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Suíça avança no aprimoramento tecnológico de drones para operações de busca e resgate

Suíça – Pesquisadores e equipes de resgate na Suíça fazem progresso no campo de drones autônomos. A polícia e os serviços de emergência em países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália estão confiando cada vez mais em aeronaves não tripuladas, equipados com câmeras térmicas e outros sensores de alta tecnologia para monitorar suas costas, encontrar pessoas perdidas ou até mesmo resgatar animais em situações de risco, como incêndios florestais.

Na Suíça, a operadora de resgate aéreo Swiss Air-Rescue Rega já vem testando um drone que é capaz de encontrar pessoas desaparecidas ou em dificuldade nos Alpes. (Leia a matéria).

Conheça o operador de resgate suíço Rega e seu projeto de drone para busca de pessoas desaparecidas. Foto: Rega.

A Rega, organização sem fins lucrativos, sustentada por 3,5 milhões de doadores, é amplamente utilizado na Suíça e está cada vez mais sendo empenhada na medida em que as pessoas se aventuram nas montanhas. Ano passado realizaram o resgate de 31 pessoas por dia e que receberam assistência médica.

O novo drone de dois metros de comprimento da Rega está equipado com câmeras, sensores para detectar telefones celulares, sistema anticolisão e um algoritmo desenvolvido pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), que permite que o drone vasculhe amplas áreas e reconheça autonomamente pessoas no solo.

Operadores treinados pela Rega determinam a área exata onde o drone deve procurar e iniciam o aparelho manualmente. Assim que o drone detecta um humano no solo, ele manda um sinal aos operadores a quilômetros de distância, que decidem se mandam uma equipe de resgate.

A Rega é discreta sobre o custo do investimento e insiste que o aparelho não vai substituir seus serviços existentes. Ao contrário, servirá para expandir as operações convencionais. Por exemplo, será utilizado em casos em que o helicóptero precise permanecer em solo por causa de má visibilidade, ou então apoiar buscas realizadas por cães.

Vale dos Drones

A máquina voadora da Rega é um dos últimos – e mais concretos – exemplos de um drone que voou dos laboratórios para as operações do dia a dia. Ao longo dos últimos 15 anos a Suíça se tornou líder em pesquisa e desenvolvimento de drones. Um assim chamado “vale dos drones” emergiu entre Lausanne e Zurique, com mais de 80 empresas gerando mais de 2.500 empregos.

Suiça avança no aprimoramento de drones para operações de busca e resgate. Foto: REGA.

Para agregar as pesquisas suíças nessa área, foi fundado em 2010 o Centro Nacional de Competência em Pesquisa Robótica (NCCR na sigla em inglês), estabelecido pela Fundação Nacional Suíça de Ciências para desenvolver “tecnologia robótica nova, orientada aos humanos, para melhorar nossa qualidade de vida”.

Davide Scaramuzza da Úmbria, Itália, lidera as pesquisas do NCCR sobre robótica de resgate. A equipe dele na Universidade de Zurique criou algoritmos e desenvolveu drones autônomos equipados com câmeras e sensores muito menores do que os do drone da Rega e que não utilizam GPS. Isso significa que podem ser utilizados em situações como terremotos, onde podem entrar e rapidamente explorar prédios em busca de sobreviventes, tudo operado à distância.

Mas para que os drones de resgate se tornem mais amplamente utilizados, seus criadores ainda precisam solucionar alguns problemas-chave: como fazer que voem autonomamente mesmo sem ter a referência de uma linha de visão, serem mais reativos a obstáculos e também serem menos volumosos, enquanto carregam câmeras e sensores, o que consome muita energia.

Mais rápidos e ágeis

Um dos maiores desafios é criar drones rápidos que cobrem longas distâncias, diz Scaramuzza, que coordena o grupo de robótica e percepção da universidade.

Drones tem uma bateria de vida limitada – de 20 a 30 minutos de tempo de voo – assim quanto mais área eles conseguem cobrir, maior a chance de sucesso da missão, ele explica. “Se você quer que um drone explore a usina nuclear de Fukushima, por exemplo, você provavelmente precisaria de um drone com uma bateria que durasse de três a quatro horas”.

Resistência e alcance ainda são um problema para o novo drone da Rega. O robô voador de 17 quilos é alimentado por uma bateria de duas horas de duração. Logo será substituída por um mecanismo interno de combustão, permitindo voos mais longos, e deverá estar operacional em 2021.

Para tentar melhorar a velocidade e agilidade dos drones, Scaramuzza e o seu time, baseado em Zurique, equiparam seus aparelhos com câmeras que percebem eventos, que são úteis para evitar obstáculos. Ao invés de gravar imagens ou vídeos em quadros, uma “câmera de eventos” produz um fluxo de pontos de dados sempre que um pixel da câmera detecta uma mudança na luminosidade do ambiente. Essas alterações correspondem a movimentos ou outras inquietações nos arredores.

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E os resultados são ultrarrápidos. Nesse verão um pequeno drone com uma câmera de percepção voando à velocidade de dez metros por segundo conseguiu desviar de um objeto em apenas 3.5 milésimos de segundo.

“Câmeras de percepção podem ver as coisas 10.000 vezes mais rápido do que uma câmera padrão”, disse Scaramuzza. “A princípio isso significa que você pode voar dez vezes mais rápido do que com uma câmera padrão”.

Sua equipe desenvolve a agilidade dos drones de outras maneiras. Eles trabalharam com a gigante de tecnologia norte-americana Intel para construir um drone com um algoritmo de navegação que permite a ele fazer em alta velocidade retornos e truques usando apenas as referências dos sensores de bordo.

Os pesquisadores criaram até mesmo drones autônomos capazes de se “dobrarem” para passarem espremidos por espaços pequenos. “Tivemos um drone que era capaz de entrar em um quarto pequeno, parcialmente destruído, entrando pelo lado de fora através de uma pequena fresta e achar a saída usando câmeras”, disse. Esse equipamento foi demonstrado à Cruz Vermelha e a times de busca e resgate em Berna no começo do ano.

Como um pássaro e portátil

No Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne (EPFL) cientistas também estão trabalhando para melhorar a agilidade, tempo de voo e velocidade dos drones das próximas gerações.

Pesquisadores da EPFL recentemente apresentaram um drone com formato de pássaro inspirado no falcão açor, com asas móveis com penas e cauda, que permitem ao robô virar ou voar mais rápido e lentamente.

“Essa enorme agilidade permitiria voar em cidades e rapidamente ao redor de prédios ou em florestas. Isso é muito importante para missões de resgate ou de inspeção”, explicou Dario Floreano, chefe do laboratório de Sistemas Inteligentes da EPFL. No próximo estágio, o time planeja incorporar inteligência artificial para permitir que o drone voe parcialmente autônomo.

Uma outra linha de pesquisa busca melhorar a utilização e segurança dos drones para mitigar acidentes. “Drones-gaiola” resistentes a colisões – comercializados pela Flyability, firma que surgiu da EPFL – já foram utilizados em operações de busca e resgate. Outra empresa, a Dronistics, está desenvolvendo drones como o “PackDrone”, que pode ser dobrado e carregado em uma mochila. Eles testaram-no nas montanhas da República Dominicana.

“Com o PackDrone comprovamos a capacidade de entregar um kit de emergência a alguém isolado no topo de um prédio”, disse Floreano, que também é diretor da NCCR robótica.

Da moda à aplicação

Em 12 anos, o programa da NCCR já investiu cerca de CHF 10 milhões (USD 11 milhões) em robôs de resgate desde o seu lançamento. Isso é dinheiro “bem gasto” se você olhar o número de subprodutos e de cientistas envolvidos, gerando “pelo menos cinco vezes mais dinheiro e empregos”, argumenta Floreano.

Mas especialistas reconhecem que por hora o mercado de drones de resgate permanece sendo um nicho complicado de se entrar. Apesar do grande número de novas companhias na Suíça, poucas se especializam em drones de resgate.

“O mercado mais rentável para os drones é primeiramente o de inspeção de pontes e linhas de transmissão elétrica, depois o de agricultura e segurança e vigilância – do qual busca e resgate é um subsetor – e entretenimento”, explicou Scaramuzza. “Nenhuma empresa se especializa em busca e resgate. É um projeto lateral para eles”.

Flyability se destaca nesse campo de especialidade. Ela se especializa na inspeção e exploração de espaços fechados e inacessíveis e tem centenas de clientes em mais de 50 países. A tecnologia drone recentemente ajudou cientistas a alcançar as profundezas de algumas das cavernas de gelo na Groenlândia. “Eles têm o produto mais apropriado para busca e resgate, mas é pilotado por humanos”, disse Scaramuzza.

Outra empresa suíça que alcançou sucesso comercial é a parceria suíço-americana sem fins lucrativos WeRobotics. Lançada em 2015, a rede de pesquisa Flying Labs auxilia comunidades de países de baixa-renda a obter acesso à tecnologia e ao treinamento necessários para utilizar drones em operações de defesa civil e esforços de desenvolvimento sustentável. A rede, que está presente em vários países da África, bem como da América Latina e Ásia, usa drones para mapear e monitorar território, entregar mantimentos e medicamentos e ajudar em esforços de busca e resgate.

O projeto Rega pode ser uma exceção, até porque, como Floreano admite, equipes de emergência e especialistas ainda não compreendem completamente a utilidade dos robôs de resgate, que podem parecer excessivamente complexos.

“Equipes de resposta a desastres têm que lidar com tantas coisas em um pouco espaço de tempo quando acontece um desastre, então ainda não é tão óbvio para eles utilizar drones, o que adiciona ainda mais complexidade”, complementou.

Ele também vê muita modinha e desinformação ao redor do que robôs podem fazer. “Busca e resgate e operações de defesa civil são aspirações nossas, certamente algo que almejamos até mesmo quando estamos desenhando os robôs. Mas é algo muito desafiador. Há uma grande lacuna e muito trabalho a fazer” ele adiciona.

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Cerca de 400 drones realizaram mais de 7 mil voos para apoiar situações de emergência na Rússia, em 2019

Rússia – O Ministério da Defesa Civil, Emergências e Eliminação de Consequências de Desastres Naturais, conhecido como “Emergency Control Ministry” – EMERCOM da Rússia investiu no emprego de drones para apoiar situações de emergência e mitigar suas conseqüências.

Em 2019, as aeronaves não tripuladas da EMERCOM realizaram mais de 7,7 mil voos, para 2.100 horas de voo em quase 12 mil quilômetros quadrados. Foram avaliados mais de 90 incêndios com uma área superior a 2 mil quilômetros quadrados.

Durante as operações de busca usando aeronaves não tripuladas, 37 pessoas perdidas foram encontradas em florestas e áreas de difícil acesso, incluindo 16 pessoas no Delta do Rio Volga. O uso de drone pelo Ministério de Emergências da Rússia começou em 2009 com uma base na Unidade Centrospas em Zhukovsky, próximo de Moscou.

Com mais de 7 mil voos, drones da EMERCOM mostram sua importância no apoio a emergências na Rússia. Foto: EMERCOM

Nesse período, os sistemas aéreos não tripulados (UAS) foram usados ​​para apoiar a aviação na prevenção de emergências e mitigar suas conseqüências associadas a grandes incêndios, inundações, acidentes industriais, resgates e outros trabalhos.

No momento, a estrutura para a operação dessas aeronaves não tripuladas é formada por 80 Bases com 170 unidades operacionais incluídas nelas. O número de funcionários é superior a 800 pessoas. Atualmente, a frota departamental possui cerca de 400 drones, entre equipamentos de asa fixa e rotativa.

O Ministério tem como objetivo a atualização da frota para 2025, incluindo equipamentos multifuncionais, além de veículos off-road para dar mais mobilidade e autonomia às operações. Com a capacidade de ser usado em várias condições climáticas, permite executar tarefas de reconhecimento, transporte e fotografia aérea.

Essa abordagem tornará possível fornecer cobertura confiável, em larga escala, para os territórios da Federação Russa, rodovias, instalações de infraestrutura potencialmente perigosas e importantes, suporte aéreo eficaz a fim de evitar situações de emergência e poder mitigá-las.

Para o uso efetivo dos drones no Ministério, foi formado um sistema de gerenciamento e manutenção dos equipamentos, além de treinamento de especialistas em drones, incluindo reciclagem profissional na Academia de Proteção Civil do EMERCOM da Rússia.

Segurança Pública de São Paulo ingressa na era dos drones e da vigilância antidrone

São Paulo – O drone é uma ferramenta tecnológica moderna que por suas características operacionais oferece a possibilidade de voar em ambientes hostis (produtos químicos, radioativos, elevada caloria, etc.) ou confinados, sem expor a risco a vida humana.

Além disso, possui baixo custo de aquisição e de manutenção, quando comparados às aeronaves tripuladas; furtividade, que é a capacidade de manter-se sem ser visto ou ouvido, aspecto muito importante para missões de inteligência.

Também exerce bem o papel de plataforma de observação elevada que lhe oferece posição privilegiada para produção de imagens e vídeos; bem como a possibilidade de incorporar diversos tipos de sensores ou equipamentos, dentre os quais os mais disseminados são as câmeras normais e as com capacidade de detecção térmica ou radiação infravermelha.

Ingressando nessa era dos drones, o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Segurança Pública, lançou o projeto DronePol SP focado em preparar e equipar a Polícia Militar, Civil e Técnico-Científica para a utilização e aplicação dessa nova ferramenta tecnológica nas atividades de Segurança Pública e de Defesa Civil.

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Os sistemas possuem a capacidade de transmissão de imagens em tempo real para os Centros de Comando e Controle e com abrangência para todo o território do Estado, e mais especificamente para a Polícia Militar.

Além disso, estabeleceu-se como meta a formatação de no mínimo 70 Núcleos de Operação de drones, com amplitude para todas as modalidades e especialidades de policiamento, bem como a aquisição de 100 drones básicos e 5 drones avançados.

Drones básicos

Os drones básicos recebidos são multirrotores elétricos, com autonomia de 25 minutos de voo, com peso aproximado de 900 gramas e câmera integrada, com capacidade de filmagem em 4K e fotográfica de 12 megapixels, com possibilidade de até 2 vezes de zoom ótico e digital respectivamente.

Com seus acessórios, foram licitados no valor de R$ 30.100,00 individualmente, compondo um investimento total de R$ 3.010.000,00 para suprir os 100 drones que serão distribuídos a todos os Núcleos de Operação formatados no Estado.

Drones avançados

Os drones avançados, com previsão de entrega para fevereiro de 2020, são multirrotores elétricos, com autonomia de 30 minutos de voo, com peso aproximado de 6 kg, com possibilidade de acoplar até duas câmeras, uma com capacidade de filmagem full HD e fotográfica de 2,13 megapixels, com possibilidade de zoom ótico de até 30 vezes e mais 6 vezes de zoom digital, possibilitando ampliação da imagem em até 180 vezes, e a outra térmica, que além de captar diferenças de temperatura, também pode ser usada para filmagens em 4K, potencializando seu emprego tanto diurno como noturno.

Foram licitados no valor de R$ 240.000,00 individualmente, compondo um investimento total de R$ 1.200.000,00 para compor os 5 (cinco) inicialmente pretendidos.

Estudos

Os requisitos dos drones foram estabelecidos mediante estudos e pesquisas com órgãos e forças de segurança nacionais e internacionais, bem como por meio de audiências públicas com vários fabricantes e representantes. Quantitativamente é a maior licitação realizada na América Latina e uma das maiores do mundo efetivada por Órgão de Segurança Pública até o momento.

Os drones básicos já foram entregues pela empresa BEMBRAS e recebidos pelo Comando de Aviação da PM, após uma série de testes e ensaios relativos aos componentes, comandos de voo, autonomia, efetividade dos sensores de obstáculos e compatibilidade com o sistema de transmissão de imagem em tempo real da PMESP (Sistema Olho de Águia). O lote com 5 drones avançados será entregue pela BEMBRAS à Polícia Militar até fevereiro de 2020.

Capacitação

O Comando de Aviação da PMESP capacitou 340 Operadores de Drone por meio de curso próprio com 185 horas aula, para compor os 76 Núcleos de Operação atuais que receberão os drones básicos adquiridos. Esses Núcleos de Operação estão vinculados aos Comandos de Policiamento de Área da Capital, Região Metropolitana e do Interior e a todos os Batalhões especializados do Policiamento Ambiental, Trânsito, Rodoviário, Choque, Corpo de Bombeiros e Unidades de Inteligência, com abrangência em todo o Estado de São Paulo.

Hora da verdade

Diante dessa estruturação e esforços desenvolvidos, para o Cel PM Paulo Luiz Scachetti Junior, Comandante do CAVPM, chegou o momento denominado de a “Hora da Verdade”, “colocaremos à prova toda a preparação desenvolvida e iniciamos o uso efetivo do equipamento buscando os resultados a que se propõe, por meio de uma operação responsável e segura, trazendo eficiência, agilidade e economicidade às atividades de Segurança Pública e de Defesa Civil, oferecendo mais segurança à população de São Paulo.”

Vingilância antidrone

Além dos drones, o Governo recebeu sistema de combate a drones para barrar tentativas de acesso ao espaço aéreo dos presídios de São Paulo. É a primeira vez que a solução é instalada num presídio na América Latina. No mundo todo, cerca de 40 unidades prisionais têm o sistema em funcionamento.

O sistema antidrone foi doado para a Secretaria da Administração Penitenciária. A inovação conta com um sistema de detecção da Techshield/Dedrone, que combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico. Após a localização e confirmação do drone invasor, entra em ação o sistema do antidrone da Hikvision, que embaralha a comunicação entre o equipamento clandestino e seu operador.

O operador do sistema antidrone pode escolher entre forçar a aterrissagem do drone invasor, retorno do aparelho suspeito à base de origem ou até sua destruição, mantendo-o suspenso em voo até o esgotamento completo da bateria, o que leva à queda do equipamento. Após treinamento, o sistema será operado pelos agentes da Administração Penitenciária.

BEMBRAS Defesa e Segurança

A BEMBRAS tornou-se a principal distribuidora da linha de drones Enterprise da DJI no Brasil (saiba mais). Além dos drones, a empresa distribui e integra no Brasil diversas tecnologias, incluindo Carbyne, Cortica, Septier, Sayvu e Sensority, Duke Robotics, Elistair, e o DRONEDEPLOY.

Em 2020 será lançada a plataforma SOSaaS integrada com a Carbyne, uma nova geração de atendimento para serviços de emergência que beneficiarão os Centros de Operações e de Comando e Controle das Polícias Militares, Corpos de Bombeiros, SAMU e Guarda Civil, e darão mais segurança aos cidadãos.

Para o CEO da BEMBRAS, o Engenheiro Kleber Coelho, “a combinação do uso de drones e a plataforma SOSaaS Carbyne aumentará a assertividade e a eficiência no atendimento à sociedade, salva e protegendo vidas, além de promover a redução dos custos operacionais.”

Kleber Coelho da Bembras durante a entrega dos 100 drones para o Estado de São Paulo. Foto: Divulgação.

Comando de Aviação da PM de Minas recebe drones e equipamentos para missões de busca e salvamento e policiamento

Minas Gerais – Na quinta-feira (12), o projeto de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) do Comando de Aviação da PM de Minas Gerais (COMAVE) recebeu dois drones e equipamentos, oriundos da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Contagem-MG e do Conselho da Comunidade.

Foram destinados ao COMAVE um DJI Mavic 2 Enterprise Dual, que possui câmera termal para uso em buscas e salvamento e um DJI Mavic 2 Enterprise para ações de policiamento urbano, como policiamento ostensivo e levantamentos de inteligência.

Acompanham os drones, os novos controles DJI Smart Controller e óculos de visão em primeira pessoa para análise das imagens com mais qualidade. Este projeto foi idealizado logo após a tragédia de Brumadinho-MG. Além dos drones do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar também empregou esses meios para auxiliar as buscas. Na operação, a PM verificou a necessidade de possuir, além daqueles em operação, drones e equipamentos mais eficientes.

Comando de aviação da PMMG recebe 2 drones para missões de busca e salvamento e policiamento ostensivo. Foto: Divulgação.

Desafios e sucessos na implantação do programa de drones no Corpo de Bombeiros de Lynwood, EUA

Estados Unidos – No final de 2017, na cidade de Peru, no estado americano de Illinois, um suspeito armado havia se entrincheirado em uma casa no subúrbio após atirar em policiais. A aparente instabilidade emocional do suspeito, o fato de que se tratava de um ex-militar experiente na área de explosivos e a ameaça feita por ele de posicionar dispositivos explosivos improvisados ao redor da casa tornaram a situação ainda pior. Mais de 150 agentes de órgãos de segurança pública cercaram o local. Felizmente para as equipes táticas e o pessoal de resposta a situações de emergência, o suspeito estava disposto a negociar.

Solicitando ajuda do Corpo de Bombeiros

Conforme o dia passava, o comandante do incidente sabia que, com o cair da noite, a situação se intensificaria. Ele perguntou às equipes sobre as opções disponíveis. O Comandante Ed Rogers, do Corpo de bombeiros de Utica, lembrou imediatamente do Corpo de Bombeiros de Lynwood e do programa de operações com sistemas aéreos não tripulados que executavam. Imagens térmicas, juntamente com uma visão aérea nítida da casa, ofereceriam percepção situacional crucial caso o suspeito tentasse fugir.

Após receber a ligação, Keenan Newton, tenente e coordenador de UAS do Corpo de Bombeiros de Lynwood, chegou no local antes de anoitecer. Enquanto ele e sua equipe começaram a descarregar seu equipamento, o suspeito informou ao negociador que o celular dele tinha pouca bateria. Os negociadores sabiam que precisavam manter o contato com o suspeito para ajudar a garantir um desfecho tranquilo. A situação estava tensa. Todos previam que a situação pioraria ainda mais, a menos que o suspeito recebesse um outro celular. Era preciso fazer alguma coisa.

A primeira tentativa de entregar um celular usando um robô policial falhou. Ocorreu uma falha técnica. O Comandante responsável pelo incidente olhou para o Comandante Rogers e perguntou se o celular poderia ser entregue usando um drone. “Claro que sim, somos bombeiros”, respondeu o Comandante Rogers.

Keenan começou a trabalhar imediatamente. Utilizando um sistema de liberação de carga, um mecanismo com controle remoto usado para entregas, instalado em um drone DJI M600 Pro, ele tentaria jogar o celular pela janela do banheiro onde o suspeito estava.

Dois drones Inspire 1 foram posicionados perto do local para ajudar a visualizar, orientar e registrar a entrega. O celular foi amarrado a uma corda, e em poucos minutos, o drone estava planando sobre a casa. Fazendo uma aproximação cuidadosa, Keenan posicionou com êxito o celular em frente a uma janela e o balançou em direção à janela do banheiro até que o suspeito o pegasse.

“Fiz a entrega usando o drone e cinco horas depois o suspeito se entregou pacificamente”, afirmou Keenan. “Eu diria que foi uma operação que salvou vidas. Muitos incidentes como este agravaram-se ao ponto de colocar tanto suspeitos quanto policiais sob risco de morte. Manter vidas em segurança e fora de perigo é uma das principais propostas de valor da presença de drones em nosso batalhão”, comentou Keenan.

Um começo humilde no Corpo de Bombeiros de Lynwood

Por maior que tenha sido o êxito de Keenan e do Corpo de Bombeiros de Lynwood naquela noite, o Comandante do Corpo de Bombeiros, John Cobb, já foi cético quanto à presença de um programa de UAS. “Na época, eu via os drones mais como um brinquedo do que como uma peça funcional do serviço de combate a incêndios”, afirmou o Comandante Cobb.

Entretanto, um incidente de busca e resgate ocorrido em dezembro de 2016 mudou a opinião dele. Duas pessoas em um veículo saíram da pista e caíram em um tanque de retenção. Uma testemunha que estava perto do local tinha estacionado seu carro e seguia para um banco na região.

Antes de chegar na entrada do local, ele voltou após ter escutado um dos passageiros lutando para sair da água, gritando por ajuda para ele e seu amigo. A testemunha correu até seu carro para ligar para o serviço de emergência, mas quando voltou, o homem havia sumido.

O Corpo de Bombeiros de Lynwood respondeu imediatamente e solicitou equipes de mergulho e recursos adicionais de salvamento aquático de comunidades vizinhas. A cidade de Chicago enviou um helicóptero para auxiliar nas buscas. Entretanto, eles não tiveram sorte e a aeronave retornou por falta de combustível. O Comandante do Corpo de Bombeiros então ligou para Keenan.

Keenan chegou com seu drone e o ativou em questão de minutos, continuando a partir do ponto no qual o helicóptero havia deixado a cena. Conforme a tarde passava, a equipe de mergulho finalmente localizou o carro, mas ainda precisava localizar a segunda vítima. A temperatura continuava caindo rapidamente, congelando novamente o gelo que havia sido quebrado com o impacto.

A operação de resgate foi interrompida quando a noite chegou. Na manhã seguinte, Keenan utilizou seu Phantom 3 Pro para criar um mapa do incidente. Este mapa ajudaria a determinar a melhor localização possível para iniciar as buscas pela segunda vítima. Quando foi possível retomar a operação com segurança, a segunda vítima foi localizada em 30 minutos.

Devido a temperaturas extremamente frias e aos riscos associados ao mergulho sob o gelo, esta operação poderia ter levado muitos dias, não fosse o auxílio do drone. E o mais importante é que ela fez o Comandante Cobb mudar sua opinião sobre drones, autorizando Keenan a iniciar um programa de UAS para o batalhão.

Superando os desafios de iniciar um programa de Drones na área de segurança pública. Foto: Divulgação

Desafios com o financiamento para o Corpo de Bombeiros

Financiar o programa com um orçamento limitado foi o primeiro desafio do Corpo de Bombeiros de Lynwood, e é algo que muitos batalhões de pequeno e médio porte enfrentam.

Uma das soluções para isso foi recorrer a doações e contribuições. Um morador da comunidade local deu o primeiro drone ao Corpo de bombeiros de Lynwood, e ainda hoje as doações continuam representando uma das principais fontes de financiamento para o programa.

Com o passar do tempo, estes presentes generosos começaram a provar seu valor. Os incidentes da entrega do celular e o resgate subaquático foram decisivos e não apenas demonstraram o valor da presença de drones em campo, como também serviram como uma experiência essencial usada durante futuras atividades.

O programa de drones continuou crescendo após várias missões bem-sucedidas, permitindo que o Corpo de bombeiros de Lynwood pudesse captar mais financiamento. Atualmente, o batalhão tem três drones que são usados habitualmente, inclusive um DJI M600 Pro, um drone poderoso e reforçado, construído para uso empresarial.

“Começar um programa de UAS para uma entidade pode ter seus desafios. Com uma aeronave DJI, voar é a parte fácil. Lidar com céticos, demonstrar o valor e garantir o financiamento serão alguns dos maiores entraves que você enfrentará”, comentou Keenan Newton. “Entretanto, caso acredite verdadeiramente em algo, não desista. Encontre maneiras criativas de apoiar sua causa e buscar continuamente por oportunidades para demonstrar valor”.

O valor do uso de drones na área de segurança pública

O sucesso do programa de UAS do Corpo de Bombeiros de Lynwood simboliza uma tendência em andamento no setor de segurança pública. Muitos batalhões de pequeno e médio porte estão começando a perceber que não é completamente impossível lançar um programa de drones, mesmo com financiamento limitado ou o ceticismo inicial. Conforme comprovado no caso acima, ao longo do tempo, o uso de drones comprovou seu valor em campo.

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Drones permitem economia e melhoria nos serviços do Governo de Santa Catarina

Santa Catarina – Controle de multidões, apoio em operações policiais e fiscalizações ambientais, auxílio em trabalhos de estabilização de encostas e áreas de risco. Ao mesmo tempo, serviços realizados de maneira eficiente e sem deixar de lado a redução de custos com diárias, com produção de documentos técnicos mais consistentes e aumento da produtividade dos servidores públicos.

Pensou em uma ferramenta capaz de proporcionar isso?

Pois estes são os drones, as pequenas aeronaves pilotadas de forma remota, usadas há pelo menos quatro anos por diferentes órgãos do Governo do Estado de Santa Catarina.

Dentro da política de uso de ferramentas tecnológicas e de inovação, os drones têm sido aliados de instituições como o Corpo de Bombeiros Militar, a Defesa Civil, a Polícia Militar e o Instituto do Meio Ambiente (IMA), que no fim do mês de junho recebeu um prêmio em São Paulo pelo uso das pequenas aeronaves na proteção do meio ambiente.

No IMA, os drones são utilizados desde setembro de 2017. Entre outras finalidades, eles ajudam no mapeamento e inspeção de áreas para o licenciamento ambiental, identificação de focos de incêndio, geoprocessamento, monitoramento preventivo, fiscalização de crimes ambientais e caça ilegal, além do controle e contagem de espécies.

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No caso específico do licenciamento ambiental, que exige visitas de campo, os drones têm permitido uma economia significativa em diárias. Exemplo: em alguns casos, os fiscais ambientais necessitavam percorrer longos trechos a pé para observação, ação que poderia levar dias; agora, com as aeronaves remotamente tripuladas, o mesmo trabalho pode ser feito em menos de 24 horas.

Segundo Diego Hemkemeier Silva, gerente de Informações Ambientais e Geoprocessamento do IMA, a nova tecnologia também auxilia o Instituto na produção de peças técnicas mais confiáveis a partir das observações em campo. Dessa forma, ocorre um incremento na segurança jurídica dos casos analisado pelo órgão.

“Em algumas situações, temos vistorias que demandam muito tempo, e essa carga horária é reduzida consideravelmente com o drone. Os processos são analisados de forma mais rápida e eficaz, aumentando a nossa produtividade. A Segurança Jurídica também é aumentada pela geração de peças técnicas mais confiáveis e assertivas. Em geral, o drone consegue reduzir os custos para o governo do Estado, mantendo a fiscalização, auditoria e licenciamento como devem ser feitos”, resume Silva.

Todas as informações obtidas com as aeronaves remotamente tripuladas são gerenciadas por um sistema elaborado pelo IMA para este fim, o Sistema de Informações Ambientais. Além de subsidiar ações, o sistema poderá ser disponibilizado a outros órgãos como Ministério Público Estadual e Federal, Tribunal de Contas e demais órgãos reguladores.

Drones permitem economia e melhoria nos serviços do Governo de Santa Catarina. Foto: Divulgação

Além disso, o IMA também tem ajudado outros órgãos, como a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que solicitou apoio para verificar a presença de uma determinada bactéria que afeta os bananais. Em uma inspeção aérea, foi possível observar e entender o hábito do patógeno, que precisa de um controle rápido e rigoroso para não afetar toda a produção de banana do Estado.

Ajuda essencial aos bombeiros

No caso dos bombeiros catarinenses, a ajuda dos drones se reflete em todas as frentes de trabalho. É o que explica o tenente Pedro Reis, um dos pioneiros do uso da ferramenta na corporação.

“Os drones auxiliam na gestão de um evento ou ocorrência. Isso proporciona ganho na eficiência do serviço prestado à sociedade. Com ele, é possível ao bombeiro fazer um levantamento da situação ou uma transmissão ao vivo para um posto de comando. Dessa maneira, é possível fazer as correções necessárias em tempo real e, ao fim da ocorrência, fazer um feedback mais assertivo de erros e acertos. O ganho é substancial”, afirma Reis.

A expertise com o uso dos drones fez com que o CBMSC fosse a única instituição convidada pelos bombeiros de Minas Gerais para ajudar durante a operação após o desastre na barragem de Brumadinho. Bombeiros de outras unidades da federação também atuaram no local, mas de forma voluntária.

Segundo Reis, que esteve na cidade mineira, a ferramenta permitiu um trabalho mais efetivo, já que o auxílio às equipes em solo ocorria praticamente em tempo real: “Antes de sair, a gente fazia um sobrevoo, mostrava para equipe e decidia as estratégias de atuação. Se fosse necessário, fazíamos as correções. Em muitos casos, a equipe em solo também solicitava o apoio do drone, para tirar foto, ou corrigir impressões. Tínhamos todas as imagens gerais do terreno. As informações fluíam para a base e para o comando, que decidia as estratégias”.

Recursos federais para o controle de encostas

Outro braço do Estado que tem tirado proveito dos drones é a Secretaria de Estado da Defesa Civil. Por lá, as pequenas aeronaves são usadas para monitoramento de barragens e substâncias perigosas, mas principalmente no auxílio aos trabalhos de estabilização de encostas e áreas de risco. É um serviço que já rendeu frutos. Em março, o governador Carlos Moisés foi à região da Serra do Rio Rastro para entregar o termo de referência para as obras preventivas na rodovia SC-390.

Foi o pontapé inicial para o processo licitatório de um serviço de R$ 19 milhões, que proporcionará mais segurança para os motoristas por meio de 25 pontos de intervenção na Serra. A verba, de origem federal, foi obtida por meio de um relatório produzido pela Defesa Civil estadual com o auxílio dos drones, que mapearam toda a encosta rochosa da região.

Um trabalho semelhante está sendo realizado na Serra do Corvo Branco, que também sofre constantemente com a queda de barreiras. O geólogo Humberto Alves da Silva explica os benefícios do dispositivo:

“Conseguimos agora acessar áreas antes inacessíveis. Isso faz com que a análise seja a mais certeira possível, ocasionando uma melhor resolução do problema. Na Serra do Corvo Branco, iniciamos a fase de campo, e o drone nos traz algumas fotos em perspectiva. Além disso, torna-se possível atingir mais áreas em menos tempo”.

Segurança em foco

A Polícia Militar de Santa Catarina também não ficou para trás quando o assunto é drone. Atualmente, são 46 pequenas aeronaves sob o controle da corporação. Os dirigíveis são adquiridos por meio de convênios dos batalhões e de doações realizadas por pessoas físicas e jurídicas. Os valores giram em torno de R$ 5 mil a até R$ 10 mil em equipamentos um pouco mais sofisticados.

Segundo o comandante-geral, coronel Araújo Gomes, o drone auxilia os policiais em diversas ocorrências, tornando prisões e apreensões tarefas menos desgastantes. Com as imagens aéreas, o policial amplia o seu campo de visão, tornando o cenário do fato menos complexo de atuar.

Drones permitem economia e melhoria nos serviços do Governo de Santa Catarina. Foto: Divulgação

Uma novidade, em 2018, foi a utilização da tecnologia na 35° Edição da Oktoberfest, em Blumenau. O equipamento auxiliou os militares no monitoramento da festa, tornando a Vila Germânica mais segura ao público presente, prevenindo possíveis brigas, furtos ou roubos no local. Araújo Gomes destaca a importância da utilização do equipamento em eventos no Estado:

“Queremos que as pessoas que visitem Santa Catarina voltem às suas cidades satisfeitos com a segurança que puderam perceber. Além disso, procuramos também, sempre que possível, empregar a tecnologia em nossas ações operacionais e sociais, nas comunidades”.

Expansão em vista

Com o barateamento da tecnologia e o nível de conhecimento cada vez mais elevado, os órgãos de Santa Catarina planeja a expansão do número de drones e de sua área de atuação. No caso do Corpo de Bombeiros, por exemplo, o objetivo é ter, a curto prazo, aeronaves com pilotos habilitados em todos os batalhões do Estado. Por conta disso, foi realizado um curso teórico e prático em março para a formação de novos condutores.

Segundo o tenente Pedro Reis, são observados todos os aspectos legais quanto ao tema, incluindo a parte de regulação, que envolve órgãos como ANATEL, ANAC e Força Aérea.

Drones permitem economia e melhoria nos serviços do Governo de Santa Catarina. Foto: Divulgação

“A segurança de voo é um fator muito importante. Por isso, dedicamos uma semana inteira para o treinamento. Nosso objetivo é buscar sempre o aperfeiçoamento, tendo em vista a melhora do serviço para a população”, conta Reis.

A expansão da frota de drones do Estado conta também com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda. No último ano, a pasta já encaminhou para os bombeiros e a Defesa Civil equipamentos apreendidos pela fiscalização por estarem com irregularidades fiscais, como a ausência de nota fiscal em transporte pelos Correios.

A identificação de um drone não autorizado foi tema do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones realizado em São Paulo

DECEA

São Paulo – Cada dia mais presente em nosso dia a dia, os drones vieram para ficar. Sejam eles de uso recreativo ou profissional, o proprietário deve tomar alguns cuidados, que passam pela homologação, pelo registro e pela autorização ou informação do voo.

Uma preocupação comum entre a comunidade aeronáutica mundial é a segurança. Algumas áreas são consideradas inadequadas ou totalmente proibidas para o voo por representar risco à navegação aérea.

Assim, torna-se a cada dia mais premente a necessidade de informar usuários sobre estes locais, da mesma forma que se faz urgente a contenção destes equipamentos voando em áreas próximas a aeroportos, por exemplo.

As tecnologias de identificação, detecção, monitoração e neutralização de drones foram o objeto do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones – Aspectos Legais, promovido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

O evento foi realizado entre os dias 13 e 15 de maio, na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e reuniu organizações governamentais, como a FAA (Federal Aviation Administration), a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura – SAC, a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, além da indústria.

Empresas do setor apresentaram produtos e tecnologias disponíveis na detecção de drones, pelas empresas Techshield, Neger e IACIT. Na nomenclatura oficial, os signatários da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), utilizam o nome SUA, do inglês small unmanned aircraft ou pequena aeronave não tripulada, para identificar estes equipamentos.

A identificação de um drone não autorizado foi tema do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones realizado em São Paulo. Foto: Luiz Eduardo Perez Batista

Programação

De acordo com o Coronel Aviador Jorge Vargas, do Subdepartamento de Operações do DECEA, que fez a coordenação do evento, o maior objetivo foi proporcionar à comunidade aeronáutica e à indústria a definição de aspectos operacionais do que é necessário para proteger áreas sensíveis. “Não somos contra os drones e sim contra aqueles invasores que não respeitam a regulamentação prevista”.

O Coronel Vargas destacou na programação o painel “Desafios Jurídicos e Regulatórios nas Atividades que Envolvem Drones”, que reuniu a Consultoria Jurídica do Comando da Aeronáutica (COJAER), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a SAC, a ANAC e a ANATEL.

A mediação foi feita pelo Doutor Romilson Volotão (COJAER), que apontou ser necessária a criação de normas específicas levando em consideração as características do Brasil. Sua sugestão é de que este documento seja desenvolvido em parceria com os órgãos reguladores ANAC, ANATEL e Aeronáutica, tendo em vista a segurança e o controle do espaço aéreo.

Ele esclareceu que a contenção destes equipamentos é necessária, porque o fechamento de um aeroporto traz várias implicações. “É uma reação em cadeia, haverá prejuízo econômico e ao controle do espaço aéreo. Qual será o custo deste atraso? Haverá alguma compensação ao passageiro por este transtorno? É preciso pensar que para tudo há um custo”.

Nos meses de junho e julho será realizada a validação das tecnologias antidrones apresentadas pelas empresas no Aeroporto Internacional de São José dos Campos – Professor Urbano Ernesto Stumpf.

“As empresas vão trazer seus produtos e será possível identificar se estes sinais interferem nos equipamentos de auxílio à navegação existentes no aeroporto. Desta forma poderemos definir qual o melhor modelo para fazer a aquisição deste sistema”, explicou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas.

A identificação de um drone não autorizado foi tema do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones realizado em São Paulo. Foto: Luiz Eduardo Perez Batista

Impactos

Para ter uma ideia destes impactos, em novembro de 2017, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos mais movimentados do país, foi fechado para pousos e decolagens por mais de duas horas, de acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Como resultado deste fechamento, 39 voos foram alternados para outros aeroportos, dois foram cancelados, passageiros se amontoaram nas filas no check in para remarcação de passagens e as equipes da Infraero e de empresas terceirizadas tiveram de ter sua jornada de trabalho prorrogada.

A média mensal dos movimentos no Aeroporto de Congonhas, entre pousos e decolagens em 2018, foi de 18.525 voos. A média mensal ficou em 609 movimentos dia. Analisando os números dá para imaginar que qualquer fechamento seja pela invasão de drones ou por outras questões, como a meteorológica, por exemplo, provoca um efeito em cadeia.

Além de Congonhas, houve interrupção de operações em outros três aeroportos brasileiros: Salgado Filho (RS), Confins (MG) e Goiânia (GO).

A identificação de um drone não autorizado foi tema do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones realizado em São Paulo. Foto: Luiz Eduardo Perez Batista

Legalização

A operação de aeronaves não tripuladas requer a observação de alguns requisitos. O primeiro passo é ter a aeronave homologada junto à ANATEL; o segundo é o cadastro na ANAC, no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (SISANT). Estes equipamentos também precisam ser homologados junto à Anatel.

O acesso ao espaço aéreo só pode ser feito mediante uma informação de voo ou após a autorização do DECEA, por meio do Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo por RPAS, o SARPAS. A principal finalidade é facilitar as solicitações dos usuários e permitir o acesso seguro, coordenado e responsável.

Hoje existem no Brasil cerca de 68 mil drones cadastrados pela ANAC, dos quais apenas 42% fizeram seu cadastro no DECEA. Voar em área de risco para aeroportos é crime previsto no Código Penal. Quem for autuado cometendo esta irregularidade pode pegar de 2 a 5 anos de detenção.

Centro Médico da Universidade de Maryland (EUA) transplanta primeiro órgão entregue por drone

The Boltimore Sun

Estados Unidos – O primeiro órgão transportando por drone foi transplantado para um paciente com insuficiência renal no Centro Médico da Universidade de Maryland. É resultado de mais de três anos de trabalho para mostrar que aeronaves não tripuladas podem transportar com segurança órgãos e tecidos que salvam vidas.

O esforço começou quando o cirurgião de transplante Dr. Joseph Scalea, frustrado pelo ritmo complexo dos voos comerciais e pelo alto custo dos transportes, começou a explorar meios mais rápidos de fornecer rins, fígados e outros órgãos que podem se deteriorar rapidamente.

“Esta nova tecnologia tem o potencial de ajudar a ampliar o pool de órgãos de doadores e o acesso ao transplante”, disse Scalea durante uma coletiva de imprensa anunciando o sucesso do transporte. “Entregar um órgão de um doador para um paciente é um dever sagrado com muitas partes envolvidas. É fundamental que encontremos maneiras de fazer isso melhor”.

Dr. Joseph Scalea, professor assistente de Cirurgia de Transplante da Universidade de Medicina de Maryland vem desenvolvendo uma maneira de transportar órgãos via drone. (Amy Davis, Imagem de Baltimore Sun)

Scalea começou a trabalhar com drones e em outros lugares também exploraram esse modelo de transporte para fornecer todo tipo de suprimentos médicos. Este é o primeiro esforço para transportar órgãos.

O transporte há tempos impõe desafios para o sistema de doação de órgãos que já não consegue atender a demanda. Nos EUA, há 113.702 pessoas na lista nacional de espera por órgãos, e 18 pessoas por dia morrem à espera de um transplante, segundo a United Network for Organ Sharing, a organização sem fins lucrativos do sistema de transplante de órgãos.

Alguns órgãos foram desperdiçados devido a atrasos e contratempos no transporte, como em dezembro do ano passado, quando um coração humano foi deixado em um avião da Southwest Airlines. Válvulas do coração ainda eram utilizáveis.

A paciente de Maryland era uma mulher de 44 anos de idade, de Baltimore, que passou oito anos em diálise antes de seu transplante. “Essa coisa toda é incrível”, disse a mulher recém-dispensada, que preferiu não ser identificada. “Anos atrás, isso não era algo que você pensaria.”

Dr. Joseph Scalea, professor assistente de Cirurgia de Transplante da Universidade de Medicina de Maryland vem desenvolvendo uma maneira de transportar órgãos via drone. (Amy Davis, Imagem de Baltimore Sun)

O órgão voou 2,6 milhas em 10 minutos em Baltimore pelo St. Agnes Hospital até o hospital de Maryland no início da manhã de 19 de abril para o transplante, de acordo com a AiRXOS, uma unidade da GE Aviation que participou da demonstração. Essa viagem leva 15-20 minutos de carro, dependendo do tráfego.

Funcionários da Universidade de Maryland ainda enfrentam problemas logísticos no desenvolvimento de um amplo sistema de distribuição de órgãos. Primeiro, a Federal Aviation Administration (FAA) deve aprovar tais usos, embora as autoridades tenham indicado que estão interessadas e já aprovaram programas-piloto envolvendo drones em vários estados.

Esta é uma mudança para a FAA, que tem se preocupado principalmente com os amadores que ainda dominam o uso de drones nos Estados Unidos em quase um milhão de usuários registrados. Existem, no entanto, 290.000 drones registrados para uso comercial, como mapeamento de incêndios florestais, monitoramento agrícola e meteorológico, gerenciamento de desastres, aplicação da lei, inspeção de serviços públicos, telecomunicações e fotografia imobiliária.

Dr. Joseph Scalea, professor assistente de Cirurgia de Transplante da Universidade de Medicina de Maryland vem desenvolvendo uma maneira de transportar órgãos via drone. (Amy Davis, Imagem de Baltimore Sun)

Outros países com lacunas na infraestrutura de transporte exploraram o uso de drones para fornecer suprimentos médicos, incluindo sangue.

Para tornar a entrega de órgão possível, seriam necessárias autorizações para voar à noite, em áreas populosas e fora da visão do piloto, a mais de 100 mph ou acima de 400 pés. A agência anunciou planos para mais mudanças permanentes.

Outro obstáculo é que os drones capazes de voar pelo país ainda não estão comercialmente disponíveis. Os engenheiros de Maryland disseram que precisariam que os drones possuíssem motores a combustão, ao invés de motores elétricos a bateria, e precisariam da capacidade de evitar a colisão com obstáculos.

É aí que entra o AiRXOS da GE. A empresa está desenvolvendo uma plataforma de mobilidade aérea para drones para resolver esses problemas.

Scalea, professor assistente de cirurgia na Escola de Medicina de Maryland, juntamente com especialistas em engenharia aeronáutica, já havia projetado um refrigerador de papelão com sensores para monitorar os órgãos pelo celular. Eles também criaram seu próprio drone.

Dr. Joseph Scalea, professor assistente de Cirurgia de Transplante da Universidade de Medicina de Maryland vem desenvolvendo uma maneira de transportar órgãos via drone. (Amy Davis, Imagem de Baltimore Sun)

“Tivemos que criar um novo sistema que ainda estava dentro da estrutura regulatória da FAA, mas também capaz de suportar o peso adicional do órgão, câmeras e sistemas de rastreamento, comunicações e segurança de órgãos em uma área urbana densamente povoada – para uma distância maior”, disse Matthew Scassero, diretor do Programa de teste de UAS da universidade do condado de St. Mary’s, que faz parte da Clark School of Engineering em College Park. “Há uma tremenda pressão sabendo que há uma pessoa esperando por esse órgão.”

Mas há apoio para o fornecimento de drones, inclusive na rede nacional de órgãos, que enfrentou críticas e um desafio no tribunal para tornar o desembolso de órgãos mais geograficamente equitativo.

Há também resíduos – cerca de 14% dos órgãos doados são descartados, em parte devido à redução da qualidade. Alguns órgãos, como os rins, podem durar no gelo para um voo comercial em todo o país. Mas outros, como corações, pulmões e fígados, duram menos tempo. Uma mão ou rosto não pode esperar mais do que algumas horas.

Alguns órgãos, cerca de 1,5%, nunca chegam ao seu destino. Quase 4% tiveram um atraso imprevisto de duas ou mais horas.

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DRF Luftrettung da Alemanha promove workshop sobre o uso de drone em resgate aeromédico e desastres

Alemanha – A DRF Luftrettung (Resgate Aéreo Alemão) organizou em fevereiro na cidade de Filderstadt um workshop sobre “uso de aeronaves não tripuladas em medicina de emergência”. Especialistas das áreas de medicina, operações, pesquisa e desenvolvimento discutiram oportunidades sobre o uso de drones além do resgate aeromédico.

Representantes do Centro Aeroespacial Alemão e do Controle de Tráfego Aéreo Alemão também participaram do workshop. Foram discutidos cenários para a busca de vítimas em emergência e em grandes eventos, além da exploração de terrenos em caso de desastres, bem como a logística de materiais. Na discussão, os especialistas falaram sobre usos significativos, seguros e eficientes para os “drones” na medicina de emergência como um complemento aos sistemas existentes.

Houve um consenso entre os participantes de que uma infra-estrutura transregional para o uso de drones tinha que ser criada, que atendesse aos requisitos legais, bem como atendesse aos requisitos médicos, técnicos e financeiros. No entanto, a maior prioridade é dada aos requisitos de segurança para esses sistemas.

Sobre o DRF Luftrettung

O DRF Luftrettung usa helicópteros para resgate aeromédico e para o transporte de pacientes entre clínicas em 29 bases na Alemanha e em duas estações na Áustria. Em 24 bases a operação é de 24 horas, com experiência em voos noturnos.

570 médicos de emergência, 170 pilotos e 120 paramédicos estão atualmente trabalhando para a DRF. Em 2018, o número de alertas noturnos emitidos pelos helicópteros vermelhos e brancos aumentou 20% em relação ao ano anterior.

Sobre o Dia Europeu de Chamada de Emergência

Em 2009, a União Europeia (UE) declarou o dia 11 de fevereiro o Dia Europeu de Chamada de Emergência. A decisão neste dia foi tomada com base no número de emergências dessa data. O objetivo é tornar amplamente conhecidos os benefícios associados da chamada de emergência 112, introduzida em 1991. A chamada de emergência é gratuita em todas as redes fixas e móveis da UE.

GTA de Sergipe realiza treinamento e curso de operador de drone e operações complexas

SSP/SE

Sergipe – O Grupamento Tático Aéreo (GTA), em parceria com a Associação Brasileira de Multirrotores (ABM) e o Sergipe Drones, realizou o “Curso de Operador em Aeronave Remota e Operações Complexas”. Os treinamentos tiveram início na segunda-feira, 11, na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e têm como objetivo a formação de operadores de Aeronaves Remotamente Pilotadas, os Drones.

Dentre as disciplinas abordadas durante o curso estão: A história dos drones, Avaliação de risco operacional, fator humano na operação aérea, abordagem de prevenção criminal, solicitação de voo com aprofundamento no SARPAS, além de toda a legislação vigente para o tema, como, ICA 100-40, AIC N17, AIC N23, AIC N24, dentro outros.

O curso teve início na segunda-feira e seguiu até quinta-feira (14) com a parte teórica. Na sexta-feira (15) e no sábado (16) foi realizada a parte prática com voos coordenados, realizado na Vila Naval da Marinha, na Barra dos Coqueiros.

“O curso nasceu de uma parceria entre a ABM, o GTA e o Sergipe Drones. Há toda uma legislação e regulamentação para o uso dessas ferramentas e eles também estão aprendendo isso tanto para quando forem utilizar quanto para fiscalizar os drones de outras pessoas até pela questão da segurança de voo”, comentou o coordenador do curso, Major Fonseca, que faz parte do GTA.

“A segurança pública de um modo geral acredita que essa ferramenta vai auxiliar no trabalho e dar ainda mais segurança à população. Esse curso tem sido feito em todo Brasil por representantes da ABM e aqui estamos tendo a oportunidade de passar as orientações para esse grupo (PC, PM, BM, Perícia, PF e PRF)”, afirmou o coordenador do grupo Sergipe Drones e representante do Nordeste da ABM, Francisco Faria.

Com apoio de drone, PM da Bahia localiza e destrói 18 mil pés de maconha em Várzea da Roça

SSP/BA

Bahia – Guarnições da 24ª Companhia Independente da Polícia Militar (Jacobina), com a ajuda de um drone, localizaram e destruíram uma plantação com 18 mil pés de maconha na zona rural de Várzea da Roça.

A ação, que aconteceu na quarta-feira (6) e na qual foram apreendidos ainda 35 quilos da droga, sementes e munições, teve origem logo após os policiais receberem uma denúncia anônima de que havia um trânsito atípico de veículos, diversas vezes na semana e em horários suspeitos, no povoado Pau de Colher.

Ao chegar ao local, a PM identificou, através das imagens do drone, quatro homens cultivando cannabis sativa (maconha). Houve confronto e os criminosos conseguiram fugir pelo matagal, abandonando um carregador SR-40 calibre ponto 40, com capacidade para 15 disparos, 65 cartuchos de ponto 40 acondicionados num estojo, um aparelho celular, 35 quilos de maconha dentro de cinco sacolas de nylon, 3,5 quilos de sementes de maconha num vaso de água mineral e 18 mil pés de maconha.

A Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram acionados, para prosseguimento das investigações e perícia do local, além de ajudarem na incineração da roça. Já o material apreendido foi encaminhado para a sede da 16ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Jacobina

GRAER da PM da Bahia conclui turmas da 6ª Edição do Curso de Operador de RPAS

Bahia – Na manhã de sexta-feira (1º), no hangar do Grupamento Aéreo (GRAER), foi realizada a solenidade de encerramento das Turmas 1 e 2, do 6º Curso de Operador de RPAS (CORPAS). Esse curso integra o rol de ações das Normas para Planejamento e Conduta da Educação (NPCE) da Polícia Militar da Bahia (PMBA), para o ano de 2019.

O CORPAS é uma capacitação desenvolvida pelo GRAER, que forma multiplicadores especializados e já entregou ao país mais de 366 profissionais como operadores de RPAS.
Na sexta, 49 alunos do curso concluíram um ciclo de experiência iniciado no dia 8 de janeiro e estão preparados para exercer a atividade com drones de forma segura e produtiva, atendendo demandas que envolvem atividades diversas, a exemplo de inteligência, georreferenciamento e vigilância.

As turmas 1 e 2 do VI CORPAS foram compostas por policiais militares de 16 diferentes unidades PM, policiais civis da Bahia, bombeiros militares do Ceará, Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, militares do Ministério da Defesa e militares do Exército Brasileiro, membros da ANATEL e da Coordenação de Desenvolvimento Agrário.

DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG

DECEA

Minas Gerais – Contando com a colaboração de fabricantes de drones, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) estabeleceu uma área de restrição ao voo de drone, chamada de No Fly Zone (NFZ), nas imediações da área afetada pelo desastre da Vale, em Brumadinho-MG.Pilotos remotos realizaram operações não autorizadas no local, desrespeitando os avisos de proibição de voos não coordenados.

“Vários pilotos se deslocaram para a área de Brumadinho logo no início das atividades. O DECEA, por meio de mídias sociais, solicitou que aqueles que lá estivessem se dirigissem ao Centro de Controle, a fim de serem cadastrados e receberem as orientações necessárias para uma ação coordenada e segura. Todos os voluntários que atenderam ao solicitado, receberam as orientações necessárias e um trabalho coordenado foi realizado, o que facilitou bastante algumas operações”, esclareceu o Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas Rainho.

DECEA cria bloqueio para operação de drones em Brumadinho, MG. Foto: Ascom/DECEA

Operações não autorizadas, realizadas por pilotos que não observaram as restrições, as quais foram amplamente divulgadas pelos órgãos de Imprensa, colocaram em risco as aeronaves e o pessoal envolvido na operação. Em sua maioria foram operações realizadas por pilotos que pretendiam comercializar as imagens posteriormente, ocorrendo a prisão de dois autores das contravenções previstas nos Artigos 33 (dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado) e 35 (entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a voos baixos, fora da zona em que a lei o permita), ambos da Lei das Contravenções Penais.

No local também foi instalado um equipamento capaz de detectar drones invasores, o qual consegue localizar os dados da aeronave e a localização dos pilotos, que auxiliou nas prisões. Além disso, as ações administrativas internas, previstas na Lei Nº 7.565 – Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), serão tomadas pelo DECEA, assim que for notificado oficialmente pelas autoridades competentes.

O DECEA também reforça que os drones são considerados pela legislação como aeronaves e devem seguir as normas em vigor que são a ICA 100-40 do DECEA e o RBAC-E 94 da ANAC.

“É muito importante que os usuários entendam que as operações não autorizadas colocam em risco as aeronaves tripuladas envolvidas e a operação, inclusive com a possibilidade de termos novas vítimas, caso sejam acessadas áreas de risco. Por isso, a grande importância de todas as ações serem coordenadas e autorizadas”, complementa o Coronel Vargas.

Polícia Militar começa a utilizar drones em operações nos morros de Vitória, ES

Folhavitória

Espirito Santo – O comando do 1º Batalhão de Polícia Militar, que atua em Vitória, anunciou, na quinta-feira (24), o uso de drones durante operações policiais em locais de difícil acesso e regiões de mata nos quatro morros do Centro de Vitória: Morro da Capixaba, Piedade, Fonte Grande e Moscoso.

De acordo com o comandante do 1º BPM, o tenente coronel Geovanio Silva Ribeiro, o objetivo do uso dos drones é garantir maior regularidade nas operações feitas nas áreas de mata dos morros da capital. Ainda de acordo com o comandante, os equipamentos devem ser usados por tropas distintas, como a companhia de operações com cães e também a força tática.

Na tarde desta quinta-feira (24) os equipamentos já foram utilizados durante uma operação da PM no Morro da Piedade. A operação contou com 60 policiais militares, além de um helicóptero e dois drones, que foram utilizados para dar maior visibilidade da área aos PM’s.

Polícia Militar passa a usar drones em operações — Foto: Carlos Palito / TV Gazeta

Brigada Militar e Polícia Civil de Farroupilha passam a contar com drones comprados através de ação comunitária

Difusora / Pioneiro

Rio Grande do Sul – A Brigada Militar (36º BPM) e a Polícia Civil de Farroupilha receberam a doação de um drone DJI Mavic e um DJI Phantom 4. Cada instituição ganhou um equipamento como resultado de uma ação organizada em novembro de 2018 por clubes de serviço da cidade que venderam frangos assados para arrecadar recursos. O custo total foi de cerca de R$ 12 mil.

Conforme o presidente do Lions Farroupilha Imigrante, Itaroty Fagherazzi, a ação destinou aproximadamente R$ 6 mil para a compra dos drones. Cerca de 900 ingressos foram vendidos ao valor de R$ 20 cada. Além de descontar a despesa, os clubes envolvidos optaram por destinar parte do lucro para o Centro Comunitário Luterano, onde foram vendidos os frangos.

O Movimento Comunitário de Combate a Violência (Mocovi), responsável pela aquisição dos aparelhos, recebeu ainda outras doações do Lions Farroupilha Imigrante e de lojas maçônicas para essa finalidade, somando outros R$ 3 mil. Além disso, adicionou do caixa próprio R$ 3 mil. Essa foi a primeira vez que os quatro clubes da cidade Rotary e Lions uniram esforços por uma mesma causa.

De acordo com o comandante da Brigada Militar de Farroupilha, tenente-coronel Lúcio Henrique de Castilhos Alencastro, o drone será utilizado pelo setor de inteligência para sobrevoar áreas auxiliando no mapeamento de crimes.

Outra possibilidade é o uso em eventos, como a Romaria de Caravaggio, em que será possível acompanhar o deslocamento de devotos. O delegado Rodrigo Morale explica que, sem o auxílio da comunidade, não seria possível comprar o drone, que terá função importante para investigações da Polícia Civil.

O presidente do Mocovi, Sérgio Canei, comenta que os aparelhos foram um pedido dos órgãos de segurança e, por isso, houve a mobilização para obter os recursos necessários. Por mês, o Mocovi repassa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os recursos são da prefeitura e doações da comunidade.

Instrução

A instrução foi realizada pelo Sargento Everton Ubal, do setor de Comunicação Social da BM, o qual é habilitado a pilotar a aeronave em operações e responsável por coletar imagens e filmagens e pelo empresário, instrutor e piloto de drones, Wesley dos Santos, o qual é diretor da ABM (Associação Brasileira de Multirrotores).

Flagrantes

No primeiro dia de atuação, houve um flagrante de usuários de maconha, os quais foram abordados e identificados, sendo confeccionado o Termo Circunstanciado. Logo após uma prisão por tráfico de drogas, onde sobrevoando o local, policiais identificaram usuários comprando drogas. Em seguida foram orientadas os policiais da radiopatrulha, que chegaram rapidamente e efetuaram a prisão.

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PM do Espírito Santo vai utilizar drone para monitorar Guarapari até o final do verão

Gazeta Online

Espírito Santo – A orla de Guarapari passa a contar com um novo instrumento no combate à criminalidade. Uma aeronave não tripulada passou a sobrevoar a região no sábado (19). Ele será utilizado durante a temporada do verão, aos finais de semana, sobrevoando as praias da cidade. A base do drone ficará no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), na Praia do Morro, mas o equipamento poderá ser acionado conforme a necessidade de algum local da orla.

Segundo o Comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Pessanha, o drone foi cedido pelo Comando Metropolitano da Polícia Militar para o Batalhão de Guarapari com o objetivo de garantir mais segurança aos turistas e moradores durante a alta estação e devido a grande concentração de populares. Após o verão, ele explica que será feito contato junto ao Comando solicitando que o drone continue à disposição na cidade e auxilie também no serviço de inteligência.

“O drone vai nos auxiliar no policiamento ostensivo, percorrendo toda a região de praia, e trazendo uma visão do que está acontecendo. Também podendo nos auxiliarmos mandando uma viatura, caso esteja ocorrendo algo em uma região longe de onde nós estamos”, explica.

Ele também destaca que outra região que será sobrevoada pelo drone será o Morro da Pescaria, região procurada por turistas e moradores devido a presença de trilhas, e que é de difícil acesso e policiamento.

O cabo Vitor Roepke pilotou o drone no sábado (19) e destacou o funcionamento do equipamento. Ele detalha que a bateria do drone tem autonomia média de 15 a 17 minutos e o equipamento de Guarapari possui três baterias – que podem ser alternadas ao longo do dia.

Ele também explica que a vantagem do drone, além de auxiliar no trabalho preventivo, permite dar agilidade ao atendimento a situações de emergência. Casos de afogamento, crianças perdidas e alerta embarcações próximas aos banhistas podem ser alertados pelas imagens do drone.

“O drone auxilia tanto preventivo quanto no auxílio de situação que já esteja acontecendo. No caso, por exemplo, de alguém que fez um roubo e se escondeu na mata, em algum lugar, pode usar o drone nas buscas”, explica. Ele também destaca que o pouso do drones só não pode ser feito de locais próximos de aeroportos e locais de pouso e decolagens de helicópteros, a fim de garantir a segurança.

O Tenente-coronel Pessanha explicou que o policiamento de Guarapari está sendo reforçado com mais 270 policiais que estão atuando na cidade, 40 viaturas, e o apoio, por exemplo, do Batalhão de Trânsito e da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp).

Conselho de Ministros de Portugal aprovou proposta de regulação do uso de drones

Gov. de Portugal e Diário de Notícias

Portugal – O Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei que regula a utilização de aeronaves não tripuladas (drones) e estabelece as regras de operação e de autorização quanto à sua utilização civil no espaço aéreo nacional. A proposta será enviada à Assembleia da República.

Perante o fácil acesso a estas aeronaves e o potencial de risco a ele associado, impunha-se a criação de um quadro normativo de fácil entendimento que determinasse as regras de operação no espaço público, sem inibir o potencial desenvolvimento de atividades econômicas, de inovação e de atração de investimento.

Governo aprovou proposta de regulação do uso de drones. Foto: © Ivan del Val / Global Imagens

Nesse sentido, além de definir regras claras de operação, esta proposta de lei consagra a adoção de mecanismos de prevenção que mitiguem o risco associado ao uso destes equipamentos, assim como a capacitação das entidades com competência de fiscalização.

O objetivo é garantir um controlo eficaz sempre que a operação de drones possa constituir uma ameaça para a segurança pública ou para o patrimônio.

Em 5 de julho, o Conselho de Ministros já tinha aprovado um decreto-lei que estabeleceu o sistema obrigatório de registo e de seguro de responsabilidade civil obrigatório para os drones.

A aviação civil reportou, entre janeiro e setembro de 2018, 43 incidentes com drones, segundo a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), 27 dos quais no verão, o que representa mais de 60% das ocorrências naquele período.

Em 2017, a ANAC registou 37 incidentes com drones – 36 pela aviação civil e um por um avião militar – e instaurou 17 processos e apresentou nove denúncias junto do Ministério Público.

Em 2013 e 2014 o regulador do setor da aviação não teve relatos deste tipo de incidentes, enquanto em 2015 a ANAC recebeu reportes de cinco ocorrências, número que mais do que triplicou para 17 em 2016.

O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de janeiro de 2017, proíbe o voo de drones (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos.

Em 28 de julho passado entrou em vigor o decreto-lei n.º 58/2018, que torna obrigatórios o registo destes aparelhos com mais de 250 gramas, a contratação de um seguro de responsabilidade civil para drones acima dos 900 gramas e estipula “um quadro sancionatório aplicável a quem violar estas obrigações, de forma a dissuadir e censurar adequada e proporcionalmente condutas de risco que podem colocar em causa a segurança de todos”.

O documento estabelece que a violação das regras no uso dos drones pode ser punida com multa entre 300,00 e 7.500,00 euros, além da suspensão temporária ou apreensão dos aparelhos.

O regulador nacional da aviação salienta que o diploma do Governo “vem complementar” o regulamento da ANAC n.º 1093/2016, “dado que este regulamento estabelece apenas as condições de utilização do espaço aéreo (regra do ar para pilotos de drones)”.

Drone chinês Wing Loong I-D faz voo inaugural bem-sucedido

Portuguese People

Beijing – No dia 24 dezembro, o drone chinês Wing Loong I-D, o mais novo modelo da família de aeronaves não tripuladas Wing Loong, realizou seu voo inaugural. O equipamento decolou de um aeroporto no oeste da China. Após 30 minutos, completou o primeiro voo, informou a Companhia da Indústria de Aviação da China (AVIC).

Trata-se do primeiro drone deste tipo na China, com fuselagem construída com material totalmente composto. De longa resistência e recém-desenvolvido, funciona com alta performance, a uma altitude média e em várias missões.

Drone chinês Wing Loong I-D faz voo inaugural bem-sucedido. Foto: Divulgação

15 novos pilotos de RPA são certificados em Florianópolis pelo Corpo de Bombeiros

Ascom CBMSC

Santa Catarina – Foi concluída a 3ª edição do curso para piloto de RPA (Remotely Piloted Aircraft) popularmente conhecida como “drones”. As instruções foram realizadas entre 17 à 21/12 no Centro de Ensino Bombeiro Militar – CEBM. Após 40 horas aula, 15 alunos alcançaram média acima de 8 e receberam brevê para o exercício da atividade.

O curso reuniu Bombeiros Militares do CBMSC, do extremo Oeste ao Litoral, além de dois alunos externos: 1º Tenente Silvia Amélia de Souza Paula, do Batalhão de Operações Aéreas de Minas Gerais e Soldado PM Estevão Chudzik Ruza, do 10º Batalhão PM de Blumenau. Como destaque, a Soldado BM Tainara Monteiro de Freiras foi certificada como a primeira piloto feminina formada no CBMSC.

15 novos pilotos de RPA são certificados em Florianópolis. Fotos: Soldado BM Jackson Jacques e Soldado BM Taina Monteiro de Freitas.

Dois palestrantes foram convidados para enriquecimento das aulas. Diego Hemkmeier, Engenheiro Ambiental da IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) discursou sobre fotogrametria, medição das distâncias e dimensões reais dos objetos por meio de fotografia, cartografia e levantamento da topografia local com uso de RPAs. A empresa Bembras palestrou com um de seus representantes com a demonstração das RPAs mais modernas na atualidade, modelos Mavic 2 interprise e Matrice 210, que tem como diferencial opções de zoom e câmera térmica.

Durante o curso, o Cabo BM Manoel Ferro Ferreira demonstrou aos alunos as possibilidades de adaptação às RPAs existentes. Em parceria com uma universidade de Criciúma, o Cabo desenvolveu um protótipo para futuro emprego na área de salvamento aquático. O projeto utiliza um drone para transporte de cargas de até 1,3kg, podendo carregar um flutuador (para auxílio à vitimas de afogamento) e até mesmo remédios e suprimentos. Como diferencial no mercado de drones, o protótipo pode desprender o flutuador com o uso de imãs e garantir a entrega em mãos para a vítima, além do baixo custo de aquisição. O projeto utiliza como modelo a Rpa Phantom 4.

15 novos pilotos de RPA são certificados em Florianópolis. Fotos: Soldado BM Jackson Jacques e Soldado BM Taina Monteiro de Freitas.

Para o próximo ano, o CBMSC planeja instruir as aulas teóricas de RPA à distância, a fim de disponibilizar maior tempo livre para as aulas práticas que por vezes são prejudicadas por condições climáticas. A instituição tem como meta alcançar o índice de 80 pilotos de RPA formados no Estado, incluindo todos os batalhões. O projeto prevê que após a certificação dos pilotos, sejam necessárias apenas recertificações, devido às mudanças tecnológicas.

Atualmente, o CBMSC atua com 19 RPAs no Estado. Além de instruir e certificar os novos alunos, o curso foi importante como comparativo dos equipamentos utilizados pela Corporação com as aeronaves mais modernas do mercado, mostrando aos militares as limitações do drones usados e a necessidade de investimentos para continuidade das atividades no CBMSC.

Câmara aprova monitoramento por drone para a Guarda Municipal de Serra, ES

Câmara do Vereadores e Tempo Novo

Espirito Santo – A Câmara Municipal da Serra aprovou durante a sessão desta quarta-feira (12) o Projeto de Lei 200/2018, que institui, no âmbito da Guarda Municipal da Serra, a política de monitoramento por drone, veículo aéreo não tripulado.

A proposta tem como diretrizes as implementação de novas tecnologias, oferecendo maior sensação de segurança à população; economicidade e redução dos riscos à integridade física dos agentes. Agora, a proposta segue para análise do prefeito da Serra.

Segundo o proponente do projeto, Pastor Ailton (PSC), cidades como São Paulo já adotaram a iniciativa. “O prefeito de São Paulo anunciou o lançamento do programa Dronepol, que vai monitorar áreas de difícil acesso, ocupações em áreas de risco e grandes eventos com a ajuda de drones. Precisamos ficar atentos aos avanços tecnológicos, principalmente quando o assunto é a segurança do cidadão”, lembrou.

Foto: Divulgação /PMS

Prefeitura de São José dos Campos publica edital para aquisição de drones para a Guarda Municipal e Defesa Civil

Licitacoes-e | Meon

São Paulo – Drones serão utilizados pela Guarda Municipal e Defesa Civil de São José dos Campos para o fiscalização e monitoramento da cidade. A licitação para compra de três aparelhos foi aberto na terça-feira (18). O valor unitário máximo definido pelo edital é de R$ 11.545,00 e total é de R$ 34.635,00.

De acordo com a prefeitura, o objetivo da utilização dos drones é monitorar grandes aglomerações de pessoas em eventos pela Guarda Civil e áreas de risco pela Defesa Civil.

Inicialmente as imagens serão enviadas somente para o aparelho do operador, mas depois serão integradas ao sistema do COI (Centro de Operações Integradas), responsável pelo monitoramento das imagens das câmeras espalhadas por áreas públicas pela cidade.

Ainda de acordo com a prefeitura, após o processo de licitação, os operadores receberão um treinamento próprio para pilotar o drone. A previsão da administração é de que no primeiro semestre de 2019 o drone já esteja em funcionamento.

Policiamento de trânsito da PM do Mato Grosso do Sul testa drones para fiscalização e monitoramento de tráfego

Campo Grande News

Mato Grosso do Sul – O BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) vai usar drones para fiscalizar as infrações de trânsito em Campo Grande. Desde segunda-feira (10), flagrantes são registrados pelas vias mais movimentadas da Capital. Na manhã de sexta-feira (14), as equipes estiveram na Afonso Pena com a Pedro Celestino. Mas por enquanto, ninguém será multado. A primeira fase é de educação dos motoristas.

O tenente Everton Myller, comandante do setor de Policiamento de Fiscalização com Drones, explica que a ação será itinerante. “É feito um planejamento semanal, a gente analisa os pontos mais críticos com maior número de veículos, mas não tem um fixo, cada dia estamos em um local”, comenta.

Policiamento de trânsito testa drones que vão multar até na madrugada. Foto: Campo Grande News.

Conforme o tenente, os drones têm mostrado que algumas infrações são mais recorrentes, a exemplo da ultrapassagem no sinal vermelho, com a média de mais de 40 infrações por dia. Ele cita, como exemplo, a Avenida Ernesto Geisel, no cruzamento com a Rua Brilhante, além da Avenida Lúdio Coelho.

“Em 15 minutos foram flagrados 30 condutores ultrapassando sinal vermelho na Lúdio, isso acontece principalmente nas primeiras horas do dia. Acho que o pessoal sai de casa atrasado para o serviço e vai ultrapassando todos os sinais”, explica.

Além disso, a falta do uso do cinto de segurança, o uso do celular, estacionar em fila dupla, conversão irregular e estacionar em locais proibidos também serão flagrados pelos equipamentos. Everton frisou que na questão do uso de celular, os motoristas de aplicativo estão à frente e até isso os drones conseguem registrar.

Os equipamentos ficam de 15 a 30 metros do chão e pegam nitidamente imagens dos veículos nas vias. “É possível ver até a tarja da placa, o vídeo é bem nítido”, comenta o cabo Marcos Peter, um dos envolvidos nos testes hoje pela manhã.

Atualmente, a Bptran conta com um aparelho no valor de R$ 15 mil. Mais três iguais estão chegando e a previsão é que outros dois drones no valor de R$ 80 mil fortaleçam o trabalho. Até o final do mês videomonitoramento já começa a confeccionar o auto de infração.

Nessa fase de testes, dois agentes saem para o monitoramento, enquanto um sobe o drone o outro auxilia na direção do aparelho. Já quando a operação passar da fase de teste, serão disponibilizadas Vans Blitz com no mínimo de quatro agentes, dois no manuseio e dois dentro do veículo confeccionando os autos.

“A gente tem que se adaptar ao meio de tecnologia, porque vemos que o crime organizado vem utilizando essa ferramenta e chegamos à conclusão de que a gente tem que se adequar também, quanto mais ferramentas tecnológicas, maior vai ser prevenção”, concluiu Myller.

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