No dia 5 de novembro de 2014, o Conselho Nacional de Segurança em Transportes (NTSB) determinou que o acidente ocorrido no dia 30 de março de 2013 com um helicóptero do Departamento de Segurança Pública (DPS) do Alasca foi causado pela decisão do piloto de continuar voando em condições climáticas não favoráveis, assim como “pela cultura punitiva do departamento e sua gestão inadequada da segurança.”
O acidente ocorreu durante uma missão para resgatar um motorista de motoneve que estava preso perto de Talkeetna, no Alasca. O piloto, um policial estadual e o motorista da motoneve ficaram fatalmente feridos. Um fator contribuidor para o acidente foi a “excepcionalmente alta motivação [do piloto] para completar a missão de busca e salvamento,” que aumentou a sua tolerância ao risco e afetou negativamente a sua tomada de decisão, observou o NTSB.
Entre as recomendações feitas hoje pelo NTBS como resultado da investigação, uma foi para que o Alasca e outros membros desenvolvessem e implementassem um programa de avaliação de risco de voo. “Essas poucas pessoas corajosas correm grandes riscos para salvar aqueles em perigo,” disse Christopher A. Hart, Presidente em exercício do NTSB. “É necessário haver também uma rede de segurança para eles.”
Entre as conclusões da investigação está o fato do Departamento de Segurança Pública (DPS) do Alasca carecer de políticas e procedimentos que garantam que os riscos sejam administrados, tais como as condições climáticas mínimas, o treinamento formal em operações com Óculos de Visão Noturna e ter uma segunda pessoa familiarizada com as operações de resgate do helicóptero e envolvida nas decisões de avançar/não avançar.
Durante a investigação deste acidente, o NTSB descobriu que o piloto já tinha sofrido um outro acidente. Verificou-se que a investigação interna do DPS do primeiro acidente focou demais no piloto e pouco nos riscos subjacentes que poderiam ter sido melhor gerenciados pela organização.
O NTSB concluiu que o DPS tinha uma “cultura punitiva que impedia o livre fluxo de informações relativas à segurança e prejudicava a capacidade da organização de corrigir as deficiências subjacentes da segurança relevantes para este acidente.”
Desde 2004, o NTSB vem investigando os acidentes de 71 helicópteros públicos responsáveis por 27 mortes e 22 ferimentos graves. ”Os órgãos públicos não estão aprendendo as lições com os acidentes,” disse Hart. “E o resultado trágico é que temos visto muitos acidentes em operações de helicóptero público.”
Como resultado da investigação, o NTSB fez recomendações ao Alasca, aos 44 Estados adicionais, a Porto Rico, ao Distrito de Colúmbia e à Administração Federal de Aviação. Para ler a sinopse da investigação do NTSB sobre o acidente no Alasca, clique aqui (em inglês).
Fonte: ALEA e-Newsletter