PM do DF apura danos a helicóptero usado em desocupação de hotel

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A Polícia Militar do Distrito Federal abriu inquérito-técnico para avaliar os danos em um dos dois helicópteros da corporação usados durante a operação de retirada dos manifestantes do Movimento Resistência Popular (MRP) do hotel Torre Palace neste domingo (5). Segundo a corporação, a aeronave foi atingida na fuselagem e em uma das pás.

Nesta segunda-feira (6) a Justiça determinou que os líderes da invasão do hotel abandonado devem continuar presos até o julgamento do processo. Os manifestantes estavam no hotel desde outubro do ano passado e só saíram após cinco dias de operação envolvendo a PM e outras forças da Secretaria de Segurança Pública.

Dano na fuselagem

O comandante do Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), tenente-coronel Rogério Valente, disse que a aeronave está parada à espera de perícia. A previsão era de que o helicóptero – que foi atingido por paus, pedras e pedaço de ferro – fosse inspecionado. Só então, segundo ele, será possível estimar o prejuízo.

Durante a operação de desocupação, no domingo, policiais que estavam, no helicóptero desceram no topo do hotel, onde havia dois homens. Um deles foi imobilizado, e o outro conseguiu descer pelas escadas. A aeronave teria sido atingida em um dos sobrevoos sobre o hotel.

“Ele ainda consegue voar. Tanto que conseguiu retornar para a base. No entanto, a gente não vai voar com ele por precaução e segurança de voo”, afirmou Valente. O valor dos reparos será anexado ao processo e deve ser adicionado ao custo de toda a operação, a ser pago pelos herdeiros do Torre Palace.

De acordo com o porta-voz da PM, coronel Antônio Carlos Freitas, a aeronave foi atingida quando os policiais se aproximavam da cobertura do hotel. A situação ocorreu pouco antes de os manifestantes se renderem, por volta das 7h. “Também temos um Centurion, nosso carro de choque danificado. A Novacap também informou que teve prejuízo em um carro. Tudo será levantado”, disse Freitas.

Dano na Pá

A Polícia Militar conta com quatro helicópteros. Três deles, incluindo o atingido pelo grupo do MRP, são do modelo Esquilo AS350. De origem francesa, a aeronave preparada para o uso das forças de segurança tem custo estimado em US$ 3 milhões. É o modelo mais usado por forças de segurança brasileira.

Segurança

Para pilotar um helicóptero da PM, o profissional precisa de no mínimo 500 horas de voo. Geralmente, o policial passa de quatro a cinco anos como copiloto antes de assumir o comando da aeronave. O Batalhão de Aviação Operacional foi criado em 1997, um ano após a corporação receber o primeiro helicóptero, de modelo semelhante ao atingido pelo grupo do MRP.

Fonte: G1.

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