MP-RJ vai denunciar policiais civis por ação na Favela do Rola em 2012

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) vai denunciar oito policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil pela atuação em uma operação na favela do Rola, em Santa Cruz, que terminou com cinco mortos em agosto de 2012. Três agentes serão denunciados por homicídio, cinco por fraude processual e um pelos dois crimes.

Os agentes Carlos Alexandre Santos, Mauro José Gonçalves e Victor Coutinho Laccarino eram os tripulantes do helicóptero Águia 3, com outros seis policiais. Provas contra eles dão conta que um traficante fugia na comunidade sem disparar contra a aeronave quando foi morto, o que não confirma a tese de legítima defesa apontada pelos acusados.
Imagens mostram que a vítima foi atingida por policiais que estavam no lado direito do helicóptero. As outras quatro mortes ocorreram no interior de um estabelecimento comercial e em uma residência próxima, todas decorrentes de tiroteio, de acordo com o MP.

Já os outros cinco agentes, teriam levado um corpo para o estabelecimento comercial onde estavam os mortos. Eles afirmam que tentavam reunir os feridos em um só local, mas as imagens indicam que a vítima já havia morrido.

Além de Mauro José Gonçalves, André Luiz Ferrão da Cunha, Jair Corrêa Ribeiro, Maxwell Gomes Pereira, Mario de Azevedo Mamede e Leonardo Guilherme Leite Kluppel serão denunciados por crime de fraude processual.

O inquérito foi iniciado pela 36ª DP (Santa Cruz), responsável pela área, já que as mortes constavam com auto de resistência. Em maio de 2013, o caso foi transferido para a Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), por ordem da Chefia de Polícia.

Anteriormente, o arquivamento do caso havia sido pedido por ausência de justa causa para deflagrar ação penal e opinaram que os policiais pretendiam socorrer o homem baleado. O juiz rejeitou o arquivamento e remeteu os autos à chefia do MPRJ, que resolveu, por sua vez, fazer a denúncia.

Até a manhã desta quinta, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) não havia recebido a denúncia do Ministério Público.

Fonte: G1.

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