- Anúncio -
Início Tags Coronavírus

Coronavírus

Air Jet Táxi Aéreo prepara aeronaves e equipes para transportar pacientes com COVID-19

São Paulo – Para agilizar a remoção de pacientes graves diagnosticados com COVID-19, a Air Jet Táxi Aéreo, uma das empresas do grupo que controla a Prevent Senior, possui dois helicópteros e dois jatos preparados como UTIs Aéreas, além de equipes treinadas para atender com segurança o paciente e sua família.

As aeronaves são dotadas de cápsulas de isolamento conectadas a equipamentos médicos que incluem respiradores. O atendimento aéreo está previsto no plano de saúde e já é utilizado pela operadora para outras enfermidades. Sem custos adicionais aos beneficiários da Prevent, os serviços também estão disponíveis ao mercado.

As quatro aeronaves estão aptas a fazer o transporte de pacientes de São Paulo e de outras regiões do Brasil. A sede da Air Jet fica no Aeroporto Campo de Marte, zona norte de São Paulo. Uma aeronave já foi utilizada na semana passada para transportar uma paciente de Marília para a capital.

Os helicópteros AS365N2, EC135 e os dois jatos Learjet (31 e 45) possuem espaço para transportar dois profissionais de saúde, piloto, copiloto e paciente. As tripulações seguem as orientações governamentais e de segurança, utilizando equipamentos de proteção individual (IPI) e realizando a higienização da aeronave em cada transporte.

Governo do Pará reforça hospitais com mais leitos, equipamentos e serviço aeromédico para a população

Pará – O Governo do Pará está reforçando hospitais com mais leitos, equipamentos e transporte aeromédico para a população. Na tarde de quinta-feira (7), o serviço aeromédico de Santarém realizou o terceiro transporte de paciente com sintomas de COVID-19.

Uma mulher de 31 anos foi levada pelo helicóptero Saúde 01 ao Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, oeste paraense. A paciente foi transferida do município de Itaituba para a UTI Adulto do HRBA.

As bases de transporte aeromédico instaladas em Belém e Santarém atendem as populações de municípios mais distantes dos centros de referência. Além disso, o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP) e empresas de táxi aéreo são utilizadas no transporte de equipamentos.

Serviço aeromédico de Santarém realizou o 3º transporte de paciente com sintomas de COVID-19.

Novos leitos HRBA – Santarém

O HRBA é uma das unidades de referência para o atendimento de casos graves de COVID-19 na região Oeste do Pará. O hospital ganhou cinco novos leitos de UTI Adulto e transformou 12 leitos comuns de internação em leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus.

No total são 153 leitos, sendo 47 leitos para COVID-19, divididos em 27 leitos de UTI Adulto, 4 leitos de UTI Pediátrica, 1 leito de UTI Neonatal e 15 leitos de Enfermaria. Até a manhã de quinta-feira (7), o hospital alcançou a marca de 20 pacientes recuperados após internação relacionada ao novo coronavírus.

Mais equipamentos para hospitais

O Estado investiu R$ 100 milhões para a compra dos 400 kits de UTI contendo: 400 respiradores, 400 monitores multiparamétricos, 400 oxímetros de pulso e 1.600 bombas de infusão. Na madrugada de segunda-feira (4), foram recebidos 152 respiradores e 1.580 bombas de infusão que fazem parte da primeira leva de equipamentos comprados da China pelo Governo do Pará.

No mesmo dia, o Estado embarcou 25 respiradores e bombas de infusão para atender os Hospitais de Campanha de Santarém (10 respiradores e 40 bombas), Marabá (10 respiradores e 40 bombas) e Breves (cinco respiradores e 20 bombas). Foram destinados também quatro respiradores e 16 bombas de infusão para Capanema.

Na terça-feira (5), Hospital Regional de Tucuruí (HRT), sudeste do Pará, recebeu mais um respirador, quatro bombas de infusão e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os equipamentos foram transportados por empresa de Táxi Aéreo contratada pelo Governo. Foi utilizado um avião EMB 120 “Brasilia”.

No mesmo dia, um avião Cessna 208 “Caravan” do Grupamento Aéreo de Segurança Publica do Pará (GRAESP) transportou 3 respiradores e 12 bombas de infusão para cada um dos Hospitais Regionais dos municípios de Redenção, Parauapebas, Altamira e Abaetetuba.

Serviço aeromédico inglês pede doação para ampliar seu serviço no combate à pandemia de COVID-19

Reino Unido – Trabalhando em parceria com o Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra e com o Serviço de Ambulância da Costa Sudeste (SECAmb), a operadora Air Ambulance Kent Surrey Sussex (AAKSS), um dos mais eficientes e reconhecidos serviços aeromédicos do Reino Unido, solicita ajuda financeira através de doações para ampliar seu serviço no combate à pandemia de COVID-19.

A AAKSS é uma instituição sem fins lucrativos e trabalha através de doações para financiar seu serviço. Para salvar vidas, o Serviço Médico de Emergência em Helicópteros (HEMS) necessita de cerca de 14 milhões de libras por ano. 89% são arrecadados por doações públicas e captação de recursos através de eventos, sorteios, caixas de coletas, etc.

O serviço de Ambulância Aérea Kent Surrey Sussex é composto por três aeronaves, duas AW169 e uma MD902. Foto: AAKSS.

Suas equipes de pilotos, médicos e paramédicos voam mais de 2.500 missões por ano e foi a primeira e única Ambulância Aérea do Reino Unido a operar seus helicópteros 24 horas por dia, 7 dias por semana. A AAKSS possui uma frota de três helicópteros, dois AW169 e um MD902. O serviço já atendeu a mais de 30.000 ocorrências desde sua criação em 1989.

No final do ano passado, o serviço passou a utilizar em suas aeronaves sistema de transmissão de dados de pacientes do helicóptero ao hospital de destino. Permite que eletrocardiograma (ECG), temperatura corporal, ritmo cardíaco, taxa de pulso e respiração e pressão arterial possam ser monitorados por todos, em tempo real.

Com a pandemia do COVID-19, a instituição beneficente está enfrentando um aumento de custos e uma diminuição na renda tendo em vista o cancelamento de grandes eventos realizados para captação de recursos. Além disso, ampliaram suas atividades rotineiras para ajudar na luta contra o coronavírus.

Os 14 milhões de libras por ano não são suficientes e precisarão de mais 535 mil libras. O transporte de pacientes graves nesse momento de pandemia exige investimentos na segurança da tripulação, pacientes e aeronaves. Para isso estão adquirindo equipamentos de proteção individual (EPI), controles de proteção contra infecções e equipamentos médicos especializados.

David Welch, CEO da AAKSS em um comunicado disse que “prevemos que esses equipamentos, juntamente com o transporte associado e os custos adicionais, totalizem £ 535.000, além dos custos de funcionamento existentes, tudo em um momento em que a captação de recursos é realmente um desafio. Esse é o apelo mais importante que a KSS já lançou. Nunca em nossos 30 anos de história tivemos que pedir apoio público com essa urgência”.

Equipe aeromédica do Saúde 01 transporta 2º paciente suspeito de COVID-19 para o HRBA, em Santarém

Pará – Na terça-feira (5), o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) recebeu o segundo paciente transportado por meio do Serviço Aeromédico do Governo do Pará. Um homem de 57 anos foi transferido pelo helicóptero Saúde 01 (Base Santarém) de uma unidade de saúde do município de Oriximiná, com suspeita de COVID-19.

Com o quadro clínico considerado grave, o paciente ocupou um dos leitos de UTI no HRBA, unidade de referência para o atendimento na região Oeste do Pará. O primeiro paciente transportado pelo Serviço Aeromédico aconteceu no dia 23/04. Após seis dias de tratamento na unidade, em um leito Semi-Intensivo, o paciente de 47 anos recebeu alta no dia 29/04. Até o momento, são 19 pacientes recuperados de coronavírus no HRBA.

O Serviço Aeromédico oferece mais agilidade ao atendimento da população, que precisa se deslocar de sua cidade para uma unidade de saúde referência no atendimento de COVID-19. A base aeromédica de Santarém atende a população de 15 municípios, com possibilidade de ampliação da área de cobertura.

O HRBA presta atendimento gratuito a uma população de 1,3 milhão de pessoas, residentes em 28 municípios do Oeste do Pará. A unidade, que está entre os dez melhores hospitais públicos do Brasil, é reconhecida pelos atendimentos de média e alta complexidade, com destaque para tratamento oncológico, onde é referência para toda a Região Norte do país.

Serviço aeromédico de Santarém transporta segundo paciente suspeito de COVID-19.

Em quatros dias, aeronaves da PM resgatam pessoas, transportam órgãos e levam vacinas a municípios do Paraná

Paraná – Equipes do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) estão empenhadas nas atividades rotineiras e também nas ações de suporte logístico da Secretaria de Saúde do Estado. Por isso precisam estar equipadas e treinadas para resgatar feridos, transportar pacientes graves e órgãos para transplante e levar vacinas e testes para aqueles que precisam dos medicamentos.

Os helicópteros e aviões, nos últimos quatro dias voaram 27 horas. Pessoas precisaram da ajuda desses profissionais. Foram transportes e resgates. No sábado (02), o helicóptero Falcão 03 foi acionado para remoção aeromédica de um homem de 59 anos, vítima infarto agudo do miocárdio, da cidade de Tunas do Paraná para o Hospital do Rocio, em campo Largo.

No domingo (03), a equipe do Falcão 03 foi acionada novamente, mas dessa vez para resgate aeromédico de uma vítima de queda de árvore (cerca de 20 metros), em Quatro Barras. Um homem de 42 anos teve fratura de pelve e choque hipovolêmico (hemorragia interna). Depois de estabilizado pela equipe médica foi levado de helicóptero ao Hospital Cajuru, em Curitiba.

Mas não para por ai, na segunda-feira (04), foi a vez das equipes do helicóptero Falcão 04 e bombeiros do SIATE, resgatarem uma vítima de atropelamento por trator em Campo Largo. Um homem de 60 anos, com múltiplas fraturas na região do tórax e perfuração no pulmão, foi atendido e estabilizado pela equipe médica e transportado com a aeronave para o Hospital do Rocio, em Campo Largo.

Mesmo com os atendimentos aeromédicos, as equipes encontram tempo para outras missões. Prestam apoio à Secretaria de Saúde do Estado e ao Centro de Medicamentos do Paraná (CEMEPAR). O BPMOA empregou um avião e um helicóptero para transportar quatro órgãos para transplantes, testes para COVID-19 e 102 mil vacinas H1N1 para os municípios de Foz do Iguaçu, Toledo, Umuarama, Campo Mourão, Cornélio e Jacarezinho.

“Nesse momento de crise, nossas equipes e as aeronaves estão ajudando no apoio logístico à Secretaria de Saúde e realizando os atendimentos emergenciais para as pessoas feridas ou com doenças graves. Precisamos estar atentos às regras de assepsia, limpeza das aeronaves e uso de equipamentos de proteção individual. Somos uma equipe preparada para essas adversidades”, comentou o Tenente Coronel, Julio Pucci, Comandante do BPMOA.

Os números do serviço aeromédico americano e o impacto da pandemia de COVID-19 no setor

Eduardo Alexandre Beni

EUA – A indústria aeromédica (Medical Evacuation – MedEvac) nos Estados Unidos da América é uma das maires do mundo e combina dois grandes setores, a aviação e a assistência médica. Os números americanos impressionam e percebe-se que esse mercado é demandado em todos os países, especialmente em razão da pandemia de COVID-19.

Nos EUA, diante de todas as demandas atuais, o presidente Donald J. Trump autorizou no dia 27 de março a ajuda de US$ 100 bilhões para serem distribuídos pela Administração a prestadores de serviços de saúde, incluindo hospitais que combatem esta doença.

Mesmo assim, no dia 17 de abril a Associação de Serviços Aeromédicos (Association of Air Medical Services  – AAMS), com sede em Alexandria, Virgínia, solicitou ao Congresso Americano o aporte de US$ 815.920.000,00 para o setor. Já havia solicitado no dia 07 de abril financiamento por seis meses de US$ 254.424,00 por aeronave, para uma alocação total de US$ 363.571.425,00.

Além de ter havido uma redução de 40% nos voos aeromédicos, os serviços continuam gastando recursos adicionais para aquisição de equipamentos, insumos hospitalares, treinamento, afastamento de tripulação, contratações extras, relacionados ao COVID-19. Segundo a AAMS, até o momento, as ambulâncias aéreas já transportaram mais de mil pacientes infectados com COVID-19.

Segundo o estudo em 2017 da MedEvac Foundation International, dos transportes aeromédicos de pacientes em ambulâncias aéreas realizados nos EUA, 37% são segurados pelo Medicare, 26% seguro comercial, 24% Medicaid, 10% não têm seguro e 2% recebem seguro através de algum outro programa do governo.

Para entender melhor a magnitude dos números e a importância desse serviço nos EUA, a AAMS apresentou alguns dados relevantes em tempos de normalidade:

  • A cada 90 segundos, um helicóptero aeromédico responde a uma chamada para ajudar uma pessoa necessitada.
  • Quase 50 milhões de americanos vivem a mais de uma hora de distância de um centro de trauma de nível 1 ou 2 e os helicópteros permitem um aumento de aproximadamente 38% ao acesso da população desses centros.
  • Os helicópteros e aviões transportam aproximadamente 400.000 pacientes anualmente.
  • Os aviões transportam mais de 100.000 pacientes por longas distâncias anualmente.
  • Nos Estados Unidos, existem mais de 1.400 aeronaves aeromédicas (aviões e helicópteros) com pessoal e equipamentos adequados para transportar e tratar os pacientes, em mais de 1.050 bases.
  • O transporte aeromédico em aviões e helicópteros de pacientes graves reduz o número de dias necessários no hospital / UTI e pode resultar em uma melhor recuperação ao paciente.

Segundo a AAMS, os aviões e helicópteros aeromédicos são frequentemente acionados para atendimento de vítimas de acidente, traumas graves, paradas cardiorrespiratórias ou derrames, especialmente nos casos em que o fator tempo é fundamental.

Aproximadamente 70% dos transportes de pacientes são entres hospitais e 30% são transportes/resgates de pacientes de uma cena de acidente. As aeronaves oferecem um acesso significativamente melhor aos pacientes que moram em áreas mais remotas ou sem estrutura hospitalar para a especialidade.

Na história americana, como mundial, percebemos que esses serviços começaram a ser estruturados em momentos de necessidade. Alguns fatos históricos marcaram o início desses serviços no EUA. Em 1926, o Exército Americano usava um avião convertido para transportar pacientes da Nicarágua para um hospital no Panamá. O transporte utilizando helicópteros começou durante o conflito coreano nos anos 50.

A Polícia Estadual de Maryland transportou em helicóptero o primeiro paciente ferido em acidente de trânsito em março de 1970 e o primeiro serviço civil de helicóptero médico hospitalar foi estabelecido em 1972 no St. Anthony’s Hospital em Denver, Colorado.

First Medevac Mission, March 19, 1970.

Diante dessas experiências adquiridas ao londo das décadas, o estudo da MedEvac Foundation International abordou a capacidade dos Serviços Médicos de Emergência em Helicópteros (HEMS) e apontou como sendo um elo vital para os sistemas de saúde de muitos países ao redor do mundo.

No entanto, esses serviços não existem em muitos países, inclusive nas regiões economicamente desenvolvidas. Assim, o objetivo do trabalho foi apresentar soluções para qualquer nação desenvolvida ou em desenvolvimento utilizar como guia, a fim de estabelecer sistemas aeromédicos em seu país.

Estamos presenciado a necessidade dessas nações possuírem estruturas organizadas e preparadas para situações de crise, como essa que estamos enfrentando. Aqueles que possuem estão conseguindo auxiliar os sistemas de saúde com mais eficiência, realizando o transporte de pacientes graves e até mesmo de equipamentos e insumos hospitalares para áreas remotas ou que precisam de ajuda.

Como a necessidade demanda ações imediatas, a pandemia de COVID-19 exigirá que governos estruturem melhor seus serviços de assistência médica à população, inclusive o aeromédico. O mundo passa por uma crise e os sistemas terão que ser remodelados.

Aviões da Segurança Pública transportam equipamentos e insumos hospitalares para ajudar no combate ao COVID-19

Nos últimos dias, além das missões rotineiras da Aviação de Segurança Pública, os operadores estão trabalhando de forma coordenada e aeronaves são utilizadas para transportar equipamentos e insumos hospitalares para o combate à pandemia de COVID-19 nas regiões nordeste, norte e sul do Brasil.

Os transportes são realizados por Unidades Aéreas Públicas (UAP) de todo o Brasil. Na última semana o Grupamento Tático Aéreo (GTA) de Sergipe, Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) do Paraná e o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) do Acre, empregaram seus aviões nas missões.

Na sexta-feira (24), o GTA de Sergipe utilizou um avião da frota para buscar testes para COVID-19 na cidade de Maringá (PR). Com o transporte, o material chegou em Aracaju quase uma semana antes do previsto. O avião nessas missões é mais eficiente pois pode percorrer longas distâncias, rapidamente.

Na manhã de quinta-feira (29), uma operação foi montada para transportar 4 ventiladores mecânicos completos, 10 monitores multiparâmetro e cerca de 300 kits de testes para COVID-19 em Santa Catarina, sul do país.

Os aviões Arcanjo 02 e 04 do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros decolaram de Florianópolis para transportar materiais para as cidades de Tubarão, Criciúma, Araranguá, Chapecó e Concórdia. As duas aeronaves voaram um distância de aproximadamente 1.110 quilômetros em aproximadamente 4,5 horas de voo.

O BPMOA do Paraná continua seu trabalho de apoio à Secretaria Estadual de Saúde (SESA) no interior do Estado com o transporte de exames para análise no Laboratório Central. Durante esse período estão sendo atendidos os municípios de Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama, Guarapuava e Pato Branco, com mais de 16 trechos de voos para a SESA, apenas nessa semana com o avião Falcão 05.

Na quarta-feira (29), o CIOPAER do Acre realizou a distribuição de materiais hospitalares, como medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde na região do Juruá. As entregas estão sendo feitas a cada 15 dias com o avião Harpia 02.

O estado também recebeu 40 cabines que permitem uma terapia respiratória alternativa à intubação. O modelo é uma inovação utilizada pelo grupo Samel produzido pela indústria Transire, ambos de Manaus, AM. Essa entrega faz parte de uma doação de 100 unidades.

A cabine foi desenvolvida para ser uma barreira de proteção. Com uma montagem simples visa diminuir os riscos de contágio dos profissionais de saúde. Com armação formada por canos de PVC, a cabine é revestida por película de vinil transparente, que oferece visibilidade ao paciente e, ao mesmo tempo, auxilia na contenção do contágio.

Coordenação de Operações Aéreas transporta paciente com COVID-19 de Itaboraí para Vassouras, RJ

Rio de Janeiro – A Coordenação de Operações Aéreas da Subsecretaria Militar do Gabinete de Segurança Institucional (COA SSM/GSI), em apoio ao Corpo de Bombeiros e Secretaria de Saúde, realizou no dia 23 de abril o transporte aéreo de uma senhora diagnosticada com COVID-19, do município de Itaboraí para o Hospital no município de Vassouras.

A Paciente de 61 anos encontra-se respirando através de ventilação mecânica e dependente de medicamentos através de bomba de infusão, sendo necessária a utilização de uma aeronave com equipamentos que atendessem as necessidades da enferma.

Devido ao espaço de cabine disponível no helicóptero EC135 da COA e da qualificação da equipe, foi possível o uso da capsula de isolamento, bem como dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Como os helicópteros da COA e da Polícia Civil possuem mais espaço de cabine, estão auxilando o Corpo de Bombeiros no transporte desses pacientes.

Nesse momento de crise, a COA SSM/GSI, que é responsável pelo transporte do governador, auxilia no transporte de pacientes COVID-19, pois atendem às necessidades daqueles que necessitam de ventilação mecânica e de medicação através de bomba de infusão, além do auxílio em transportes de órgãos, que faz sempre que solicitado.

A missão foi realizada pelo piloto Ten Cel PM Rodrigo Lima, Copiloto Maj BM Bruno Cesar e pela equipe médica formada pelo Cap BM Médico Vinícius Moraes, Cap BM Enfermeiro Wagner Bonin e Subten BM Machado, técnico de enfermagem.

Na quarta-feira (15), o Corpo de Bombeiros Militar, em parceria com a Polícia Civil, realizou o primeiro transporte aéreo entre hospitais de uma vítima com suspeita de COVID-19. O paciente foi transportado em um capsula de isolamento no helicóptero Bell Huey II da Polícia Civil, da cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana, para Miguel Pereira, no sul do Estado do RJ.

Helicópteros provam ser grandes aliados no combate à pandemia de COVID-19

EDUARDO ALEXANDRE BENI

Flexibilização de algumas regras, sem afetar a segurança, viabilizaram operações de socorro.

Os helicópteros estão provando ser um trunfo importante na pandemia do novo coronavírus. Para voos de curta distância (20 a 30 minutos), operações em áreas remotas, lugares que não possuem infraestrutura, apresentam-se como os mais versáteis para o transporte seguro de equipes médicas e pacientes com COVID-19.

O espaço se torna um fator-chave para os helicópteros, pois nem todos possuem essa capacidade. Os que oferecem cabines menores passam por dificuldades ao embarcar um paciente com a doença, pois além dos equipamentos rotineiros, terão que enfrentar o uso de uma capsula de isolamento e de equipamentos de proteção individual em espaços apertados, que podem afetar a segurança da operação.

Por isso, algumas aeronaves com mais espaço de cabine estão sendo muito utilizadas nessa atividade, por operadores militares e civis. A Leonardo com os AW139, AW169, AW159 Wildcat e AW101 Merlin; a Airbus com os H135, H145, AS332 e H225; a Sikorsky com os S-76, Black Hawk; a Bell com os 429, 412, UH-1H; Boeing CH-47 Chinook, oferecem mais espaço e por isso são mais utilizados no mundo.

Esses helicópteros tem mais capacidade para limitar o risco de contágio às tripulações e equipes médicas e possibilitam soluções específicas de biocontenção, além de facilitar procedimentos de higienização e limpeza da aeronave e equipamentos.

Outra preocupação dos operadores é não inviabilizar as operações cotidianas em razão do transporte desses pacientes, pois precisam continuar desempenhando suas missões rotineiras de salvamento, resgate e transporte aeromédico.

Em razão da pandemia, a indústria, operadores, agências de aviação civil, órgãos de defesa de todo o mundo estão trabalhando para encontrar soluções de biocontenção suportadas pelos helicópteros utilizados por operadores militares e civis, especialmente as ambulâncias aéreas.

As aeronaves de asa rotativa que possibilitam a separação dos pilotos e passageiros, oferecem melhor funcionalidade e aeronavegabilidade e podem usar componentes mais versáteis, adaptados para equipamentos que salvam vidas, como sistemas de fornecimento de energia, capsulas de isolamento e ventilação aos pacientes, utilizados em unidades de terapia intensiva hospitalares.

Além disso, nessas aeronaves, as macas e as capsulas de isolamento podem ser embarcadas e transferidas diretamente para ambulâncias, sem que haja contato muito próximo do paciente com as equipes, melhorando a velocidade e a eficácia das operações de assistência médica.

Com a busca frenética de soluções nesse momento de crise, todos os envolvidos realizam esforço contínuo no compartilhamento de informações e melhores práticas sobre procedimentos de higienização, antes e depois do transporte do paciente, medidas específicas a serem adotadas durante o voo e procedimentos de embarque e desembarque que devam ser seguidos para limitar o risco de contágio do COVID-19.

Outra preocupação é o impedimento temporário dos cursos tradicionais de treinamento em sala de aula, incomodando os operadores com necessidades urgentes de treinamento. Muitos estão utilizando e recomendando o ensino a distância para cursos de treinamento teórico e até mesmo prático, como por exemplo procedimentos de paramentação e desparamentação de equipamentos de proteção individual.

Nessa crise, muitos ensinamentos estão sendo apresentados. A necessidade em se ter helicópteros capazes de realizar essas missões com segurança, possuir equipamentos adequados, ter equipes preparadas e treinadas, maior integração e cooperação entre operadores civis e militares, possuir estruturas de serviços aeromédicos adequadas e disponíveis, são alguns ensinamentos que podem trazer no futuro um serviço mais estruturado.

Mas há um fator que se apresentou fundamental que é a agilidade nos processos burocráticos com as agências de aviação. Todas elas, rapidamente apresentaram soluções para viabilizar o transporte desses pacientes.

A EASA, Agências dos países da Europa, da América do Norte, Órgãos de Defesa, ANAC Brasil, e outras, criaram sistemas para flexibilizar algumas regras, sem contudo, afetar a segurança. Está dando certo e se continuar assim esses processos precisarão ser repensados, pois saberemos que isso também é possível fazer em “tempos de paz”.

Com todo esse cenário, mesmo com tudo que existe no mundo, nenhum sistema de saúde com ou sem um serviço aeromédico estava adequadamente preparado. Todos, de alguma forma, tiverem que encontrar soluções e vencer burocracias para tentar minimizar a crise. Não fosse a agilidade das agências e dos operadores, esses processos poderiam ter sido muito mais penosos.

Assim, pode parecer clichê, mas é sempre bom reforçar que os ensinamentos do passado e do presente podem fazer nosso futuro muito melhor. Basta planejar e agir.

Bons voos, com segurança e salvando vidas!

Governador do Acre cede avião particular para transportar insumos médicos no combate ao COVID-19

Acre – O governador Gladson Cameli, de forma espontânea e sem ônus ao Estado, cedeu o seu avião particular para o transporte de materiais de exame e medicamentos a cidades com difícil acesso. Na quinta-feira (23), o avião modelo Baron, com capacidade para seis pessoas, fez a primeira viagem, com destino a Santa Rosa do Purus e Jordão. Todas as despesas serão custeadas pelo próprio governador.

Os bancos foram removidos para o acondicionamento das mercadorias. Com esta iniciativa, o governador espera atender a todos os pacientes que precisam fazer o teste de COVID-19 nesses municípios.

O avião ficará à disposição para viagens emergenciais nesse tempo de pandemia. O coronel Negreiros, chefe de Aviação do Gabinete Militar, disse que a operação envolve a Secretaria de Saúde e o CIOPAER (Centro Integrado de Operações Aéreas). Na semana passada, o avião do CIOPAER cumpriu missão semelhante em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter.

Enquanto o aviação do Governador deslocava para Jordão, um avião fretado trazia de Manaus máscaras adquiridas pelo governo. A intenção é fazer cumprir o protocolo de contenção ao novo coronavírus e o decreto assinado pelo governador acreano, obrigando a população a usar máscaras em vias públicas.

Saúde 01 realiza o primeiro transporte aeromédico da UPA de Prainha para Hospital Regional em Santarém, PA

Pará – Para atender as demandas relacionadas ao combate do COVID-19, a Secretaria de Saúde do Pará (SESPA), formalizou na semana passada, a contratação emergencial de serviço de resgate e transporte aeromédico com a empresa Helisul Táxi Aéreo, com implantação de duas bases, uma na cidade de Belém e outra em Santarém.

Na quinta-feira (23), o helicóptero Saúde 01 (AS350B2) da Base Santarém fez seu primeiro transporte aeromédico. Foi acionado pela Central Estadual de Regulação da SESPA para a transferência de um paciente que se encontrava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Prainha.

O paciente, um homem de 45 anos, depois de preparado e estabilizado pela equipe médica foi levado de helicóptero ao Hospital Regional, em Santarém, para tratamento especializado.

Devido a atual situação, as equipes que realizaram o transporte estavam paramentadas com equipamentos de proteção individual para evitar a contaminação da tripulação e dar mais segurança ao paciente. O trajeto entre as cidades é feito de barco e o transporte de helicóptero acaba sendo mais rápido e eficiente.

Rega recebe autorização para transportar pacientes com COVID-19 em condições de baixa visibilidade

Suíça – A operadora de resgate Swiss Air-Rescue Rega (Serviço de Resgate Aéreo Suíço), mesmo durante a pandemia, mantém suas bases de helicópteros e aviões, realizando serviço de resgate aéreo e transporte aeromédico. Emprega helicópteros H145 e AW109 para resgate aéreo, H125 para treinamento e os jatos Bombardier Challenger CL-650 para transporte aeromédico.

Nessa fase viu um declínio no número das missões primárias, devido ao isolamento social, porém está recebendo muitas demandas para transporte aeromédico de pacientes com COVID-19. O primeiro caso aconteceu no dia 11 de março em Ticino, sul da Suíça e que faz fronteira com o norte da Itália. Depois disso, o número de missões relacionadas ao novo coronavírus aumentou.

De 11 de março a 11 de abril, as equipes dos helicópteros transportaram um total de 74 pacientes COVID-19. A maioria dessas operações eram de transportes secundários, nos quais os pacientes são transferidos de um hospital para outro.

As tripulações dos jatos transportaram cerca de 50 pacientes de quatro continentes nas últimas quatro semanas, dos quais mais de uma dúzia de pacientes com COVID-19 ou casos suspeitos.

Isenções regulamentares em situações excepcionais

A fim de garantir atendimento médico e os transportes secundários a partir de Ticino, mesmo em condições de baixa visibilidade, no final de março, a Rega recebeu novas isenções do Escritório Federal de Aviação Civil da Suíça (BAZL) para procedimentos de voo por instrumentos dentro de um curto período de tempo.

Segundo a Rega, isso se aplica, entre outras coisas, aos procedimentos de chegada e partida nos aeroportos das cidades de Agno e Locarno, bem como ao uso “sem restrições de tempo” de uma rota de voo por instrumentos através do Gotthard Pass (Passagem de montanha nos Alpes que liga a Suíça de língua alemã à Suíça de língua italiana. Localiza-se à uma altitude de 6.909 pés).

Agora, a Rega pode transportar pacientes de Ticino, através do Gotthard Pass, mesmo com pouca visibilidade, se os hospitais de Ticino não tiverem capacidade para receber pacientes. Isso se aplica ao período de excepcionalidade e oferece às tripulações da Rega mais opções para voos em condições de baixa visibilidade.

Transporte médico para terapia intensiva com ventilador portátil

Segundo a Rega, cerca de dois terços dos transportes secundários realizados eram chamados transportes especiais de terapia intensiva de pacientes COVID-19, ventilados artificialmente. Quando o paciente é internado na unidade de terapia intensiva de um hospital, a equipe da Rega conecta o paciente a um ventilador móvel (portátil) que garante o suprimento de oxigênio por toda a duração do transporte aéreo.

Todos os helicópteros e aviões da Rega estão equipados com os mais dispositivos de ventilação móvel que atendem aos padrões e são certificados especialmente para uso em aeronaves aeromédicas, bem como, para alguns casos, o uso de unidades de isolamento de pacientes (UIP) ou Patient Isolation Unit (PIU), desenvolvidas pela Rega em 2015.

Unidade de isolamento de paciente (UIP)

A epidemia de Ebola que eclodiu em vários países da África Ocidental em dezembro de 2013, deixou claro que até o momento quase não havia um conceito de transporte seguro e confiável para esses pacientes. Assim, com vários parceiros, a Rega desenvolveu em 2015 uma unidade de isolamento de pacientes (UIP) para transporte aéreo.

A unidade de isolamento e o conceito de transporte permite repatriar ou transportar pacientes com doenças infecciosas, com gasto mínimo de pessoal em seus jatos aeromédicos Bombardier Challenger 650 de maneira relativamente fácil e segura. Antes da pandemia, a UIP era usada, entre outras coisas, em um caso suspeito de Ebola e em pacientes com tuberculose.

O médico-chefe da Rega, Dr. Roland Albrecht, que liderou o desenvolvimento da UIP, explicou que “antes de ser embarcado em um jato aeromédico, o paciente é isolado na capsula com um procedimento rigoroso, que evita o risco de infecção da tripulação durante o voo. Outra vantagem é que o jato não precisa ser limpo e desinfetado posteriormente, ficando imediatamente disponível para um novo uso.”

No entanto, atualmente, pacientes com COVID-19 também estão sendo transportados sem o sistema porque o número de unidades é limitado: “Especialmente no caso de pacientes com ventilação artificial, podemos ficar sem a unidade, porque o sistema de ventilação fechado já minimiza suficientemente o risco de infecção para a equipe. Nesses casos, a equipe médica precisa usar equipamentos de proteção durante o voo.”, diz Albrecht.

Secretaria de Saúde do Pará contrata empresa de Táxi Aéreo para serviços aeromédicos no Estado

Pará – O Governo do Pará vem realizado diversos chamamentos públicos para enfrentamento ao COVID-19, através do Portal da Transparência.

No dia 13 de abril, a Secretaria de Saúde do Pará (SESPA) publicou Dispensa de Licitação no Diário Oficial sobre contratação, em caráter emergencial, pelo prazo de 180 dias, da empresa Helisul Táxi Aéreo para serviços de resgate e transporte aeromédico no Estado.

Segundo a publicação, as cidades de Belém e Santarém foram definidas como bases do serviço aeromédico e a partir delas atenderão pacientes graves entre diferentes municípios do Estado do Pará.

Helicópteros contratados pela Secretaria de Saúde do Pará para serviço aeromédico no Estado.

A coordenação do serviço ficará a cargo da Central Estadual de Regulação da SESPA e serão alocados dois helicópteros, uma para cada base. Além disso cada aeronave deverá possuir equipamentos médicos, material técnico e insumos de Suporte Avançado de Vida para transporte de adultos, crianças, neonatos (incluindo prematuros).

Para a Base Belém, será utilizado um helicóptero EC130 B4 (Saúde 02) com disponibilidade para voar um estimado de 100 horas mensais. Em Belém, a equipe formada por médicos e enfermeiros será constituída por profissionais de saúde da SESPA. Os pilotos serão da Helisul.

Em Santarém será alocado um helicóptero AS350 B2 (Saúde 01) com previsão de 80 horas de voo mensais. Nessa base toda a equipe de voo será formada por pilotos, médicos e enfermeiros da Helisul.

O serviço nas duas bases deverá estar em funcionamento nos próximos dias. As equipes da Helisul e da SESPA passarão por treinamento e as aeronaves estão sendo preparadas para a operação. Esses helicópteros aeromédicos, equipes, equipamentos e insumos contratados pela SESPA aumentarão a capacidade do Estado no atual cenário.

A Helisul Aviação é certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para realizar serviço aeromédico, transporte de cargas e produtos perigosos, conforme Relação das empresas de Táxi Aéreo (RBAC 135) publicada recentemente em razão da Portaria Nº 880/2020.

GRAESP

Além do serviço aeromédico contratado pela SESPA, o Estado do Pará possui o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP) e que, além das atividades policiais e de resgate (operação multimissão), também prestam apoio ao combate da pandemia de COVID-19.

O GRAESP possui uma frota com 11 aeronaves, sendo seis helicópteros e cinco aviões. Em 2019 foram contabilizadas 2.400 horas de voo. Em todo o Pará há cinco bases do GRAESP, localizadas em Belém, Altamira, Marabá, Redenção e Santarém.

Aeronaves da FAB transportam equipamentos e insumos hospitalares para a região norte e nordeste

Brasil – Três aviões da Força Aérea Brasileira realizaram missão de Transporte Aéreo Logístico na quarta-feira (15/04). Um C-99 decolou da Base Aérea do Galeão (RJ), com destino a Base Aérea de Boa Vista (RR), transportando materiais de saúde que serão utilizados no combate à COVID-19 na Região Norte.

Segundo o Tenente Márcio Delibaldo Blumer, Comandante da missão, o avião C-99 é uma das mais versáteis dentro da aviação, atuando desde a evacuação aeromédica até o transporte de autoridades.

“Nessa missão, pudemos levar medicamentos e a esperança de cura para centenas de brasileiros, em meio ao cenário que estamos vivendo. Sinto orgulho de saber que estamos contribuindo para o bem da sociedade”, declarou.

Infográfico com as informações da missão COVID-19

Na mesma manhã, um C-130 Hércules decolou da Base Aérea de Canoas (RS) para a Base Aérea do Galeão, transportando, dentre outros materiais, um molde de fabricação de máscaras faciais tipo Face Shield, doado pela Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER). A carga seguiu, então, em um C-97 Brasília para Recife (PE), seu destino final.

A Operação COVID-19 foi ativada no dia 20 de março para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e tem o objetivo de transportar equipamentos e insumos hospitalares a diversas regiões do Brasil, para auxiliar no combate à pandemia.

Corpo de Bombeiros de SC transporta insumos hospitalares e realiza ação para estimular uso de máscaras

Santa Catarina – Na quarta feira (15), o avião Arcanjo 02 do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros foi acionado para o transporte de insumos hospitalares de Florianópolis para Três Barras. Foram levados 46 recipientes de álcool e 19.000 máscaras de proteção facial, totalizando 12 caixas de materiais que serão utilizados no enfrentamento ao COVID-19 em Santa Catarina.

Depois de percorridos cerca de 490 quilômetros em um total aproximado de 2,5 horas de voo, em Três Barras, as caixas foram transportadas de veículo até a cidade de Mafra. O transporte foi realizado em apoio à Secretaria de Estado da Saúde e à Defesa Civil.

BOA realiza ação para conscientizar o uso de máscara de proteção

Além do transporte realizado, na manhã de quarta-feira, o BOA realizou ação para estimular o uso de máscaras de proteção durante a pandemia do COVID-19. Como forma de reforçar a necessidade do equipamento, o helicóptero Arcanjo 03 fez uso de uma “máscara“.

Até os Arcanjos estão no “clima” de proteção! Faça sua parte! Não deixe de usar máscara facial no enfrentamento a COVID-19!, diz a publicação no Twitter. O uso de máscaras tornou-se obrigatório no Estado para todos os funcionários de serviços autorizados a funcionar no Estado. Além disso, na mesma portaria, a recomendação é que todos os catarinenses que saiam de casa utilizem o equipamento de proteção.

Força Aérea dos EUA testa fluxo de ar em aeronaves para possíveis evacuações em massa de pacientes com COVID-19

Estados Unidos – A Força Aérea dos Estados Unidos está se preparando para possíveis evacuações em massa de pacientes infectados por COVID-19, testando se pode transportar dezenas de pessoas a bordo de suas aeronaves sem primeiro isolá-las em cápsulas de contenção.

Entre os dias 4 e 11 de abril, o Comando de Mobilidade Aérea da Força Aérea dos EUA, em conjunto com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa Estratégica da Universidade de Nebraska (UNMC) e da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conduziu experimentos de fluxo de ar durante uma semana em seis aeronaves diferentes.

Os aviões foram enviados à base da Guarda Nacional Aérea de Nebraska para testar o fluxo de ar e reduzir o risco de tripulações transportando pacientes com COVID-19. “O objetivo foi analisar como o ar em viagens aéreas circulam dentro da aeronave, usando gotículas rastreáveis”, disse o major Dave Sustello, oficial de operações do Esquadrão de Avaliação e Teste da AMC.

As equipes estudaram o fluxo de partículas nas aeronaves KC-135 Stratotanker, C-17 Globemaster III e C-130J Hercules, seguidas de testes nos KC-46 Pegasus, KC- 10 Extender e C-5M Super Galaxy, todas com capacidade para transportar vários passageiros.

Segundo as pesquisas, como regra geral, nessas aeronave o ar flui da frente para trás, o que é uma coisa boa, pois leva o ar para longe dos membros da tripulação. Apesar disso, essas aeronaves possuem configurações diferentes e estão analisando os sistemas para ver onde esse ar flui e se ele pode circular de volta para os pilotos ou para os compartimentos das tripulações.

Além disso, estão estudando formas de acomodar assentos ou beliches para transporte de pessoal. Em casos de evacuação aeromédica, as equipes podem até construir um sistema portátil de assistência médica, transformando o interior da aeronave em uma sala de emergência improvisada.

Os engenheiros primeiro fizeram varreduras geométricas dentro de cada aeronave para determinar a escala do compartimento interno, que possibilitou recriar modelos semelhantes por meio de um projeto auxiliado por computador.

Em seguida, vários testes foram realizados durante o voo e também em solo. Pesquisadores lançaram microesferas de látex de poliestireno, ou partículas com tamanho de um a três mícrons “para simular o tamanho do novo coronavírus”. As partículas também tinham uma assinatura, para que pudessem ser rastreadas sempre que “viajassem” dentro do avião.

As partículas foram marcadas com corante fluorescente com uma assinatura de DNA específica. O teste não apenas avaliava quantas esferas foram encontradas em cada parte da aeronave, mas também exatamente “de onde elas vieram”.

O objetivo é entender se os pacientes podem ser movidos com segurança sem usar o Sistema de Isolamento de Transporte (TIS). No início deste mês, a tripulação e o pessoal médico usaram o TIS pela primeira vez desde o surto de Ebola para transportar três pacientes que testaram positivo para o coronavírus. O TIS, no entanto, só pode transportar de dois a quatro pacientes dentro do compartimento.

O TIS “é um sistema muito conservador”, disse Sustello. A Força Aérea possui 13 unidades TIS prontas para a missão, totalmente configuradas. “Estamos analisando mais uma abordagem que pode levar muito mais passageiros confirmados ou suspeitos de contaminação com COVID-19 e movê-los para onde eles precisam receber cuidados, minimizando os riscos para a tripulação“.

Os resultados do experimento para o KC-135, C-130 e C-17 devem ser entregues ao Comando de Mobilidade Aérea e ao Comando de Transporte dos EUA até o final da semana. Os resultados das três aeronaves restantes devem estar prontos na próxima semana, disse Sustello.

“Há muitos casos aparecendo e estamos sempre procurando maneiras de estar prontos para a próxima luta, e essa luta está aqui no COVID-19. Precisamos descobrir como levaremos uma grande quantidade de pacientes para onde precisem obter os melhores cuidados”, disse Sustello.

As descobertas também podem beneficiar outras agências. Os testes realizados têm como objetivo mitigar o risco para todos aviadores e, ao mesmo tempo, fornecer aos comandantes em todo o mundo a capacidade de repatriar rapidamente o pessoal que está infectado ou exposto ao COVID-19.

A pesquisa não se aplica apenas ao atual surto. As lições aprendidas aqui em Nebraska também serão valiosas para operações futuras.”, disse o coronel Col. John Williams, 155th Air Refueling Wing, Operations Group commander.

Aeronaves testadas:

Governo do RJ utilizou pela primeira vez capsula de isolamento para transportar paciente com suspeita de COVID-19

Rio de Janeiro – Na quarta-feira (15), o Corpo de Bombeiros Militar, em parceria com a Polícia Civil, realizaram o primeiro transporte aéreo entre hospitais de uma vítima com suspeita de COVID-19. O paciente foi transportado em um capsula de isolamento no helicóptero Bell Huey II da Polícia Civil, da cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana, para Miguel Pereira, no sul do Estado.

A cápsula ajuda tanto na segurança do paciente como também das equipes que estão a bordo, pois reduz a carga de trabalho dos tripulantes e da equipe médica. Esse helicóptero foi utilizado para esse trasporte devido seu espaço de cabine, pois favorece o embarque e o desembarque da capsula, possibilita a intervenção médica se for necessária e mantém isolamento dos pilotos e da equipe médica.

Treinamentos

O Corpo de Bombeiros do Rio, através das unidades especializadas do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) e do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP), realizaram treinamentos especiais com os bombeiros militares que atuam no socorro aéreo da corporação sobre o uso correto do equipamento. Assim, foi possível a realização dessa operação.

A capacitação, aliás, incluiu aspectos como desinfecção e montagem, prevenção e controle de exposição e deslocamento do equipamento até a aeronave. A instrução também foi extensiva a agentes da Polícia Civil, que estão dando apoio à operação de transporte.

COVID-19: Leonardo fabrica válvulas plásticas que transformam máscara de mergulho em respiradores para UTI

Itália – Inovação não é apenas projetar soluções vencedoras para o futuro; trata-se também de fornecer respostas tecnológicas rápidas, robustas e altamente eficazes em situações de emergência, exatamente o que Leonardo fez quando houve uma grande demanda por ventiladores em hospitais italianos como resultado da pandemia de Coronavírus.

À medida que o número de pacientes do COVID-19 cresceu rapidamente na Itália, a Isinnova, com sede em Brescia, iniciou um projeto vital para fabricar válvulas plásticas (as chamadas válvulas Charlotte e Dave) que transformam um modelo específico de máscara de mergulho em respiradores para Unidades de Terapia Intensiva.

A Isinnova pediu publicamente aos fabricantes italianos que apoiassem no desenvolvimento e produção das válvulas, a fim de atender aos padrões exigidos pelo departamento de Proteção Civil do país e por outras agências nacionais e internacionais envolvidas no gerenciamento desta emergência.

YouTube player

A Leonardo ofereceu apoio ao projeto, que requer o uso de tecnologia conhecida como impressão 3D . A capacidade da Leonardo foi desenvolvida em seu campus Pomigliano d’Arco Aerotech (o primeiro dos laboratórios Leonardo recentemente lançados) e até agora, foram feitos mais de 200 kits de válvulas.

A Leonardo também está apoiando o projeto da Isinnova em suas fábricas em La Spezia e Livorno, fabricando as válvulas e outros componentes específicos. Isto permitiu produzir seu primeiro modelo 3D para as válvulas e testá-los com sucesso nas máscaras de mergulho.

Além disso, Leonardo está trabalhando com a Proteção Civil e Regiões da Itália para outras aplicações tecnológicas que podem apoiar a crise do COVID-19. Isso inclui a possibilidade de produzir equipamentos médicos em massa, como Face Shields. Os primeiros protótipos de impressão 3D estão prontos no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Leonardo, em Grottaglie.

A Leonardo também está em contato com outras empresas que produzem ventiladores pulmonares para terapia intensiva, a fim de fabricar componentes para respiradores pulmonares e outros componentes.

O aprendizado da Gripe Espanhola de 1918 e sua aplicabilidade no momento atual

SÉRGIO MARQUES
Tenente Coronel PMESP e Historiador

Na primavera de 1918, precisamente no dia 10 de outubro, o jornal “O Combate” destacava, em matéria de capa, os primeiros casos de Gripe Espanhola no território paulista.

A “Influenza Espanhola”, outro nome pelo qual ficou conhecida a moléstia, desde o início de 1918 devastava as tropas litigantes, indistintamente, na I Guerra Mundial. Dos campos de batalhas se espalhou pelas cidades europeias, asiáticas e africanas, adoecendo as populações civis. Morreriam entre 50 a 100 milhões de pessoas no Mundo durante a pandemia (1918 – 1920).

A “moléstia suspeita” nos bairros Paulistanos era chamada de “urucubaca, gripe, influenza, dengue, puxa-puxa…” e possuía sintomas idênticos a algumas moléstias da época, todavia, absurdamente mais grave. O “gripado” sangrava pelos olhos, nariz e ouvido. Adquiria uma cor azulada. Seus pulmões ficavam cheios de secreção. Pela manhã, doentes… À tarde, mortos!

Um agravante importante: ainda não existia o antibiótico, que combateria as infecções oportunistas. A desnutrição também era um fator preponderante no adoecimento da população.

Os moradores dos bairros mais populares e industriais da época, na chamada zona “além Rio Tamanduateí”, que englobava o Brás, Mooca, Belenzinho, Pari, Bexiga, Bom Retiro, além dos distritos suburbanos (Santana, Penha, Lapa, Pinheiros), foram as áreas mais atingidas. Além disso, a falta de higiene e o acúmulo de pessoas no mesmo aposento favoreciam a propagação da doença.

Era hábito das famílias, principalmente, de origem italiana, nos bairros mais populares, em época de calor, transformarem as calçadas em salas de visita, proseando até tarde da noite, sentados em cadeiras, nas portas ou nas guias da calçada.

Como medida protetiva e preventiva, jornais apelavam para que os guarda-cívicos orientassem as pessoas do perigoso costume no período pandêmico.

No dia 17 de outubro, estas foram as primeiras providências tomadas pelos governantes, a fim de evitar a disseminação do vírus:

  1. Governo do Estado: fechamento de todos os “grupos primários” e Escolas Superiores; fechamentos de externatos; proibição de visitas em internatos, Sociedades Esportivas, Literárias e Recreativas; proibição de reuniões, partidas e jogos (Ex.: o Campeonato Paulista de Futebol foi suspenso); e
  2. Prefeitura de São Paulo: fechamento dos jardins públicos e similares (ex.: Parque da Luz, Museu do Ipiranga, Parque da Aclimação, Butantã); proibição de concertos musicais e do acompanhamento de enterros a pé; fechamento de Igrejas, comércio/indústria, teatro/cinema, bares/botecos/restaurantes; proibição de visitar cemitérios.

Em resumo, a proibição se estendia a qualquer aglomeração de pessoas. Com o aumento exponencial da doença e para atender a população adoecida foram criados 40Hospitais Provisórios”, auxiliados pelo apoio da sociedade civil. Alguns locais ainda fazem parte do cotidiano Paulistano:

  • Hospital Santa Casa de Misericórdia (Rua Santa Isabel): 1000 leitos;
  • Imigração (hoje, Museu da Imigração- Rua Parnaíba): 1000 leitos,
  • Seminário Diocesano (Av. Tiradentes): 400 leitos,
  • Mackenzie College (Rua Maria Antônia): 400 leitos,
  • Grupo Escolar Santana (Liga Nacionalista), hoje, Escola Estadual Padre Antônio Vieira (Av. Cruzeiro do Sul): 400 leitos,
  • Colégio Santa Inês (Rua Três Rios): 250 leitos,
  • Clube Atlético Paulistano (Rua Colômbia): 120 leitos.
  • Colégio Sion (Av. Higienópolis): 100 leitos,
  • Mosteiro São Bento: 100 leitos,
  • Colégio São Luiz (Rua Bela Cintra): 100 leitos, e
  • Colégio Sagrado Coração (Largo Sagrado Coração): 80 leitos, dentre outros.

Complementando as ações do Serviço Sanitário e da Assistência Policial, a Cruz Vermelha, organizações religiosas católicas, ABE (Associação Brasileira de Escoteiros), ACM (Associação Cristã de Moços), Associação de Pastores Evangélicos e Grande Oriente Paulista montaram os chamados “Postos de Socorro”.

Totalizando 46 Postos, disseminados pelo Centro e bairros da Capital, iniciaram suas atividades em 23 de outubro. Auxiliavam aos desprovidos de recursos com distribuição de alimentos/roupas/remédios, fornecimento de sopa/pão, realizando consulta domiciliar ou mesmo nas Unidades.

Exemplificando, o Posto no antigo Teatro São Paulo, entre as ruas da Glória e Conselheiro Furtado, no bairro da Liberdade, distribuía víveres e fornecia sopa e pão. A título de curiosidade, o belíssimo Teatro foi demolido em 1969 para o crescimento da região.

No final de outubro a guerra contra a Pandemia teve dividido o trabalho. O Dr. Arthur Neiva, Diretor do Serviço Sanitário, cuidou da profilaxia e higiene. Quanto a hospitalização, a cargo do Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, Diretor da Faculdade de Medicina.

Por fim, os serviços de socorros alimentares aos necessitados, gerenciados pelo arcebispo Dom Duarte Leopoldo. Somaram-se outras organizações na luta contra a doença: a Liga Nacionalista, “Palestra Itália”, CAP-Clube Atlético Paulistano, inúmeros Colégios, Exército Brasileiro, dentre outras Instituições, também ingressaram na luta contra a doença.

A Força Pública

No exercício da ação humanitária, com o propósito de socorrer as pessoas para o atendimento apropriado, a Força Pública Paulista, como era de se esperar, foi cooptada para a missão. Sob a batuta do coronel Manuel Soares Neiva, a Força se entrincheirou ao lado dos profissionais de Saúde, linha de frente do combate a Gripe Espanhola.

Todos os recursos humanos e de logística foram mobilizados para combater a doença. O coronel Neiva fora comandante do Corpo de Bombeiros entre 1905 e 1918, antes de assumir o Comando Geral da Força Pública, em 1918.

Com 8.833 componentes da Força, previstos em Lei, descontando-se os claros de 10% (vagas não preenchidas), eram aproximados 7.900 homens para atender ao Estado, lutando contra a gripe.

Fachada do Hospital Militar da Força Pública de São Paulo. Foto: Almanak do Correio da Manha RJ.

Eram Unidades Operacionais (policiamento, infantaria e bombeiros) na Força Pública, na Capital, nesta época:

  1. 1º Corpo de Guarda Cívica, com matriz no Quartel do Carmo, no Parque Dom Pedro II. Era responsável pelo policiamento nos bairros Paulistanos da Consolação, Glória, Cambuci e Liberdade. Hoje é o 1º Corpo é o 6° BPM/I, com sede em Santos-SP, responsável pelo policiamento ostensivo na urbe,
  2. 2º Corpo de Guarda Cívica, com núcleo o Quartel do Carmo, no Parque Dom Pedro II. Era responsável pelo policiamento nos bairros Luz, Brás, Santa Efigênia e Mooca. Hoje correspondente ao 2º Corpo é o 7º BPM/I, responsável pelo policiamento ostensivo em Sorocaba e região,
  3. 1º BI- Batalhão de Infantaria (atual, 1º BPChq/ROTA), cuja sede é no Quartel da Luz, na Av. Tiradentes,
  4. 2º BI- Batalhão de Infantaria, cuja sede era o Quartel de Santo Agostinho, na Rua Jorge Miranda. Hoje, o 2º BPM/M, responsável pelo policiamento ostensivo no bairro da Penha e cercanias, na zona Leste da Capital. As instalações do Santo Agostinho são atualmente ocupadas pelo 2º BPChq- Batalhão Marechal Mascarenhas de Moraes,
  5. Corpo de Bombeiros, cuja sede, desde 1887, localiza-se na Rua Anita Garibaldi, e
  6. Regimento de Cavalaria, com suas recém-inauguradas instalações, com sede na Rua Jorge Miranda.

Antes mesmo das primeiras notícias da doença nos Jornais de São Paulo, lá estavam os soldados-patrulheiros-bombeiros acolhendo a população, desesperada com o número crescente de doentes e suas vítimas fatais.

Os caixões eram transportados em caminhões e trens para atenderam aos inúmeros finados. Os cemitérios da Capital (Araçá, Consolação, Brás/Quarta Parada e Penha) não venciam o número de enterros. Foram iluminados no período noturno para aumentar os sepultamentos. Para os pobres, os serviços de remoção, caixão e enterro tornaram-se gratuitos, à custa do Município.

Os policiais auxiliavam as atividades de Defesa Civil (termo não utilizado no período) com a distribuição de medicamentos e alimentos, além do controle dos famosos “sopões”. Colaboravam também no transporte dos “espanholados” para os Hospitais improvisados de São Paulo.

Com a gravidade da Pandemia, as escalas dos policiais e bombeiros se tornaram cada vez mais longas, muitas vezes sem substituição, pois acabavam dobrando o serviço. Em um curto espaço de tempo as demandas multiplicaram-se. Os profissionais disponíveis cada vez mais rareando e ocupados. Muitos foram os militares contaminados nesse triste período.

O desabastecimento, os saques, o funcionamento irregular dos bondes, a fome e os amontoados de cadáveres começariam a fazer parte de um cenário dantesco.
Diante desse cenário, esses bravos soldados não abandonaram a missão de servir e guardar a população: a Cavalaria atuava próximo dos cemitérios, não permitindo aglomerações de pessoas e os Bombeiros apoiavam os chamados de socorro constantes. Os veículos militares apoiavam os Hospitais.

O consumo de limão e do quinino (substância que combate a malária/base da água tônica), pois se dizia que eram eficazes contra a moléstia. As benzedeiras foram acionadas. Iniciou-se a distribuição gratuita de remédios por Farmácias criadas para esse fim. Tudo era válido!

Contudo, sem equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, óculos) ou desinfetantes/álcool, os policiais/bombeiros entravam em contato direto com as pessoas infectadas e seus fluídos.

Como a Gripe era altamente contagiosa, e não havia vacina, os policiais se tornaram vítimas do dever. Deste modo, ela se espalhou pela Força.

Agravou-se justamente no local de descanso dos combatentes: os alojamentos dos Quarteis. As camas eram muito próximas umas das outras, facilitando a proliferação da Influenza entre os policiais e bombeiros não contaminados. Os casados levavam o desagradável vírus para suas residências, um ciclo sem fim.

Diferentemente dos dias atuais, o único meio de comunicação de massa eram os jornais. Entretanto, grande parte da população era analfabeta.

O grupo de risco, além das pessoas com doenças associadas (diabéticos, cardíacos etc.) eram jovens saudáveis, entre 20 e 40 anos. Lembrando apenas que a expectativa de vida do brasileiro, em 1.920, era em torno de 34 anos; no ano 2.000, 70 anos.

A Espanhola encontrou na Força Pública uma mocidade sadia, que não conseguiu se proteger deste temível vírus.

No dia 08 de outubro o capitão Genésio de Castro e Silva, do CE-Corpo Escola, com uma seção de Alunos, esteve presente no Palácio das Indústrias, na Exposição Industrial Paulistana, expostos a grande público durante a Feira.

Dois dias após (10), inauguração das dependências do RC-Regimento de Cavalaria e entrega da Bandeira Nacional à Unidade, com a presença inclusive o Presidente do Estado (Governador do Estado), Altino Arantes. O novel Quartel possuía vasto alojamento, com 700 camas destinadas às praças, 23 aos oficiais.

No dia 15, às 20h00, em ambiente fechado, palestra sobre o “Serviço Secreto de Informações-Espionagem e Contra-Espionagem”, a cargo do tenente-coronel Pedro Dias de Campos, no Batalhão da Luz (sede do 1º Batalhão). Presentes, Alunos dos Cursos da Força (cadetes, alunos-sargentos, alunos-cabos), oficiais e inúmeros convidados.

Durante aqueles trágicos dias, o Corpo Escola, cerne da APMBB (Academia de Polícia Militar do Barro Branco), teria grande surto gripal. Consequentemente, um Hospital Provisório seria criado em suas instalações.

Aliado a tudo isso, as apresentações concorridíssimas da Banda da Força Pública, realizada para todos os públicos. No dia seguinte 16 de outubro, nas páginas de O Combate, as primeiras vítimas da tropa Paulista seriam alcançadas pela Gripe Espanhola. Paralelamente, os exercícios semanais da infantaria e da cavalaria da Instituição eram suspensos.

No dia 19 de outubro os Jornais anunciavam novos casos da Gripe no efetivo policial.
Domingo, dia 20, os policiais não permitiram a realização de jogos de futebol nas várzeas e nos descampados da Cidade, impedindo a concentração de pessoas, fenômeno de risco para a expansão da doença.

Na mesma linha, evitando-se aglomerações prejudiciais ao estado sanitário de São Paulo, também impediram a montagem de barracas nas praças públicas, servidas por camelôs e atividades de vendedores ambulantes (sorveteiros, “refresqueiros” etc.).

São Paulo enfrentava temperaturas elevadas, que não impediam a progressão da Influenza. No dia 24 de outubro, na sede do 1º Batalhão (Quartel da Luz), 24 militares foram vacinados com preparado do Dr. Vital Brasil, Diretor do Instituto Butantã, segundo normas de processo norte-americano. Segundo O Combate, dizia-se que “só na Força Pública num só dia faleceram 400 praças, devido a uma injeção de experiência do Dr. Vital Brasil”, fato desmentido pelo próprio Periódico.

Os Jornais eram censurados desde a implantação do Estado de Sítio pelo Presidente Venceslau Braz, após declaração formal de guerra contra a Tríplice Aliança (Impérios alemão, austro-húngaro e turco), na I Guerra, em 1917. Os dados sobre a Gripe na Corporação não eram amplamente divulgados. Quando a informação não é clara, os boatos surgem!

Na edição de 25 de outubro de O Combate, informaram sobre a contaminação de 411 policiais, dos quais 09 casos eram graves.

No dia seguinte (26), o mesmo Periódico anunciou que o 1º Batalhão estava com 300 gripados (quase 1/3 de deu efetivo total). Em pior situação, o 2º BI, pois raros eram os policiais que não estavam contaminados.

O “2º” era composto por 899 praças (e 21 oficiais). A matéria não incluía os doentes integrantes dos demais Corpos de Polícia sediados na capital Paulista, o que aumentaria ainda mais o número total de doentes.

As primeiras mortes vitimariam a Instituição. No dia 27 de outubro faleceu, em decorrência da Influenza Espanhola, o anspeçada Francisco Lobello, da Guarda-Cívica da Força Pública. As coisas só pioravam. Somente no dia 30 foram contabilizados 16 óbitos de praças no Hospital Militar. Na mesma edição, O Combate relatou que 1.800 policiais da Força Pública foram “espanholados”.

Devido à gravidade, o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Eloy Chaves, visitava com frequência o Hospital Militar e os outros Hospitais Militares Provisórios. Era uma mescla de crise na Saúde e na Segurança.

Na batalha contra a Gripe no interior da Força se destacaram os membros do Corpo de Saúde da Instituição (médicos e enfermeiros), classificados no Hospital Militar. Localizado na Rua Jorge Miranda, ao lado do 1º e 2º Batalhões de Infantaria e o Regimento de Cavalaria, a Saúde da Força era comandada pelo major médico Luiz Gonzaga do Amarante Cruz.

Com reduzido efetivo, 60 membros (08 médicos clínicos gerais, 01 oftalmologista, 02 farmacêuticos e 01 dentista – todos oficiais -, além 25 enfermeiros, 04 práticos em Farmácia e demais funções de militares auxiliares), empenharam-se ao máximo para minimizar os efeitos nefastos da moléstia.

Em decorrência da demanda, foram criados na Força Pública “Hospitais Militares Provisórios”, aproveitando-se do conhecimento do Hospital Militar, considerado “Central”:

  • HM- Hospital Militar, da Força (Rua João Teodoro): 300 leitos. Era a Unidade Central do sistema de saúde policial,
  • Hospital do CE- Corpo Escola (Av. Tiradentes): 250 leitos,
  • Hospital do 2º BI – Batalhão de Infantaria (Rua Jorge Miranda): 800 leitos. A partir de 27 de outubro o Batalhão foi adaptado para “Hospital Provisório” para receber os enfermos, pois a incidência da Influenza em seus quadros fora gigantesca. A mudança foi acompanhada pessoalmente pelo Presidente do Estado e o Secretário de Justiça e Segurança Pública, respectivamente, Altino Arantes e Eloy Chaves,
  • Hospital do Colégio Presidente Prudente (Av. Tiradentes): 275 leitos. Atendimento de praças, oficiais e civis (parentes dos militares da Polícia contaminados). A Força disponibilizou 07 policiais para auxiliar os trabalhos dos médicos, e
  • Enfermaria do 1º BI – Batalhão de Infantaria (Av. Tiradentes). Ambulatório, com camas, dirigido pelo major médico Manuel Gonçalves Theodoro.

No dia 01 de novembro, Dia de Finados, cemitérios vazios. A Força Pública estava operacionalmente debilitada, pois, segundo o Correio Paulistano, 2.000 policiais estavam infectados pela Gripe, somente na Capital, internados nos diversos Hospitais disponibilizados e, em especial, nos da própria Força. No interior a situação não era diferente, porém, a História será contada em outra oportunidade.

Como a Espanhola invadiu os Quarteis da Instituição, atacando a maioria dos policiais, a sensível diminuição do policiamento foi notada nas ruas. Os quadros e Unidades do Exército na cidade de São Paulo, que, temporariamente, poderiam cobrir as necessidades de Segurança, também foram tomados pela gripe.

Criminosos, conhecedores das limitações da área da segurança Pública, aqueles não doentes aproveitaram-se da situação para a prática de delitos, sobretudo, furtos em estabelecimentos, que se encontravam vazios. Nós conhecemos bem as consequências da diminuição ou ausência do seguimento fardado da Segurança nas cidades.

As atividades do Hospital Militar Provisório do 2º BI foram encerradas em 09 de novembro, quando todos os doentes tiveram alta, número que chegou a 700 internados. No mesmo mês (26) terminou o trabalho do Hospital Militar Provisório do Colégio Prudente por motivo similar. Por fim, na mesma semana, o Hospital Militar Provisório do CE- Corpo Escola encerrava suas atividades. O Hospital Militar, por ser permanente, continuou em sua ação laborativa.

A pandemia foi vencida em São Paulo em meados do dia 19 de dezembro de 1918.
Em pouco mais de dois meses a Influenza deixou números impressionantes. Em torno de 117 mil pessoas foram infectadas pela Influenza, 23% da população Paulistana. 5.372 pessoas faleceram na época. No Brasil, 35.000 mortes.

Se no dia 01 de novembro de 1918, Dia de Finados, 2.000 (dois mil) policiais estavam infectados pela moléstia na Capital (último dado levantado na pesquisa), esse número até o final da Crise na Saúde fora muito maior.

Possivelmente, em torno dos 3.000 doentes até o final do mês, comparando-se com o fim das atividades dos Hospitais Militares Provisórios.

Contudo, o número que mais saltou aos olhos foram os policiais mortos: 145 policiais militares, que tombaram na defesa humanitária da sociedade Paulista!

No dia 14 de dezembro uma Missa, na Igreja de São Bento, foi realizada em memória e “Sufrágio das Almas dos Soldados Mortos”.

Por fim, o que podemos refletir nesse momento de crise é que a História é cíclica. Na maioria das vezes os procedimentos adotados em 1918 foram repetidos em 2020, no que confere a contenção da doença. Porém, refletimos a necessidade de proteção não somente dos profissionais de saúde, mas dos policiais, que também atuam na linha de frente, no combate ao novo coronavírus (COVID-19).

O texto também homenageia todos os profissionais que, por exercerem atividades essenciais (jornalistas, coletores de lixo, vendedores, caixas, operadores de telemarketing, coveiros, motoristas, cozinheiros etc.), não aderiram ao isolamento social preventivo por questões laborativas.

Charge publicada no jornal O Imparcial da Bahia-1918.

FONTES

Mensagens do Governador de São Paulo para a Assembleia: 1890 a 1930, São Paulo, 14 jul 1919, p. 1-113.
ASSEMBLEIA LEGISTIVA (SP). Lei N 1.559, de 20 de outubro de 1917. Fixa a Força Pública do Estado de São Paulo para o exercício de 1918. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/…/lei/1917/lei-1559-20.10.1917.html. Acesso em 15 mar. 2020
DE ARRUDA. Luiz Eduardo Pesce. Polícia Militar: uma Crônica. São Paulo. 2014.
IBGE. População estimada de São Paulo (cidade), 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp/sao-paulo.html. Acesso em 15 mar. 2020.
_____ População estimada de São Paulo (Estado), 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/sp.html. Acesso em 15 mar. 2020.
Jornal O Combate, São Paulo, 18out18, capa; 19out, capa; 24out18, capa; 25out18, capa e p.3; 26out18, capa; 27out, capa; 29out18, capa; 29out18, capa; 04nov, capa; 09nov18, capa, 11nov18, capa; 12nov, capa; 13nov, capa; 16nov18, capa; 17nov18, capa; 19nov, capa; 20nov, capa; 21nov, capa; 22nov, capa e p.3; 23nov, capa; 25nov, p.3; 27nov18, capa; 27nov, capa; 29nov, capa, 30nov, capa e p.3; 02dez18, capa, e p. 3; 03dez18, capa e p. 3; 04dez18, capa; 05dez18, capa; 06dez18, capa; 07dez18, capa e p. 3; 10dez18, capa e p.3; 11dez19, capa e p.3; 12 dez18, capa; 13 dez18, capa e p.3; 14dez18, capa e p.3; e 16dez18.
_______ Correio Paulistano, São Paulo, 09out18, p.3; 11out18, p. 2; 13out, p.4; 15out, p. 2; 16out, p. 3; 17out18, p. 3; 18out18, p. 3; 19out, p.3; 20out, p. 3; 21out, p. 2-3, 22out, 2-3; 23out, p. 2-2; 24out, p. 2-3, 25out, p. 3-4; 26out, p. 2-3; 27out, p. 2-3; 02nov18, p. 2-3; 04nov18, p. 2; 28nov18, p. 3; e 21set29, p. 10.
_______ A Vida Moderna, São Paulo, 26 nov 1918, p. 19,
SANCHES, Andreia. MENDONÇA, Cátia. GUERREIRO, Joaquim. CORREIA, Dinis. A vida desde 1820. Disponível em: https://acervo.publico.pt/mult…/infografia/a-vida-desde-1820. Acesso em 17mar. 2020.
TASCHNER. Natalia Pasternak. Gripe espanhola: 100 anos da mãe das pandemias. Disponível em: https://saude.abril.com.br/…/gripe-espanhola-100-anos-da-m…/ Acesso em 18 mar. 2020.
TELHADA. Paulo Adriano L. L. Quartel da Luz: Mansão da Rota: Histórias do Batalhão Tobias de Aguiar. São Paulo: Just Editora, 2011.

Aeronaves da Rede Paraná Urgência transportam pacientes, órgãos, vacinas e resgatam feridos

Paraná – O Estado do Paraná possui bases com aeronaves nas regiões de Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Londrina e Cascavel. O Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e a Secretaria de Saúde do Estado (SESA), através de consórcios do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além do apoio ao combate da pandemia de COVID-19, continuam seu trabalho diário socorrendo pessoas, além do transporte de órgãos para transplante, materiais e insumos médicos.

Na manhã de domingo (12), equipe aeromédica do helicóptero Saúde 02 do Consórcio Intermunicipal SAMU Oeste (CONSAMU) foi mobilizada para fazer o transporte de um órgão para transplante. Foi captado em Paranavaí e transportado para Cascavel, onde um paciente já aguardava no Hospital Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel) para o procedimento cirúrgico.

No mesmo dia uma equipe do Falcão 04 do BPMOA realizou duas remoções aeromédicas. A primeira, uma vítima com fratura de fêmur foi levada da cidade de Mafra para o Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba. A segunda, uma vítima de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), foi transportada da cidade de Guaraqueçaba para o Hospital do Rocio, em Campo Largo.

Além dos transportes de pacientes e de órgãos, aviões e helicópteros do BPMOA e da Casa Militar também estão sendo utilizados para levar equipamentos e insumos médicos, como vacinas contra H1N1 e testes de COVID-19. Na Segunda-feira (13) o helicóptero Falcão 03, em apoio a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná e CEMEPAR, transportou mais 80.000 vacinas contra H1N1.

Um profissional de saúde acompanhou o voo para manter o controle de temperatura e monitoramento das vacinas, que foram distribuídas nas cidades de União da Vitória,
Irati, Guarapuava, Francisco Beltrão, Pato branco, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Ivaipora e Telêmaco Borba.

No mesmo dia um recém-nascido precisou de transporte aeromédico após sofrer com falta de oxigênio (sofrimento fetal) durante o parto. O pequeno foi levado pelo Falcão 04 do Aeroporto de Guaratuba ao Aeroporto de Paranaguá, de onde seguiu para o Hospital Regional.

Ainda na segunda-feira, a equipe do Saúde 02 realizou o transporte de uma mulher de 37 anos de idade, vítima de queimaduras após um incêndio ocorrido na noite de domingo (12). Ela foi transferida da UPA de Marechal Cândido Rondon para o Hospital Bom Jesus, em Toledo. O embarque foi feito na Associação Atlética Cultural Copagril (AACC).

Enquanto aeronaves realizavam o transporte de pacientes e vacinas, outra realizava resgate aeromédico de vítima de acidente. Na terça-feira (14), a equipe aeromédica do helicóptero Saúde 10 do SAMU Regional Norte Novo/SESA resgatou um homem de 43 anos vítima de um grave acidente de trânsito na BR-487, entre Campo Mourão e Luiziânia.

O homem ficou preso às ferragens e depois de retirado por equipes do Corpo de Bombeiros foi levado de helicóptero à Santa Casa de Campo Mourão, diagnosticado com politraumatismo.

“O trabalho diário dos profissionais de saúde e das tripulações das aeronaves continua e se mantém ativo, com mais uma tarefa que é apoiar as ações de combate à pandemia de COVID-19. Para isso estamos mantendo procedimentos de segurança e uso de equipamentos para proteger ainda mais nossas equipes e os pacientes”, disse Vinícius Augusto Filipak, médico e gestor da Unidade Aérea Pública da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.

CIOPAER utiliza avião para entregar medicamentos e equipamentos no interior do Acre

Acre – O Governo do Acre por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE), realizou no sábado (12), a entrega de medicamentos e equipamentos de proteção individual (EPIs) no interior do Acre.

O Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) utilizou o avião Harpia 2 para realizar a entrega de 17 caixas de medicamentos e EPIs para os moradores dos municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter.

De acordo com o coordenador-geral do CIOPAER, Nayck Trindade, esse trabalho com o Harpia 2 dará cobertura a todos os locais onde só se chega por meio aéreo ou fluvial. “Nesse momento difícil de pandemia que assola o país inteiro, nossa equipe vem dando apoio na área de transporte de pessoal, de materiais de proteção e medicamentos a todos os locais que necessitam desse apoio dentro do estado”, destacou.

Para a Chefe do Núcleo Regional de Saúde do Juruá, Tarauacá e Envira, Muana da Costa Araújo, a integração entre as secretarias é importante para unir forças em um único objetivo: levar prevenção e cuidado à população mais isolada.

Brasil Vida Táxi Aéreo transportou pacientes expostos ao COVID-19 do Chile para América do Norte e Europa

Goiás – Um navio de cruzeiro não pode sair do Puerto Montt, no Chile, devido à possível exposição de turistas ao novo coronavírus (COVID-19). Por isso, alguns turistas que estavam a bordo precisaram ser repatriados aos seus respectivos países, utilizando transporte aeromédico.

Algumas empresas de UTI aérea ao redor do mundo foram procuradas para efetuar a operação e a empresa Brasil Vida Táxi Aéreo foi uma das selecionadas. Foram realizadas cinco operações pela empresa do final de março ao início de abril em aeronaves configuradas como UTI aérea.

A equipe utilizou equipamentos de proteção individual (EPIs), dentre eles o macacão impermeável, protetor facial (faceshield), máscara própria, luvas de procedimento dupla, botas impermeáveis, capsula de isolamento, etc., seguindo protocolos brasileiros e internacionais da Organização Mundial de Saúde.

As operações de transporte dos pacientes e seus acompanhantes tiveram como destino a América do Norte e a Europa. A cada vez que chegavam em Puerto Montt, a aeronave, a tripulação e a equipe médica permaneciam no aeroporto El Tepual.

O governo do Chile, em razão da pandemia, definiu que toda e qualquer ação, incluindo o serviço local de ambulância terrestre, só poderia ser feita na madrugada, entre meia-noite e seis da manhã. Por isso, só puderam ser realizadas duas operações de remoção por dia. “Foram várias aeronaves e equipes no processo. Foi uma operação de altíssima complexidade, marcando a história do transporte aeromédico no mundo”, ressaltou o Diretor Internacional James DeSouza.

Durante toda a operação, algumas fronteiras estavam sendo fechadas, fato que exigiu esforços de diplomacia internacional, ressaltando aos governos a importância do transporte, a cautela da logística e todas as peculiaridades das remoções para que tudo ocorresse da maneira certa.

Apesar de todas as restrições, desde o enfrentamento de neblina durante o pouso e decolagem até questões burocráticas características da repatriação de pessoas, as cinco missões foram realizadas com sucesso e, cada paciente, junto ao seu acompanhante, foi repatriado e seguiu para atendimento médico local.

“Nós chamamos essa operação de Repatriações COVID-19, pois foi um marco para a história da nossa empresa e para o transporte aeromédico no mundo”, relatou James. A empresa relatou que houve muita emoção envolvida no processo. Equipe médica, tripulação e os administrativos que, da sede em Goiânia, cuidavam de detalhes para que tudo ocorresse conforme o planejado.

Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Logotipo Resgate Aeromédico
Resumo das Políticas

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.