se a um ponto de água mais longe do local do incêndio.

O detido, com 43 anos de idade, empreiteiro da construção civil, está indiciado pela prática dos crimes “de atentado à segurança de transporte por ar e de incêndio florestal” e será submetido a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.

Ascom PJ.

Aviação portuguesa reporta aumento de incidentes com drones em 2017

Portugal – A aviação reportou 37 incidentes com drones em 2017, o dobro em relação 2016, segundo dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) de Portugal, um ano após a entrada em vigor do regulamento sobre a utilização destes aparelhos.

O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de Janeiro de 2017, proíbe o voo de drones  (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altitude e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos. Em 2013 e 2014 não há registros deste tipo de incidentes, enquanto em 2015 a ANAC recebeu informação de cinco ocorrências, em 2016 esse número foi de 17. (Acesse voa na boa.pt)

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Dos 37 incidentes reportados em 2017 – 36 pela aviação civil e um por um avião militar nacional –, a maioria aconteceu nas proximidades dos aeroportos de Lisboa e do Porto, onde estes aparelhos violaram o regulamento e apareceram na vizinhança, nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de pouso, a 400, 700, 900 ou a 1200 metros de altitude, de acordo com alguns dos relatos das tripulações.

No ano passado registaram-se 22 incidentes com drones nas proximidades do Aeroporto de Lisboa, 11 nas proximidades do Aeroporto do Porto, dois perto do Aeródromo de Cascais, um no Aeroporto da Madeira e houve um avião da Força Aérea Portuguesa, um Hércules C-130, que reportou, em Junho, um drone a cerca de 450 metros à vertical de Espinho, distrito de Aveiro.

Na resposta enviada à Lusa, a ANAC diz ainda que ao longo do último ano instaurou 15 processos de contraordenação e reencaminhou nove queixas para o Ministério Público.
“Manobras de evasão” para evitar colisão

Um dos incidentes de 2017 ocorreu em 10 de Setembro, quando um A-320 da easyJet descolou do Aeroporto do Porto, com destino a Luton, Londres, reportou um drone no caminho de descolagem, a 750 metros de altitude. Quatro dias antes, em 6 de Setembro, um A-319 da TAP, proveniente de Madrid, cruzou-se com um drone a 430 metros de altitude, no momento em que o Airbus já estava na final para aterrar em Lisboa.

voanaboa

Na ocasião, fontes aeronáuticas disseram à Lusa que o drone esteve a cerca de 30 metros da aeronave, na zona de Alcântara, obrigando a tripulação a realizar “manobras de evasão” para evitar a colisão com o aparelho, descrito pelos pilotos como sendo de “dimensões consideráveis”.

Uma das ocorrências mais graves verificou-se em 6 de Agosto, quando a presença de um drone nas proximidades do Aeroporto de Lisboa obrigou dois voos a abortarem o pouso, tendo um deles divergido para o Porto. Nesse dia, um avião da companhia aérea Ryanair, proveniente de Marselha, “foi instruído” pela torre de controlo a abortar um primeiro pouso quando já estava na fase final da mesma, tendo pousado uns minutos depois sem qualquer problema. O outro avião, da easyJet, proveniente de Paris, depois de também ter abortado o pouso, no seguimento das instruções dadas pelos controladores aéreos, optou por divergir para o Porto.

A NAV Portugal, entidade responsável pela gestão do tráfego aéreo, acrescentou que os pousos no Aeroporto de Lisboa “estiveram suspensas entre as 18h40 e as 18h52” e que o incidente com o drone “atrasou o pouso de outros cinco voos”.

Passado um ano, a ANAC faz um “balanço positivo” da aplicação do regulamento, “atendendo ao número de solicitações” recebidas para realização de voos, que carecem de autorização, bem como para a clarificação de dúvidas e esclarecimentos, notando “um crescimento gradual da consciencialização para a utilização segura e conforme” destes aparelhos.

O regulador respondeu a 1479 pedidos de informação/esclarecimentos via e-mail, emitiu 998 autorizações para a operação de drones e indeferiu outras 64.

Fonte: Publico.pt

Piloto morre em queda de helicóptero durante combate a incêndio florestal em Castro Daire

Portugal – O piloto português, Américo Sousa de 51 anos, do helicóptero (AS350B2) da empresa Everjet que combatia um incêndio florestal em Cabril, no município de Castro Daire, Viseu, morreu neste domingo (20) num acidente com a sua aeronave. O acidente aconteceu às 12h25.

Este é o segundo acidente com helicópteros da empresa Everjets que acontece no Verão deste ano. Em 16 de Julho, no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, caiu uma outra aeronave da empresa. Neste caso não houve vítimas.

Na imagem de abertura vemos o helicóptero envolvido no acidente ocorrido neste domingo, dia 20 de agosto, em Castro Daire (Viseu). Foto © Carlos Seabra
Na imagem vemos o helicóptero envolvido no acidente ocorrido neste domingo, dia 20 de agosto, em Castro Daire (Viseu). Foto © Carlos Seabra

Segundo informações preliminares do Ministério da Administração Interna (MAI), o helicóptero colidiu com fios de alta tensão e caiu. O aparelho incendiou-se logo em seguida, sendo que o piloto ficou preso na cabine do helicóptero. A aeronave estava sediada no Centro de Meios Aéreos de Armamar, Viseu. O aparelho tem matrícula da Estônia (OE-XTM), com o indicativo H35.

A empresa Everjets confirmou em comunicado a queda do helicóptero modelo Esquilo afirmando que o piloto tinha grande experiência. “Só após uma investigação será possível determinar com exatidão as causas e circunstâncias do acidente, mas é crível, pelo que se sabe, que o helicóptero tenha colidido em cabos de alta tensão, caiu, incendiando-se de imediato”.

A empresa diz ainda que Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), responsável pelo helicópteros de combate aos fogos, “apoia a Everjets neste momento dramático e a acompanha os seus pilotos, tendo já disponibilizado apoio psicológico à família do piloto”

Américo Sousa pilotava a aeronave

Américo Sousa era um piloto experiente. Há vários anos que pilotava helicópteros em várias missões, mas especialmente de socorro e combate a incêndios. Antes de combater os incêndios com os esquilos da Everjets, Américo Sousa já tinha pilotado os helicópteros pesados Kamov da Empresa de Meios Aéreos em missões de salvamento entre 2009 e 2103.

O piloto tinha ainda experiência de operações no estrangeiro. Operou na Espanha e também para companhias petrolíferas instaladas no conturbado Sudão, na África. Apaixonado por voar era também um exímio praticante de parapente tendo até participado nos mundiais da modalidade.

Américo Sousa pilotava a aeronave
Américo Sousa pilotava a aeronave. Foto: cmjornal.pt.

Investigação do acidente

O conselho de administração da Everjets decidiu instaurar uma investigação para apurar as circunstâncias do acidente e garante a substituição do aparelho ora acidentado no dispositivo em alerta. Também foi notificada as autoridades competentes na investigação de acidentes com aeronaves (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários – GPIAAF).

O helicóptero modelo Esquilo é um monomotor concebido para executar missões em condições climáticas e geográficas extremas, especialmente no combate a incêndios, em verificação de linhas elétricas e salvamentos. Tem capacidade para um piloto e cinco passageiros. Tem 12,94 metros de comprimento e 3,76 metros de altura. A velocidade máxima é de 287 km/h.

Rui Esteves, comandante nacional ANPC, revelou que aeronave descolou às 11h52 com chegada ao local das operações às 12h11. Efetuou dois lançamentos de água e às 12h25 ocorreu o acidente. “O aparelho cujo único ocupante era o piloto incendiou-se ao cair no solo e provocou a morte do piloto. O óbito foi verificado no local pela autoridade de saúde.”

O comandante da ANPC disse ainda que se tratava de “um piloto experiente”, que “integrava o dispositivo desde 2013”. “A Proteção Civil despachou para o local do acidente todos os meios de socorro necessários: helicóptero INEM, ambulância de suporte a vida e um helicóptero de desencarceramento.”

Além dos meios de socorro, foram acionados pela ANPC “equipes diferenciadas de apoio psicossocial do INEM e da Proteção Civil”. “A Proteção Civil lamenta o sucedido e apresenta as mais sentidas condolências à família e aos amigos do piloto.”

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa lamentou profundamente o falecimento de piloto do helicóptero caído em Cabril, “uma nova vítima destes terríveis incêndios que têm martirizado o nosso país”, conforme nota publicada no site da Presidência da República. O Chefe de Estado apresenta “as mais sentidas condolências à família enlutada”, declara o Palácio de Belém.

Fonte: PortugalNewsAvia e CMjornal.

Drone nas proximidades do Aeroporto de Lisboa obriga dois voos a abortarem o pouso

Portugal – A presença de um drone nas proximidades do Aeroporto de Lisboa obrigou, no domingo (6), dois voos a abortarem o pouso, tendo um deles divergido para o Aeroporto do Porto, confirmou nesta terça-feira a agência Lusa, ANA – Aeroportos.

“Confirmamos que recebemos informações, onde vários comandantes reportaram à NAV [entidade responsável pela gestão do tráfego aéreo] a existência de um drone na aproximação da pista 03, fora do alcance visual a partir do aeroporto. A situação foi comunicada à PSP”, disse a ANA – Aeroportos de Portugal em comunicado.

Aeroporto de Lisboa. Foto: Reuters.
Aeroporto de Lisboa. Foto: Reuters.

O Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse que recebeu uma chamada às 18h45 de domingo, sobre a presença de um ‘drone’ (veículo aéreo não tripulado) sobrevoando a Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa, acrescentando que, quando os policiais chegaram ao local, “já não encontraram nada”.

A ANA diz que não foi necessário fechar o aeroporto, mas a ocorrência afetou vários voos.

“O aeroporto não esteve fechado, no entanto, de forma preventiva, duas aeronaves foram instruídas pela torre de controle interromper a aproximação, uma das quais decidiu divergir para o Porto”, sublinha a gestora dos aeroportos nacionais.

Fonte oficial da NAV explicou que um avião da companhia aérea Ryanair, proveniente de Marselha, “foi instruído” pela torre de controle a abortar uma primeira aproximação quando já estava na fase final da mesma, tendo pousado uns minutos depois sem qualquer problema.

O segundo voo trata-se de um avião da Easyjet, proveniente de Paris, que, depois de também ter abortado o pouso, seguindo instruções dadas pelos controladores de voo, optou por divergir para o Aeroporto do Porto.

A NAV acrescenta que os pousos no Aeroporto de Lisboa “estiveram suspensas entre as 18h40 e as 18h52” e que o incidente com o ‘drone’ “atrasou o pouso de outros cinco voos”.

Na resposta escrita, a ANA – Aeroportos reconhece que estas ocorrências devem ser analisadas com “a máxima seriedade”.

“Todas as situações que podem representar um risco para a segurança dos voos são consideradas com a máxima seriedade. Tratando-se de um incidente no espaço aéreo, sugerimos o contacto com a NAV e com a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] para coleta de informação mais pormenorizada sobre o incidente”, salienta a ANA – Aeroportos.

A aviação civil reportou até esta terça-feira, 17 ocorrências com ‘drones’ desde a entrada em vigor do regulamento (13 de janeiro), que proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem dos aeroportos.

Estes incidentes com ‘drones’, quase todos registados nas proximidades dos aeroportos de Lisboa e do Porto, acontecem quando estes aparelhos violam o regulamento e aparecem na vizinhança, nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de aterragem, a 400, 700, 900 ou a 1.200 metros de altitude, segundo alguns destes relatos.

Dois dos últimos incidentes com ‘drones’ aconteceram na tarde de 10 de julho, no Porto, e na manhã seguinte, em Lisboa: Em 10 de junho um Airbus 320 da Brussels Airlines “passou por um ‘drone’ que estava à sua direita”, a 1.800 metros de altitude, pelas 13h45, pouco depois de ter descolado do Aeroporto do Porto, disse fonte aeronáutica à Lusa.

Pelas 08h de 11 de julho, na zona de Alcântara, um Embraer 190 da TAP, proveniente de Nice, em França, reportou um ‘drone’ a 600 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Conselho de Ministros aprovou em julho o decreto-lei que estabelece um sistema de registo obrigatório de ‘drones’, impondo um seguro de responsabilidade civil e criando um regime sancionatório, para reforçar a segurança dos cidadãos e proteger o setor. O documento irá ainda para consulta pública.

Fonte: Agência de Notícias de Portugal, via Expresso.

GPIAAF publica Relatório Final sobre acidente que envolveu helicóptero de combate a incêndio florestal

Portugal – O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) de Portugal disponibilizou o Relatório Final de Segurança de acidente aeronáutico ocorrido no dia 29 de Junho de 2015 com o helicóptero AS350B3, matrícula CS-HMH, a serviço da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

A aeronave estava cumprindo uma missão de combate a incêndio florestal quando abastecia de água o bambi bucket numa pequena lagoa junto a uma pedreira. (Pedreira do Lamoso).

O helicóptero depois de retirado da lagoa
O helicóptero depois de retirado da lagoa.

Segundo o relatório, depois de sobrevoar a lagoa estudando a melhor direção de entrada para o abastecimento e de saída após o abastecimento, o piloto fez a aproximação para a lagoa mas, na parte final, arredondou demasiadamente tarde pois foi surpreendido pela reflexão do sol na água.

Como consequência deste atraso na correta atuação dos comandos, o helicóptero bateu na água inicialmente com o bambi bucket suspenso cerca de 5 metros abaixo do nível da cadeira do piloto, a baixa velocidade horizontal mas com uma razão de descida muito acentuada, ocasionou severo impacto do helicóptero com a água. Na sequência afundou.

Depois do impacto com a água, a fuselagem do helicóptero rolou sobre o seu lado direito, tendo batido com o rotor principal na água provocando o seu colapso. Houve também uma fuga de combustível para a água da lagoa.

O helicóptero ficou severamente destruído, sendo que o piloto libertou-se sozinho do helicóptero sem ferimentos graves.

O relatório apresentou quatro recomendações de segurança:

  • Necessidade de serem reforçadas as ações de formação e treinamento da manobra de enchimento dos baldes de água transportados como carga externa, principalmente em locais de difícil acesso.
  • Necessidade de serem reforçadas as ações de formação e treinamento de procedimentos de emergência nas diferentes fases de voo.
  • Recomenda-se que as tripulações envolvidas em operações sobre a água devam passar a usar coletes salva-vidas para sobreviverem no caso de acidentes na água. Os coletes atualmente são muito pesados e desconfortáveis quando utilizados com temperaturas elevadas.
  • Recomenda-se que todos os pilotos profissionais passem a ter um curso de primeiros socorros com um conteúdo programático adaptado à sua atividade.
O helicóptero no hangar de destroços do GPIAAF.
O helicóptero no hangar de destroços do GPIAAF.

Polícia Marítima de Portugal apreende drone que filmava acidente de avião na Costa de Caparica

Portugal – A Polícia Marítima portuguesa deteve o operador de um drone e seu aparelho quando filmava o local onde uma aeronave, com duas pessoas, havia feito um pouso de emergência na faixa de areia da praia de São João, Costa da Caparica, nessa terça-feira (02). O avião atingiu duas pessoas, que faleceram.

Foto: Vítor Mota
Foto: Vítor Mota

As duas vítimas são um homem de 56 anos e uma menina de 8 anos de idade que se encontravam na praia e foram surpreendidas quando a aeronave efetuou o pouso, não conseguindo evitar o choque. Os dois ocupantes da aeronave realizavam voo de instrução. O aluno e o instrutor saíram ilesos do acidente.

Os agentes apreenderam o drone e o rádio controle do proprietário do equipamento a fim de saberem onde ficaram armazenadas as imagens obtidas, explicou o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional. O operador foi detido para identificação e porque não estava autorizado a operar o drone naquele local, adiantou o porta-voz, Coelho Dias.

O drone surgiu no local depois que o avião fez o pouso de emergência. Além dos investigadores da polícia, também foram para o local agentes responsáveis do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo também participou da operação.

Foto: Vítor Mota
Foto: Vítor Mota

Com informações de DN, Sabado e Autoridade Marítima Nacional.

Portugal passará a exigir registro dos Drones e contratação de seguro de responsabilidade civil

Portugal – O Governo português aprovou nesta quinta-feira, 27 de Julho, um decreto-lei que estabelece um sistema de registo obrigatório das aeronaves remotamente pilotadas (chamadas de drones) e institui a obrigatoriedade de contratação de seguros de responsabilidade civil que cubram eventuais danos provocados a terceiros por estes aparelhos. (Saiba mais)

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Este diploma visa também estabelecer restrições do ponto de vista da segurança da navegação aérea, tipificando novas infrações aplicáveis à operação deste tipo de aeronave e instituindo um regime sancionatório no caso de descumprimento destas normas, bem como todas as medidas cautelares de segurança, que ficam a cargo da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A norma irá disciplinar a utilização das aeronaves remotamente pilotadas, através da criação de novos mecanismos legais que permitirão uma supervisão e fiscalização mais eficaz da comercialização e utilização destas aeronaves em nível nacional, procurando dissuadir a eventual prática de atividades ilícitas com drones, enquanto não vigorar um regime uniforme de âmbito internacional ou europeu sobre a matéria.

Paralelamente, o Governo anunciou que no próximo mês serão feitos “testes de segurança relativamente à possibilidade de instalação de radares de detecção remota” deste tipo de aeronave nas zonas de proteção dos aeroportos.

O diploma, que ainda poderá ser alterado na sequência da consulta pública, procura dar resposta às preocupações de segurança que surgem devido a condução desse tipo de equipamento próximo de aeroportos e aviões, causando muita insegurança. O Governo estima que as novas regras estejam em vigor no último trimestre deste ano.

De acordo com o ministro do Planeamento, Pedro Marques, que já tinha antecipado as linhas gerais da proposta, o novo regime prevê “o registo dessas aeronaves a partir de um peso de 250 gramas”.

Caso a compra seja feita numa loja física o registo será feito pelo vendedor. Quando a aeronave é de “construção própria” ou de compra online estão previstos mecanismos “alternativos” de registo. O seguro de responsabilidade civil será obrigatório acima de 250 gramas.

“O objetivo é reforçar a segurança dos cidadãos em geral, o direito à privacidade dos cidadãos – este registo também nos permite ter conhecido da operação deste tipo de aeronave que em muitos casos são utilizadas para registo de imagem – e permite-nos ter maior capacidade de prevenção a possíveis incidentes de segurança”, sustentou o ministro.

A proposta baseia-se em ideias que estão sendo debatidas na europa, num regulamento que deverá ser aprovado no próximo ano. O objetivo do Governo é antecipar algumas regras. As aeronaves de maior peso não poderão ser operadas por pessoas com idade inferior a 16 anos a não ser acompanhadas por adultos.

Pedro Marques admite alterações no diploma na sequência da discussão pública. “Mas o objetivo é claro, é o reforço da segurança mas também da operacionalidade deste setor”.

No Brasil já existe o registro dos drones através do sistema da ANAC denominado SISANT e também para suas operações através do sistema denominado SARPAS do DECEA. O Seguro de responsabilidade civil também é obrigatório para os drones acima de 250 gramas.

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Comunicado do Conselho de Ministros.

Os “negócios do fogo” – Cartéis, esquemas e condições de operação dos helicópteros em Portugal

Portugal – O presidente da empresa que gere a maior frota aérea que combate incêndios no País revela, em entrevista à VISÃO, o que sabe sobre os negócios do fogo. Ricardo Dias diz que Portugal sempre funcionou “num esquema de consórcio cartelizado” e que o Estado pagou 20% a 30% mais porque as empresas se juntavam e “faziam o que queriam”.

Ricardo Dias é presidente da Everjets, empresa que gere 
25 helicópteros leves para combate a incêndios que está sendo processado pelo Estado por ter assinado um contrato para operar seis Kamov e só ter três em condições de voar. Na entrevista, diz já ter sido aliciado a juntar-se a um consórcio de empresas portuguesas. E revela: durante anos empresas do setor usaram esse método para garantir que o Estado pagasse muito mais do que as operações efetivamente custavam.

© MIGUEL RIOPA/ Getty Images Cartéis, esquemas e estado dos helicópteros. Os "negócios do fogo" revelados nesta entrevista.
© MIGUEL RIOPA/ Getty Images Cartéis, esquemas e estado dos helicópteros. Os “negócios do fogo” revelados nesta entrevista.

A justiça espanhola está investigando um cartel entre empresas que operam meios aéreos de combate aos incêndios – e que assinaram contratos também com Portugal. Alguma vez a Everjets foi aliciada para um esquema deste gênero?

A Everjets nunca fez parte desses cartéis. Existiram sim tentativas de aproximação de algumas empresas, por prepostos de empresas, para tentar nos incluírem em consórcio para futuros concursos.

Quais empresas?

Não posso revelar.

E se o Ministério Público, que recebeu informações da justiça espanhola, quiser ouví-lo?

Estou disponível para contar o que sei. Posso dizer que não estou falando de empresas espanholas. Esses prepostos de empresas que me abordaram falavam por empresas portuguesas.

Já tinha ouvido falar destes esquemas?

São bastante conhecidos no mundo da aviação. Portugal sempre funcionou num esquema de consórcio cartelizado. Quando todas as empresas portuguesas se juntam num consórcio e fazem o preço qual é o nome disso? Deve ser muito fácil investigar. Basta abrir o Google e procurar o nome das empresas que agiam em consórcio.

Qual era o lucro?

20 ou 30 por cento. Sei que o Estado pagava mais 20 a 30 por cento pelos helicópteros leves do que paga hoje à Everjets. Sei que a Everjets em 2012 acabou com um feudo de três a quatro empresas que se reuniam, faziam o preço e depois repartiam os lucros. Não havia concorrência, faziam o que queriam. Muitas vezes deixavam as licitações fracassarem.

Como assim?

Ninguém concorria, abria-se uma nova licitação e assim o preço subia. Hoje temos um contrato que, dividido, dá cerca de 300 mil euros por cada helicóptero. Outras empresas chegaram a vendê-los por quase 500 mil. Deixavam as licitações fracassarem, ou faziam ajustes diretos. Não percebo, porque mesmo fazendo a este preço ganha-se dinheiro. Não posso dizer que não, é o nosso negócio. Mas é um preço justo.

Uma das empresas investigadas em Espanha ganhou mais de 
30 milhões de euros em Portugal através de ajustes diretos. 
Parece-lhe excessivo?

Muito. O problema dos ajustes é que quando as empresas sabem que do outro lado há teoricamente falta de meios, podem subir o preço. 
O ajuste direto é como ter um carro pronto hoje, isso custa mais.

A reportagem fez as contas em 2016 e concluiu que até 2015 cada hora de voo de um Kamov custou cerca de 35 mil euros.

Agora são 5.333 euros por hora de voo. Os contribuintes pagam hoje o mesmo praticamente por tudo – operação e manutenção 
– que pagaram só pela manutenção até 2015. Ainda por cima uma manutenção que era tão boa que deixou quatro helicópteros parados. Não é preciso ir a Coimbra fazer um curso para saber o que isto é.

Tente ser imparcial. Honestamente, o Estado não iria economizar se colocasse a Força Aérea a combater os incêndios?

Se tivesse de operar toda a estrutura da fase Charlie, a Força Aérea teria de ter uma estrutura dez vezes superior à que tem hoje. O privado sabe ter uma estrutura leve e um preço competitivo, sabe negociar o preço do helicóptero. O Estado não sabe fazer nada disso. Mas lanço então o desafio. Porque não vem já este ano ajudar com os EH-101? Se a ANPC [Autoridade Nacional de Proteção Civil] deixar, emprestamos os bambis sobressalentes dos Kamov. Nos EUA, a Força Aérea usa quase toda a frota para apoiar os privados nos incêndios. Será que a Força Aérea quer mesmo apagar incêndios? Os bombeiros querem a Força Aérea? Um piloto da Força Aérea recebe ordens de bombeiros?

No dia em que se pensou que um Canadair tinha caído, vimos um helicóptero do INEM retornar para base pois ficou sem combustível. É normal ocorrer isso?

Um helicóptero de emergência médica não devia ficar sem combustível. Ou não era o indicado para o serviço ou não está a cumprir os requisitos previstos da operação, porque o procedimento obriga o abastecimento sempre após o pouso. É uma pergunta a ser feita a outra pessoa, mas que não é normal não é.

Quando se fala em processos relacionados com o combate aos incêndios fala-se da Everjets, que foi alvo de buscas em 2016. O senhor já foi ouvido pelo Ministério Público?

Nunca. Sei que ganhamos as licitações de forma limpa.

O Ministério Público suspeita que o edital de licitação dos Kamov chegou à Everjets antecipadamente por intermédio de Miguel Macedo.

É uma mentira total. Quando a empresa foi adquirida pelos novos acionistas, em janeiro de 2015, o contrato dos Kamov já tinha sido adjudicado. Os acionistas anteriores tiveram acesso ao edital de licitação de forma lícita. 
É também mentira a história de termos subcontratado uma empresa espanhola que tinha recebido esse edital [a Faasa]. Foram ao meu computador, tiraram os emails. Não tinha lá nada do Miguel Macedo, nada. Nem o conheço.

Um piloto que opera num cenário como o de Pedrógão Grande poderia ter noção do que estava ocorrendo na EN 236?

Só se alguém lhe desse a localização e dissesse que havia ali gente morrendo podia ter feito alguma coisa.

Muitos falam da dificuldade de um helicóptero combater um incêndio em cenários em que a fumaça é muito intensa. Mas a verdade é que estes incêndios tiveram grandes dimensões e os helicópteros operaram lá.

O problema do fumaça é que o piloto opera um voo visual e precisa ter referências do solo, senão corre o risco de colidir com as montanhas ou contra as árvores. E os motores não podem aspirar fumaça. Agora… claro que qualquer incêndio faz fumaça e se isso fosse um impedimento completo nenhum piloto podia operar lá.

Que tipo de treinamento tem um piloto de combate a incêndio?

Todos os anos fazem um treinamento recorrente de combate aos incêndios, simulações. Há muitos críticos dos Kamov. O Kamov leva um pouco menos de mil litros em relação ao avião Canadair, mas é mais rápido para reabastecer de água, logo o número de toneladas de água lançados no fogo é muito superior. Tudo isto com a grande vantagem de os Kamov serem nossos, contra os aviões que têm de ser alugados.

Tivemos três Kamov nestes incêndios. Mas a Everjets assinou um contrato para operar 5.

Para operar 6, mas um já se sabia que poderia ser dado como perdido, tinha sofrido um acidente em 2012. Neste momento operam os únicos que ficaram disponíveis porque a Everjets os herdou em condições deploráveis de manutenção do operador anterior, a Heliportugal. Podíamos ter cinco, não temos por inércia. E podiam fazer toda a diferença ao País. Fomos para tribunal arbitral para sermos ressarcidos de prejuízos precisamente pelo fato de assinarmos uma coisa e termos outra. A empresa montou uma estrutura de custos para operar cinco helicópteros e não três. Há um deficit que terá de ser reequilibrado. Basicamente é uma fraude, mas a fraude sabemos bem que não é motivada pelo Estado. O Estado é tão vítima quanto a Everjets. O Estado saberá o que fazer para ser ressarcido do prejuízo que pode ser de mais de 20 milhões de euros.

Quanto é que a Everjets reclama do Estado?

Dez milhões. Serão precisos mais dez para aprontar os helicópteros.

A reportagem já revelou imagens que mostravam o estado em que se encontravam estes Kamov. Alguns estavam voando sem condições de segurança. Alguém devia ser responsabilizado criminalmente?

Só fico espantado como é que ainda não foi. Estamos falando de helicópteros que não servem só para apagar incêndio, durante o inverno transportam doentes.

E onde ficam aqui as responsabilidades da ANPC?

É relativa porque tinha a gestão da aeronavegabilidade. Não vão querer que vá verificar se o indivíduo mudou o óleo ou apertou o parafuso. Esta responsabilidade era da manutenção. E aí temos reparações com paus, peças de origem duvidosa, peças que não podiam estar montadas nestes Kamov e um sem-número de coisas graves.

Afinal, quando a Everjets recebeu os Kamov em 2015, algum estava em condições de voar?

O que estava mais próximo de poder voar ainda precisou de um conserto de 200 mil euros. Que o Estado pagou. Deviam estar todos tipo Rolls-Royce para o preço que se pagava.

Porque o Estado não pôs logo os outros dois a voar, pagando esses conserto?

O que nos disseram é que era muito dinheiro, que ia ser após. O após foi até hoje.

Quem é a Everjets?

Aviação

A empresa de aviação privada ganhou em 2012 a licitação pública para operar 25 helicópteros leves de combate a incêndios (alguns são da empresa, outros alugados pela mesma) e, em 2015, ganhou a licitação para operar e fazer a manutenção da frota de helicópteros Kamov comprados pelo Estado português. Atualmente é a empresa com a maior frota de aeronaves de combate aos incêndios em Portugal.

Sob suspeita

Em janeiro de 2016, a PJ fez buscas na sede da Everjets, na ANPC e no aeródromo de Ponte de Sor. Até hoje, os responsáveis da Everjets não foram ouvidos pelo Ministério Público.

O ministro

Miguel Macedo foi acusado no processo Vistos Gold por ter enviado à Faasa, empresa investigada em Espanha por ligações ao “cartel do fogo”, o edital de licitação de 2014 para contratação da operação e manutenção dos Kamov. A empresa não chegou a concorrer, mas segundo o Ministério Público teria sido mais tarde subcontratada pela Everjets, a empresa que ganhou a licitação. Ricardo Dias, presidente do conselho de administração da Everjets, nega. Diz que a empresa nunca subcontratou a Faasa, não teve acesso ilícito ao edital de licitação nem tem qualquer relação com o antigo ministro do Governo de Passos Coelho.

Fonte: Visão, por Sílvia Caneco / Entrevista publicada na Revista VISÃO 1270 de 6 de julho.

Conselho de Ministros de Portugal autoriza negociações para aquisição de cinco KC-390 para busca, salvamento e combate a incêndios

Portugal – O Conselho de Ministros de Portugal autorizou nesta quinta-feira (27), por diploma, o início de negociações com a Embraer para comprar cinco aeronaves militares KC-390, usadas também para combate a incêndios florestais, e pediu uma avaliação da suspensão da modernização das atuais aeronaves C-130H.

A resolução do Conselho de Ministros, publicada no Diário da República do dia 27, com efeitos imediatos, refere “até cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma”, e ainda a respetiva sustentação logística e um simulador de voo (fullflight simulator CAT D), para instalação e operação em território nacional.

KC-390 - Embraer, aeronaves multimissão.
KC-390 – Embraer, aeronaves multimissão.

“Assim, reforçam-se as atuais capacidades de transporte aéreo, de busca e salvamento, evacuações sanitárias e apoio a cidadãos nacionais, nomeadamente entre o Continente e os Arquipélagos”, lê-se na resolução.

O executivo, naquele documento, explica ainda que esta aquisição vai trazer capacidades adicionais de reabastecimento em voo e de combate a incêndios florestais, possibilitando “que Portugal disponha de aeronaves com funções de duplo uso (civil e militar), que respondem a necessidades permanentes do país”.

A salvaguarda dos “interesses essenciais de segurança” do Estado português é outra das razões para a compra das aeronaves militares, defende o Governo, que salienta assegurar assim a capacidade de transporte aéreo “estratégico e tático” das Forças Armadas Portuguesas e “reforçar a capacidade de apoio a missões” de interesse público.

A resolução do Conselho de Ministros determina ainda a elaboração, até finais de outubro, ou no prazo máximo de três meses, de um relatório detalhado que “identifique todos os aspetos relevantes e necessários à introdução do novo sistema de armas KC-390 na Força Aérea, com as possíveis opções para decisão final, incluindo as decorrentes da negociação com a Embraer, respetivos cronogramas, custos associados e com o objetivo de se atingir a Capacidade Operacional Inicial (Initial Operational Capability – IOC) até ao final de 2021”.

KC-390 - Embraer, aeronaves multimissão.
KC-390 – Embraer, aeronaves multimissão.

O ministro da Defesa é, segundo o diploma, quem dirige as negociações com a Embraer e as negociações com outras entidades e quem constitui uma equipa – com representantes nomeados pelo Ministro das Finanças, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo Ministro da Economia – responsável pelo relatório.

O Conselho de Ministros decide ainda, naquele diploma, “determinar que o Ministro da Defesa Nacional avalie a suspensão da modernização das atuais aeronaves C-130H”.

Portugal esteve envolvido no projeto de desenvolvimento e produção do KC-390, um compromisso reforçado em 2011 pelo ministro da Defesa e a Embraer, num acordo visando uma potencial aquisição por Portugal de aeronaves KC-390, nomeadamente mediante o acompanhamento pela Força Aérea do desenvolvimento de configuração da aeronave.

Confira a Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2017

Fonte: TVi24.

Helicóptero de combate a incêndio sofre incidente em Alijó, Portugal

Portugal – Um helicóptero Esquilo AS350B3 acionado para o combate a um incêndio florestal no município de Alijó, distrito de Vila Real, sofreu um incidente neste domingo (16), por volta das 15h30. O piloto “passa bem”, informou a Autoridade Nacional da Proteção Civil portuguesa e a empresa Everjets.

AS350 B3 Esquilo da Everjets. Imagem ilustrativa. Foto: Simon Iglesias.
AS350B3 Esquilo da Everjets. Imagem ilustrativa. Foto: Simon Iglesias.

A Proteção Civil adiantou que enquanto o helicóptero combatia o incêndio em Alijó, durante a capitação de água com o cesto “bambi bucket” efetuada pelo piloto, na zona da barragem, foi registada uma anomalia com a aeronave. O piloto conseguiu conduzir o helicóptero para a margem e fazer um pouso de emergência.

O piloto desligou os circuitos elétricos e a alimentação de combustível e ainda conseguiu sair da aeronave. “O piloto da aeronave manteve-se consciente e orientado, segundo informação dos meios de socorro que prontamente foram para o local. No entanto, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) orientou que o piloto fosse transportado ao hospital de Vila Real para avaliação clínica e exames complementares”, adiantou a Proteção Civil em comunicado.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) isolou a área do incidente e recolheu informações e indícios para enviar ao Gabinete de Prevenção e Investigação com Aeronaves e Acidentes Ferroviários.

A Everjets, que opera os helicópteros ligeiros de combate a incêndios florestais, vai instaurar uma investigação sobre o incidente. Em comunicado, o Conselho de Administração da Everjets informou que “já decidiu investigar as circunstâncias do incidente e garante a substituição do aparelho ora acidentado no combate aos incêndios”.

Segundo a Autoridade Nacional da Proteção Civil encontravam-se no combate ao incêndio nesse domingo, 154 bombeiros, 41 viaturas e seis meios aéreos. O alerta para as chamas foi dado às 01h55 de domingo e o fogo chegou a avançar em três frentes.

Fonte: TSF.pt e Público.pt.

Força Aérea Portuguesa resgata tripulante de pesqueiro nos Açores

Portugal – A Força Aérea resgatou, na noite de 12 de julho, um indivíduo de 48 anos, de nacionalidade espanhola, que navegava a bordo do pesqueiro “EIRADO DO COSTAL”. A embarcação espanhola navegava a cerca de 537 quilômetros da Ilha Terceira quando solicitou ajuda. O tripulante necessitava de assistência médica urgente e foi recuperado pelo EH-101 MERLIN da Esquadra 751 – Pumas, e pelo C-295M da Esquadra 502 – Elefantes, que efetuou a detecção inicial da embarcação.

Força Aérea resgata tripulante de pesqueiro - Missão no arquipélago dos Açores
Força Aérea resgata tripulante de pesqueiro – Missão no arquipélago dos Açores

O Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes (RCC Lajes) conduziu as operações aéreas, após o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada) ter solicitado o empenhamento de meios. O helicóptero descolou da Base Aérea N.º4 (BA4), nas Lajes, às 19h30 (hora local) com uma equipa médica militar a bordo e seguiu para a zona onde se encontrava o pesqueiro.

As condições atmosféricas no local do resgate eram de ondulação de ondas calmas e ventos entre os 9 e 18 km/h.

Após o resgate, o tripulante foi transportado para o Hospital do Divino Espírito Santo, em São Miguel, tendo o EH-101 MERLIN regressado à BA4 à 01H11 (hora local).”

Fonte: Força Aérea Portuguesa.

Incidentes entre drones e aviões em Portugal leva à realização de estudo de segurança

Portugal – O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) criado em 01/04/2017 através do Decreto-Lei n.º 36/2017, com a fusão do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) com o Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF), anunciou na segunda-feira (19), a realização de um estudo de segurança devido aos recentes incidentes envolvendo a presença de “drones” nas trajetórias de aviões.

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O estudo abordará os seguintes aspectos:

  • Caracterização do histórico das ocorrências de segurança em Portugal envolvendo a proximidade de “drones” a aeronaves tripuladas;
  • Caracterização dos “drones” e da legislação aplicável;
  • Práticas operacionais no ar e em terra aquando do avistamento de um “drone” em zona restrita;
  • Programas de divulgação e formação junto dos utilizadores de “drones”;
  • Análise das principais partes interessadas quanto à adequabilidade e eficácia da legislação e regulamentação;
  • Revisão das práticas e experiências internacionais nesta matéria;
  • Revisão das recomendações emitidas pelos organismos de investigação;
  • Eventual elaboração de recomendações para prevenção deste tipo de ocorrências no nosso país.

O estudo contará com a participação de especialistas externos ao Gabinete e envolverá a audição das principais partes interessadas neste assunto.

A realização deste estudo pelo GPIAAF não deve impedir que as autoridades, os gestores das infraestruturas aeroportuárias e os demais atores relevantes continuem a aprofundar, no âmbito das suas competências, as ações adequadas no sentido de evitar este tipo de incidentes, os quais, salienta-se, constituem sendo uma violação da regulamentação e um potencial ilícito de natureza criminal por parte dos seus responsáveis.

A GPIAAF salientou ainda em seu comunicado para que os utilizadores de “drones” cumpram o Regulamento ANAC n.º 1093/2016, de 24 de novembro de 2016, e sigam as boas práticas no uso destes equipamentos.

O regulamento da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto. Informações úteis neste sentido poderá ser consultada na página específica “Voa na boa” da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Portugal.

Incidentes

Esta semana houve dois incidentes envolvendo “drones” e aviões e quatro nas duas últimas semanas. Desde o início do ano, o GPIAAF tem a informação de oito incidentes deste tipo.

Na sexta-feira um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um “drone” a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais.

“Na aproximação à pista 35 de Cascais vislumbrei um objeto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um “drone” de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o ‘drone’, que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda”, relatou nesse dia o piloto à Lusa.

O comandante Jorge Cernadas acrescentou que o incidente ocorreu pelas 18:00, num momento em que o “drone” “estava na linha de voo que o avião seguia” sobre a vila de Tires (distrito de Lisboa), a “dois, três minutos de pousar”. O Dornier 228, com 14 pessoas a bordo, já estava na aproximação final e com o trem de pouso baixado.

O avião (com capacidade para 18 passageiros) tinha descolado de Portimão para o Aeródromo Municipal de Cascais, em Tires, com 12 passageiros e dois tripulantes. O destino final foi Bragança, onde pousou.

A companhia Aero Vip, do Grupo Seven Air, é responsável pela ligação aérea regional Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, e vice-versa, efetuada diariamente.

Na quarta-feira à noite, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um “drone” a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, “cruzou-se” com o ‘”drone” por volta das 21:00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.

A 01 de junho, um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um ‘drone’ a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no aeroporto do Porto.

Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas (APANT)

Após os incidentes, a Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas (APANT) alertou para os riscos inerentes a estas práticas, aludindo ao regulamento aprovado pelo regulador do setor.

O regulamento da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura, uma medida que pretende precisamente “minimizar a interação com a aviação geral”, e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto, “uma vez que são consideradas fases críticas de voo”, sublinhou a APANT.

Fonte: GPIAAF e MSN Notícias.

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